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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E JURÍDICAS DE

CANAÃ DOS CARAJÁS – FAC

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA DE ECONOMIA

ATIVIDADE AVALIATIVA

ANDRESSA LIMA SILVA

Canaã Dos Carajás - PA


2022
QUESTIONÁRIO

1 – Qual a base do debate entre os termos “Crescimento Econômico” e


“Desenvolvimento Econômico”?

Os termos 'crescimento econômico' e 'desenvolvimento econômico' soam


semelhantes. No entanto, os dois conceitos são diferentes. Enquanto o crescimento
econômico é um conceito quantitativo, o desenvolvimento econômico é um conceito
qualitativo. É possível ter crescimento econômico sem desenvolvimento. ou seja, um
aumento no PIB, mas a maioria das pessoas não vê nenhuma melhoria real nos padrões
de vida.
O crescimento econômico pode ser referido como o aumento que é testemunhado
no valor monetário de todos os bens e serviços produzidos na economia durante um
período de tempo. É um tipo de medida quantitativa que reflete o potencial aumento do
número de transações comerciais que ocorrem na economia. Pode ser medido em termos
do aumento do valor agregado de mercado de bens e serviços adicionais produzidos
usando conceitos econômicos como PIB e PNB. Assim, o crescimento econômico é um
conceito restrito quando comparado ao desenvolvimento econômico.
O desenvolvimento econômico refere-se ao processo pelo qual a saúde geral, o
bem-estar e o nível acadêmico da população geral de uma nação melhoram. Refere-se
também ao aumento do volume de produção devido aos avanços da tecnologia.
É a melhoria qualitativa na vida dos cidadãos de um país e é mais
apropriadamente determinada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O
desenvolvimento global de um país é baseado em muitos parâmetros, como a criação de
oportunidades de trabalho, avanços tecnológicos, padrão de vida, condições de vida,
renda per capita, qualidade de vida, melhoria das necessidades de autoestima, PIB,
desenvolvimento industrial e de infraestrutura, etc.
Indo além do crescimento e da produtividade, alguns economistas argumentam
que qualquer avaliação da economia do país também deve incluem medições de
distribuição, patrimônio líquido, renda per capita etc. Além disso, o país também deve se
concentrar em outras necessidades de uma sociedade, como justiça ambiental ou
preservação cultural para sustentar o processo de crescimento econômico e permite uma
desenvolvimento humano global na economia através da criação de mais oportunidades
nos setores de educação, saúde, emprego e conservação do meio Ambiente.
2 – Quais as principais colaborações das escolas econômicas para o debate
econômico? Cite e comente.

a) Escola Austríaca:

Uma escola de economia baseada principalmente no trabalho de Mises, Hayek, Menger


e Rothbard que defende as decisões econômicas propositais do indivíduo. Defendem que o
livre mercado pode resolver a maioria dos nossos problemas e quanto mais reduzirmos ou
eliminarmos o governo, melhor estaremos todos.

b) Escola do Comportamento (Behavioral Economics)

Uma das escolas de economia mais novas e de mais rápido crescimento. Defende que
a melhor maneira de entender o funcionamento da economia é entender como a mente
humana reage e se adapta aos mercados e à economia.Afirmam ainda que a economia é
complexa, dinâmica e incerta e está sendo navegada por participantes imperfeitos.
Os behavioristas não fazem recomendações políticas específicas, mas
geralmente acreditam que podemos entender melhor a economia se entendermos melhor
a psicologia humana no que se refere ao dinheiro, mercados e economia.

c) Escola Econômica Clássica

Tida por muitos como a escola “original” de economia baseada nos entendimentos
dos “clássicos” como Adam Smith e John Stuart Mill que enfatizavam o crescimento
econômico e a liberdade enfatizando o livre mercado. Acreditam que a “mão invisível”
dos mercados livres é tudo o que precisamos para alcançar o equilíbrio econômico. Sabe-
se que economistas clássicos foram os capitalistas emergentes da era do feudalismo. Eles
viam a intervenção externa nos mercados (como regulação e governo) como uma ruptura
na ordem natural dos mercados. Defendiam a ideia do “laissez faire - laissez passer”, ou
seja, que deixássem-se os mercados livres em seus desígnos dinâmicos.

d) Escola do Monetarismo do Mercado


Em grande parte visto como um renascimento do monetarismo tradicional,
utilizando os fundamentos do trabalho de Milton Friedman e tornando-se
extremamente popular entre as escolas neoclássicas apesar de algumas divergências
com esta. Advogam a ideia de que o Banco Central pode conduzir a economia no
caminho da prosperidade por meio de uma abordagem laissez fairre, mas com
implemento de uma diretriz do PIB. Acreditam que seja improvável que a economia
atinja o equilíbrio sem uma regra permanente de direcionamento do PIB.

e) Escola Econômica Marxista

Uma escola de pensamento amplamente extinta baseada na economia de Karl Marx.


Afirmam que o capitalismo não é apenas falho, mas provavelmente prejudicará toda a
sociedade se for deixado por conta própria. Reiteram que a economia capitalista não é
apenas falha, mas naturalmente autodestrutiva e, portanto, requer intervenção e
regulamentação externa para ser consistente com a prosperidade.
Em essência, a classe capitalista obterá um poder excepcional sobre a classe
trabalhadora, resultando em enorme desigualdade e dificuldades gerais. Defende elevado
grau de controle estatal e coletivo da economia com vistas a evitar sua alegada destruição,
caso esteja imersa em uma dinâmica de espontaneismo capitalista.

f) Escola Econômica Neoclássica

A nova escola clássica é a adaptação moderna da escola clássica. Baseia-se em


pressupostos walrasianos, expectativas racionais e surgiu como proposta alternativa ao
que consideram “fracassos” das antigas escolas keynesianas ante à “problemática da
Curva de Phillips e a estagflação na década de 1970”. Prelecionam que a macroeconomia
requer que novos microfundamentos clássicos sejam devidamente utilizados.
Acreditam que os agentes racionais estão sempre tomando decisões ótimas e as
empresas estão sempre maximizando os lucros, mas a economia muitas vezes fica
chocada com efeitos “reais” como mudanças políticas imprevistas, mudanças na
tecnologia ou mudanças nas matérias-primas. Os economistas neoclássicos são
geralmente associados a uma abordagem política laissez-faire.

g) Escola da Nova Economia Keynesiana


Os Novos Keynesianos são a adaptação dos Antigos Keynesianos que
responderam às críticas dos Novos Clássicos nos anos 1970 e 80 criando um modelo
atualizado da economia para ajudar a explicar alguns dos fracassos keynesianos dos
anos 70. A maior parte da “economia” que se aprende hoje está intimamente
relacionada ou diretamente relacionada à economia neo-keynesiana. Tornou-se, por
ampla margem, o modelo dominante usado pelos formuladores de políticas.
Defendem que, embora os agentes econômicos sejam racionais, os formuladores de
políticas podem melhorar a estabilidade econômica e ajudar a alcançar o pleno
emprego por meio de várias políticas de estabilização destinadas a combater uma
variedade de falhas de mercado.
Os novos keynesianos geralmente se desviam para o uso da política monetária,
mas às vezes também recomendam a política fiscal para ajudar a estabilizar a
economia. Eles se tornaram particularmente eloquentes durante a recente e à
ineficácia da política monetária, defendendo assim uma abordagem fiscal.
Especialistas notáveis – No lado liberal: Paul Krugman, Brad Delong & Joe
Stiglitz. Do lado conservador: Greg Mankiw, David Romer e Olivier Blanchard.

3 – Na sua opinião, baseado nos seus estudos, qual escola foi mais inovadora
nas suas proposituras e análises? Cite e discorra sobre a sua escolha.

Modestamente, apesar do pioneirismo das proposições da Escola Clássica e do marco


revolucionário do pensamento Marxista que extrapolou para além da abordagem
econômica do seu pensar, as proposições Keynesianas se mostram mais aplicáveis à
promoção tanto do crescimento quanto do desenvolvimento econômico.
Um apanhado histórico é capaz de demonstrar que o desenvolvimento
socioeconômico das nações ditas desenvolvidas hoje, é fruto de uma alinhamento entre
fundamentos de livre mercado e a presença de um Estado democraticamente estabelecido
e impulsionador do desenvolvimento pós crescimento.
Além disso, essa visão econômica mostrou-se mais resiliente e capaz de solucionar as
crises cíclicas do Capitalismo Liberal. Prova disso pode ser facilmente observada hoje,
no período pós-pandêmico, mas também pós crise de 1929 e crise de 2008. Verifica-se
que os Estados Nacionais desenvolvidos conseguiram superar as crises do Capitalismo
Liberal através da tomada de posição de protagonismo na indução do crescimento e na
proposta de políticas que visam mitigar os problemas sociais decorrentes dessas crises.

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