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DISCIPLINA: Economia B

PERIODO: 2020-1 (EARTE)


PROFESSOR: Roberto Amadeu Fassarella

GRUPO 8:
Emanuel Lopes Dos Santos
Gustavo Henrique de Carvalho
Iaritsia Gonçalves Silva
Isadora de Jesus Freitas
João Vitor Nossa Carvalho
Letícia Nunes de Noronha

ESTUDO DIRIGIDO
PARTE III
A base para solução das duas questões dessa parte do estudo dirigido, se encontra nos
capítulos 3 e 7 do livro: VASCONCELOS, M. A. S.; GARCIA, M. M. Fundamentos
de economia. São Paulo: Saraiva.

1a QUESTÃO
Caracterize as principais estruturas de mercado de bens e serviços. Dessas estruturas,
quais as mais presentes na economia brasileira e cite setores dominados por essas
estruturas.

Concorrência pura ou perfeita: é um de mercado onde há grande número de vendedores


(ou empresas), proporcionando dessa maneira que uma empresa, isoladamente, não afeta a
oferta do mercado e nem o preço de equilíbrio. O grande número de empresas nesse
mercado faz com que elas sejam apenas tomadoras de preços.
Nesse determinado mercado, prevalecem as seguintes premissas:
 mercado atomizado, composto de extensa quantia de empresas, como se fossem
“átomos”;
 produtos homogêneos: não havendo diferença entre produtos ofertados pelas
empresas concorrentes;
 não há a existência de barreiras para o ingresso de empresas no mercado;
 transparência do mercado: todas as informações sobre lucros, preços, e outros, são
conhecidas por todos os participantes do mercado.
Uma das características deste mercado, é que, em longo prazo, não haverá lucros extras ou
extraordinários (onde as receitas superam os custos), só terá os lucros normais,
representando a remuneração implícita do empresário (que é seu custo de oportunidade).
O aumento da oferta de mercado terá como consequência.
Deve-se ressaltar que praticamente não existe esse mercado de concorrência perfeita,
talvez, um exemplo que mais se aproxima, são os produtos hortifrutigranjeiros.
Monopólio: é caracterizado por apresentar condições inversas à concorrência perfeita.
Nesse mercado há somente uma única empresa (empresário), controlando plenamente a
oferta e, também, os consumidores. Em decorrência disso, não existe concorrência, nem
produto substituto ou concorrente. Os consumidores acabam por se submeter às condições
que são impostas pelo vendedor, em outros casos, deixarão de consumir. Nessa estrutura
de mercado, a curva da demanda da empresa acaba sendo a própria curva da demanda do
mercado como um todo. No monopólio existe a condição de operar com lucros
supernormais no longo prazo.
Por ser a única no mercado, a empresa monopolista vai determinar o preço de equilíbrio
conforme sua capacidade de produção. O monopólio institucional ou estatal se concentra
em setores estratégicos ou de segurança nacional (como exemplo, os de energia,
comunicação e petróleo).
Nesse mercado existe barreiras de acesso à entrada de novas firmas no mercado, as
condições á barreiras são: monopólio puro ou natural: economias de escala; patentes;
controle de matérias-primas básicas e institucionais.
Oligopólio: rotineiramente, caracteriza-se por um limitado número de empresas que
controlam a oferta de mercado, portando, pode ser caracterizado como o mercado com o
número reduzido de empresas (tem de exemplo as indústrias automobilísticas), ou há
amplo número de empresas, mas apenas algumas dominam o mercado (as indústrias de
bebidas podem ser um exemplo). As quantidades ofertadas e os preços são fixados entre as
empresas através de conluios ou cartéis (que é uma organização formal ou informal de
alguns produtores dentro de qualquer setor da economia, determinando a política de
preços para todas as empresas que elas pertencem (solução de monopólio). A teoria
microeconômica tem duas correntes principais: a teoria marginalista ou neoclássica, pela
qual o oligopolista maximiza lucros em que o objetivo principal do oligopolista é
maximizar mark-up.
No oligopólio existe estratégias empresariais individuais em empresas organizadas em
cartéis, como: concorrência extra-preço através de propaganda, publicidade, promoções,
entre outros. Há também um modelo de liderança de preços, em que: a) empresas
determinadoras de preços, mas que, todavia, respeitam as estruturas de custos das demais,
e b) empresas satélites (são as que seguem as regras ditadas pelas líderes).
Existe dois tipos de oligopólio, os com produtos diferenciados, como a indústria
automobilística, e com produtos homogêneos, como exemplo alumínio, cimento.
Concorrência monopolista: é caracterizado como uma estrutura de mercado que
intermedia entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas não pode ser confundida com
o oligopólio, pelas seguintes características:
 É relativamente numerosa as empresas com certo poder concorrencial, contudo,
com segmentos de mercados e produtos diferenciados, tanto pelas características
físicas (embalagem), quanto pela prestação de serviços complementares (pós-
venda);
 A margem de manobra para fixação dos preços não é muito abrangente, pois há
produtos substitutos no mercado.

Não existem barreiras ao acesso de empresas no mercado. Logo, os lucros extraordinários


a curto prazo atrairão novas empresas, e, a longo prazo, só existirão lucros normais.

As estruturas mais presentes na economia brasileira são o oligopólio, alguns dos setores
dominados por ele: mercado aéreo, o mercado de refrigerantes gaseificados (como a Coca-
Cola e Pepsi), e o mercado de telecomunicações; e a concorrência monopolista, alguns
dos setores dominados são: vestuário, setor tecnológico e indústria farmacêutica.

2a QUESTÃO
Façam uma resenha relacionado os tipos de mercados e o direito na economia brasileira.

Dentre os tipos de mercados, tem-se: a concorrência pura, mercado em que há grande


número de vendedores (mercado atomizado), de tal modo que uma empresa, isoladamente,
não afeta a oferta do mercado nem, consequentemente, o preço de equilíbrio, caracteriza-
se, também, pelos produtos homogêneos, pela inexistência de barreiras de acesso, pela
transparência de mercado e pela inexistência de lucros extras ou extraordinários (em que
as receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam
a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade); o monopólio,
caracterizado pela existência de uma única empresa dominando inteiramente a oferta, de
um lado, e todos os consumidores, de outro, de tal forma que não há concorrência ou
produtos substitutos nesse mercado; o oligopólio, mercado em que há pequeno número de
empresas, como a indústria automobilística, ou então em que há grande número de
empresas, mas poucas dominam o mercado, como na indústria de bebidas; e a
concorrência monopolista, caracterizada pelo número relativamente grande de empresas
com certo poder concorrencial, com segmentos de mercados e produtos diferenciados,
além de uma margem de manobra para fixação de preços estreita, é uma estrutura
intermediária entre o monopólio e a concorrência pura, mas que, devido a tais
características, não se confunde com o oligopólio.

A presença do direito na economia brasileira se verifica na Constituição Federal de 88.


Nela, encontram-se os princípios básicos da atuação do Estado na economia, a sujeição do
sistema econômico ao Estado sob a forma de proteção contra o abuso do poder econômico
e, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. A partir dessa base
legal, foi promulgada a Lei no 8.884, de 11 de junho de 1994, que criou o Sistema
Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), formado pelos três órgãos encarregados da
defesa da concorrência no País: a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério
da Justiça, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), do Ministério da
Fazenda, e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia vinculada
ao Ministério da Justiça, que possuem diferentes funções: o CADE tem um poder
decisório sobre os processos por ele julgados, enquanto as secretarias apresentam um
caráter mais instrutor do processo. Esses órgãos do sistema atuam em duas frentes: a
primeira, no controle das estruturas de mercado; a segunda, procurando coibir condutas ou
práticas anticoncorrenciais. O processo de privatizações e concessões ocorrido no Brasil
nos anos 1990 trouxe a necessidade de criar órgãos especiais de regulação, devido às
especificidades de cada setor, tais como transportes, energia elétrica, telecomunicações,
antes monopólios do Estado. Entretanto, o Estado ainda mantém determinados
monopólios, como os Correios. De modo geral, a ação governamental para a política de
defesa da concorrência busca coibir e reprimir abusos no mercado: concorrência desleal,
utilização indevida das invenções, de signos distintivos, marcas e nomes comerciais, tudo
que possa induzir o consumidor a erro, causando-lhe prejuízos. É possível ainda observar
a presença do direito na economia brasileira quando se analisam os princípios gerais da
atividade econômica; a política urbana, agrícola e fundiária; o Sistema Financeiro
Nacional; a política monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior. Assim, as
normas jurídicas buscam, em última análise, regular as atividades econômicas, no sentido
de tornar os mercados mais eficientes (função alocativa) e buscar melhor qualidade de
vida para a população como um todo (função distributiva).

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