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GEOGRAFIA 2 ANO

Capitalismo: entenda como funciona esse sistema de produção!

O que é capitalismo?

O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das


riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios
de produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles
têm a função de gerar renda por meio do trabalho.

Há duas classes sociais principais nesse sistema: os capitalistas (ou burgueses) e


os proletários (ou trabalhadores). Os capitalistas são os donos dos meios de produção,
eles empregam os trabalhadores e a eles pagam salários. Os proletários, por sua vez,
oferecem sua mão-de-obra para realizar determinado trabalho em troca de uma
remuneração. Podemos dizer que o capitalismo é o oposto do socialismo, pois este
defende a propriedade social dos meios de produção – não a propriedade privada.

No capitalismo, a comercialização dos produtos é realizada em um mercado livre, com


pouca ou nenhuma interferência do Estado. Nesse caso, as empresas vendem seus
produtos conforme as leis da oferta e da demanda. Ou seja, conforme a quantidade
de produtos que são produzidos e estão em estoque, e também de acordo com a
procura dos consumidores pelos serviços e bens de consumo. Vamos pensar no
exemplo de uma indústria automobilística: os capitalistas são os sócios da empresa,
são eles os donos de todas as máquinas usadas na produção dos carros e de tudo o
que envolve a distribuição destes ao final do processo, como caminhões, softwares de
distribuição e lojas.

Os proletários trabalham para essa indústria e recebem um salário como retribuição de


suas atividades. Ao final do processo, depois que os carros são vendidos, os capitalistas
recebem o dinheiro pago pelos compradores. Deste dinheiro, uma parte é paga em
salários, outra parte é paga em impostos, taxas e custos de funcionamento – estes são
alguns exemplos – e o restante é o lucro da indústria. O lucro pode ir para os sócios,
ou então, pode ser reinvestido na empresa para ampliação de suas atividades.

Principais características do capitalismo

Para ficar ainda mais fácil de entender como funciona esse sistema, nesta seção vamos
explicar algumas das principais características do capitalismo:

Propriedade privada dos meios de produção

Para o funcionamento do capitalismo, é necessário que o Estado garanta


a propriedade privada. Com a propriedade privada garantida, os capitalistas –
detentores de terras, maquinários ou qualquer outro meio de produção – são livres para
utilizá-la da forma como desejam, afinal, são os donos desses recursos.

Busca pelo máximo lucro e pela acumulação de riquezas

O objetivo do capitalismo é a obtenção de lucros cada vez maiores e esses lucros são
decorrentes do trabalho dos proletários nos meios de produção – fábricas,
comércio, agricultura. Para a maximização do lucro é comum que os donos dos meios
de produção reduzam ao máximo os custos de suas atividades e elevem os preços
dos produtos ou serviço o quanto for possível.
Economia de mercado (e a lei da oferta e da demanda)

Em uma economia de livre mercado, os bens e serviços são distribuídos de acordo com
a lei da oferta e demanda e há pouca interferência do Estado. Segundo essa lei, para
os produtores, ou seja, para aqueles que produzem e vendem os bens, quanto mais alto
o preço do produto, mais interesse ele tem em vendê-lo e por consequência, maior a
quantidade ofertada. Se o preço do produto for muito baixo, os produtores vão ter pouco
estímulo a permanecer no mercado, pois terão baixos lucros.

Algumas vantagens do capitalismo

Competição reduz o valor dos bens de consumo: nos mercados onde há grande
concorrência, as empresas competem entre si para vender mais seus produtos. Como
o preço é um dos principais fatores de decisão de compra dos trabalhadores, as
empresas adotam estratégias para diminuir o preço final. Preços mais baixos podem
aumentar o acesso – principalmente das camadas mais baixas da sociedade – a bens
de consumo que seriam mais caros em um mercado não competitivo.

Empresas eficientes: a eficiência das empresas também está intimamente relacionada


à competição. Como os consumidores têm a liberdade de escolher as empresas para
comprar um bem ou contratar um serviço, é lógico que elas busquem aquelas que, além
do menor preço, tenham um melhor atendimento, uma entrega mais rápida e por aí vai.

Inovação: o capitalismo gera uma dinâmica em que empreendedores buscam


constantemente desenvolver novos produtos e serviços para satisfazer ou até criar as
necessidades e, então, obter lucros a partir deles. Assim, o capitalismo cria um mercado
com muitas opções de escolha para os consumidores e novidades surgindo
constantemente.

Consumidores são livres para escolher: nesse mercado de alta concorrência entre
as empresas e grande diversidade de produtos e serviços oferecidos, o consumidor irá
analisar as ofertas e decidir o que deseja adquirir. É claro que sua liberdade está
relacionada ao seu poder de compra, mas considerando essa limitação, ele têm a
liberdade de escolha.

Algumas desvantagens do capitalismo

Desigualdade social: como o objetivo principal do capitalismo é a obtenção do lucro e


da acumulação de riquezas, o que ocorre nesse sistema é o enriquecimento de uma
pequena parcela da população – geralmente os proprietários dos meios de produção –
e o empobrecimento das camadas mais baixas. Como existe grande concorrência e os
capitalistas desejam aumentar suas vendas, eles reduzem os seus custos de produção.
Já que os salários são um dos custos de produção, é comum que eles sejam reduzidos.
Assim, a desigualdade social entre as classes se intensifica.

Crises econômicas: a dinâmica do capitalismo leva a economia a momentos de


crescimento e recessão de maneira cíclica, isto é, em alguns momentos se produz e se
vende muito e há muita oferta de empregos, e em outros ocorrem as crises econômicas.
As mais famosas crises do sistema capitalista foram: a depressão de 1929 e a crise
de 2008.

Enquanto a primeira foi uma crise de superprodução – muitos produtos em estoque e


poucos compradores -, a segunda foi uma crise financeira, resultado de um colapso no
sistema de especulação nos Estados Unidos.

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