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ESCOLA ESTADUAL GUIMARÃES ROSA

Rua Avelar, 10 – Pindorama, Belo Horizonte MG, 30865-530

ATIVIDADE DE HISTÓRIA 1°ANO / EM BIMESTRE:3° TIPO: TRABALHO


Professora: Patrícia Franco

O que é capitalismo?
O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas e está
baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção podem ser
máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a função de gerar renda por
meio do trabalho.

Há duas classes sociais principais nesse sistema: os capitalistas (ou burgueses) e os proletários (ou
trabalhadores). Os capitalistas são os donos dos meios de produção, eles empregam os trabalhadores
e a eles pagam salários. Os proletários, por sua vez, oferecem sua mão-de-obra para realizar
determinado trabalho em troca de uma remuneração. Podemos dizer que o capitalismo é o oposto
do socialismo, pois este defende a propriedade social dos meios de produção – não a propriedade
privada.
No capitalismo, a comercialização dos produtos é realizada em um mercado livre, com pouca ou
nenhuma interferência do Estado. Nesse caso, as empresas vendem seus produtos conforme as leis
da oferta e da demanda. Ou seja, conforme a quantidade de produtos que são produzidos e estão
em estoque, e também de acordo com a procura dos consumidores pelos serviços e bens de
consumo.
Vamos pensar no exemplo de uma indústria automobilística: os capitalistas são os sócios da
empresa, são eles os donos de todas as máquinas usadas na produção dos carros e de tudo o que
envolve a distribuição destes ao final do processo, como caminhões, softwares de distribuição e
lojas.
Os proletários trabalham para essa indústria e recebem um salário como retribuição de suas
atividades. Ao final do processo, depois que os carros são vendidos, os capitalistas recebem o
dinheiro pago pelos compradores. Deste dinheiro, uma parte é paga em salários, outra parte é paga
em impostos, taxas e custos de funcionamento – estes são alguns exemplos – e o restante é
o lucro da indústria. O lucro pode ir para os sócios, ou então, pode ser reinvestido na empresa para
ampliação de suas atividades.

Principais características do capitalismo


Propriedade privada dos meios de produção
Para o funcionamento do capitalismo, é necessário que o Estado garanta a propriedade privada.
Com a propriedade privada garantida, os capitalistas – detentores de terras, maquinários ou
qualquer outro meio de produção – são livres para utilizá-la da forma como desejam, afinal, são os
donos desses recursos.
Busca pelo máximo lucro e pela acumulação de riquezas
O objetivo do capitalismo é a obtenção de lucros cada vez maiores e esses lucros são decorrentes do
trabalho dos proletários nos meios de produção – fábricas, comércio, agricultura. Para a
maximização do lucro é comum que os donos dos meios de produção reduzam ao máximo os
custos de suas atividades e elevem os preços dos produtos ou serviço o quanto for possível.
Economia de mercado (e a lei da oferta e da demanda)
Em uma economia de livre mercado, os bens e serviços são distribuídos de acordo com a lei da
oferta e demanda e há pouca interferência do Estado. Segundo essa lei, para os produtores, ou seja,
para aqueles que produzem e vendem os bens, quanto mais alto o preço do produto, mais interesse
ele tem em vendê-lo e por consequência, maior a quantidade ofertada. Se o preço do produto for
muito baixo, os produtores vão ter pouco estímulo a permanecer no mercado, pois terão baixos
lucros.
Pelo lado da demanda, o comportamento é oposto, pois os consumidores vão ter mais interesse em
consumir um produto, quanto mais baixo for o seu valor. É uma relação bem simples, pense com a
gente: se você está com sede e pretende comprar uma água, você provavelmente comprará apenas
uma garrafa se considerar seu valor alto, mas se ela estiver barata, você vai considerar comprar uma
quantidade maior.
Quando há um intensa competição entre os capitalistas, aquele que reduzir os preços, conseguirá
vender mais. Nessa dinâmica, os consumidores buscam sempre os menores preços e os donos
dos meios de produção buscam sempre os maiores lucros.

Trabalho assalariado
O trabalho assalariado do sistema capitalista substituiu as relações servis e escravocratas dos
séculos de feudalismo. No sistema capitalista, os proletários trabalham para os burgueses e
recebem um salário em troca de sua força de trabalho.
O trabalho assalariado no capitalismo é fundamental para a manutenção do sistema, afinal, é com o
salário que os trabalhadores compram bens e serviços e garantem o funcionamento do sistema.
Como a classe dos trabalhadores é muito maior que a classe dos burgueses, é imprescindível que
eles possam consumir, caso contrário, faltaria demanda.

Apesar de o capitalismo se basear no trabalho assalariado, sabe-se que práticas próximas ao


trabalho escravo ainda são comuns no mundo. E no Brasil, será que ainda existe trabalho escravo?

Existência de classes sociais (capitalistas e proletários)


Esta é uma das características que mais geram críticas ao funcionamento do capitalismo. Isso
porque, de um lado, existe uma pequena parcela da população que é detentora dos meios de
produção e, a partir da acumulação de riquezas, eleva o seu poder econômico. E de outro, um
número muito grande de proletários trabalham para garantir a satisfação de suas necessidades.
Por inúmeras razões, como qualificação profissional e oportunidades de educação, por exemplo,
alguns trabalhadores conquistam bons salários, o que lhes permite condições confortáveis de vida e
até mesmo ascensão social. Mas por outro, uma grande parcela da população recebe salários baixos,
o que pode diminuir as condições de mobilidade na escala social.
Os países adotam um capitalismo puro?
Um capitalismo puro, onde não exista a interferência do Estado, não existe. Os países adotam
diferentes formas de intervenção estatal, alguns reduzem o papel do Estado à regulação dos
mercados e oferta de serviços básicos, como educação, saúde e segurança. Outros países tem ações
no sentido de planejar a economia com investimento do Estado em determinados setores, por
exemplo.
Um dos papeis importantes do Estado no capitalismo é a garantia da propriedade privada, pois é o
Estado que reconhece juridicamente a propriedade dos bens dos indivíduos. Com relação ao papel
do Estado, alguns países adotam um modelo mais capitalista, com pouca interferência estatal e
diversos serviços privatizados, aproximando-se do liberalismo econômico. Outros optam por maior
interferência do Estado e garantia de serviços básicos à população, o que chamamos de Estado de
bem-estar social.

Algumas vantagens do capitalismo


Competição reduz o valor dos bens de consumo: nos mercados onde há grande concorrência, as
empresas competem entre si para vender mais seus produtos. Como o preço é um dos principais
fatores de decisão de compra dos trabalhadores, as empresas adotam estratégias para diminuir o
preço final.
Preços mais baixos podem aumentar o acesso – principalmente das camadas mais baixas da
sociedade – a bens de consumo que seriam mais caros em um mercado não competitivo.
Empresas eficientes: a eficiência das empresas também está intimamente relacionada à
competição. Como os consumidores têm a liberdade de escolher as empresas para comprar um bem
ou contratar um serviço, é lógico que elas busquem aquelas que, além do menor preço, tenham um
melhor atendimento, uma entrega mais rápida e por aí vai.
Inovação: o capitalismo gera uma dinâmica em que empreendedores buscam constantemente
desenvolver novos produtos e serviços para satisfazer ou até criar as necessidades e, então, obter
lucros a partir deles. Assim, o capitalismo cria um mercado com muitas opções de escolha para os
consumidores e novidades surgindo constantemente.
Consumidores são livres para escolher: nesse mercado de alta concorrência entre as empresas e
grande diversidade de produtos e serviços oferecidos, o consumidor irá analisar as ofertas e decidir
o que deseja adquirir. É claro que sua liberdade está relacionada ao seu poder de compra, mas
considerando essa limitação, ele têm a liberdade de escolha.

Algumas desvantagens do capitalismo


Desigualdade social: como o objetivo principal do capitalismo é a obtenção do lucro e da
acumulação de riquezas, o que ocorre nesse sistema é o enriquecimento de uma pequena parcela da
população – geralmente os proprietários dos meios de produção – e o empobrecimento das camadas
mais baixas.
Como existe grande concorrência e os capitalistas desejam aumentar suas vendas, eles reduzem os
seus custos de produção. Já que os salários são um dos custos de produção, é comum que eles sejam
reduzidos. Assim, a desigualdade social entre as classes se intensifica.

Crises econômicas: a dinâmica do capitalismo leva a economia a momentos de crescimento e


recessão de maneira cíclica, isto é, em alguns momentos se produz e se vende muito e há muita
oferta de empregos, e em outros ocorrem as crises econômicas. As mais famosas crises do sistema
capitalista foram: a depressão de 1929 e a crise de 2008.
Enquanto a primeira foi uma crise de superprodução – muitos produtos em estoque e poucos
compradores -, a segunda foi uma crise financeira, resultado de um colapso no sistema de
especulação nos Estados Unidos.
Concentração do poder econômico: na busca pelo lucro e pela acumulação de capital, algumas
empresas podem se tornar tão poderosas economicamente que passam a controlar o mercado. No
caso de um monopólio – quando uma empresa sozinha domina o mercado – o elemento
concorrência desaparece.
Como vimos ali em cima, a concorrência é um fator positivo do capitalismo, pois além de oferecer
diversas opções aos consumidores, também garante que os preços sejam menores. Em um mercado
monopolizado, as empresas podem cobrar quanto desejam – e quem sai prejudicado nesse cenário é
o consumidor.
Externalidades negativas: um conceito importante em economia são as externalidades. As
externalidades são efeitos colaterais de uma decisão que recaem sobre aqueles que não estão
envolvidos na ação. Uma das externalidades negativas mais comuns do sistema capitalista é
a poluição. Muitas empresas, ao desenvolverem suas atividades, acabam por eliminar poluentes na
natureza, contaminando o ar, a água e o solo, por exemplo, o que prejudica a população como um
todo.

Afinal, o capitalismo é bom ou ruim?

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