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Acontece muitas vezes que a taxa de juro fixada não é referida ao período de
capitalização. Por exemplo, uma instituição bancária pode anunciar que aceita depósitos
por prazos superiores a um ano, em condições de remunerar à taxa anual de 5%,
capitalizando trimestralmente.
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Taxas Activas e Taxas Passivas.
Onde:
Exemplo:
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2. Qual a taxa mensal equivalente a taxa trimestral de 5%?
Taxas proporcionais são aquelas referidas a períodos diferentes cuja relação é igual aos
seus períodos de referência. Numa relação de proporcionalidade temos dois tipos de
taxas (taxas efectivas e nominais). Taxas efectivas são aquelas cujo período de
referência coincide com o período da capitalização. Taxas nominais são aquelas cujo
período de referência é diferente com o de capitalização e é obtida por
proporcionalidade directa em função do tempo.
Duas taxas dizem-se proporcionais entre si se a razão (quociente) entre elas coincide
com a razão (quociente) entre os respectivos períodos a que estão reportadas. Note-se
que, sendo assim, elas não reflectem a existência de sucessivas capitalizações.
Relação de proporcionalidade:
Exemplo:
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2. Determine a taxa anual proporcional à taxa trimestral de 2%.
Exemplo: taxa de juro anual, capitalização anual; taxa de juro semestral, capitalização
semestral; taxa de juro mensal, capitalização mensal.
Taxa nominal é aquela que não leva em consideração as sucessivas capitalizações, pelo
que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de proporcionalidade, isto é, a
conversão do período de referência das taxas de juro nominais faz-se pela da
proporcionalidade. Especificamente, taxa nominal é aquela declarada ou anunciada
pelas autorid
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proporcional efectiva. Nestes casos em que o período de referência da taxa não coincide
com o período de capitalização, a referida taxa chama-se nominal.
A essência da distinção entre taxa anual e periódica é o período a que a taxa está
referida. Uma taxa diz se anual se estiver reportada ao ano. Qualquer taxa reportada à
outro período diz-se, genericamente, periódica, sendo que esta designação deverá ser
definida em cada caso, referindo que a taxa é mensal, ou trimestral, quadrimestral,
semestral, etc.
As instituições bancárias têm usado dois tipos de taxas: activas e passivas. Taxas activas
são aquelas que vigoram nas operações de empréstimos. Para as instituições bancárias,
os empréstimos são operações activas, visto que proporcionam-lhes rendimento
adicional (juro).
Taxas passivas são aquelas que vigoram nos processos de depósitos a prazo porque os
depósitos aumentam a estrutura de custos dos bancos, uma vez que as instituições
bancárias têm obrigação de remunerar os depósitos através de pagamento de juros.
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No sentido de permitir a informação mais rigorosa aos clientes, que em geral são leigos
na matéria, todas as instituições são obrigadas a dar informação, mesmo na publicidade,
sobre as taxas efectivas praticadas que englobam (quase) todos os encargos, designadas
de TAEG (para empréstimos a efectuar por entidades financeiras) e TAEL (para
remuneração de depósitos bancários).
TAEL – taxa anual efectiva líquida (taxa de juro paga ao cliente depois de descontadas
comissões e imposto)
TAEG – taxa anual de encargos efectiva global (taxa de juro que o cliente paga e que
engloba as despesas para cobrança dos reembolsos, encargos fiscais e despesas de
concessão dos empréstimos)
Estas taxas aparecem habitualmente nas letras pequenas da publicidade escrita e
televisiva e no final dos anúncios na rádio, e só através delas podemos determinar o que
realmente vamos pagar ou receber.
Exercícios
1. Dada uma taxa de juro anual efectiva de 10%, determine as seguintes taxas periódicas
equivalentes:
a) Semestral R:4,88090%
b) Trimestral R: 2,4114%
c) Mensal R: 0,7974%
2. Dada a taxa de juro anual efectiva de 15%, determine as taxa equivalentes para os
seguintes períodos:
a) mês R: 1,1715%
b) 3 meses R: 3,5558%
c) 4 meses R: 4,769%
d) 6 meses R: 7,2381%
e) 8 meses R: 9,7653%
f) 15 meses R: 19,0892%
g) 18 meses R: 23,3238%
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a) Taxa anual efectiva R: 14,7523%
b) Taxa semestral efectiva R: 7,1225%
c) Taxa quadrimestral efectiva R: 4,6937%
d) Taxa bimestral efectiva R: 2,3199%
e) Taxa mensal efectiva. R: 1,1533%
Solução Teórica
Solução Prática
Se durante os (n) períodos inteiros, a capitalização decorrer à taxa efectiva (i), a questão
que se coloca é: qual a taxa que vai vigorar no subperíodo (x/p)?
Teoricamente, a taxa de juro vigente na fracção (x/p), deve ser uma taxa
efectiva, o que implica ser taxa equivalente à (i).
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Na prática, é sempre corrente adoptar na fracção (x/p) uma taxa proporcional à
(i).
Neste contexto, podemos ter duas soluções: solução teórica e solução prática.
Na fracção (x/p) vigora uma taxa equivalente. Se a taxa (i) vigora em períodos inteiros
de capitalização, na fracção (x/p) vai vigorar a taxa equivalente.
Note que, se a capitalização for anual, então o período maior será p=1 ano e o período
menor será x=1 mês, 1 bimestre, 1 trimestre, 1 quadrimestre, 1 semestre, etc. O período
menor (x) refere-se a qualquer fracção do ano dependendo do processo de capitalização.
O juro produzido no tempo (x/p) pode ser simples ou composto conforme o tipo de
processo capitalização e é obtido multiplicando o capital em processo de capitalização
por aquela taxa que vigorar na referida fracção do ano.
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Em regime dito simples, o juro da fracção é o mesmo que o juro em regime simples
puro. O capital acumulado é a soma entre o capital final do período inteiro de
capitalização e o juro da respectiva fracção:
O capital acumulado:
Exemplo:
Dados:
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Solução Teórica:
Na fracção (x/p), vigora uma taxa proporcional. Se a taxa (i) vigora em um período
inteiro, na fracção (x/p) irá vigorar a taxa proporcional.
i__________________1 ano
ix/p________________x/p
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O juro produzido na fracção (x/p) em regime composto:
O capital acumulado:
Exemplo:
Dados:
Solução Prática:
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Exercícios
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