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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA


COMPLEXO ESCOLAR Iº E IIº CICLO BG -0045 CENTRALIDADE DO
LUONGO

TRABALHO DE PESQUISA DE ECONOMIA


TEMA: IMPERIALISMO, BURGUESIA, MONOPÓLIO
OLIGOPÓLIO E CARTEL

Elaborado Por:
 Ana Filipe
 Curso: Ciências Economicas e Jurídicas
 Nº 4
 Classe: 12ª
 Período: Tarde
 Turma: A

DOCENTE
__________________________
António Ngando Almeida

CATUMBELA, 2023
IMPERIALISMO

O imperialismo consiste em uma prática de expansão política, cultural, econômica


e territorial que parte de uma nação buscando dominar outras.

Causas do imperialismo

O imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as


transformações causadas pela Revolução Industrial. Essa revolução iniciou de maneira
pioneira na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, e foi responsável por
inúmeras mudanças. Consolidou o modo de produção industrial como predominante em
detrimento da produção manufatureira.

Junto à Revolução Industrial surgiram novas máquinas, novos meios de


transporte, novos meios de comunicação, novas formas de explorar a produção e
utilização de energia etc. A Revolução Industrial também trouxe inúmeras alterações
nas relações de trabalho e na forma como o mercado internacional funcionava.

A obtenção de novos mercados consumidores é apontada por Eric Hobsbawm


como o grande fator que empurrou as nações industrializadas não só as europeias para a
ocupação de novos territórios. Segundo ele, naquela época, acreditava-se que a
superprodução de mercadorias era algo solucionado por meio da obtenção de novos
mercados consumidores. Assim, a ocupação de novos territórios era vista como a
solução para garantir o desenvolvimento de suas próprias economias. Exploração
intensa que levou à África uma pobreza severa.

Ademais, o historiador Hobsbawm também estipula, em dados estatísticos, quanto


de território algumas das potências imperialistas conquistaram:

Inglaterra: aumentou seu território em 10 milhões de km2.

França: aumentou seu território em 9 milhões de km2.

Alemanha: aumentou seu território em 2,5 milhões de km2.

Bélgica e Itália: aumentaram seu território em cerca de 2 milhões de km2.


BURGUESIA

A burguesia consiste na classe social dominante dentro do sistema capitalista.


Trata-se, na prática, daquele grupo de pessoas que detém os bens de produção.

Surgimento da burguesia

O surgimento da burguesia está diretamente ligado a alguns fatos históricos de


extrema relevância. A queda da Idade Média trouxe um novo modelo de sociedade
vigente, reconfigurando a política, a economia e as relações sociais entre os indivíduos.

A decadência da Idade Média trouxe uma série de movimentos que foram


importantes para reconfiguração da sociedade. A queda do feudalismo como sistema
organizacional da sociedade é um exemplo, assim como a Reforma Protestante.

Essa reconfiguração dá espaço a diversas mudanças. Esse período ficou conhecido


com Era Moderna que produziu um cenário perfeito para o surgimento da burguesia
como classe social.

A burguesia conquista espaço no poder e no controle político representando o


livre comércio, sem interferências, assim como as liberdades individuais de cada
indivíduo, bem como a escolha da própria religião e o modo de vida.

A expansão marítima que foi crescendo nessa época gerou a ampliação das
relações comerciais pelo mundo, fortalecendo também as relações entre os burgueses.
Essa ampliação das relações ligadas ao comércio, assim como as trocas comerciais, foi
uma das responsáveis pela ascensão da burguesia. No final da Idade Média, novas rotas
comerciais foram traçadas pelo Mar Mediterrâneo, ascendendo o status comercial e
lucrativo da burguesia.

No Renascimento Cultural, várias ideias filosóficas foram propagas na sociedade.


Essas ideias também contribuíram diretamente na formação da burguesia. O
Renascimento Cultural foi também responsável por dissolver o modelo de pirâmide
social vigente naquela época.

Os burgos e sua ascensão transformaram as relações do clero e dos indivíduos


nobres com a sociedade em geral, assim como sua atuação. A burguesia era antes
pertencente ao povo e aos poucos foi conquistando o poder e tirando esse poder das
mãos das classes mais altas.
MONOPÓLIO

Monopólio é uma estrutura no mercado em que o bem alvo da transação é


oferecido por uma única empresa. Ou seja, domina totalmente o mercado sem
concorrentes. Sem a regulação de mercado, o monopólio permite que a empresa sozinha
determine o preço do bem. Em casos em que a regulação é feita pelo governo, medidas
de contenção são criadas para a regulação de preços e, mesmo, da oferta. De qualquer
maneira, regulada ou não, os lucros são obtidos somente pela detentora do monopólio.

Há serviços sujeitos à exploração regulada e determinação das áreas de


monopólio, como aqueles que andem demandas comuns: exploração do petróleo,
energia elétrica, água e telefonia. De todos, somente a exploração do petróleo ainda é
gerida sob o sistema de monopólio no Brasil. As demais são exploradas por mais de
uma empresa, mas todas já foram alvos dos chamados monopólios estatais, por
empresas do Estado.

Características do Monopólio

As principais características do monopólio são: uma única empresa é responsável


pela oferta; existem barreiras para a entrada de concorrentes; os consumidores são
informados sobre as características do produto e preço; não existem substitutos
próximos.

Regulação do Monopólio

A regulação econômica do mercado é feita pelo governo e, assim, se dá no


monopólio. Nesse modelo de concorrência, o governo acompanha preços e a quantidade
de produtos ofertada. É definida a permanência da empresa no mercado - que deve
atender diretrizes mínimas - e as condições de atendimento ao consumidor.
OLIGOPÓLIO

Na economia, Oligopólio é uma forma evoluída de monopólio, no qual um grupo


de organizações ou governos promovem o domínio de determinada oferta de produtos
e/ou serviços.

Definição

Corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o


mercado é controlado por um número reduzido de empresas, de tal forma que cada uma
tem que considerar os comportamentos e as reações das outras quando toma decisões de
mercado.

No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogéneos ou apresentar alguma


diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais em termos de
factores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto
em termos do preço.

As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima


de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma
concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que
nos mercados concorrenciais, ainda que relativamente ao monopólio as quantidades
sejam superiores e os preços menores.

Efeitos no mercado

Nos mercados oligopolistas onde não exista cooperação entre as empresas a curva
da procura do produto da empresa depende da reação das outras empresas. A
concorrência neste tipo de mercado para evitar guerras de preços poderá ser feita em
outros termos como nas características dos produtos distintas do preço (p. ex.,
qualidade, imagem, fidelização, etc.). O oligopólio pode permitir que as empresas
obtenham lucros elevados a custo dos consumidores e do progresso econômico, caso a
sua atuação no mercado seja baseada em cartéis, pois assim terão os mesmos lucros
como um monopólio

Lucros

O lucro económico, que se atinge neste tipo de mercados, varia do curto para o
longo prazo. Enquanto no curto prazo o lucro poderá ser positivo, superior à melhor
aplicação alternativa, no longo prazo, essa situação apenas se manterá se estivermos
num mercado oligopolista dominado por cartel. Caso contrário o lucro será nulo, uma
vez que o lucro positivo levaria a possibilidade de entrada de novos concorrentes.

CARTEL

O cartel é um pacto de cooperação entre companhias que visam obter controle de


um mercado específico, impondo preços e limitando possíveis concorrentes. Ao entrar
em acordo, os participantes de um cartel passam a coordenar suas ações juntamente,
tornando-se parceiras.

De fato, a formação de cartel é muito prejudicial aos consumidores, já que


restringem ou inviabilizam a oferta de produtos.

Entre as práticas mais utilizadas em um acordo de cartel, estão:

Combinação de preços em um mesmo nível, para evitar a concorrência entre si;

Manipulação da oferta de produtos e serviços;

Divisão de clientes e mercados de atuação;

A lógica de um cartel é fazer com que concorrentes se unam para eliminar a livre-
concorrência. Assim, isso beneficiaria as empresas cartelizadas, possibilitando lucros
maiores e domínio sobre o mercado.

Esse processo é muito danoso, visto que diminui a livre concorrência entre os
agentes econômicos. Por outro lado, esse processo prejudica fortemente o consumidor –
já que este passa a ter uma menor liberdade de escolha. Por isso, o cartel é classificado
como uma prática anti-concorrencial.

A cartelização de um setor pode surgir quando existirem poucos empresas


atuantes no mercado em questão. Essa situação é conhecida como oligopólio.

Exemplos de cartel

De fato: para entender mais profundamente o processo de cartelização, é preciso


mostrar exemplos de cartel.

Os postos de gasolina de uma mesma região, por exemplo, podem combinar entre
si quais preços irão praticar.

Como a quantidade de postos continuará a mesma, e é difícil se deslocar para


outros lugares para comprar gasolina, os consumidores ficam “reféns” dessa prática –
que passa a ditar as regras do mercado.

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