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MUDANÇA EPISTEMOLOGICA E

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO SISTÊMICO


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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

O CONTEXTO HISTÓRICO E EPISTEMOLÓGICO DO PENSAMENTO


SISTÊMICO NO SÉCULO XX ............................................................................ 5

A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS: CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E


CONCEITUAIS ................................................................................................... 7

PENSAMENTO MECANICISTA X PENSAMENTO SISTEMICO .......... 12

A CIBERNETICA ................................................................................... 14

CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS DO PENSAMENTO SISTÊMICO ......... 17

A PRATICA SISTEMICA NO CAMPO DA PSICOLOGIA ...................... 19

Referências............................................................................................ 24

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO
A epistemologia do Pensamento Sistêmico (PS) passou por importantes
transformações ao longo do século XX e, progressivamente, ganha espaço nas
investigações científicas e intervenções em diferentes contextos e áreas do
conhecimento. Compreender seus princípios epistemológicos tem sido um
desafio em cursos de graduação e pós graduação, sendo condição sine qua non
na produção de pesquisas e intervenções sistêmicas.

O pensamento sistêmico emerge com força no século XX e ganha


arcabouço teórico e reconhecimento na primeira metade do século com o
desenvolvimento e visibilidade de três importantes teorias sistêmicas, quais
sejam: a Teoria Geral dos Sistemas (TGS), a Cibernética e a Teoria da
Comunicação (Vasconcellos, 2010).

Destaca-se também a Biologia do Conhecer, teoria sistêmica


contemporânea desenvolvida por Humberto Maturana e Franscisco Varela, por
suas importantes contribuições à ciência com um entendimento sobre como os
seres humanos conhecem. Como também a Biologia-Cultural desenvolvida por
Maturana e Ximena Dávila Yáñez

Para fins de compreensão didática, de um amplo conjunto de descrições,


Vasconcellos (2010) distinguiu três dimensões do paradigma da ciência
tradicional e três da ciência novo-paradigmática, a fim de organizar um quadro
de referência.

Quadro de referência organizado a partir das descrições de Vasconcellos


(2002). A ciência tradicional é caracterizada pelos pressupostos da simplicidade,

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estabilidade e objetividade (Vasconcellos, 2010). No pressuposto epistemológico


da simplicidade há a crença de que ao separar o complexo em partes é possível
conhecê-lo e, nesta direção, as pesquisas científicas estabelecem uma "atitude
de análise e busca de relações causais lineares" (p. 69).

O pressuposto da estabilidade do mundo refere-se à crença de que o


mundo é estável, ou seja, que há regularidade e ordenação, cujo funcionamento
pode ser conhecido, controlado, previsto, explicado a partir da formulação de leis
explicativas sobre os fenômenos. E o pressuposto da objetividade compreende
que a realidade existe independente do observador, sendo possível conhecê-la
objetivamente, sem a interferência da subjetividade do pesquisador. A busca de
leis gerais e atemporais constitui-se num dos principais objetivos da ciência
tradicional (Schmidt, Schneider, & Crepaldi, 2011).

A ciência pós-moderna, envolve ultrapassar os pressupostos da ciência


tradicional, sendo caracterizada pelos pressupostos da complexidade,
instabilidade e intersubjetividade (Vasconcellos, 2010). A dimensão da
complexidade se sustenta em três princípios, cuja epistemologia foi desenvolvida
por Edgar Morin, quais sejam, o dialógico, a recursividade e o hologramático
(Morin, 2011). O princípio dialógico considera a realidade como multiversa ou
seja, parte da premissa de que coexistem múltiplas versões sobre os fenômenos
e descarta a necessidade de que se chegue a um entendimento unificador.

A recursividade, em latim recurrere, significa tornar a correr, percorrer de


novo, e alude à relação que se estabelece entre produto e produtor, ou seja,
concebe que o produto é produtor daquilo que produz, inviabilizando explicações
lineares e unicausais. E o terceiro princípio, o hologramático, considera que a
parte está no todo, assim como, o todo está na parte, lógica vigente tanto no
mundo biológico, como no mundo sociológico. O conhecimento assimilado sobre
as partes contribui para a compreensão do todo e vice-versa, num movimento
gerador de conhecimentos (Morin, 2011).

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O CONTEXTO HISTÓRICO E EPISTEMOLÓGICO


DO PENSAMENTO SISTÊMICO NO SÉCULO XX
A epistemologia do PS emergiu com força no cenário científico no século
XX e para facilitar a compreensão de seu desenvolvimento histórico e
epistemológico, propõe-se a representação gráfica apresentada na Figura 2,
nomeada de Espiral histórica e epistemológica do PS.

A imagem da espiral tem como propósito representar tanto o


desenvolvimento histórico, quanto o desenvolvimento epistemológico do PS,
relacionando-os ao conceito de recursividade. Quanto ao desenvolvimento

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histórico, a espiral simboliza a não linearidade em que ocorrem os eventos ao


longo da história e a relação recursiva entre eles.

Quanto ao desenvolvimento epistemológico, busca favorecer o


entendimento de que teorias elaboradas num dado momento histórico,
contribuem para impulsionar e mobilizar a produção de outras teorias, ou seja,
há conexões, articulações e inter-relações entre importantes pesquisadores das
teorias sistêmicas produzidas durante o século XX. Devido à finalidade didática
deste texto são distinguidas algumas teorias sistêmicas, destacadas na
literatura, cuja relevância para o desenvolvimento epistemológico do PS é
incontestável. Serão apresentadas: a Teoria Geral dos Sistemas (TGS), a
Cibernética, a Teoria da Comunicação, a Biologia do Conhecer e a Biologia-
Cultural. A utilização da espiral também se propõe a criar uma 'ilha de ordem
num mar de caos', termo utilizado por Najmanovich (2002) para caracterizar a
organização de determinados elementos de tal maneira que gere ordem e
possibilite uma suposta compreensão, sem desconsiderar a complexidade na
qual estão imersos os fenômenos de estudo, nesse caso, a evolução dos
princípios epistemológicos do PS.

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A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS:


CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E CONCEITUAIS
Desde a década de 1920, quando inicia sua carreira como biólogo em
Viena, Ludwig Von Bertalanffy critica a predominância do enfoque mecanicista
tanto na teoria quanto na pesquisa científica. Em 1925, ele publica suas ideias
em alemão e, em 1930, lança alguns artigos na Inglaterra. Na década seguinte,
o autor apresenta sua teoria do organismo considerado como sistema aberto.
Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as ideias de Bertalanffy não
foram bem aceitas em um primeiro momento.

O biólogo conhece então, a Teoria da Cibernética que florescia nos


Estados Unidos e passa a ser influenciado por ela. Em 1960, Bertalanffy começa
a ministrar conferências nos Estados Unidos e em 1967 e 1968 publica a Teoria
Geral dos Sistemas por meio de uma editora canadense e, em função da maior
propagação de suas ideias, que passam a estar disponíveis em língua inglesa,
a Teoria ganha visibilidade (Vasconcellos, 2010).

A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica.


Contudo, elas são diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais
ampla e abarca todas as áreas do conhecimento (Física, Química, entre outras).
Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a área da Psicologia. Para fins

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práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mostra errôneo,
mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (Costa, 2010).

Assinala-se que, em 1912, o pesquisador, médico, filósofo e economista


russo Alexander Bogdanov, também desenvolveu uma teoria, que se assemelha
à Teoria Geral dos Sistemas, a qual deu o nome de Tectologia. O principal
objetivo era esclarecer e generalizar os princípios de organização de todas as
estruturas vivas e não vivas e formular uma ciência universal da organização.
Mesmo que tal teoria seja anterior a Teoria Geral dos Sistemas e que, em 1928,
tenha sido publicada uma segunda edição elaborada em alemão, Bertalanffy não
faz referências a Bogdanov em seus livros (Capra, 2006). Bertalanffy confere
importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento científico por meio
de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas. De
acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser
descritos pela termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em
estado de equilíbrio térmico ou próximo dele.

Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria


e de energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto,
afastados do equilíbrio em um estado quase estacionário ou em equilíbrio
dinâmico (Capra, 2006).

O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os


princípios universais aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza
física, biológica ou sociológica. Bertalanffy conceitua sistema como um complexo
de elementos em estado de interação. A interação ou a relação entre os
componentes torna os elementos mutuamente interdependentes e caracteriza o
sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes independentes (Vasconcellos,
2010).

A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do Pensamento


Sistêmico e da Biologia (Costa, 2010), incidindo na generalização do Modelo
Organicista, ou seja, na noção de que o universo pode ser pensado como um
grande organismo vivo (Pinheiro, Crepaldi, & Cruz, 2012). Assim, pressupõem-
se que os fenômenos não podem ser considerados isoladamente, e sim, como

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parte de um todo. Sendo assim, o todo emerge além da existência das partes e
“as relações são o que dá coesão ao sistema todo, conferindo-lhe um caráter de
totalidade ou globalidade, uma das características definidoras do sistema”
(Vasconcellos, 2008, p.199).

Os conceitos básicos de sua teoria são: globalidade, não-somatividade,


homeostase, morfogênese, circularidade e equifinalidade (Vasconcellos, 2010).
Segue abaixo uma breve descrição de cada um desses conceitos. De acordo
com a globalidade, todos os sistemas funcionam como um todo coeso e
mudanças em uma das partes provocam mudanças no todo. O conceito de não-
somatividade afirma que o sistema não é a soma das partes, devendo-se
considerar o todo em sua complexidade e organização; assim, embora o
indivíduo faça parte da família, ele mantém sua individualidade. A homeostase é
o processo de autorregulação que mantém a estabilidade do sistema
preservando seu funcionamento.

A morfogênese é o processo oposto a homeostase, ou seja, é a


característica dos sistemas abertos de absorver os aspectos externos do meio e
mudar sua organização. A circularidade, também chamada de causalidade
circular, bilateralidade ou não-unilateralidade, diz respeito à relação bilateral
entre elementos, sendo que esta relação é não linear e obedece a uma
sequência circular.

O último conceito, equifinalidade, refere que em um sistema aberto, o


resultado de seu funcionamento independe do ponto de partida, ou seja, o
equilíbrio é determinado pelos parâmetros do sistema; diferentes condições
iniciais geram igualdade de resultados e diferentes resultados podem ser
gerados por diferentes condições iniciais. Desta forma, nos sistemas fechados o
estado de equilíbrio é dado pelas condições iniciais (Barcellos & Moré, 2007;
Osorio, 2002; Vasconcellos, 2010).

A Teoria Geral dos Sistemas também fez uso do conceito de


retroalimentação ou feedback que emergiu na cibernética (como será ressaltado
adiante), o qual garante a circulação de informações entre elementos do sistema.
A retroalimentação pode ser negativa, o que acontece quando esse mantém a

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homeostase, ou positiva, ocorre quando o sistema responde pela mudança


sistêmica (morfogênese) (Vasconcellos, 2010).

Além desses conceitos, Bertalanffy dedicou-se a investigar os princípios


básicos interdisciplinares que pudessem constituir uma teoria interdisciplinar.
Apontou para a necessidade de categorias mais amplas de pensamento
científico, de forma que a Sociologia e a Biologia também pudessem ser
abarcadas por uma ciência mais rigorosa, além da Física e da Química.

O autor não queria se afastar do referencial da ciência tradicional e por


isso manteve-se preso ao pressuposto de objetividade. Ele acreditava em um
mundo hierarquicamente organizado, em uma realidade independente do
observador (Capra, 2006). De acordo com Bertalanffy, uma Teoria Geral dos
Sistemas ofereceria um arcabouço conceitual abrangente capaz de unificar
várias disciplinas científicas que, naquele momento, estavam isoladas e
fragmentadas.

Propõe, portanto, uma ciência da totalidade, da integridade ou de


entidades totalitárias. O autor busca uma síntese do conhecimento sem eliminar
as diferenças por meio de um esquema claro e consistente de conceitos, uma
teoria unitária em torno de conceitos de sistema e organização. O foco é
deslocado da constituição das entidades para a organização dos sistemas e para
o conceito de interação (Grandesso, 2000).

A interação gera realimentações (feedbacks) que podem ser positivas ou


negativas, criando assim uma autorregulação regenerativa, que, por sua vez,
cria novas propriedades, as quais podem ser benéficas ou maléficas para o todo
independente das partes. A interação dos elementos do sistema é chamada de
sinergia.

Por outro lado, a entropia é a desordem ou ausência de sinergia. Um


sistema pára de funcionar adequadamente quando ocorre entropia interna. Os
sistemas orgânicos em que as alterações benéficas são absorvidas e
aproveitadas sobrevivem, e os sistemas onde as qualidades maléficas ao todo
resultam em dificuldade de sobrevivência tendem a desaparecer caso não haja
outra alteração de contrabalanço que neutralize aquela primeira mutação. Assim,

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de acordo com Bertalanffy, a mudança permanece ininterrupta enquanto os


sistemas se autorregulam e se retroalimentam (Vasconcellos, 2010).

Um sistema realimentado é necessariamente um sistema dinâmico, já que


deve haver uma causalidade implícita. Em um ciclo de retroação, uma saída é
capaz de alterar a entrada que a gerou, e consequentemente, a si própria. Se o
sistema fosse instantâneo, essa alteração implicaria uma desigualdade.
Portanto, em uma malha de realimentação deve haver certo retardo na resposta
dinâmica. Esse retardo ocorre devido a uma tendência do sistema de manter o
estado atual mesmo com variações bruscas na entrada, isto é, ele deve possuir
uma tendência de resistência a mudanças.

Assim, uma organização realimentada e autogerenciada gera um sistema


cujo funcionamento é independente da substância concreta dos elementos que
a formam. Dessa forma, elementos podem ser substituídos sem dano ao todo, o
que caracteriza o processo de autorregulação, no qual o todo assume as tarefas
da parte que falhou (Vasconcellos, 2010). Na década de 1940, aportes teóricos
se articularam à Teoria Geral dos Sistemas, quais sejam, a Cibernética e a
Teoria da Comunicação. Embora Osório (2002) afirme que a Teoria dos Jogos
também influenciou a Teoria Geral dos Sistemas, optou-se aqui por tratar
exclusivamente da Cibernética e da Teoria da Comunicação, visto apenas estas
são referenciadas nas obras como fundantes da Teoria Geral dos Sistemas.

Dessa forma podemos entender o pensamento anterior mecanicista e o


pensamento sistêmico como um todo.

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PENSAMENTO MECANICISTA X PENSAMENTO


SISTEMICO

O pensamento sistêmico é uma forma de abordagem da realidade que


surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento “reducionista-
mecanicista” herdado dos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como
Descartes, Francis Bacon e Newton.

O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas acredita


que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento humano e
para descrição do universo material, e por isso deve ser desenvolvida
conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições
espirituais. Isto se deve à limitação do método científico e da análise quando

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aplicadas nos estudos de física subatômica (onde se encontram as forças que


compõem todo o universo), biologia, medicina e ciências humanas.

É visto como componente do paradigma emergente, que tem como


representantes cientistas, pesquisadores, filósofos e intelectuais de vários
campos. O pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade.

Uma “visão sistêmica” é uma maneira importante de pensar a respeito de


melhorias. Isto significa ver a organização mudando com o tempo para melhor
satisfazer às necessidades do cliente. O sistema é composto de pessoas,
departamentos, equipamentos, instalações, processos e produtos
interdependentes, todos trabalhando em direção a um propósito comum.

Ainda que isto possa soar como uma novidade, todos nós já fazemos
parte de muitos sistemas – nossa família, nossa comunidade, nosso estado, o
lugar onde nós trabalhamos, etc. Estes são apenas alguns sistemas que vêm à
mente. O conceito de sistema é uma estrutura útil para pensarmos sobre
melhorias.

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A CIBERNETICA
A Cibernética influenciou, sobremaneira, o PS a partir da década de 1940
e constituise como uma das fontes teóricas mais importantes (Kasper, 2000).
Norbert Wiener (1984- 1964), matemático, graduado em filosofia é reconhecido
como principal expoente da Cibernética, caracterizada como a "área da ciência
que estuda os processos de controle e transmissão de informação nos seres
vivos e nas máquinas" (Grzybowski, 2010, p. 375).

Foi especialmente impulsionada por pesquisas financiadas pelos Estados


Unidos com vistas a contribuir com o aprimoramento de máquinas, utilizadas na
Segunda Guerra Mundial, que tivessem a performance de funções humanas
(Gomes et al., 2014).

Esta teoria possui importantes mudanças ao longo do seu


desenvolvimento e recebe duas denominações que as caracterizam: Cibernética
de primeira ordem - que se subdivide em Primeiro momento e Segundo
momento, e Cibernética de segunda ordem. No Primeiro momento da
Cibernética de primeira ordem, o entendimento é de que o sistema opera com
um propósito ou meta e os mecanismos de regulação e controle garantem seu
alcance.

Trata de processos morfoestáticos, para manutenção da mesma forma, o


que é resultado da retroalimentação negativa, ou seja, traz o sistema para o
equilíbrio homeostático, a partir da correção ocasionada pelo feedback negativo
(Kasper, 2000; Vasconcellos, 2010). É uma teoria sistêmica, por considerar a
complexidade dos fenômenos e suas inter-relações, no entanto, sua ênfase no
observador como o expert, mantém o pressuposto da objetividade; e o
entendimento pautado na causalidade linear, mantém o pressuposto da
estabilidade, da ciência tradicional.

Por isso, este momento da teoria não é alinhado com o pensamento


sistêmico novo paradigmático proposto por Vasconcellos (2010), pois é preciso
que os três pressupostos sejam considerados na análise dos fenômenos.
Contudo, o Segundo momento da Cibernética de primeira ordem ocupa-se dos
processos morfogenéticos, que resultam do feedback ou retroalimentação

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positiva e consequente amplificação de desvios e produção de novas formas de


funcionar, se a estrutura do sistema permitir (Kasper, 2000; Vasconcellos, 2010).
O pressuposto da instabilidade é considerado neste segundo momento da
Cibernética de primeira ordem e a noção de mundo como um processo em
contínua transformação (Gomes et al., 2014).

O primeiro e o segundo momento da Cibernética de primeira ordem tratam


de 'sistemas observados', ou seja, mantêm a objetividade e a consideração do
observador independente da realidade observada e, desta forma, não integram
o pressuposto da intersubjetividade (Vasconcellos, 2010). Sendo assim, apesar
de sistêmicas, a Teoria Geral dos Sistemas e a Cibernética de primeira ordem,
não são consideradas teorias alinhadas com o pensamento sistêmico novo-
paradigmático.

O desenvolvimento da Cibernética constituiu-se como um contexto


favorável para o questionamento da objetividade nas pesquisas científicas e fez
emergir a necessidade de consideração da interferência do observador nos
fenômenos observados. Isto ocorreu a partir da aproximação de importantes
cientistas a esta teoria, dentre eles os biólogos chilenos Humberto Maturana e
Francisco Varela, assim como do físico austríaco Heinz von Foerster, e do
sociólogo francês Edgar Morin. Maturana e Varela, a partir de meados dos anos
de 1960, trouxeram importantes contribuições à ciência com uma teoria científica
sobre como os seres humanos conhecem, a Biologia do Conhecer.

Trata-se de uma ‘teoria do observador’ que tem em sua base o


entendimento de que ‘todo ato de conhecer faz surgir um mundo’ e toda reflexão
ocorre na linguagem, constituindo-se como instrumento cognitivo dos seres
humanos (Maturana & Varela, 2001; Maturana, 2014a). Devido à relevância das
contribuições de Humberto Maturana para o desenvolvimento da ciência pós-
moderna, mais adiante serão apresentados seus principais conceitos e
contribuições, tanto na Biologia do Conhecer, quanto na BiologiaCultural,
epistemologia que desenvolveu com Ximena Dávila Yáñez a partir de 1999,
quando aposentou-se da Universidade de Santiago, no Chile. A noção de
'sistema observante' foi trazida para a Cibernética, por Foerster em 1972, quando

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já se referia à Maturana e Varela ao apresentar os fundamentos lógicos-


biológicos de uma teoria do observador (Vasconcellos, 2010).

Ao tomar a si própria como objeto de estudo, a Teoria Cibernética dá um


salto qualitativo e passa a ser denominada como Cibernética da Cibernética e,
posteriormente, de Cibernética de Segunda Ordem ou Cibernética dos Sistemas
Observantes (Grandesso, 2011).

A Cibernética transformou-se em uma epistemologia ao incluir o


observador nos sistemas que observa, "ocupando-se com os limites e
possibilidades do conhecimento" (Grandesso, 2011, p.136). A epistemologia da
Si-Cibernética, ou Cibernética novo - paradigmática, assume igualmente os três
pressupostos epistemológicos distinguidos por Vasconcellos (2010) como
definidores do Pensamento sistêmico novo-paradigmático, quais sejam, a
complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade.

O embasamento da Teoria Familiar Sistêmica pela Cibernética resultou


em alguns conceitos. Dentre os principais, citam-se as regras familiares e as
sequências de interação familiar. De acordo com Nichols e Schwartz (1998), as
regras familiares regulam a variação homeostática da família, administrando a
extensão de comportamentos que o sistema familiar pode tolerar. Por meio dos
mecanismos de feedback negativo, as famílias cumprem suas regras (que
podem incluir sintomas, culpas ou mensagens duplas, por exemplo). Esses
mecanismos retroalimentadores negativos representam os comportamentos
familiares que podem até ser modificados de modo superficial, porém ainda
permanecem governados pelas regras anteriores. São, portanto, condizentes
com a Primeira Cibernética, no contexto da Cibernética de Primeira Ordem. As
sequências de interação familiar caracterizam os movimentos de
retroalimentação, que agem de acordo com um padrão de reação em torno de
possíveis problemas. Quando a retroalimentação negativa é ineficaz, a família
desencadeia mecanismos reatroalimentadores positivos, que possibilitam uma
mudança no padrão de comportamento familiar. Tal mudança caracteriza a
transição da Primeira para a Segunda Cibernética e representa o pressuposto
pela Cibernética de Segunda Ordem.

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CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS DO PENSAMENTO


SISTÊMICO
A palavra “sistema” deriva do grego synhistanai que significa colocar
junto. O entendimento sistêmico requer uma compreensão dentro de um
contexto, de forma a estabelecer a natureza das relações. A principal
característica da organização dos organismos vivos é a natureza hierárquica, ou
seja, a tendência para formar estruturas multiniveladas de sistemas dentro de
sistemas. Cada um dos sistemas forma um todo com relação as suas partes e
também é parte de um todo. A existência de diferentes níveis de complexidade
com diferentes tipos de leis operando em cada nível forma a concepção de
“complexidade organizada” (Vasconcellos, 2010).

O primeiro dos critérios fundamentais do Pensamento Sistêmico se refere


à mudança das partes para o todo, a partir do entendimento de que as
propriedades essenciais são do todo de forma que nenhuma das partes as
possui, pois estas surgem justamente das relações de organização entre as
partes para formar o todo. Outro critério diz respeito à capacidade de deslocar a
atenção de um lado para o outro entre níveis sistêmicos (Vasconcellos, 2010). O
pensamento é contextual, pois a análise das propriedades das partes não explica
o todo. É ambientalista porque considera o contexto.

A ênfase está nas relações e não nos objetos, ou seja, os próprios objetos
são redes de relações, embutidas em redes maiores. O mundo vivo é entendido
como uma rede de relações. O conhecimento científico é tido como uma rede de
concepções e de modelos sem fundamentos firmes e sem que um deles seja
mais importante do que outros. O mundo material é visto como uma teia dinâmica
de eventos interrelacionados (Vasconcellos, 2010).

Por fim, o último critério se refere à mudança da ciência objetiva para a


epistêmica; o método de questionamento torna-se parte integral das teorias
científicas. A compreensão do processo de conhecimento precisa ser

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explicitamente incluída na descrição dos fenômenos naturais, de forma que tais


descrições não são objetivas (Capra, 2006; Grandesso, 2000; Vasconcellos,
2010).

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A PRATICA SISTEMICA NO CAMPO DA


PSICOLOGIA
Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na
Cibernética de Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e
Watzlawick, surge a prática sistêmica. Capra destaca que “com o forte apoio
subsequente vindo da Cibernética, as concepções de Pensamento Sistêmico e
de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da linguagem científica
estabelecida, e levaram a numerosas metodologias e aplicações novas” (1996,
p. 53). Atualmente, as áreas de aplicação do Pensamento Sistêmico são
planejamento e avaliação, educação, negócios e administração, saúde pública,
sociologia, ciências da terra, desenvolvimento humano, ciências cognitivas,
dentre outras (Cabrera, Colosi & Lobdell, 2008).

O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de


intervenção para a clínica de família. Dessen (2010) ressalta a relevante
contribuição da Teoria Sistêmica da família, a partir da segunda metade do
século XX, visto que trouxe um novo olhar para o contexto familiar. A adoção da
Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema complexo,
composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o
conjugal e o parental (Kreppner, 2000).

O estudo de Costa (2010) destaca brevemente os momentos cruciais da


construção teórico metodológica que caracterizaram o início da Terapia de
Família e marcaram seu desenvolvimento. A autora também apresenta as
diferentes Escolas de Terapia Familiar, desde aquelas fortemente influenciadas
pela Cibernética até aquelas que assimilaram as contribuições do Construtivismo
e do Construcionismo Social.

No campo da Psicologia Clínica, até a década de 1940, a prática


terapêutica era orientada pela Psicanálise e a ideia hegemônica era a de que o
comportamento humano era regido por forças intrapsíquicas. Como
consequência da Segunda Guerra Mundial, houve um movimento de união das

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famílias e tornaram-se mais fortes as críticas à Psicanálise por não dar a ênfase
necessária aos contextos ambientais. A Teoria Sistêmica passa a ganhar força
trazendo a proposta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para
os sistemas humanos, ou seja, do intrapsíquico para o interrelacional.

Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um movimento de


combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e
novos conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria
da Comunicação. Desta combinação nasce uma “nova perspectiva sobre a
complexidade e reciprocidade do comportamento humano e seu
desenvolvimento dentro da rede de relações e da cultura da comunicação dentro
da família” (Kreppner, 2003, p. 202).

O pensamento sistêmico, segundo Grandesso, (2000) e Vasconcelos


(1995), dentro do campo das psicoterapias, propõe uma mudança de foco das
teorias que sustentam a clínica enquanto prática: do indivíduo para os sistemas
humanos, portanto, do intrapsíquico para o inter-relacional. Com relação a isto
Grandesso (2000, p.116 ) afirma:

A grande virada, ao se enfatizar os problemas como


sistêmicos foi a ênfase nos contextos e na postulação de uma
causalidade circular para os fenômenos, favorecendo uma
abertura do campo da psicoterapia para uma espécie de
interdisciplinaridade, ampliando as fronteiras para a
compreensão da pessoa humana para além do psicológico.

Assim, a intervenção sistêmica entende o sujeito dentro de um contexto


interacional ou interpessoal, de modo que os sintomas que este possa
desenvolver sejam vistos como o resultado de suas inter-relações dentro dos
sistemas dos quais ele faz parte. Este olhar difere do modelo médico e até dos
modelos psicodinâmicos tradicionais, nos quais o locus do sintoma é o indivíduo,
seja pela sua biologia, bioquímica ou genética, no primeiro modelo, seja pelo seu
desenvolvimento intrapsíquico, nos segundos.

Böing et al. (2009) ressaltam que, na área da saúde, a escuta psicológica,


de acordo com a Perspectiva Sistêmica, é considerada uma estratégia para

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considerar seres humanos em contextos de forma que as ações sempre partam


do contexto e sejam dirigidas para o contexto. O profissional de Psicologia, nesse
cenário, desempenha um papel de mediador e catalisador das potencialidades
e dos recursos, tanto das pessoas em si como da comunidade, na satisfação das
necessidades e na melhora da qualidade de vida. O psicólogo, juntamente aos
demais profissionais da equipe de saúde, coordena ações que levem à
ampliação da situação apresentada, criem contextos de autonomia e favoreçam
a mudança (Moré & Macedo, 2006; Vasconcellos, 2008).

O Pensamento Sistêmico pode ser utilizado em qualquer contexto, como


em situações de mediação familiar em ambiente jurídico (Bueno, Leal, & Souza,
2012). Nesse contexto, o embasamento sistêmico se mostra útil para pensar as
famílias e os casais cujo processo de separação conjugal litigioso foi o motivo do
encaminhamento.

Ao compreender essas famílias como sistemas, amplia-se o olhar sobre


as mesmas, corresponsabiliza-se os membros da família pelo modo de
relacionamento estabelecido e questiona-se a problemática apresentada,
explorando o que está por trás do conflito. Realizar intervenções de modo a
modificar os padrões de interação disfuncionais tem se mostrado benéfico, pois
ao desenvolver formas de relacionamento mais funcionais, o sistema se mostra
mais saudável.

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Cabe aqui citar Minayo (2006), para quem o pensamento sistêmico é


ainda incipiente nos estudos em saúde coletiva, por desconhecimento de que
não é sinônimo de teorias funcionalistas que utilizam a metáfora do “organismo
biológico” para representar todas as possibilidades de construção do mundo.
“Ele traz, ao contrário, a possibilidade de ter um olhar mais abrangente e
complexo que atravessa as interconexões entre o biológico, o social e o
ambiental” (p.138).

Assim, o pensamento sistêmico oferece importantes contribuições para a


área da saúde, pois a compreensão da complexidade dos seres vivos e de suas
relações em contextos precisa ser levada em conta na produção da saúde
humana. A partir do reconhecimento de que as ações em saúde,
independentemente do nível em que elas aconteçam, precisam ser
contextualizadas e olhadas na perspectiva da integralidade, exigem-se novas
metodologias de abordagem para se poder contemplar a articulação entre os

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componentes da saúde na sua concepção ampliada, as questões sociais e o


meio ambiente (Moré et al., 2007).

Nesse sentido, ressalta-se que proceder à revisão e compreensão de


parâmetros de atuação sob o olhar da complexidade implica necessariamente,
para o profissional, significar e adaptar sua prática a fim de propiciar uma escuta
contextualizada, cujo pressuposto, segundo (Moré, 2006), respalda-se na
necessidade de compreender o contexto como um campo de possibilidades de
sentido e significação das nossas práticas, e escuta como a capacidade de
considerar o outro “(...) na sua alteridade, independente do lugar (...)”(Moré,
2006, p.22).

Assim, desenvolver a posição de escuta contextualizada, que considera


e “pensa” os seres humanos em contextos (Moré, Crepaldi, Queiróz, Wendt, &
Cardoso, 2004), permite o desenvolvimento da postura da clínica ampliada,
entendida como uma leitura da realidade que implica, necessariamente, a
presença de saberes que vão além daqueles que guiam tradicionalmente a
formação do psicólogo e a busca constante do protagonismo de todos os
envolvidos numa situação de intervenção.

Sobre os profissionais, pode-se dizer que lidam com o “fenômeno da


impotência versus possibilidades”, pois suas atuações ocorrem dentro do que
as possibilidades permitem. Algumas problemáticas serão constantemente
enfrentadas, podendo levar o profissional à dessensibilização de seu
trabalho, culminando em uma falta de motivação e confiança em relação às
atividades que desempenha. Por esta razão, “os profissionais e/ou pessoas
envolvidas têm que estar atentos para não perder a sua capacidade de
estranhamento, de surpresa, de questionamento e reflexão sobre suas
ações. O desenvolvimento destas capacidades é um ingrediente
fundamental.

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