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CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE

ITAPARICA – CETEP I
CURSO: MECATRÔNICA

Henri do Nascimento Gonçalves


João Paulo Castor de Souza Santos
Cláudio Arimateia Carvalho
Vinicius Fernandes Resende De Souza
Rubens Gabriel Pereira Dos Santos
Raissa vitória Pereira de Melo
Willams Silva de Macedo Junior
Maria Eduarda Campos dos Santos
Larissa Damascena da Silva
Lucas Rafael da Silva Gomes

Física
Hidrelétrica

Paulo Afonso – BA
2021
O que é capitalismo? (Cláudio)
O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das
riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os
meios de produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por
exemplo, e eles têm a função de gerar renda por meio do trabalho.
Há duas classes sociais principais nesse sistema: os capitalistas (ou burgueses) e os
proletários (ou trabalhadores). Os capitalistas são os donos dos meios de produção,
eles empregam os trabalhadores e a eles pagam salários. Os proletários, por sua vez,
oferecem sua mão-de-obra para realizar determinado trabalho em troca de uma
remuneração. Podemos dizer que o capitalismo é o oposto do socialismo, pois este
defende a propriedade social dos meios de produção – não a propriedade privada.
No capitalismo, a comercialização dos produtos é realizada em um mercado livre, com
pouca ou nenhuma interferência do Estado. Nesse caso, as empresas vendem seus
produtos conforme as leis da oferta e da demanda. Ou seja, conforme a quantidade
de produtos que são produzidos e estão em estoque, e também de acordo com a
procura dos consumidores pelos serviços e bens de consumo.
Vamos pensar no exemplo de uma indústria automobilística: os capitalistas são os
sócios da empresa, são eles os donos de todas as máquinas usadas na produção dos
carros e de tudo o que envolve a distribuição destes ao final do processo, como
caminhões, softwares de distribuição e lojas.
Os proletários trabalham para essa indústria e recebem um salário como retribuição de
suas atividades. Ao final do processo, depois que os carros são vendidos, os
capitalistas recebem o dinheiro pago pelos compradores. Deste dinheiro, uma parte é
paga em salários, outra parte é paga em impostos, taxas e custos de funcionamento –
estes são alguns exemplos – e o restante é o lucro da indústria. O lucro pode ir para
os sócios, ou então, pode ser reinvestido na empresa para ampliação de suas
atividades.

Origem do capitalismo (Henri)

O capitalismo surgiu na Europa Ocidental devido às mudanças ocorridas no


sistema feudal. Com a centralização do poder nas mãos do rei e da ascensão
da burguesia a partir do comércio e da circulação de mercadorias.
O surgimento de novas técnicas de fabricação e o aumento da urbanização
possibilitaram a mudança do modo de produção e permitiram o barateamento e
o melhor atendimento às demandas de mercadorias.
A melhoria dos meios de transporte, principalmente o marítimo, possibilitou a
chegada desses produtos a territórios distantes e o estabelecimento de rotas
comerciais.
Desde então, o capitalismo sofreu uma série de transformações, mas manteve
sua base fundamental e características principais.
Para Adam Smith, um dos principais pensadores do liberalismo, o sistema
capitalista é o único que pode funcionar por ter como base a necessidade
natural dos indivíduos de atender os seus interesses próprios.
O auto-interesse seria guiado por uma mão invisível que conduziria à melhoria
das condições de vida da sociedade como um todo.
“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que
esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele tem pelos próprios
interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca
falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.”
Assim, o sistema preza pela redução da intervenção do Estado na economia,
para que o próprio mercado possa regular as suas relações.

Principais características do capitalismo (Rubens)

Propriedade privada dos meios de produção


Para o funcionamento do capitalismo, é necessário que o Estado garanta a
propriedade privada. Com a propriedade privada garantida, os capitalistas –
detentores de terras, maquinários ou qualquer outro meio de produção – são livres
para utilizá-la da forma como desejam, afinal, são os donos desses recursos.

Busca pelo máximo lucro e pela acumulação de riquezas


O objetivo do capitalismo é a obtenção de lucros cada vez maiores e esses lucros
são decorrentes do trabalho dos proletários nos meios de produção – fábricas,
comércio, agricultura. Para a maximização do lucro é comum que os donos dos meios
de produção reduzam ao máximo os custos de suas atividades e elevem os preços
dos produtos ou serviço o quanto for possível.

Economia de mercado (e a lei da oferta e da demanda)


Em uma economia de livre mercado, os bens e serviços são distribuídos de acordo
com a lei da oferta e demanda e há pouca interferência do Estado. Segundo essa lei,
para os produtores, ou seja, para aqueles que produzem e vendem os bens, quanto
mais alto o preço do produto, mais interesse ele tem em vendê-lo e por consequência,
maior a quantidade ofertada. Se o preço do produto for muito baixo, os produtores vão
ter pouco estímulo a permanecer no mercado, pois terão baixos lucros.
Pelo lado da demanda, o comportamento é oposto, pois os consumidores vão ter mais
interesse em consumir um produto, quanto mais baixo for o seu valor. É uma relação
bem simples, pense com a gente: se você está com sede e pretende comprar uma
água, você provavelmente comprará apenas uma garrafa se considerar seu valor alto,
mas se ela estiver barata, você vai considerar comprar uma quantidade maior.
Quando há uma intensa competição entre os capitalistas, aquele que reduzir os
preços, conseguirá vender mais. Nessa dinâmica, os consumidores buscam sempre
os menores preços e os donos dos meios de produção buscam sempre os
maiores lucros.

Trabalho assalariado (João)


O trabalho assalariado do sistema capitalista substituiu as relações servis e
escravocratas dos séculos de feudalismo. No sistema capitalista, os proletários
trabalham para os burgueses e recebem um salário em troca de sua força de trabalho.
O trabalho assalariado no capitalismo é fundamental para a manutenção do sistema,
afinal, é com o salário que os trabalhadores compram bens e serviços e garantem o
funcionamento do sistema. Como a classe dos trabalhadores é muito maior que a
classe dos burgueses, é imprescindível que eles possam consumir, caso contrário,
faltaria demanda.
Apesar de o capitalismo se basear no trabalho assalariado, sabe-se que práticas
próximas ao trabalho escravo ainda são comuns no mundo.
Existência de classes sociais (capitalistas e proletários)
(Eduarda)
Esta é uma das características que mais geram críticas ao funcionamento do
capitalismo. Isso porque, de um lado, existe uma pequena parcela da população que é
detentora dos meios de produção e, a partir da acumulação de riquezas, eleva o seu
poder econômico. E de outro, um número muito grande de proletários trabalham para
garantir a satisfação de suas necessidades.
Por inúmeras razões, como qualificação profissional e oportunidades de educação, por
exemplo, alguns trabalhadores conquistam bons salários, o que lhes permite
condições confortáveis de vida e até mesmo ascensão social. Mas por outro, uma
grande parcela da população recebe salários baixos, o que pode diminuir as condições
de mobilidade na escala social.

Os países adotam um capitalismo puro? (Lucas)


Um capitalismo puro, onde não exista a interferência do Estado, não existe. Os países
adotam diferentes formas de intervenção estatal, alguns reduzem o papel do Estado à
regulação dos mercados e oferta de serviços básicos, como educação, saúde e
segurança. Outros países tem ações no sentido de planejar a economia com
investimento do Estado em determinados setores, por exemplo.
Um dos papeis importantes do Estado no capitalismo é a garantia da propriedade
privada, pois é o Estado que reconhece juridicamente a propriedade dos bens dos
indivíduos. Com relação ao papel do Estado, alguns países adotam um modelo mais
capitalista, com pouca interferência estatal e diversos serviços privatizados,
aproximando-se do liberalismo econômico. Outros optam por maior interferência do
Estado e garantia de serviços básicos à população,  o que chamamos de Estado de
bem-estar social.

Algumas vantagens do capitalismo: (Larissa e Vitória)


Competição reduz o valor dos bens de consumo: nos mercados onde há grande
concorrência, as empresas competem entre si para vender mais seus produtos. Como
o preço é um dos principais fatores de decisão de compra dos trabalhadores, as
empresas adotam estratégias para diminuir o preço final.
Preços mais baixos podem aumentar o acesso – principalmente das camadas mais
baixas da sociedade – a bens de consumo que seriam mais caros em um mercado
não competitivo.
Empresas eficientes: a eficiência das empresas também está intimamente
relacionada à competição. Como os consumidores têm a liberdade de escolher as
empresas para comprar um bem ou contratar um serviço, é lógico que elas busquem
aquelas que, além do menor preço, tenham um melhor atendimento, uma entrega
mais rápida e por aí vai.
Inovação: o capitalismo gera uma dinâmica em que empreendedores buscam
constantemente desenvolver novos produtos e serviços para satisfazer ou até criar as
necessidades e, então,  obter lucros a partir deles. Assim, o capitalismo cria um
mercado com muitas opções de escolha para os consumidores e novidades surgindo
constantemente.
Consumidores são livres para escolher: nesse mercado de alta concorrência entre
as empresas e grande diversidade de produtos e serviços oferecidos, o consumidor irá
analisar as ofertas e decidir o que deseja adquirir. É claro que sua liberdade está
relacionada ao seu poder de compra, mas considerando essa limitação, ele têm a
liberdade de escolha.

Algumas desvantagens do capitalismo (Vinícius e Willams)


Desigualdade social: como o objetivo principal do capitalismo é a obtenção do lucro e
da acumulação de riquezas, o que ocorre nesse sistema é o enriquecimento de uma
pequena parcela da população – geralmente os proprietários dos meios de produção –
e o empobrecimento das camadas mais baixas.
Como existe grande concorrência e os capitalistas desejam aumentar suas vendas,
eles reduzem os seus custos de produção. Já que os salários são um dos custos de
produção, é comum que eles sejam reduzidos. Assim, a desigualdade social entre as
classes se intensifica.
Crises econômicas: a dinâmica do capitalismo leva a economia a momentos de
crescimento e recessão de maneira cíclica, isto é, em alguns momentos se produz e
se vende muito e há muita oferta de empregos, e em outros ocorrem as crises
econômicas. As mais famosas crises do sistema capitalista foram: a depressão de
1929 e a crise de 2008.
Enquanto a primeira foi uma crise de superprodução – muitos produtos em estoque e
poucos compradores -, a segunda foi uma crise financeira, resultado de um colapso no
sistema de especulação nos Estados Unidos.
Concentração do poder econômico: na busca pelo lucro e pela acumulação de
capital, algumas empresas podem se tornar tão poderosas economicamente que
passam a controlar o mercado. No caso de um monopólio – quando uma empresa
sozinha domina o mercado – o elemento concorrência desaparece.
Como vimos, a concorrência é um fator positivo do capitalismo, pois além de oferecer
diversas opções aos consumidores, também garante que os preços sejam menores.
Em um mercado monopolizado, as empresas podem cobrar quanto desejam – e quem
sai prejudicado nesse cenário é o consumidor.
Externalidades negativas: um conceito importante em economia são as
externalidades. As externalidades são efeitos colaterais de uma decisão que recaem
sobre aqueles que não estão envolvidos na ação. Uma das externalidades negativas
mais comuns do sistema capitalista é a poluição. Muitas empresas, ao desenvolverem
suas atividades, acabam por eliminar poluentes na natureza, contaminando o ar, a
água e o solo, por exemplo, o que prejudica a população como um todo.

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