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APLICADA
AO CUIDADO
Introdução
A história da psicologia perpassa a formação da ciência moderna e de
um modelo de racionalidade que se tornou hegemônico no Ocidente.
Esse campo emerge como ciência independente na esteira de uma série
de debates filosóficos e sociais a respeito do sujeito e da subjetividade.
Nesse contexto, surgem diferentes projetos de psicologia, que levaram
ao nascimento da psicologia como ciência e profissão.
Neste capítulo, você estudará a emergência da psicologia como
ciência a partir de uma contextualização do debate epistemológico
que levou à consolidação da ciência moderna. Além disso, conhecerá
as problematizações em torno dos limites de pensar a psicologia como
ciência do comportamento.
2 História da psicologia como ciência
1 Antecedentes da psicologia:
a racionalidade moderna e
a emergência das ciências humanas
Os antecedentes da psicologia remontam à constituição da ciência moderna,
no século XVI, quando houve importantes debates empreendidos pela física,
primeiramente com a mecânica e, em seguida, com a “revolução copérnica”,
que transformaram a cosmologia religiosa preponderante até aquele momento.
Trata-se da passagem de uma visão de mundo que teve seu ápice com Isaac
Newton e iniciou com Nicolau Copérnico (1473–1543), cuja obra impactou
a ciência quando este afirmou que a Terra girava em torno do Sol, e não o
contrário. Essa teoria influenciou, meio século depois, Galileu Galilei e Kepler,
os quais podem ser considerados influentes físicos da Revolução Científica
do século XVII (SANTOS, 2008).
Esse processo levou ao fim do geocentrismo, abandonando-se a imagem
da Terra como centro, o que ocasionou a abertura para um espaço cósmico —
o universo —, bem como para o questionamento da dualidade natureza versus
ordem divina. Japiassu (1975, p. 22) afirma que essa transformação produziu
uma primeira desconstrução de uma cosmologia:
[...] das psicologias a experiência psicológica não existia, bem como não exis-
tiam a própria materialidade da “substância psíquica”, a existência psicológica
e a percepção de si mesmo como ente subjetivo, que dão forma ao campo
de experiências do sujeito moderno, compondo sensações de privacidade e
intimidade que ele vivencia como “reais” e “naturais”.
Matrizes românticas e
Matrizes cientificistas
pós-românticas
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