Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FERNANDA GARCIA
GABRIEL LIMA SCORZA - 10420320
JULIA BIANCALANA - 10420416
LARISSA VASCONCELOS - 10425377
MARIA FERNANDA S MOURA - 10420239
NICK KAUÃ F DA SILVA - 10420467
VITOR CORTEZI VIERA - 10332721
VITOR SEICHI KAKIZAKI - 10425513
SÃO PAULO
2023
UNIVERSIDADE PREBITERIANA MACKENZIE
FERNANDA GARCIA
GABRIEL LIMA SCORZA - 10420320
JULIA BIANCALANA - 10420416
LARISSA VASCONCELOS - 10425377
MARIA FERNANDA S MOURA - 10420239
NICK KAUÃ F DA SILVA - 10420467
VITOR CORTEZI VIERA - 10332721
VITOR SEICHI KAKIZAKI - 10425513
SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................4
HISTÓRIA E CONCEITO....................................................................................................................4
INTERAÇAÕ ENTRE A COSMOVISÃO E A EPISTEMEOLOGIA........................................6
INTERAÇAÕ ENTRE A COSMOVISÃO E A LÓGICA............................................................7
INTERAÇÃO ENTRE A COSMOVISÃO E A ÉTICA................................................................7
INTERAÇÃO ENTRE A COSMOVISÃO E A ESTÉTICA.........................................................8
COSMOVISÃO RELACIONADA A RELIGIOSIDADE EM GERAL...........................................9
PRINCIPAIS ASPECTOS DO TEISMO.....................................................................................10
PRINCIPAIS ASPESCTOS DO DEISMO...................................................................................11
PRINCIPAIS ASPECTOS DO NATURALISMO.......................................................................12
CONCLUSÃO.......................................................................................................................................13
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................14
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA E CONCEITO
A ética, originada da palavra grega ethos (modo de ser; caráter) dá origem a outro
conceito: a moral (CHAUÍ, 2019). Ambas estão intrinsecamente conectadas, uma vez que a
moral é vista como como um conjunto de normas/princípios que norteiam um indivíduo ou
uma sociedade; e a ética é vista como a ciência do comportamento moral, que busca
compreender as normas/princípios. Vendo por outra forma, pode-se dizer que a ética
questiona, critica e justifica o que a moral faz.
A relação da ética com a cosmovisão está voltada para determinar se algo é certo ou
errado, e justificar essa decisão (MORELAND, 2005). Tal qual a lógica, cada cosmovisão tem
uma teoria ética divergente. Para exemplificar pode-se utilizar a cosmovisão cultural de
alguns países do Oriente Médio, África e Sudeste Asiático onde é visto como correto e
comum a prática da retirada do clitóris em meninas de 1 semana a 14 anos, enquanto
em sociedades europeias e americanas a mesma prática é considerada um ato chocante
de mutilação (MENAI, 1997). Outro exemplo é a pena de morte, permitida em alguns países
como Guatemala e Estados Unidos, enquanto em alguns países é vista como uma negação dos
direitos humanos (GODOY, 2018).
A relação entre cosmovisão e religiosidade, é tratada por Mircea Eliade em "O Sagrado e
o Profano". Eliade nos faz refletir do mesmo jeito que enfrentamos os acontecimentos do
nosso dia a dia, é da mesma forma que pensamos de acordo com a nossa religiosidade ou de
como as pessoas em volta pensam, assim nos trazendo influências e mudanças a respeito até
mesmo da própria religião. Ele escreve: "A religião é uma forma de experiência, e como tal,
não pode ser reduzida a nenhuma outra forma de experiência" (Eliade, 2011, p. 12). Eliade
nos convida a perceber como a busca pelo sagrado permeia todas as culturas, conferindo
significado a cada aspecto da existência. Isso nos faz sentir a essência única da religião, algo
que vai além da explicação simples: "O homem religioso experimenta profundamente o
mundo e sente que tudo o que vê, toca, e experiência tem um sentido, um valor" (Eliade,
2011, p. 23). Mais uma vez deixando claro procurarmos entender e compreender os mais
diversos pensamentos e assim analisar as práticas religiosas de todos.
Em "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", Max Weber escreve sobre a
influência da cosmovisão religiosa, especificamente do protestantismo e no desenvolvimento
do capitalismo. Ele nos fala sobre como a confirmação na eleição divina impulsiona uma ética
de trabalho árduo e a busca pelo sucesso como uma prova dessa eleição. Weber escreve: "A
convicção de ser eleito cria uma obrigação de provar a própria eleição. Isto é, cria um dever
de viver da maneira que parece mais plausível ser uma expressão dessa eleição" (Weber,
2004a, p. 71). Este pensamento de valorização do esforço e conquista como uma manifestação
da vontade divina ajudou a promover uma mentalidade propícia ao crescimento do
capitalismo. Weber também ressalta como essa visão do mundo religioso impactou a estrutura
econômica e social das sociedades do Ocidente. Por meio dessa análise, ele nos mostra como
as crenças religiosas podem causar efeitos importantes no comportamento das organizações
sociais e econômicas.
Em "As Regras do Método Sociológico", Émile Durkheim tem e defende a ideia de
que a religião é fundamental em unir as pessoas, já que os valores são compartilhados entre os
membros da sociedade, fortalecendo e influenciando, fazendo com que um grupo maior
participe. Ele escreve: "A religião é uma coisa eminentemente social; religar um homem a
uma comunidade determinada de crentes" (Durkheim, 2007, p. 39). Para Durkheim, a religião,
além de vim de pensamentos e valores individuais, ela une as pessoas por meio do
compartilhamento de rituais e crenças, formando uma sociedade que expressa dos mesmos
valores. O autor ainda reforça as normas e valores que são estabelecidas para um bom
convívio, compreensão e comportamento nas dinâmicas sociais e culturais, sendo um
solidário ao outro.
Cosmovisão é como um indivíduo ou sociedade percebe e entende o mundo a sua
volta. A religiosidade é basicamente a religião que a pessoa segue, com base em sua crença e
práticas sagradas, relacionadas em grande maioria a mitologia e ao divino. A interligação
desses dois princípios ocorre devido à influência da visão do mundo de uma pessoa em sua
compreensão espiritual e religiosa. Uma cosmovisão humanística, por exemplo, não acredita
em deuses ou religiões espirituais, no entanto, confirma e se relaciona com essas entidades.
Portanto, diversos pontos de vista do mundo podem ter um enorme efeito na visão de uma
pessoa ou de várias em relação à religião e espiritualidade.
Teísmo e Deísmo são crenças dentro do pensamento cristão que dizem a respeito da
forma do relacionamento de Deus com sua criação e com o universo. Essas formas implicam
diretamente em nossa forma de enxergar a natureza, moralidade e propósito da existência
humana. “Sob o ponto de vista etimológico o termo teísmo vem do grego θεός [theós] (que
quer dizer Deus) e à semelhança do termo deísmo, que vem do latim deus, significa «crença
em Deus» ou «doutrina que admite a crença na existência de Deus»” (DIMAS, 2014, p.452).
Deísmo: basicamente a crença em um só Deus que criou o mundo e os seres, leis para
que o universo continuasse seu caminho sem mais a interação com sua criação. Ou seja, Deus
não interfere mais em sua criação, uma divindade impessoal que se revelou apenas no
momento da criação. Dessa forma, seria como um “Deus relojoeiro” iniciando o processo
cósmico, mas universo segue adiante sem necessitar da supervisão divina.
“A crítica filosófica à religião concentrou-se, pouco a pouco, em afirmar a diferença
entre a crença numa divindade sobrenatural, que impõe leis aos seres humanos, e o
conhecimento racional da verdadeira essência de Deus. Essa crítica conduziu, nos séculos
XVII e XVIII, à ideia de uma religião não revelada, não sobrenatural, chamada deísmo ou
religião natural.” (CHAUÍ, 2019, p.290).
É importante destacar também que o deísmo não possui práticas e regras religiosas,
mesmo estando dentro do grupo do teísmo. Por isso não existe um “adeísmo”. Contudo, a
inexistência da interferência ou interação divina também implica que milagres (ponto de
conexão entre o sobrenatural e o natural) não existem, portanto, o deísmo acaba também
mergulhando em pensamentos filosóficos (racionais) caminhando ao ateísmo.
CONCLUSÃO
O conceito de cosmovisão passou através de diversos filósofos e períodos que o
conceituaram de maneira diferente. Porém, o conceito geral permanece o mesmo: cosmovisão
é a lente que usamos para enxergar o mundo. Ela se relaciona com todas as áreas da vida do
indivíduo, desde a forma como obtemos e consideramos o conhecimento até o julgamento de
belo e errado.
Dessa forma, percebe-se que existem inúmeras formas de enxergar o mundo. Dentro
de cada cosmovisão existem segmentos que as subdividem ainda mais, fazendo com que
nenhuma cosmovisão no mundo seja igual a outra. Todas são únicas, pois o modo de pensar
do ser humano é único.
No entanto, apesar de nenhuma cosmovisão ser igual a outra, há aquelas que tem
características principais semelhantes, que formam grupos dentro da sociedade, as
segmentando de outras cosmovisões. É o caso do teísmo, naturalismo e deísmo.
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, Marilena. Iniciação a Filosofia. 13. ed. São Paulo: Editora Ática, 2019.
DA REDAÇÃO. Wittgenstein: “Os limites da minha linguagem são os limites do meu
mundo”. Super. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ideias/os-limites-da-minha-
linguagem-sao-os-limites-do-meu-mundo-wittgenstein>. Acesso em: 29 mar. 2024.
DIMAS, Samuel. A filosofia da religião de David Hume: teísmo, ateísmo ou deísmo?. Revista
Filosófica de Coimbra, v. 23, n. 46, p. 449-468, 2014.
GODOY, Cristhian. Pena de Morte: um olhar para os Direitos Humanos. Jusbrasil, 2018.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/pena-de-morte-um-olhar-para-os-
direitos-humanos/545303690. Acesso em: 27 mar. 2024.
HEBER CAMPOS JR. Breve história do termo “cosmovisão”. Ministério Fiel. Disponível
em: <https://ministeriofiel.com.br/artigos/breve-historia-do-termo-cosmovisao/>. Acesso em:
29 mar. 2024.
KANT, Immanuel. Crítica da Faculdade do Juízo. 3. ed. São Paulo: Forense Universitária,
2012.
MORELAND, J P; CRAIG, William Lane. Filosofia e Cosmovisão Cristã. 1. ed. São Paulo:
Vida Nova, 2005.
MORELAND. J. P.; CRAIG, William Lane. Filosofia e cosmovisão cristã. São Paulo: Vida
Nova, 2005.
NAUGLE, David. Filosofia: um guia para estudantes. Brasília: Monergismo, 2014. E-book
Porto Editora – -ismo no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto:
Porto Editora. [consult. 2024-03-28 18:54:28]. Disponível em:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/-ismo. Acesso em 29/02/2024.
Professor Souza, de Gaspar, eis nosso tempo: Naturalismo, uma cosmovisão, 2010, São
Paulo, Disponível em: http://profgaspardesouza.blogspot.com/2010/04/naturalismo-uma-
cosmovisao.html. Acesso em 29/02/2024.
SOUZA, Isabela. Comunismo: 4 pontos para entender este conceito. Politize!, 2017.
Disponível em:
https://www.politize.com.br/comunismo-o-que-e/?https://www.politize.com.br/
&gad_source=1&gclid=EAIaIQobChMIr__V-
P6UhQMVTUFIAB2xDAOeEAAYASAAEgIyuPD_BwE. Acesso em: 27 mar. 2024.
SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. 12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004a.