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Caio da Silva

Daniel Brito

Elisangela dos Santos

Jefferson Sobrinho

Jheivison Garcia

Inara Vasconcelos

Itamar Galvão

Nadson Matos

Silvana Silva

CUSTO EFETIVO TOTAL

PARAGOMINAS
2019
Caio da Silva

Daniel Brito

Elisangela dos Santos

Jefferson Sobrinho

Jheivison Garcia

Inara Vasconcelos

Itamar Galvão

Nadson Matos

Silvana Silva

CUSTO EFETIVO TOTAL

Trabalho para avalição do Prof. André Nolasco,


referente a disciplina de Matemática Financeira.

PARAGOMINAS
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4
2. CUSTO EFETIVO TOTAL ......................................................................5
3. PARA QUE SERVE O CET .....................................................................5
4. COMO CALCULAR O CET.....................................................................6
5. SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) ........................7
6. SISTEMA FRANCES DE AMORTIZAÇÃO (SAF)...............................8
6.1 TABELA PRICE ........................................................................................9

CONCLUSÃO............................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

O Custo Efetivo Total foi instituído pela Resolução nº 3.517, de 06/12/2007 e


representa o custo total da operação de crédito para o cliente, sendo expresso em forma de
taxa percentual anual. Para o cálculo são considerados o valor do crédito concedido, o
número de parcelas contratadas, a taxa de juros, tributos, tarifas, os prêmios de seguro de
Morte e Invalidez Permanente - MIP e Danos Físicos do Imóvel - DFI e demais despesas
previstas na operação de crédito. No cálculo não são consideradas, caso sejam utilizadas,
taxas flutuantes, índice de preços ou outros referenciais de remuneração cujo valor se altere
no decorrer do prazo da operação.
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2. CUSTO EFETIVO TOTAL

Não é possível tratar todas as taxas e encargos como padrões, porque cada instituição
tem sua própria política. Por exemplo, algumas empresas cobram taxa de abertura de
cadastro enquanto outras optam por isentar. Mas, independentemente de quais tarifas você
paga, todas devem constar no Custo Efetivo Total, no contrato do empréstimo.
Veja algumas despesas que podem ser inseridas nas operações financeiras e nem sempre
são divulgadas pela instituição, mas estão incluídas no CET:
• Taxas de juros
• Taxas de análise de crédito
• Tac – Tarifa de Abertura de Cadastro
• Taxas administrativas em geral
• Seguros em geral
• Tarifas em geral
• Tributos em geral IOF (Imposto sobre Operação Financeira)

3. PARA QUE SERVE O CET

O CET facilita a vida do consumidor, já que é possível descobrir, verdadeiramente,


qual a opção mais barata. Sem contar que fica mais fácil comparar a taxa em várias
instituições. Por exemplo, o banco A oferece uma taxa de 5% e o banco B de 4%. Por mais
que aparentemente os juros maiores assustem, a situação do A pode ser mais vantajosa que
o B. Afinal, cada um utiliza um indexador diferente, uma TAC (Tarifa de Abertura de
Cadastro) menor, etc. Dessa forma, o valor final pode variar bastante de uma empresa para
outra e nem sempre a menor taxa representa o melhor empréstimo.
A partir disso, você consegue comparar com mais segurança as linhas de crédito e
evitar surpresas desagradáveis ao assinar o contrato.
Quando você sabe com antecedência esse total fica mais fácil, inclusive, se planejar
financeiramente. É possível definir a quantia a pagar na parcela mensal sem prejudicar seu
orçamento. Assim, quando chegar a primeira cobrança você já está preparado.
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Como e quando você recebe o CET?


As instituições financeiras têm a obrigação de te entregar uma planilha com todos os
detalhes do CET antes de você iniciar a operação. Se você fechar mesmo o empréstimo,
essa tabela deve ser inserida, em destaque, no contrato. Operações que envolvem aquisição
de bens e de serviços devem conter esse total nos informes publicitários quando forem
veiculadas ofertas específicas, como explica o site do Banco Central.

4. COMO CALCULAR O CET

Ao calcular o Custo Efetivo Total de uma operação é possível determinar quanto ela
custará de verdade. E o ideal é fazer um planejamento financeiro e avaliar quanto de fato cabe
no seu orçamento todo mês. Qual o valor ideal de parcela para não te comprometer?
O cálculo do CET é bem complexo e veja, a seguir, um exemplo de financiamento
imobiliário com valor líquido de R$ 200.000,00, onde a financeira em questão informou as
seguintes despesas para efetivar a contratação:
 Despesas de avaliação do imóvel e jurídica = R$ 980,00
 Despesas de cartório (notas e registro) = R$ 2.584,87
 Seguros (DFI – Danos Físicos do Imóvel + MIP – Morte e Invalidez Permanente) = R$ 64,13
ao mês
 Taxa de administração = R$ 25,00 ao mês
 IOF (1,91% x valor do empréstimo + despesas de avaliação) = R$ 3.840,82
 Taxa de juros mensal = 1,42% ao mês
Veja agora as condições do financiamento imobiliário informadas pela financeira. Vale
ressaltar que as nomenclaturas utilizadas aplicam-se a uma calculadora financeira, como a
HP-12C, por exemplo:
 PV: “Valor Presente”, que significa o montante que de fato o mutuário colocou no bolso com
a contratação do empréstimo ou o quanto o mutuário deixou de desembolsar ao contratar o
financiamento. É o valor bruto do financiamento (Considerar o valor líquido do financiamento
+ despesas de avaliação + IOF) = R$ 204.830,32
 n: Número de parcelas a pagar = 180

 Parcela: informado pela instituição (em nosso caso: R$ 3.083,68)


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 PMT: “Payments”, ou o valor total das parcelas mensais que o mutuário terá que desembolsar
para pagar o empréstimo ou financiamento, incluindo seguros e taxas. Prestação Mensal Total
= Parcela + seguros + taxa administrativa (em nosso caso R$ 3.255,27)
 i: “interest” – taxa de juros ou CET, se for isso que estamos calculando. No caso, taxa de juros
mensal = 1,42%

Para o cálculo do Custo Efetivo Total consideraremos não só os juros, mas todas as
despesas que compõem a Prestação Mensal Total. Dessa forma, com juros mensais de 1,42%
chegamos a um CET mensal de 1,54% (a diferença entre os dois números é o impacto das
despesas adicionais). A taxa equivalente anual do CET é 20,2% ao ano.

5. SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

Neste sistema o saldo devedor é reembolsado em valores de amortização iguais. Desta


forma, no sistema SAC o valor das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a
cada prestação. O valor da amortização é calculado, dividindo-se o valor do principal pelo
número de períodos de pagamento, ou seja, de parcelas. Por sua vez, os juros são calculados
sobre o saldo devedor, multiplicando-se a taxa pelo saldo. Finalmente, a soma da
amortização e dos juros resultam no valor da parcela.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos
imobiliários. A principal característica do SAC é que ele amortiza um percentual fixo do
valor principal (emissão), desde o início do financiamento. Esse percentual de amortização é
sempre o mesmo, o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início
do financiamento, fazendo com que o saldo devedor caia mais rapidamente do que em outros
mecanismos de amortização.

EX: Um banco libera para uma pessoa o crédito de R$ 120 000,00 para ser pago pelo SAC
em 10 parcelas mensais. Sendo a taxa de juros de 5% ao mês, construa a planilha.

Calculando o valor das amortizações:


120 000 / 10 = 12 000
As amortizações mensais serão fixas e iguais à R$ 12 000,00
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Observe que o juro é calculado sobre o valor do saldo devedor do mês anterior, e as
prestações são obtidas através da soma do juro do período com o valor da amortização.

6. SISTEMA FRANCES DE AMORTIZAÇÃO (SAF)

O sistema de amortização francês (SAF), é um sistema onde as prestações pagas são


sempre iguais, a prestação é composta da soma da amortização + os juros do período, ao
contrário do Sistema de Amortização Constante (SAC) onde a amortização é constante como
o próprio nome diz, possui sempre o mesmo valor.
No SAF a amortização aumenta a cada período e os juros diminuem a cada período,
apenas relembrando a amortização é a quantia que realmente foi paga da dívida, por exemplo,
se eu pego 100.000 emprestado e pago 5.000 de amortização e 15.000 de juros na primeira
prestação, totalizando 20.000, a minha dívida ainda estará em 95.000, pois foi amortizado
apenas 5.000.
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6.1 TABELA PRICE


Seu funcionamento é baseado no pagamento de parcelas fixas durante o período de
empréstimo, sendo extensivamente utilizada em todo o mundo. Os juros são os principais
responsáveis pelo endividamento e pelo aumento excessivo de uma dívida, seja para pessoas
físicas, seja para pessoas jurídicas. Além disso, os juros é que dirão se o empréstimo a ser
realizado valerá a pena ou não. Dessa maneira, saber calculá-lo fará toda a diferença para
você.

A Tabela Price usa os sistemas de juros compostos para definir o valor de suas
prestações, e é válido lembrar que uma fração do valor da parcela é relativa à amortização do
saldo devedor. Para se calcular os juros da Tabela Price, é utilizada a seguinte fórmula:

Para se calcular o valor das prestações podemos usar a fórmula de juros compostos para
encontrar a prestação de uma série de pagamentos.

Tabela price formula

Onde,

 PV é o valor financiado

 i é a taxa  de juros

 e n é o número de parcelas

Suponha que tenhamos a seguinte situação:

Um financiamento de R$ 1.000,00 a ser pago em 4 prestações mensais com uma taxa de juros
compostos de 5% ao mês.
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Neste caso temos as seguintes informações:

 PV= 1.000,00

 i= 5%= 0,05

 n = 4 meses

Para calcular a prestação da tabela price basta substituir na fórmula anterior os dados do
problema.

Fazendo os cálculos acima teremos para este financiamento 4 prestação constantes de R$


282,01.

Vamos usar no modelo de tabela os seguintes elementos:

1. Período - o mês do pagamento

2. Prestação -  para o valor da prestação

3. Amortização - para o valor da amortização

4. Juros - para o valor dos juros


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5. Saldo devedor - para o valor do saldo devedor

Veja modelo de planilha que iremos usar para o exemplo que estamos desenvolvendo neste
artigo.

Para cada elemento temos uma coluna. Note também que temos no momento zero, que é
o da contratação do empréstimo, temos um saldo devedor (dívida) de R$ 1000, 00. O próximo
passo para se montar a tabela price é inserir o valor das prestações. Como estamos usando o
sistema price de amortização teremos prestações constantes ao longo do financiamento, que
neste caso são 4 meses.

Dessa forma podemos repetir do mês 1 ao mês 4 o valor da prestação calculado


anteriormente (R$ 282,01).

Seguindo o mesmo procedimento para todos os meses restantes teremos a seguinte


tabela price montada.

Note que ao final do último mês temos um saldo devedor igual a R$ 0,01. Este saldo
devedor deveria ser igual a zero, pois ao final do financiamento não devemos ter dívidas.
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Mas qual foi a causa desta diferença?

Colocamos propositalmente essa diferença para mostrar que temos que ter cuidado com
os arredondamentos de valores.

Esta diferença surgiu exatamente por conta disso. Se somarmos o valor das
amortizações teríamos que ter R$ 1000,00, quando na verdade só amortizamos R$ 999,99

( 232,01+243,61+255,79+268,58) por conta dos arredondamentos.

Como fazermos então para ter um cálculo mais preciso?

Podemos usar todas as casas decimais no Excel e fazer os cálculos de forma automática.
Veja como ficaria a tabela fazendo desta forma e com 4 casas decimais:

Note que a utilização de 4 casas decimais nos cálculos fez com que o resultado final do
saldo devedor ficasse correto e igual a zero.

Recomendamos, assim, que sempre que possível utilize o cálculo automático de um


planilha eletrônica e com muitas casas decimais.

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CONCLUSÃO

O CET é a soma de taxas de juros, tributos, tarifas, gravames, IOF, registros, seguros
e demais despesas do contrato. Ele é apresentado como um percentual (%) anual.

Agora que você já sabe o que o CET, fique de olho nele quando fizer uma simulação
de crédito. Mesmo que uma empresa forneça juros e prazo igual a outra empresa, o Custo
Efetivo Total pode variar. Use esse percentual para ter maior clareza de qual proposta é
mais vantajosa para você!

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