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A Pesquisa em Comunicação: por quê e para quê desenvolvê-la no Ensino de Graduação

da Universidade de Fortaleza

BENFATTI, Xênia Diógenes

ESMERALDO, Sabrina

FEIJÓ, Bruna

VITORINO, Grace Troccoli

RESUMO

O fomento e a disseminação de uma cultura de pesquisa são, sem dúvida alguma,


grandes desafios para as Universidades Brasileiras e este trabalho surgiu da motivação
de contribuirmos na concepção e instrumentalização dos alunos de graduação na
delimitação de seus objetos de estudo, de suas problematizações e na elaboração de
projetos de pesquisa nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da
Universidade de Fortaleza. O estudo realizado assumiu contornos de pesquisa
bibliográfica e seu resultado está estruturado em três seções: na primeira, destacamos
alguns pressupostos epistemológicos da atividade científica na atualidade; na segunda,
abordamos a atividade científica relacionada aos fatos e fenômenos comunicacionais; e
na terceira, buscamos orientar os alunos dos cursos de comunicação da UNIFOR na
formulação de seus projetos de pesquisa. Em nossas considerações conclusivas,
podemos destacar que os primeiros passos da pesquisa científica no ensino de graduação
são significativos para formação de pesquisadores na área da comunicação e avaliamos
que a orientação desse processo contribui nessa direção, pois desmistifica a crença de
que desenvolver pesquisas é algo difícil e complicado e nutre a ideia de que a pesquisa
na graduação é condição necessária para formação profissional e acadêmica.
Desenvolver pesquisas, apresentar espirito científico não são condições restritas a
poucos, mas sim condições inerentes ao trabalho das universidades.

PALAVRAS CHAVES:

Ciência, pesquisa, comunicação

INTRODUÇÃO

A atividade de docência e de monitoria desenvolvidas na disciplina Teoria e


Método de Pesquisa em Comunicação motivou-nos à construção desse texto, que tem
como objetivo contribuir na concepção e instrumentalização dos alunos de graduação no
que concerne à delimitação de seus objetos de estudo, de suas problematizações e na
elaboração de projetos de pesquisa nos cursos de Jornalismo e Publicidade e
Propaganda da Universidade de Fortaleza.

Nosso trabalho considerou textos e ideias importantes para a orientação aos


alunos que iniciam o processo de pesquisa, pois observamos que muitas dúvidas faziam
parte dessa etapa de suas formações.

A estruturação e a definição de uma pesquisa científica envolvem escolhas


importantes para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos profissionais de
comunicação e muitas vezes eles iniciam esse processo sem a menor ideia do que e
como pesquisar.

O estudo realizado assumiu contornos de pesquisa bibliográfica e seu


resultado está estruturado em três seções: na primeira, destacamos alguns pressupostos
epistemológicos da atividade científica na atualidade; na segunda, abordamos a
atividade científica relacionada aos fatos e fenômenos comunicacionais; e na terceira,
buscamos orientar os alunos dos cursos de comunicação da UNIFOR na formulação de
seus projetos de pesquisa.

• Ciência e cientificidade

Olhar a realidade e tentar entendê-la sempre fez parte da atividade humana. O


que é a pesquisa, senão a perplexidade intrigante, que motiva o pesquisador a desvendar
e entender fenômenos, representações e ações que fazem parte do contexto de
investigação?

Desvelar a realidade, desprender-se das amarras do aparente, mergulhar nas


possibilidades e ignorar preconceitos, são, dentre outros, aspectos que fazem da
pesquisa algo que abriga o confronto, o entusiasmo, as possibilidades, as
impossibilidades, o dito e o não dito. Eis o trabalho do pesquisador: repleto de intenções
e complexo em sua natureza existencial; guarda as idiossincrasias da descoberta e
remonta arqueologicamente os contextos investigados.

Da pesquisa nasce o desejo de criação e reinvenção, contudo, a atividade


científica desenvolvida no século XXI tem provocado abismos e paradoxos; sua
atividade tem levado a descobertas inimagináveis, mas nem sempre se tem visto a
democratização e o acesso do conhecimento descoberto. É inegável o aumento do
acervo de pesquisas científicas, porém ainda convivemos com desafios e problemas que
comprometem o desenvolvimento das sociedades. Para Morin (2000), a atividade
científica deve essencialmente abrigar-se nas necessidades ligadas à produção de
saberes relacionados à ética humana e planetária necessária a resolução e superação dos
desafios prementes que assolam o mundo.

O fomento à pesquisa é sem dúvida o grande desafio das universidades


brasileiras, mas a atividade científica inicia-se desde a tenra formação escolar, pois o
exercício contínuo da capacidade contemplativa e interpretativa são aspectos essenciais
para o avanço científico, e por certo não é um privilégio do Ensino Superior, aliás,
destacamos que não dispomos aleatoriamente dessa capacidade, pois precisamos
desenvolvê-la. A educação rígida aprisiona o pensamento do homem e abafa o espírito
científico, “tornando-o fechado ao desenvolvimento de outras lógicas para a
compreensão, pois a descoberta científica emerge da subversão de paradigmas”
(BENFATTI, 2007, p.111)

O conhecimento científico é uma das dimensões do conhecimento, mas a


ciência não é o único caminho para as descobertas: arte, filosofia, religião, senso
comum..., abrigam, da mesma forma o conhecimento. A ciência é um dos meios para a
descoberta, mas está absorta do cotidiano, da vida regular e comum, dos processos e
fenômenos experimentados no trabalho e dos espaços de convivência que estamos
inseridos. O que somos, aprendemos, sabemos advém de todas as dimensões do
conhecimento. Produzimos novos conhecimentos, pois complementarmente misturamos
essas dimensões. Diametralmente, avançamos conceitualmente quando somos capazes
de reinventar novos processos, instrumentos e fundamentos, portanto, dialeticamente, a
produção de novos e outros conhecimentos está ligada aos conhecimentos
historicamente acumulados pela humanidade, mas também, emerge de sua contestação,
ou o que Kunh (2006) caracteriza como a crise paradigmática. A crise é o cenário
propício para a descoberta, pois propulsiona a busca por novas respostas.

Uma pesquisa científica, portanto, revela a busca de novos conhecimentos, e


ela emerge quando os conhecimentos existentes já não são suficientes, ou não
satisfazem mais a ordem interpretativa dos fatos, objetos ou fenômenos.

A atividade do pesquisador deve abrigar a humildade perante a grandeza do


legado historicamente já produzido pela humanidade, contudo, também deve abrigar a
ousadia de contestar os conceitos já existentes. A negação e a transgressão permitem a
concepção do novo, de algo talvez ainda não imaginado.

A ciência, ao longo de sua história, assumiu diferentes papeis e modelos de


representação. Suas funções e concepções adotaram distintas identidades, expressas nos
mais diversos paradigmas. Em todas as áreas do conhecimento podemos identificar os
paradigmas clássicos e os vigentes.

A atividade científica também possui seus paradigmas, para Lopes (2010,


p.39) os clássicos paradigmas das Ciências Sociais são matrizes históricas que estiveram
presentes na formulação do pensamento humano do século XIX e que ainda influenciam
a atividade científica no século XXI, são eles: o funcionalismo, de Durkheim, o
estruturalismo de Weber, e o materialismo histórico de Marx . Tais representações são
importantes bases epistemológicas para o trabalho do pesquisador, pois numa
perspectiva integrada, uma pesquisa precisa ser constituída e avaliada por meio de sua
função social, de sua estrutura e organização, bem como requer do pesquisador à análise
dialética de seu objeto de estudo, ou seja, em seu contexto histórico, político e cultural.
Assim como explica a autora:

Apesar da diversidade, os três paradigmas teórico-metodológicos que


emergem no século XIX são igualmente respostas à necessidade de
legitimidade científica e social das Ciências Sociais. Cada um se apresenta
como um modelo diferenciado de solução dos problemas de interpretação,
generalidade e objetividade científica, sustentado por uma concepção diversa
da sociedade (ontologia) e de ciência (epistemologia). Lidam também comos
fatos sociais em diferentes níveis de historicidade. A despeito dessas
diferenças, os três modelos clássicos tem as seguintes características em
comum: 1) são sistemas explicativos, altamente integrados, globalizantes, e
partem de problemas concretos para os quais propõem soluções; 2) são
siatemas explicativos porque, além da reconstrução da realidade, propõem
explicações sobre o funcionamento e sua mudança por meio de
determinações básicas; 3) constituem modelos integrados, uma vez que todos
apresentam a sociedade como estrutura que articula diferentes esferas e
setores; 4) são sistemas globalizantes porque trabalham com a categoria de
totalidade numa concepção macroestrutural os sistêmica de sociedade; 5)
partem de problemas concretos de seu tempo e chegam a um alto grau de
abstração e generalização; 6) todos os propõem soluções para os problemas
tratados, indicando uma preocupação básica com a intervenção sobre o real
por meio do conhecimentos (LOPES,2010,p.41).

2. A Pesquisa em Comunicação

A pesquisa em comunicação realizada como forma de analisar fenômenos e


fatos no meio comunicacional tem levado a ampliação de conceitos e a determinações
de novas áreas de estudo e atuações nesses setores, como consequência, tem aberto
novos caminhos e meios para a comunicação.
 Os fatos e fenômenos comunicacionais abrigam-se na complexidade do
conhecimento e relacionam-se à história, à política, à economia e à cultura , e portanto,
não podemos isolá-los. Para compreender o um problema científico na comunicação é
preciso situá-lo e datá-lo historicamente, assim como afirma Lopes (2010), em seus
escritos no livro Pesquisa em Comunicação:
 
A investigação no campo da Comunicação Social é historicamente datada,
pois seu objeto são os atuais modos de inserção da Indústria Cultural dentro
da dinâmica cultural contemporânea do país. E no fundo isso nada mais é que
pensar na própria especificidade histórica do campo de problemas que é a
Comunicação no Brasil e, consequentemente, criticar os modelos teóricos e
os esquemas metodológicos que não se assentam sobre essa especificidade
(LOPES, 2010, p. 33)

Para Goldmann (1984 apud LOPES,2010) o investigador deve encontrar a


realidade dos fatos e esforçar-se para integrar o estudo dos fatos sociais às suas bases
epistemológicas.
Lopes (2010) assim interpreta a afirmação de Goldmann:
 
No caso do estudo dos fenômenos em Comunicação Social, a afirmação de
Goldmann remete a considerações sobre o desenvolvimento interno das
correntes teóricas nas Ciências Sociais e que hoje estão presentes nas
abordagens sobre os fenômenos de massa. Remete, ainda, aos modos pelos
quais as diversas correntes teórico-metodológicas das Ciências Sociais e
Humanas têm dado conta dos fenômenos da cultura e da comunicação de
massa, firmando uma tradição de investigação na Sociologia, na
Antropologia, na Ciência Política, na Psicologia, na Semiologia e em outras.
(LOPES, 2010, p. 35)
 
Para a obtenção de resultados legítimos que possam ser utilizados para
conclusões pertinentes, o pesquisador precisa analisar o âmbito comunicacional no qual
o fenômeno estudado se insere, além de considerar as variáveis sociais, econômicas e
políticas que podem interferir em pesquisas de campo e possíveis soluções para a
problemática estipulada. O pesquisador precisa estar ciente dos fatores presentes na
realidade que pretende estudar, mantendo-se atualizado acerca de outros fenômenos
relacionados e dispondo-se a analisar quaisquer aspectos que possam influenciar na
conclusão de sua pesquisa e na solução de sua problemática. Segundo Lopes(2010):
 
 Numa situação de autonomia, a teoria, a metodologia e as técnicas de
investigação podem estar intimamente vinculadas com o desenvolvimento
internacional do campo e, ao mesmo tempo, com um alto nível e uma
permanente atualização do pesquisador. (LOPES, 2010, p. 46).
 
Além disso, é fundamental que o pesquisador tenho o compromisso em
analisar os fenômenos comunicacionais independente de suas inclinações e tendências
pessoais ou corporativistas, mesmo que os resultados demonstrem algo que se difere do
desejado inicialmente.
 

2. Projeto de Pesquisa 

Segundo Santos (2009, p.47), para percebermos as diferenças que existem


entre as pesquisas que são feitas por cientistas e as que são feitas por estudantes
universitários, precisamos nos atentar para o propósito de cada uma, pois enquanto os
cientistas tentam promover o avanço da ciência, buscam inventar e criar algo, os
estudantes aprendem como podem assim desenvolvê-las, mas, ambos, buscam o mesmo
objetivo: produzir conhecimento científico.
Para Gil (2002) a pesquisa científica pode ser definida como um:

Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo propiciar


respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando
não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então
quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que
não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (GIL, 2002, p. 17)

A realização de uma pesquisa científica exige do pesquisador o


conhecimento de regras e padrões que devem orientar seu trabalho. Uma pesquisa
precisa de planejamento e, portanto, o Projeto de Pesquisa tem como função orientar o
pesquisador em sua rota de investigação. Em um projeto podemos encontrar a
justificativa da investigação, o problema da pesquisa, as hipóteses, os objetivos, a
metodologia, as concepções, os fundamentos epistemológicos e o cronograma de sua
realização. Para Gil o planejamento de uma pesquisa:

[...] pode ser definido como o documento explicitador das ações a serem
desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa. O projeto deve, portanto,
especificar os objetivos da pesquisa, apresentar a justificativa de sua realização,
definir a modalidade de pesquisa e determinar os procedimentos de coleta e análise
de dados. Deve, ainda, esclarecer acerca do cronograma a ser seguido no
desenvolvimento da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos humanos,
financeiros e materiais necessários para assegurar o êxito da pesquisa. (GIL, 2002, p.
19).

Já para Barreto e Honorato (1998) o planejamento de uma pesquisa é:

[…] a previsão racional de um evento, atividade, comportamento ou objeto que se


pretende realizar a partir da perspectiva científica do pesquisador. Como previsão,
deve ser entendida a explicitação do caráter antecipatório de ações e, como tal,
atender a uma racionalidade informada pela perspectiva teórico-metodológica da
relação entre o sujeito e o objeto da pesquisa. A racionalidade deve-se manifestar
através da vinculação estrutural entre o campo teórico e a realidade a ser
pesquisada, além de atender ao critério da coerência interna. Mais
ainda, deve prever rotinas de pesquisa que tornem possível atingir-se
os objetivos definidos, de tal forma que se consigam os melhores
resultados com menor custo (BARRETO e HONORATO,1998, p. 59).
Toda pesquisa deve ser precedida por seu projeto, que em determinadas
circunstâncias devem ser submetidos à aprovação de bancas avaliadoras ou dos Comitês
de Ética de Pesquisa de cada instituição.

As universidades e os órgãos de fomento à pesquisa possuem autonomia na


definição dos itens que irão compor os projetos de pesquisa. No curso de Audiovisual,
Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifor trabalhamos com os itens que serão
apresentados a seguir e que contém as explicações necessárias aos alunos sobre a função
de cada um desses itens na estruturação de uma pesquisa na Graduação:

  

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

PROJETO DE TCC - Formulário para Cadastramento -

TÍTULO DO PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Nome do projeto de pesquisa.

LINHA DE PESQUISA (indicar) GRUPO DE PESQUISA (vigente na UNIFOR)

Mídia, linguagem e produção ( ) Comunicação e Cultura


Mídia, sociabilidade e cotidiano ( )

Área Conhecimento do CNPq: PRAZO previsto no semestre em curso:

Deixar em branco Início: / / Término: / /


ORIENTADOR (do TCC):
CENTRO
Nome do docente que irá orientá-lo no desenvolvimento da
CCH
pesquisa

Aluno (s):
CURSO
Nome do pesquisador
Nome do curso

Palavras Chaves
Palavras que resumam o assunto e que servirão para a indexação do trabalho em bancos de
pesquisas.

Caracterização da Monografia (tema, identificação do problema, delimitação do objeto, e se


pertinente, enunciado das hipóteses):

Neste item você deverá apresentar o que deseja pesquisar para seu Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC).Basicamente o TCC é apresentação dos resultados de sua pesquisa. A
escolha do que se quer pesquisar primordialmente deve ser feita por meio daquilo que você
gosta de estudar, o que verdadeiramente lhe interessa, pois isso tornará seu estudo instigante e
criativo, mas lembre-se: seu objeto de estudo deve estar vinculado à sua área de formação.

Depois de fazer esta escolha, é preciso fazer a delimitação do objeto, um recorte no


assunto para o tema ser escolhido, afinal se você escolher um tema muito amplo, dificilmente
terá tempo de responder todas as perguntas que pretende indagar.

O problema de uma pesquisa geralmente é feita por meio de uma pergunta, isso
porque essa é a maneira mais fácil e direta de formular a questão central do estudo. Se achar
que necessário, relacione hipóteses para seu problema. As hipóteses são evidências que o
pesquisador já dispõe sobre o problema delineado.

Ou Caracterização do Produto (Tipo, tema a ser desenvolvido, características específicas de


cada produto)

Se você, por exemplo, decidir fazer um documentário com aquilo que está
pesquisando, ainda assim tem que fazer seu trabalho de TCC. Nesta parte você deve explicar
que tipo de produto irá fazer, como ele funciona, quais suas características específicas e, para
finalizar, explicar qual o seu tema.
OBJETIVOS:

Geral: O objetivo geral é a descrição geral do  que se pretende com a investigação que será
desenvolvida. A elaboração do objetivo geral da pesquisa pode ser feita por meio da resposta a
seguinte pergunta: o que se pretende ao final do estudo?

Específicos: Os objetivos específicos detalham as ações que serão desenvolvidas para obtenção
dos dados. Tais objetivos são apresentados por meio de marcadores ou numerações.

Todos os objetivos devem iniciar sempre com verbos no infinitivo: comparar, analisar,
introduzir, discutir, etc.

JUSTIFICATIVA (pertinência, benefícios da pesquisa/produto para o campo da Comunicação

Social, a Ciência, Universidade e Sociedade)

A justificativa é um texto que fará a apresentação geral da pesquisa e nele deverão


estar contidos: o contexto sócio-cultural da temática; os dados centrais da pesquisa (problema,
objeto de estudo e objetivo geral); a função social da pesquisa, bem como sua relevância para à
área de comunicação e por fim a possível estrutura que terá o seu trabalho.

Neste tópico você deve mostrar os motivos para o desenvolvimento da pesquisa,


com isso o leitor ou o avaliador de seu projeto saberá por que o tema é relevante para merecer
uma investigação científica. Caso sua pesquisaseja inédita explicite sua importância para à área
em estudo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Como afirma Silva e Menezes (2001), nesta fase o pesquisador deve investigar quem
já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto, quais os aspectos que já foram abordados
e o que ainda não foi falado sobre o seu tema na literatura. A partir daí você pode fazer uma
revisão teórica, empírica ou histórica.

O pesquisador vai encontrar muita informação, ler, selecionar o que vai para a
fundamentação teórica, sentar e, finalmente, escrever. Ou seja:

• Identificar o que se quer estudar


• Fazer um estudo aprofundado
• Organizar tudo o que encontrou
• Fazer uma produção em si
É essencial dizer como seu tema surgiu, como começou a ser abordado e o que é
dito sobre ele até a atualidade.
METODOLOGIA (descrição dos métodos e técnicas a serem adotadas):

A metodologia de uma pesquisa é descrição do caminho que será percorrido pelo


pesquisador e deverá ser apresentada no projeto de pesquisa como um texto contendo as
características, etapas e procedimentos metodológicos que serão usados: coleta de dados, análise
e conclusão . Nesta fase do projeto, você deve caracterizar sua pesquisa quanto: à natureza do
estudo (qualitativa e ou quantitativa); ao(s) objeto(s) de estudo (bibliográfica, laboratorial ou de
campo); ao(s) objetivo(s) (exploratória, descritiva e ou explicativa) e quanto aos procedimentos
metodológicos que serão usados.

O pesquisador tem liberdade para escolher a(s) metodologia(s) que melhor servirá
(ão) para  o levantamento dos dados desejados, contudo deve-se enfatizar que a escolha deve ser
pautada e conjugada com o problema da pesquisa. São as atividades práticas pra conseguir os
dados com os quais serão desenvolvidos os raciocínios que restarão em cada parte do trabalho
final. É aqui onde se planeja a coleta de dados, o tipo de tratamento que as informações
receberão e descreve os instrumentos de coleta para conseguir atingir seus objetivos.

SUMÁRIO PRELIMINAR DO TRABALHO (para monografia)


ETAPAS PREVISTAS DE EXECUÇÃO DO TRABALHO (para produtos)

É um resumo curto do que se pretende como plano de monografia, com lista de


assuntos, seções, capítulos, etc. e as páginas que se encontram. É o plano provisório.

CRONOGRAMA (de execução):

O cronograma é previsão descritiva das etapas e períodos para realização da pesquisa,


pode ser apresentado por meio de tabela ou por meio de uma relação de eventos e suas possíveis
datas para execução.

BIBLIOGRAFIA (Consultada e Referenciada)

As referências bibliográficas são todos os títulos que foram citados direta ou


indiretamente em seu projeto de pesquisa. A relação elaborada deverá seguir o padrão da  NBR-
6023/2002acesso: http://bu.ufsc.br/framerefer.html, que assim defini Referências Bibliográficas:
Constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. Não
devem ser referenciados documentos que não citados no texto. Caso haja conveniência
de referenciar material bibliográfico não citado, deve-se fazer uma listaprópria após a
lista de referências sob o título: Bibliografia recomendada.   
ORIENTADOR DO PROJETO:

Data: / / . Assinatura:

COORDENADOR DO TCC:

Data: / / . Assinatura:

PARECER (do orientador do projeto, carta de aceite):

Data: / / . Assinatura:

APROVAÇÃO NA COMISSÃO DE TCC: Reunião do dia: / /

Assinatura do(a) Coodenador(a) do Curso

CADASTRAMENTO NA DIVISÃO DE PESQUISA DO NUPECH

Data: Código do Projeto:

 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A produção científica exige, em sua produção, aspectos como curiosidade,
disposição para pesquisa e compromisso social, esses fatores, por outro lado,
proporcionam ao pesquisador crescimento profissional, acadêmico e pessoal. Os
primeiros passos da pesquisa científica no ensino de graduação são significativos para
formação de pesquisadores na área da comunicação e avaliamos que a orientação desse
processo contribui nessa direção, pois desmistifica a crença de que desenvolver
pesquisas é algo difícil e complicado e nutre a ideia de que a pesquisa na graduação é
condição necessária para formação profissional e acadêmica.

Os novos caminhos pelos quais um pesquisador envereda, o levam a


conhecimentos que podem ser aplicados no exercício da profissão como um todo, além
de serem fontes de informações para pesquisas posteriores. A importância da pesquisa,
portanto, é justificada por inúmeros aspectos, mas essencialmente ressaltamos seu
significado na ampliação dos conhecimentos e dos fenômenos comunicacionais.

Referências Bibliográficas
 
LOPES, Maria I. V. de. Pesquisa em Comunicação. 10 ed. São Paulo: Edições Loyola,
2010.
 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez;
Brasília: UNESCO, 2000.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,


2006.

BENFATTI. Xênia Diógenes. A atividade cientifica descrita por Thomas Kuhn em


sua obra clássica A estrutura das revoluções científicas. Fortaleza: Revista de
Humanidades, Universidade de Fortaleza, 2007.

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