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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA

Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas

MACROECONOMIA

SÃO PAULO
2022
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA
SOUZA

Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas

Macroeconomia, seminário apresentado em 09 de junho de 2022.

Seminário apresentado como Exigência para


compor a menção parcial da disciplina
Administração Financeira Orçamentária, sob
orientação da Prof.ª Me. Elaine Aparecida Perline.

SÃO PAULO
2022
ALLANY GRAZIELA CASSIANO DOS SANTOS
MARIA FERNANDA SANTOS MOURA
VITORIA ALVES LOIOLA

Macroeconomia, seminário apresentado em 09 de junho de 2022.

MENÇÃO:________

SÃO PAULO
2022
INTRODUÇÃO

A macroeconomia é adequada aos problemas econômicos dentro dos quatro


componentes: consumo, investimento, gastos do governo e as exportações líquidas. Ou seja,
as perspectivas econômicas são propostas por variáveis que são tratadas de maneira agregada.
Para se consolidar os fenômenos econômicos, adota-se dois enfoques ou duas dimensões: a
observação e análise, segundo o enfoque agregado, que se deve referir ao todo e a análise
segundo a abordagem de crescimento e sobrevivência de cada espécie individual dentro do
todo. Deve sempre considerar os agregados macroeconômicos nas determinações econômicas,
pois os mesmos agregam os sentidos de comportamento setoriais e individuais do sistema
econômico, que tem de grande influência nos estudos teóricos e formulação de políticas
econômicas, nos objetivos e metas dos governos na área da gestão econômica (MATA, 2018).
Por conseguinte, percebe-se que a macroeconomia está interessada em observar a
economia no plano social e agregado. Como a inflação que não impõem um valor
isoladamente mais sim a todos os mercados de bens e serviços, a macroeconomia tem sua
adequação ao todo. O mesmo acontece com a taxa de desemprego que é observado para toda a
economia e não apenas a um setor específico. E é por isso que este estudo é tão importante
para estruturação de um país e sua base governamental, pois possibilita a formulação de
políticas econômicas e políticas públicas para agregar e ajudar a população, podendo sempre
transitar e/ou alterar sua trajetória para se adequar às suas metas e objetivos, criando e
alternando nossas oportunidades trabalhista, incentivo à produção, estimulação da exportação
com os requeridos corretos das taxas cambiais entre outras características (MATA, 2018).
Segundo Gregory N. Mankiw:

Minha abordagem geral ao ensino da macroeconomia é examinar a economia


no longo prazo (quando os preços são flexíveis) antes do curto prazo (quando
os preços são estáveis). Acredito que essa organização simplifica o aprendizado
da macroeconomia por vários motivos. Primeiro, a hipótese clássica de
flexibilidade de preços está mais estreitamente ligada às lições básicas sobre
oferta e demanda, que os estudantes já terão dominado. Segundo, essa
dicotomia clássica permite que o estudo do longo prazo seja dividido em
diversas partes de fácil assimilação. Terceiro, como o ciclo de negócios
representa um desvio transitório do caminho de crescimento da economia no
longo prazo, é mais natural estudar esses desvios depois de compreender o
equilíbrio no longo prazo. Quarto, a teoria macroeconômica do curto prazo é
mais controversa entre os economistas do que a teoria macroeconômica do
longo prazo. Por todos esses motivos, a maioria dos cursos superiores de
macroeconomia adota hoje essa abordagem, estudando o longo prazo antes do
curto prazo; meu objetivo é oferecer aos estudantes do curso introdutório os
mesmos benefícios (MANKIW, Gregory N., 2004; p.10).
Se faz o exemplo que separadamente cada país tem sua macro e microeconomia e
enquanto como planeta nossa macroeconomia individual de cada país se torna
microeconomias e o somatório de todas as macros dos países torna a macroeconomia do
planeta. É a adequação da análise da economia com relação ao crescimento, do ciclo e da
determinação do nível de preços. Que através do estudo de aplicações reais (fatos estilizados)
para desenvolver esqueletos e concepções de teorias que seja capaz de especificá-las. O
crescimento econômico é a capacidade de a economia crescer de forma sustentada e
permanente. Porque um país tem um nível de renda per - capita mais elevado que outro? Que
forças fazem com que um país cresça mais rapidamente que outro? Novamente a pergunta que
está presente em qualquer discussão econômica: Qual o papel do estado e do mercado no
crescimento? (BARBOSA, 2017).
CONCEITO

A macroeconomia com seus agregados macroeconômicos (acumulado/somado)


possibilita a análise das grandezas trabalhadas pela macroeconomia, assim como a relação dos
produtos, os mesmos são referidos a todos produzidos de forma agregada no país, assim como
os níveis de preços fazem uma média de todos os valores do país. Os indicadores econômicos
são critérios que representam uma determinada variável econômica, como: o índice de
desemprego mensal e anual, que demonstra a taxa de desemprego do respectivo período
analisado. Pode-se então perceber que os agregados estudados pela ciência econômica são
acontecimentos do cotidiano, que são transformados em dados e estatísticas para a apuração,
como: a inflação, hiperinflação, demissão de funcionários, salários inferiores ao seu poder de
compra etc. Existe diversas formas de consultar essas estatísticas por intermédio da Internet
país (CÂMARA, 2021).
Essa parte da ciência econômica só teve seu aprofundamento e evolução significativa na
década de 30 com a contribuição do economista inglês John Maynard Keynes, que através de
seu livro seminal, intitulado Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, e pelos
ensinamentos de Keynes o mundo percebeu a importância e relevância do governo na
economia e a incapacidade dos mercados de resolverem certos problemas, principalmente,
para a saída de crises, como a queda da bolsa de valores em 1929. E foi nesta época que
Keynes publicou seu livro, onde ele estabelece ideias para combater a crise daquela época. E
com a solução adotada pelo Estados Unidos que foi implantar um grande programa de gastos
do governo e intervenção na economia dos EUA, abrindo a discussão entre os economistas
sobre o papel do governo na condução da economia (CÂMARA, 2021).
Com essa nova avaliação das perspectivas econômicas propostas por Keynes, houve
uma grande evolução das teorias econômicas que vinha das teorias clássica e neoclássica que
tentavam explicar a criação do valor, para com a determinação dos preços dos bens. E
enquanto, a teoria clássica se centralizava no valor-trabalho, a neoclássica se apoiava na
utilidade marginal. Na teoria ambas funcionavam (fundamentas em pressupostos racionais) e
em modelos matemáticas, enquanto na prática isso não acontecia realmente, evidente na crise
de 29, já que ambas não eram capazes nem de explicar este declínio e nem apresentar
soluções adequadas para solucionar a crise. E através das concepções de Keynes, que
consegue explicar os acontecimentos econômicos de forma agregada no país (CÂMARA,
2021).
O John R. Hicks, desenvolveu uma forma mais direta de explicar as ideias de Keynes,
com um modelo para exemplificar e prever os impactos das políticas fiscal e monetária na
economia. Este modelo ficou conhecido como IS-LM ou como síntese neoclássica. Nos anos
70, com o surgimento do estagflação, caiu-se o conceito das ideias keynesianas, e o dólar
americano foi desvalorizado. Os novos clássicos, como Robert Lucas, inseriram os princípios
microeconômicos nos modelos teóricos e suas conclusões fizeram o contraponto às ideias
keynesianas, e colocaram em dinâmica, mercados como reguladores da economia e como
fonte de sua estabilidade, com base nos denominados ciclos econômicos e nas expectativas
racionais (CÂMARA, 2021)
A macroeconomia preocupa-se com a economia do país como um todo e com tudo
relacionado ao mesmo (agregados macroeconômicos). Atualmente, busca solucionar questões
sobre os ciclos econômicos e apresentar ferramentas para auxiliar em sua previsibilidade. As
economias mundiais costumam variar entre períodos de crescimento econômico e de recessão
(crescimento econômico negativo), e essas oscilações trazem muitos prejuízos sociais
dependendo do período de recessão que pode se aprofundar e prolongar. Outro problema
identificado em relação aos ciclos, é que temos uma influência na economia pelas políticas
fiscal e monetária, que a colocando em níveis de estabilização ou em direção a um nível
desejado do produto. Por isso a macroeconomia é vista como uma ciência que estuda as
relações variáveis agregadas de um país e como estas podem afetar dinamicamente a sua
economia, que acaba por interferir nos cargos públicos de administradores e gestores que
fazem parte destas ações políticas e usam de ferramentas de execuções. Cada um destes
problemas adequados anteriormente é entendido na macroeconomia como modelos teóricos
(CÂMARA, 2021).
CARACTERÍSTICAS

Macroeconomia é sobre o comportamento de muitos microunidades, e como tal, uma


abordagem de estatística física para a macro no sistema como um todo, é o mais adequado. Na
macroeconomia, é necessário pensar na forma de padrões importantes, não as pessoas. Ao
analisar padrões, pode ser mais eficaz gerir as políticas macroeconômicas. A ciência já
existente que melhor aborda as complexidades do sistema da macroeconomia é a estatística
física (SILVA, 2009).
As economias mundiais costumam oscilar entre períodos de crescimento econômico e
de recessão (crescimento econômico negativo) e essas variações trazem grandes prejuízos
sociais quando o período de recessão se aprofunda e se prolonga. Outro problema oculto com
relação à questão anterior, é os ciclos, como as políticas fiscal e monetária fazem efeito sobre
os rumos da economia colocando-a em níveis de estabilização ou em direção a um nível
desejado do produto (SILVA, 2009).
Assim, a macroeconomia se estabelece como a Ciência que estuda as relações entre as
variáveis aglomeradas de um país e como estas podem afetar diretamente a sua economia. O
que de muitas formas interfere no papel dos gestores e administradores públicos que fazem
parte destas políticas, através das diversas ferramentas de suas execuções. Esses instrumentos
são aplicados à cada região do país e adequada ao Brasil como todo (CÂMARA, 2021). De
acordo com Silva:

Na economia, há conceitos que não podem fazer sentido, ao mesmo tempo


em ambas micro e macroeconomia. Assim, a miragem de uma economia
unificada, sem a divisão entre micro e macro é ilusória. Um exemplo notável
é o dinheiro. O dinheiro não tem importância a todos em uma escolha
individual, mas é quase tudo na macroeconomia. Um resultado da teoria da
escolha axiomática é que as funções de demanda são homogêneas e de grau
nulo nos preços e rendimentos. Apenas preços relativos e de renda real
afetam o comportamento da maximização de utilidade. [...] Macroeconomia é
sobre o comportamento de um grande número de microunidades, e como tal,
uma abordagem de estatística física para a macro no sistema como um todo, é
o mais adequado. Na macroeconomia, é necessário pensar na forma de
padrões complexos, não as pessoas. Ao aprender a gerir padrões, pode ser
mais eficaz ao gerir as políticas macro (SILVA, 2009, p. 8).
De modo geral, as características e preocupações da macroeconomia estão relacionadas
aos países, tanto às suas economias a nível regional quanto às relações econômicas entre
diferentes nacionalidades, ou até mesmo à economia em uma hierarquia mundial. Quando
algo muda na macroeconomia, afeta todo o resto. Por exemplo, se a taxa de juros se eleva,
afeta a taxa de câmbio, que afeta a taxa de juros. Algumas das principais variáveis levadas em
conta em estudos macroeconômicos são: inflação; PIB (Produto Interno Bruto); taxa básica de
juros (Selic); desemprego; câmbio; consumo. Estes fatores também são chamados
de indicadores (KENNEDY, 2012).
IMPORTÂNCIA

Devido a Grande Depressão em 1930 que levou a maior relevância a macroeconomia,


pois o desemprego se espalhava por toda nação, chegando atingir 25% do mercado de
trabalho nos Estados Unidos. Na época a teoria em vigor não solucionava seu problema atual,
que a mesma recomendava o laissez-faire (um modelo político e econômico de não-
intervenção estatal, que significa “deixe fazer”) (MATA, 2018).
Com a utilização de instrumentos macroeconômicos, pode-se apresentar os
determinantes do comportamento do nível da atividade econômica e de como essa dinâmica
pode afetar a vida social e a vida de cada modo geral de todo ser humano. Por conseguinte, é
possível estabelecer uma estreita relação entre decisões de escolha de políticas e opções de
políticas, pois muitas políticas macroeconômicas são resultados de opções políticas e não
meramente técnicas. A macroeconomia até os dias atuais somou com inúmeras contribuições,
como no caso das diversas escolas de pensadores que procuraram associar os fundamentos
microeconômicos com as necessidades de entendimento macroeconômico, colocando no
centro dos seus modelos teóricos os agentes econômicos (MATA, 2018, CÂMARA, 2021).
Analisando a macroeconomia em sua relação com a economia visualizamos dois fatores
importantes, que são: o da abordagem da economia normativa, descrição de uma ciência
baseada em opiniões, valores e julgamentos, e o da abordagem da economia positiva (uma
ciência baseada em dados e fatos). Ambos tratam à forma a qual entende-se o conhecimento e
realização da pesquisa cientifica com foco na economia para solucionar problemas da
sociedade com utilização de recursos escassos e a carência de expandir as riquezas do país
(MATA, 2018).
Os cenários macroeconômicos pós-pandemia são benéfico à recuperação da economia
mundial, com foco na brasileira. De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -
IPEA, é favorável ao desenvolvimento do equilíbrio das relações socioeconômicas de
produção e das distribuições de bens e serviços, contribuindo com a retomada de empregos e
das rendas dos proletários, empresas e outros negócios (DANTAS,2021).
Com a pandemia percebe-se a necessidade de políticas públicas em pró do bem-estar
humano e da justiça social. Concluindo, percebe-se que com a regularização da
macroeconomia enxerga-se um fortalecimento da economia social pós-pandemia.
Finalizando, temos que os fundamentos microeconômicos são inaptos à macroeconomia, ou
seja, não se deve tornar a macroeconomia uma microeconomia expansiva. É necessário
agregar aos fundamentos da macroeconomia para realização de produção eficazes
(DANTAS,2021).

CONCLUSÃO

O objetivo deste trabalho foi desenvolver alguns conceitos básicos de macroeconomia,


que são utilizados para estudar economia. Por macroeconomia, entende-se como a balança
comercial de um país que está relacionada com o fluxo internacional de capital e como a
poupança nacional difere do investimento interno em uma economia. Deve considerar
também que, quando um país apresenta exportações comerciais deve estar enviando capital
para o estrangeiro, e, quando apresenta uma falta comercial necessária, deve estar recebendo
investimentos externos (MANKIW, 2009).
As variáveis macroeconômicas aqui definidas oferecem um ponto de partida para a
análise das interações de uma economia aberta com o restante do mundo. Desta forma, este
material poderá ajudá-lo a entender e interpretar a evolução da Economia do país em
aspectos como a dinâmica da inflação, os efeitos dos investimentos privados e públicos, o
efeito da variação no consumo das famílias e os determinantes do crescimento econômico
(MATA, 2018).
Compreende-se, portanto, a necessidade da aplicação dos recursos macroeconômicos na
economia global, e faz a prioridade de competências e estudos que analisem o crescimento e
aplicação teórica da macroeconomia. Em suas pesquisam deve na mesma constatar fatos e
acontecimentos que reverberem sua metodologia em aplicações práticas sob a visão no mundo
real. Essas ferramentas possibilitam a criação e o desenvolvimento de mecanismos de
propagação e impulso, sendo que o mesmo transmite impulsos ao longo do tempo, e é
responsável pela dinâmica de modelo, enquanto, o outro, trata as causas das mudanças das
variáveis do modelo, respectivamente (BARBOSA, 2017).
REFERÊNCIAS

KENNEDY, Peter E. Macroeconomia em Contexto: Uma Abordagem Real Aplicada do


Mundo Econômico. 1 ed. Saraiva,2011.
Disponível em: https://www.amazon.com.br/Macroeconomia-Contexto-Abordagem-
Aplicada-Econ%C3%B4mico/dp/8502121537
Acesso em: 06/05/2022

MATA, Henrique Tomé da Costa. Macroeconomia / Henrique Tomé da Costa Mata. -


Salvador: UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis; Superintendência de Educação a
Distância, 2018.
Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28122/1/Macroeconomia.pdf
Acesso em: 06/05/2022

MANKIW, N. Gregory. Introdução a Economia/N. Gregory Mankiew (Tradução Allan


Vidagal Hastings – São Paulo: Cengage Learning, 2009.
Disponível em:https://pt.scribd.com/document/528084670/ECONOMIA-Mankiw-Introducao-
a-Economia
Acesso em: 06/05/2022

CÂMARA, Samuel Façanha. Macroeconomia / Samuel Façanha Câmara. – Florianópolis:


Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2016. 93 p.:
il
Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/643224/2/Macroeconomia.pdf
Acesso em: 06/05/2022

BARBOSA, Fernando de Holanda. Macroeconomia / Fernando de Holanda Barbosa – Rio


de Janeiro – SP - Editora FGV, 2017.
Disponível em: https://epge.fgv.br/we/MFEE/Macroeconomia/2010?
action=AttachFile&do=get&target=MacroHolanda.pdf
Acesso em: 06/05/2022

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