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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Economia e Gestão

Relações entre taxas de Juros

DE:
Cledson Elimarce Ferreira
Fernando Júnior
Júlio Samuel Maguiava

BEIRA
Abril, 2023
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

1.1. Introdução........................................................................................................................ 3

1.2. objectivos ........................................................................................................................ 4

1.2.1. objectivo geral .............................................................................................................. 4

1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 4

CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA ........................................................................ 5

2.1. Taxa de juro..................................................................................................................... 5

2.2. As relações entre taxas de juros ...................................................................................... 5

2.3. Taxas em regime de juro composto................................................................................. 5

2.3.1. Taxas anuais e taxas periódicas .................................................................................... 6

2.3.2. Taxas equivalentes e taxas proporcionais .................................................................... 6

2.3.3. Taxas equivalentes ....................................................................................................... 6

2.3.4. Relação entre taxas equivalentes .................................................................................. 7

2.3.4.1. Taxas proporcionais ............................................................................................... 8

2.3.5. Taxas efectivas e taxas nominais ................................................................................. 8

2.3.6. Síntese .......................................................................................................................... 9

CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................. 10

4. Conclusão............................................................................................................................. 11

Referencias bibliográficas ........................................................................................................ 12


CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
No presente trabalho iremos abordar a cerca da relação entra taxas de juros, e de extrema
importância saber que as taxas de juros desempenham um papel crucial na determinação do
comportamento dos mercados financeiros, no crescimento econômico e nas decisões de política
monetária dos bancos centrais. A interação entre diferentes taxas de juros, sejam elas de curto
prazo, como as taxas de referência dos bancos centrais, ou de longo prazo, como as taxas de
hipoteca e títulos do governo, é um aspecto fundamental do sistema financeiro. Compreender
as relações entre essas taxas é essencial para investidores, tomadores de empréstimos,
formuladores de políticas e indivíduos interessados no funcionamento dos mercados
financeiros. Nesta análise, exploraremos as complexas interconexões entre as diversas taxas de
juros e examinaremos como mudanças em uma taxa podem afetar outras partes do sistema
financeiro, bem como a economia como um todo.
1.2. objectivos
1.2.1. objectivo geral
 analisar e compreender as relações entre diferentes taxas de juros e seu impacto no
sistema financeiro e na economia como um todo.

1.2.2. Objetivos Específicos


 Investigar as principais taxas de juros utilizadas nos mercados financeiros,
incluindo as taxas de referência.
 Analisar os principais determinantes que influenciam as variações nas taxas de
juros, tais como políticas monetárias, expectativas de inflação
 Explorar as relações entre diferentes taxas de juros, incluindo a relação entre as
taxas equivalentes e proporcionais, taxas nominais e efectivas
 Avaliar o impacto das mudanças nas taxas de juros nas diferentes partes do sistema
financeiro.
CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA
2.1. Taxa de juro

Vimos já que o quantitativo do juro está relacionado com o montante do capital emprestado e
com o lapso de tempo durante o qual se verifica a alienação do usufruto desse capital; esta
relação é, pois, uma relação de proporcionalidade directa entre a grandeza juro e as grandezas
capital e tempo, e quando ela é unitária
—/ = f(1; 1) - designa-se por taxa de juro.
Assim, e em termos vulgares, podemos dizer que taxa de juro é o juro produzido por uma
unidade de capital numa unidade de tempo.

2.2. As relações entre taxas de juros


As relações entre taxas de juros equivalentes, taxas proporcionais, taxas efetivas e taxas
nominais são fundamentais na compreensão da matemática financeira e das finanças em geral.
A relação entre a taxa nominal e efetiva é especialmente importante, pois influencia
diretamente o custo real do crédito ou o retorno real dos investimentos. Um dos principais
autores que contribuíram para o desenvolvimento desses conceitos foi Irving Fisher, um
renomado economista do final do século XIX e início do século XX

2.3. Taxas em regime de juro composto


Como vimos em Breve Referência, quando vigora o regime de juro composto e,
simultaneamente, o período a que está reportada a taxa não coincide com a periodicidade a que
são efectuadas as capitalizações, há distinção entre taxa proporcional e taxa equivalente, por
um lado, e entre taxa nominal e taxa efectiva, por outro.
Chegou a altura de clarificar conceitos e sistematizar simbologia no que respeita a taxas.
Já sabemos que capitalização significa vencimento do juro. Periodicidade da capitalização é a
frequência com se processa (vence) o juro. Capitalização anual significa que o juro é
processado (vence) uma vez por ano; capitalização mensal significa que o juro é processado
(vence) uma vez por mês, ou seja, doze vezes por ano.

Geralmente, a taxa de juro está expressa em termos anuais. Ora, se as capitalizações forem
também anuais, não há qualquer problema (essa taxa é simultaneamente nominal e efectiva),
mas se forem semestrais ou mensais (por exemplo), já é importante clarificar de que taxa se
trata: é nominal ou efectiva?
Como já vimos, em regime de juro simples esta distinção não é relevante, mas em regime de
juro composto é fundamental Importante!
sempre que a taxa está reportada a um dado período e as capitalizações são efectuadas com
periodicidade diferente. Numa grande parte das situações do dia-a-dia é isto que acontece -
vigora o regime de juro composto, a taxa anunciada está reportada a determinado período
(geralmente, o ano), mas as capitalizações são efectuadas que periodicidade diferente (mensais,
trimestrais, etc.). Frequentemente, quando se diz que "a taxa é de 12%", o que se quer dizer é
que a taxa é de 1% ao mês, 3% ao trimestre que 6% ao semestre, etc., ou seja, a taxa referida é
a taxa nominal. Ora, o que acontece é que se a taxa for de 1% ao mês, então após 12 meses de
capitalizações a taxa anual efectiva será superior, pois os juros que mensalmente se vão
produzindo vão, eles próprios, gerando juros.

Clarifiquemos, então, alguns conceitos:

2.3.1. Taxas anuais e taxas periódicas


Como é fácil perceber, o que está na base desta distinção é o período a que a taxa está referida.
Uma taxa diz-se anual se estiver reportada ao ano. Qualquer taxa reportada a outro período diz-
se, genericamente, periódica, sendo que esta designação se deverá concretizar, em cada caso,
referindo que a taxa é mensal, ou trimestral, ou semestral, etc..

2.3.2. Taxas equivalentes e taxas proporcionais


A origem da distinção entre taxas equivalentes e taxas proporcionais está no facto de elas
reflectirem ou não o efeito das capitalizações. Assim, esta distinção só existe em regime de
juro composto, uma vez que em regime de juro simples não há juros de juros.

2.3.3. Taxas equivalentes


Duas taxas, referidas a períodos diferentes, dizem-se equivalentes entre si se, aplicadas a um
mesmo capital, conduzem ao mesmo capital acumulado, em diferentes capitalizações
temporais, após um mesmo intervalo de tempo. Assim, elas têm em conta a existência de
capitalizações. As taxas de 21% ao ano e 10% ao semestre são, pois, taxas equivalentes, uma
vez que:
Usando definição do capital acumulado teremos:
𝒂 𝒔
𝐜𝒂 = 𝐜𝟎 (𝟏+𝒊𝒂 ) e 𝐜𝒔 = 𝐜𝟎 (𝟏+𝒊𝒔 )
Se a taxa de juro ia (taxa anual) e is (taxa semestral) são equivalentes então partindo do capital
inicial C0 os capitais acumulados nos dois processos de capitalização são iguais, isto é:
𝐜𝒂 = 𝐜𝐬
𝒂 𝒔
(𝟏+𝒊𝒂 ) = (𝟏+𝒊𝒔 )
Em que a (anos) e s (semestres) perfazem o mesmo tempo total de aplicação.
2.3.4. Relação entre taxas equivalentes

𝑖𝑎 = Taxa anual
𝑖𝑠 = Taxa semestral
𝑖𝑡 = Taxa trimestral
𝑖𝑑 = Taxa diária
𝑖𝑚 = Taxa mensal

Exemplo: Sejam as taxas de juros de 21% ao ano e 10% ao semestre. Considerando uma
aplicação de 10.000,00Mt, pelo prazo de um (2) anos, no RJC teremos:

𝟐
a) 𝐜𝒏 = 𝐜𝟎 (𝟏+𝒊𝒂 )
𝟐
𝐜𝒏 = 𝟏𝟎𝟎𝟎(𝟏+𝟎,𝟐𝟏 )
𝐜𝒏 = 14.641

𝟒
b) 𝐜𝒏 = 𝐜𝟎 (𝟏+𝒊𝒔 )
𝟒
𝐜𝒏 = 𝟏𝟎𝟎𝟎(𝟏+𝟎,𝟏𝟎 )
𝐜𝒏 = 14.641

Assim, as taxas de 21% anual e 10% semestral são equivalentes, no RJC porque produzem o
mesmo capital acumulado no final de dois (2) anos.
2.3.4.1. Taxas proporcionais
Duas taxas, referidas a períodos de tempo diferentes, dizem-se proporcionais se a razão
(quociente) entre elas for a mesma que existe entre os períodos de tempo a que se referem.
Sendo assim, elas não têm em conta a existência de capitalizações. Deste modo, as taxas de
12% ao ano e 6% ao semestre são taxas proporcionais, pois:
𝟏𝟐% 𝟐 𝐬𝐞𝐦𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐬
=
𝟔% 𝟏 𝐬𝐞𝐦𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞

2.3.5. Taxas efectivas e taxas nominais


Também a distinção entre taxas efectivas e taxas nominais reside no facto de reflectirem ou
não o efeito de sucessivas capitalizações. Consequentemente, esta distinção só existe em
regime de juro composto e quando, simultaneamente, o período a que está reportada a taxa não
coincide com a periodicidade a que são efectuadas as capitalizações. Quando tal acontece é,
pois, fundamental saber desde logo se a taxa anunciada é efectiva ou nominal.

Sendo efectiva, significa que ela já leva em consideração o efeito de sucessivas capitalizações,
pelo que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de equivalência: sendo nominal,
significa que ela não leva em consideração as sucessivas capitalizações, pelo que a taxa
periódica é calculada segundo uma relação de proporcionalidade"

Se uma taxa anual ia capitaliza m vezes ao ano então ia é a taxa nominal anual. Teremos:
𝑖𝑎
= taxa efectiva do periodo m
m
14%(anual)
Exemplos: 2(semestres) = 7% semestral (Taxa efectiva semestral contida na Nominal)
2.3.6. Síntese
Em regime de juro simples (não há distinção entre taxas proporcionais e taxas equivalentes,
nem entre taxas nominais e taxas efectivas, uma vez que não há juros de juros e é nisso que
reside a diferença entre elas.

Essa distinção, só surge em regime de juro composto (e quando simultaneamente o período a


que se reporta a taxa não coincide com a periodicidade a que são efectuadas as capitalizações.

Importância da Relação entra a taxa


periodicidade das nominal e taxa efectiva
capitalizações
Regime de juros simples IRRELEVANTE TAXA NOMINAL= TAXA
(RJS) EFECTIVA
Regime de juros DETERMINANTE TAXA NOMINAL MAIOR
compostos(RJC) OU IGUAL A TAXA
EFECTIVA
CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA
Nessa seção, são apresentados os aspetos metodológicos do trabalho, com a finalidade de
apresentar todos os procedimentos adotados e utilizados nesta pesquisa.
Trata-se de uma metodologia que não se enquadra nem como dedutiva e nem como indutiva,
de modo que suas atribuições consistem na descrição direta da experiência do modo como ela
é. Assim sendo, a realidade se constrói de maneira social e passível de entendimento e
interpretação de cada indivíduo, ao passo que nunca será única, existindo tantas realidades
possíveis, quanto possíveis forem suas interpretações.

No presente trabalho de pesquisa foram usados vários métodos de pesquisa que são:

 Processo de consulta bibliográfica, na qual o trabalho foi feito com base nos livros.
 Consulta em artigos, na qual o trabalho foi feito com base em artigos situados em
websites
4. Conclusão
Em síntese, as relações entre as taxas de juros representam um aspecto vital e dinâmico do
panorama financeiro global. Ao longo deste estudo, examinamos como diferentes taxas de
juros interagem entre si e como suas flutuações podem influenciar diversos setores da
economia. Ficou evidente que as políticas monetárias, e os eventos geopolíticos desempenham
papéis cruciais na determinação das taxas de juros.

Além disso, exploramos as complexas interconexões entre as taxas equivalentes, as taxas


proporcionais, taxas efectivas e taxas nominais e seu impacto nos mercados financeiros, no
mercado de crédito e nas decisões de investimento. Constatamos que as mudanças nas taxas de
juros têm ramificações significativas em todos esses aspectos, afetando desde o custo do crédito
até o desempenho das empresas e o comportamento dos consumidores.

Portanto, compreender as relações entre as taxas de juros é essencial para investidores,


tomadores de empréstimos, formuladores de políticas e qualquer pessoa interessada no
funcionamento dos mercados financeiros. A análise cuidadosa dessas relações fornece insights
valiosos para a tomada de decisões financeiras e estratégias de investimento, enquanto destaca
a importância de políticas monetárias eficazes e da vigilância constante das condições
econômicas globais. Em um mundo cada vez mais interconectado, o estudo das relações entre
taxas de juros continua sendo uma área de pesquisa crucial para entender e navegar no
complexo cenário financeiro contemporâneo.
Referencias bibliográficas
Brigham, E. F., & Houston, J. F. (2016). Fundamentos da administração financeira (14a ed.).

Cengage Learning.

Ross, S. A., Westerfield, R. W., & Jordan, B. D. (2017). Princípios de administração

financeira (12a ed.). McGraw-Hill Education.

Gitman, L. J., & Zutter, C. J. (2015). Princípios de administração financeira (12a ed.).

Pearson.

Brealey, R. A., Myers, S. C., & Allen, F. (2017). Princípios de finanças corporativas (11a

ed.). McGraw-Hill Education.

Arantes, A. L., & Nakagawa, M. (2016). Manual de cálculos financeiros HP (2a ed.). Atlas.

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