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A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945,

envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências —


organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais
abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de
"guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica,
industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre
recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis,
incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em
combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de
70 milhões de mortes.[1]
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da
Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações
de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e
da Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época,
como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-
Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.[2] Muitos dos que não se
envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como
a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças
dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas,
que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos Estados Unidos, Países
Baixos e o Commonwealth Britânico.[3][4]
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o
alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações
Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros
conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais,
preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e
seis anos (1945-1991). Nesse ínterim, a aceitação do princípio
de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África,
enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica
e integração política.

Cronologia
Ver artigo principal: Cronologia da Segunda Guerra Mundial
O primeiro dia de setembro de 1939 é geralmente considerado o início da guerra, com
a invasão alemã da Polônia; o Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha
nazista dois dias depois. Outras datas para o início da guerra incluem o início da Segunda
Guerra Sino-Japonesa, em 7 de julho de 1937.[5][6]
Outros seguem o historiador britânico A. J. P. Taylor, que considerava que a Guerra Sino-
Japonesa e a guerra na Europa e em suas colônias ocorreram de forma simultânea e
posteriormente se fundiram em 1941. Este verbete utiliza a data convencional. Outras
datas por vezes utilizadas para o início da Segunda Guerra Mundial incluem a invasão
italiana da Abissínia em 3 de outubro de 1935.[7] O historiador britânico Antony Beevor vê o
início da Segunda Guerra Mundial nas batalhas de Khalkhin Gol, travadas entre o Império
do Japão e a União Soviética de maio a setembro de 1939.[8]
Também não existe consenso quanto à data exata do fim da guerra. Tem sido sugerido
que a guerra terminou no armistício de 14 de agosto de 1945 (Dia V-J), ao invés
da rendição formal do Japão em 2 de setembro de 1945; alguns apontam o fim da guerra
no dia 8 de maio de 1945 (Dia V-E). No entanto, o tratado de paz com o Japão não foi
assinado até 1951,[9] enquanto que o acordo de paz com a Alemanha não foi ratificado até
1990.[10]
Causas da Segunda Guerra Mundial

Escrito por Juliana Bezerra

Professora de História

As causas que contribuíram para o início da Segunda Guerra Mundial foram


muitas.

Podemos destacar a Grande Depressão, o descontentamento com o Tratado de


Versalhes, as ideologias fascista e nazista, e finalmente, o expansionismo
japonês.

Principais Motivos da Segunda Guerra Mundial


Grande Depressão
A Grande Depressão, cujo estopim foi a quebra da Bolsa de Valores de Nova
Iorque, marcou a falência de quatro mil bancos somente nos Estados Unidos.

O país registrou 14 milhões de desempregados e a renda nacional caiu 50%. Os


salários dos norte-americanos sofreram queda de 40%.

Os problemas financeiros dos Estados Unidos, núcleo duro da economia


mundial, refletiram no restante do mundo.

Na Grã-Bretanha, que sofreu 70% de redução nas exportações, três milhões de


trabalhadores ficaram desempregados. Na Itália, foram 1,3 milhão e, na França,
3 milhões.

Duramente atingida, a Alemanha sofreu quebra de 39% na produção industrial


e 7 milhões de alemães ficaram desempregados. Igualmente, se registrou uma
das inflações mais altas da história do capitalismo.

Tratado de Versalhes
Paralela à crise, o governo alemão sentia os efeitos do reordenamento territorial
imposto pela Primeira Guerra e as diretrizes humilhantes do Tratado de
Versalhes.

Ao fim da Primeira Guerra Mundial, a supremacia do poder mundial estava


dividido entre Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.
Cabia à Inglaterra e à França o domínio de centenas de colônias africanas e
asiáticas; e aos Estados Unidos 50% da produção capitalista mundial.

Em contrapartida, Itália e o Japão estavam insatisfeitos com a divisão territorial.

Leia mais:

Crise de 1929
Tratado de Versalhes
Invasões Japonesas e Italianas

Soldados japoneses invadem


uma cidade chinesa

O Japão, com 70 milhões de pessoas confinadas em um exíguo território,


buscava solucionar a oferta de minérios e petróleo. Segundo os japoneses, a
solução estaria na invasão da Manchúria e vários territórios chineses em 1931.

Já a Itália, sob o comando de Benito Mussolini entre os anos de 1922 e 1943,


houve invasão da Abissínia, hoje Etiópia, na África.

Tratativas diplomáticas da França e Grã-Bretanha eram usadas para tentar evitar


uma nova guerra. As duas nações, porém, estavam satisfeitas com a redefinição
territorial e, além disso, ditavam as regras na Liga das Nações, órgão precursor
da ONU (Organização das Nações Unidas).

Sem confronto armado, o órgão se limitava a repressões insignificantes e, no


caso da invasão à China, somente a apoio moral.

Adolf Hitler e o Nazismo


Já a Alemanha, com Adolf Hiltler atuando entre 1889 e 1945 no poder, o país
passa por um processo de reforço do exército, que chegou a 800 mil homens.
Este número estava com 700 mil soldados acima do limite definido no Tratado
de Versalhes.
A primeira grande anexação pelos alemães ocorreu em 1936, quando a Áustria
foi tomada sob a justificativa de unir a raça ariana. Em seguida, ocorreria a
anexação da região dos Sudetos, pertencente à Tchecoslováquia, em 1938.

Hitler comunica a Emil Hácha, presidente da Tchecoslováquia que a Alemanha


invadiria o seu país e era melhor não resistir

Na Alemanha, este motivos estiveram combinados com o Nazismo, que


responsabilizava os judeus pelas mazelas sofridas pelo povo alemão.

Sob o patrocínio de Hitler, a guerra começou com a surpreendente invasão à


Polônia em 1939. Na Europa, só terminaria em 8 de maio de 1945 e na Ásia,
com a rendição do Japão em setembro de 1945.

A Segunda Grande Mundial terminaria com a morte de 45 milhões de pessoas.

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