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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS – ICEx


DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA – EST

APOSTILA DE
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Glaura da Conceição Franco


Vilson Luciano Gonçalves

Belo Horizonte, junho de 2005.


Sumário

A MATEMÁTICA FINANEIRA: ................................................................................................. 3

1 JUROS E CAPITALIZAÇÃO SIMPLES ................................................................................. 4

2 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA............................................................................................. 7

3 DESCONTOS ............................................................................................................................. 10

4 SÉRIES DE PAGAMENTOS ................................................................................................... 14

5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA .................................................... 23

6 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO........................................................................................... 31

Bibliografia .................................................................................................................................... 61

2
A MATEMÁTICA FINANEIRA:

A Matemática financeira tem como objetivos principais:

 a transformação e o manuseio de fluxos de caixa, com a aplicação das taxas de juros


de cada período, para se levar em conta o valor do dinheiro no tempo;
 a obtenção da taxa interna de juros que está implícita no fluxo de caixa;
 a análise e a comparação de diversas alternativas de fluxos de caixa.

Esta apostila é baseada no material disponível em Sobrinho (2000). No primeiro capítulo


introduziremos o conceito de Juro, Capital e Taxa de Juros para a análise de Juros e
Capitalização Simples. No segundo capítulo trataremos da parte da Capitalização
Composta, passando para Desconto no capítulo 3. Com os conceitos adquiridos nos
capítulos acima, introduziremos a parte de Séries de Pagamentos discutida no capítulo
4. O capítulo 5 tratará dos Métodos de Avaliação de Fluxos de Caixa e o último
capítulo, o capítulo 6, tratará dos Sistemas de Amortização, comparando os sistemas –
Sistema Francês, também chamado de Sistema Price, Sistema de Amortização Constatne
(SAC), Sistema de Amortização Misto (SAM) – e fará uma análise comparativa dos
sistemas citados.

3
1
JUROS E CAPITALIZAÇÃO SIMPLES

JURO: Juro é a remuneração do capital emprestado, podendo ser entendido, de forma simplificada,
como sendo o aluguel pago pelo uso do dinheiro.

Ao se dispor a emprestar, o possuidor de dinheiro, para avaliar a taxa de remuneração para os seus
recursos, deve atentar para os seguintes fatores:

 Risco: probabilidade de o tomador do empréstimo não resgatar o dinheiro.


 Despesas: todas as despesas operacionais, contratuais e tributárias para a formalização do
empréstimo e a efetivação da cobrança.
 Inflação: índice de desvalorização do poder aquisitivo da moeda previsto para o prazo do
empréstimo.
 Ganho (ou lucro): fixado em função das demais oportunidades de investimentos (“custo de
oportunidades”); justifica-se pela privação, por parte do seu dono, da utilidade do capital.

CAPITAL: Entende-se por capital, do ponto de vista da matemática financeira, qualquer valor
expresso em moeda e disponível em determinada época.

TAXA DE JUROS: Taxa de juros é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no final de um certo
período de tempo e o capital inicialmente aplicado (ou emprestado). Matematicamente essa razão é
especificada como segue:
j
i=
P
em que i é a taxa de juros, J o valor dos juros e P o capital inicial (também chamado de principal, valor
atual ou valor presente).

CAPITALIZAÇÃO SIMPLES: Capitalização simples é aquela em que a taxa de juros incide somente
sobre o capital inicial; não incide, pois, sobre os juros acumulados. Neste regime de capitalização a
taxa varia linearmente em função do tempo, ou seja, se quisermos converter a taxa diária em mensal,
basta multiplicarmos a taxa diária por 30; se desejarmos uma taxa anual, tendo a mensal, basta
multiplicarmos esta por 12, e assim por diante.

CÁLCULO DOS JUROS: O valor dos juros é obtido da expressão:


J =P ⋅ i ⋅ n

em que: J = valor dos juros P = valor do capital inicial ou principal


i = taxa de juros n = prazo.

CÁLCULO DO MONTANTE: O valor do montante (S) é obtido da expressão:

S = P + J , ou seja, S = P(1 + i ⋅ n)

4
Exemplos

1. Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de $ 10.000,00 pelo prazo de 5 meses,
sabendo-se que a taxa cobrada é de 3% ao mês?

Dados: P = 10.000,00
n = 5 meses
i = 3% ao mês
J=?
Solução: J=P⋅i⋅n
J = 10.000 ⋅ 0,03 ⋅ 5
J = 1.500,00.

2. Determinar o valor do montante acumulado em 12 meses, a partir de um principal de $10.000,00


aplicado com uma taxa de 12% ao ano, no regime de juros simples.

Dados: n = 12 meses
P = $ 10.000,00
12%
i = 12% ao ano = = 1% ao mês = 0,01
12
S=?
Solução: S = P(1 + i⋅n)
S = 10.000(1 + 0,01 ⋅ 12)
S = $ 11.200,00.

3. Um empréstimo de $ 23.000,00 é liquidado por $ 29.200,00 no final de 152 dias. Calcular a taxa
mensal de juros.

Dados: P = 23.000,00
S = 29.200,00
n = 152 dias
i = ? (taxa mensal)
J
Solução: i =
P⋅n
J = S – P = 29.200,00 – 23.000,00 = 6.200,00
6.200
i= = 0,001773
23.000 ⋅ 152
ou 0,1773% ao dia (porque o prazo está expresso em número de dias)

Taxa mensal = im = 0,1773% ⋅ 30 = 5,32%.

5
PROBLEMAS PROPOSTOS

1. Determinar o montante acumulado no final de quatro semestres e a renda recebida a partir da


aplicação de um principal de $ 10.000,00, com uma taxa de juros de 1% ao mês, no regime de juros
simples.

2. Um capital de $ 28.000,00, aplicado durante 8 meses, rendeu juros de $ 11.200,00. Determinar a


taxa anual.

3. Um título com 123 dias a decorrer até seu vencimento está sendo negociado a juros simples, com
uma taxa de rentabilidade de 1,3% ao mês. Determinar o valor da aplicação que proporciona um
valor de resgate de $ 1.000,00.

4. Um capital de $ 50.000,00 foi aplicado no dia 19/06/91 e resgatado em 20/01/92. Sabendo-se que a
taxa de juros da aplicação foi de 56% ao ano, calcular o valor dos juros, considerando-se o número
de dias efetivo entre as duas datas.

5. A que taxa de juros um capital aplicado durante 10 meses rende juros igual a ¼ do seu valor?

6. Um investidor norte-americano traz para o Brasil 50.000 dólares, faz a conversão dos dólares para
reais; aplica os reais por um ano à taxa de 18% ao ano e no resgate converte os reais recebidos para
dólares e os envia para os Estados Unidos. No dia da aplicação um dólar valia R$ 1,10 e, um ano
depois, na data do resgate um dólar valia R$ 1,20.
a) Qual a taxa de rendimento dessa aplicação, considerando os valores expressos em dólares?
b) Quanto deveria valer um dólar na data de resgate (um ano após a aplicação) para que a taxa de
rendimento em dólares tivesse sido de 12% ao ano?

7. O preço à vista de uma mercadoria é de R$ 130,00. O comprador pode pagar 20% de entrada no ato
da compra e o restante em uma única parcela de R$ 128,96, vencível em 3 meses. Admitindo-se o
regime de juros simples comerciais, qual é a taxa de juros anual cobrada na venda a prazo?

8. Em quantos dias um capital de $ 270.420,00 produzirá juros de $ 62.304,77 a uma taxa de 5,4% ao
mês?

9. Determinar o montante correspondente a uma aplicação de $ 450.000,00, por 225 dias, à taxa de
5,6% ao mês.

10. Calcular o valor do capital, que aplicado a uma taxa de 6,2% ao mês, por 174 dias, produziu um
montante de $ 543.840,00.

6
2
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA: MONTANTE E VALOR ATUAL PARA PAGAMENTO


ÚNICO: O regime de capitalização mais utilizado nas transações comerciais e aplicações financeiras é
o de juros compostos, que se baseia no seguinte princípio:

 Ao final do 1° período, os juros incidentes sobre o capital inicial são a ele incorporados, produzindo
o 1° montante.
 Ao final do 2° período, os juros incidem sobre o 1° montante e incorporam-se a ele, gerando o 2°
montante.
 Ao final do 3° período, os juros, calculados sobre o 2° montante, incorporam-se a ele, gerando o 3°
montante; e assim por diante.

De modo geral, um capital P, a juros compostos, aplicado a uma taxa fixa i, durante n períodos, produz:
• ao final do 1° período: S1 = P + P ⋅ i ⇒ S1 = P(1 + i)
• ao final do 2° período: S2 = S1 + S1 ⋅ i = S1(1+i) ⇒ S2 = P(1 + i)2
• ao final do n-ésimo período: Sn = P(1 + i)n

Devido à sua natureza, o sistema de juros compostos é chamado capitalização acumulada.

Exemplos

1. A população de certo município cresce à taxa de 12% ao ano. Se atualmente essa população é
estimada em 20 mil habitantes, qual será o número de habitantes daqui a cinco anos?
Dados: P = 20.000
n=5
i = 12% ao ano
S5 = ?
Solução: S5 = P(1 + i)5
S5 = 20.000(1 + 0,12)5
S5 = 35.247 habitantes.

2. Em que prazo um empréstimo de $ 30.000,00 pode ser quitado em um único pagamento de $


51.310,18, sabendo-se que a taxa contratada é de 5% ao mês?
Dados: Sn = 51.310,18
P = 30.000,00
i = 5% ao mês
n=?

7
Solução: Sn = P(1 + i)n
S
(1 + i)n =
P
51.310,18
(1,05)n = = 1,71034 .
30.000,00
A solução direta deste problema somente pode ser obtida através de logaritmo. Vamos utilizar o
logaritmo neperiano por ser o mais comumente encontrado nas calculadoras disponíveis no mercado.
(1,05)n = 1,71034
n ⋅ log 1,05 = log 1,71034
log 1,71034 0,53669
n= = = 11
log 1,05 0,04879
Portanto, n = 11 meses.

EQUIVALÊNCIA DE TAXAS: Diz-se que a taxa mensal im é equivalente à taxa anual ia quando:
P(1 + ia) = P(1 + im)12
ou seja, duas ou mais taxas referenciadas a períodos unitários distintos são equivalentes quando
produzem o mesmo montante no final de determinado tempo, pela aplicação de um mesmo capital
inicial. Da igualdade acima, deduz-se que:
(1 + ia) = (1 + im)12
ia = (1 + im)12 – 1 para determinar a taxa anual, conhecida a taxa mensal.
1
im = 12 (1 + i a ) − 1 = (1 + i a ) 12 − 1 para determinar a taxa mensal,
quando se conhece a anual.
Da mesma forma, dada uma taxa mensal ou anual, determina-se a taxa diária e vice-versa.
q
Veja fórmula genérica: i q = (1 + i t ) t
−1
em que: iq = taxa para o prazo que eu quero.
it = taxa para o prazo que eu tenho.
q = prazo que eu quero.
t = prazo que eu tenho.

Exemplos:
a) Determinar a taxa anual equivalente a 2% ao mês:
ia = (1 + im)12 – 1 = (1,02)12 – 1 = 1,2682 – 1 = 0,2682 ou 26,82%.
b) Determinar a taxa para 27 dias, equivalente a 13% ao trimestre:
27
i 27 = (1,13) 90
− 1 = 3,73%.

8
PROBLEMAS PROPOSTOS:

1. Suely recebeu R$ 1.000,00 e pretende investi-los pelo prazo de dois anos. Um amigo lhe sugere
duas opções de investimento. Na primeira delas a rentabilidade é de 20% ao ano e, no momento do
resgate, há um desconto de 25% sobre o valor acumulado, referente ao imposto de renda. Na
segunda, a rentabilidade é de 6% ao ano, sem incidência de imposto. Efetuando os cálculos
necessários, determine qual a aplicação que renderá mais a Suely, após dois anos.

2. Sabendo-se que a taxa trimestral de juros cobrada por uma instituição financeira é de 12,486%,
determinar qual o prazo em que um empréstimo de $ 20.000,00 será resgatado por $ 36.018,23.

3. Um terreno está sendo oferecido por $ 450.000,00 à vista ou $ 150.000,00 de entrada e mais uma
parcela de $ 350.000,00, no fim de 6 meses. Sabendo-se que no mercado a taxa média para
aplicação em títulos de renda pré-fixada gira em torno de 3,5% ao mês (taxa líquida, isto é, com o
imposto de Renda já computado), determinar a melhor opção para um interessado que possua
recursos disponíveis para comprá-lo.

4. Um capital é empregado a uma taxa anual de 5% ao ano (juros compostos), calculada anualmente.
Se o valor do montante depois de n anos é aproximadamente 34% maior que o capital inicial, qual é
o valor de n?

5. A que taxa de juros um capital aplicado pode ser resgatado, no final de 17 meses, pelo dobro do seu
valor?

6. Qual o valor do capital, que aplicado à taxa de 18% ao trimestre durante 181 dias, produziu um
montante de $ 5.000,00?

7. Um produto cujo preço era R$ 220,00 teve dois aumentos sucessivos, de 15% e 20%
respectivamente. Em seguida, o valor resultante teve um desconto percentual igual a x, resultando
num preço final y.
a) Calcule y se x = 10%.
b) Calcule x se y = R$ 290,00.

8. Determinar o montante acumulado em seis trimestres, com uma taxa de 1,2% ao mês, no regime de
juros compostos, a partir de um principal (capital inicial) de $ 10.000,00.

9. Um investidor deseja fazer uma aplicação financeira a juros compostos de 1,5% ao mês, de forma a
garantir uma retirada de $ 10.000,00 no final do 6° mês e outra de $ 20.000,00 no final do 12° mês,
a contar da data da aplicação. Determinar o menor valor que deve ser investido para permitir a
retirada desses valores nos meses indicados.

9
3
DESCONTOS

3.1 CONCEITO: O desconto deve ser entendido como a diferença entre o valor de resgate de um
título e o seu valor presente na data da operação, ou seja:

D=S–P

em que D representa o valor monetário do desconto, S o seu valor futuro (valor assumido pelo título na
data do seu vencimento) e P o valor creditado ou pago ao seu titular.

Assim como no caso dos juros, o valor do desconto também está associado a uma taxa e a determinado
período de tempo.

3.2 DESCONTO SIMPLES (OU BANCÁRIO OU COMERCIAL) : é aquele em que a taxa de


desconto incide sempre sobre o montante ou valor futuro. Utilizado no Brasil, nas chamadas operações
de “desconto de duplicatas”, conhecido por desconto bancário ou comercial.

D=S⋅d⋅n

em que d representa a taxa de desconto e n o prazo. Para se obter o valor presente, basta subtrair o valor
do desconto do valor futuro do título:

P = S – D.

Exemplos

1. Qual o valor do desconto simples de um título de R$ 2.000,00, com vencimento para 90 dias, à taxa
de 2,5% ao mês?

Dados S = 2.000,00
n = 90 dias = 3 meses
d = 2,5% ao mês
D=?

Solução D=S⋅d⋅n
D = 2.000,00 ⋅ 0,025 ⋅ 3 = 150,00

2. O desconto de uma duplicata gerou um crédito de $ 70.190,00 na conta de uma empresa. Sabendo-
se que esse título tem um prazo a decorrer de 37 dias até o seu vencimento e que o Banco cobra
uma taxa de desconto de 5,2% ao mês nessa operação, calcular o valor da duplicata.

10
Dados P = 70.190,00
d = 5,2% ao mês
n = 37 dias
S=?

Solução D=S⋅d⋅n
Como D = S – P, temos:
S–P=S⋅d⋅n ⇒S–S⋅d⋅n=P
P
S(1 – d ⋅ n) = P ⇒ S =
(1 − d ⋅ n)

Assim, temos:

70.190,00 70.190,00
S= = = 75.000,00
 0,052  0,93587
1 − ⋅ 37 
 30 

3.3 CÁLCULO DO VALOR DO DESCONTO SIMPLES PARA SÉRIES DE TÍTULOS DE


MESMO VALOR

t1 + t n
DT = S ⋅ N ⋅ d ⋅
2
em que:
DT = valor do desconto total = D1 + D2 + ... + Dn;
N = número de títulos (ou prestações);
t1 + t n
= prazo médio dos títulos descontados.
2
Essa fórmula somente é válida para desconto de séries de títulos ou de prestações com valores iguais,
de vencimentos sucessivos e de periodicidade constante a partir do primeiro vencimento.

Quando os vencimentos ocorrem no final dos períodos unitários, a partir do primeiro, a fórmula para
determinar o desconto total de uma série de títulos pode ser escrita como segue:

1 + tn
DT = S ⋅ N ⋅ d ⋅
2

em que tn, que representa o prazo expresso em número de períodos unitários (mês, bimestre, ano, etc.)
referente ao título que vence por último, será sempre igual ao número de títulos N.

Exemplos

1. Calcular o valor líquido correspondente ao desconto bancário de 12 títulos, no valor de $ 1.680,00


cada um, vencíveis de 30 a 360 dias, respectivamente, sendo a taxa de desconto cobrada pelo banco
de 2,5% ao mês.

11
Dados S = 1.680,00
N = tn = 12
d = 2,5%
PT = ?
1 + tn
Solução DT = S ⋅ N ⋅ d ⋅
2
1 + 12
DT = 1.680,00 ⋅ 12 ⋅ 0,025 ⋅ = 3.276,00
2
PT = S ⋅ N – DT = 20.160,00 – 3.276,00 = 16.884,00

2. Quatro duplicatas, no valor de $ 32.500,00 cada uma, com vencimento para 90, 120, 150 e 180 dias,
são apresentadas para desconto. Sabendo-se que a taxa de desconto cobrada pelo banco é de 3,45%
ao mês, calcular o valor do desconto.
Dados S = 32.500,00
N=4
d = 3,45% ao mês
t1 = 90 dias = 3 meses
tn = 180 dias = 6 meses
DT = ?
t +t
Solução DT = S ⋅ N ⋅ d ⋅ 1 n
2
3+6
DT = 32.500,00 ⋅ 4 ⋅ 0,0345 ⋅ = 20.182,50
2

3. Uma empresa apresenta 9 títulos de mesmo valor para serem descontados em um banco. Sabendo-
se que a taxa de desconto é de 2,8% ao mês, que os títulos vencem de 30 em 30 dias, a partir da
data de entrega do borderô, e que o valor líquido creditado à empresa foi de $ 25.000,00, calcular o
valor de cada título.
Dados PT = 25.000,00
N = tn = 9
d = 2,8%
S=?
PT + DT
Solução PT = S ⋅ N ⋅ DT ⇒ S =
N
25.000,00 + DT
S= (1)
9
1 + tn 1+ 9
DT = S ⋅ N ⋅ d ⋅ = S ⋅ 9 ⋅ 0,028 ⋅
2 2
DT = 1,26 ⋅ S (2)

Substituindo (2) em (1), tem-se:


25.000,00 + 1,26 ⋅ S
S= ⇒ 9 ⋅ S – 1,26 ⋅ S = 25.000,00
9
25.000,00
S= = 3.229,97 cada um.
7,74

12
PROBLEMAS PROPOSTOS

1) Sabendo-se que o desconto de uma duplicata no valor de $ 25.000,00, com 150 dias a vencer, gerou
um crédito de $ 22.075,06 na conta do cliente, determinar a taxa mensal de desconto.

2) Um consumidor adquiriu determinado produto em um planto de pagamento de 12 parcelas mensais


iguais de R$ 462,00, a uma taxa de juros de 5% ao mês. Ele pagou as 10 primeiras prestações no
dia exato do vencimento de cada uma delas. Na data do vencimento da 11ª prestação, o consumidor
decidiu quitar a última também, para liquidar sua dívida. Ele exigiu, então, que a última prestação
fosse recalculada, para a retirada dos juros correspondentes ao mês antecipado, no que foi atendido.
Depois de recalculado, qual o valor da última prestação?

3) Determinar quantos dias faltam para o vencimento de uma duplicata, no valor de $ 9.800,00,
que sofreu um desconto de $ 548,50, à taxa de 32% ao ano.

4) Consultado sobre o futuro das ações de uma empresa, um economista arriscou o palpite de que,
durante os próximos 10 anos, o valor de uma ação da empresa, em cada ano, sofrerá uma
desvalorização de 5% em relação ao seu valor do ano anterior. Admita que o valor atual de uma
ação seja V0.
a) Encontre a fórmula que prevê o valor V dessa ação daqui a t anos (t ≤ 10).
b) É possível que nesse período o valor da ação caia para a metade de seu valor atual?

5) Numa barraca de feira, uma pessoa comprou maçãs, bananas, laranjas e pêras. Pelo preço normal da
barraca, o valor pago pelas maçãs, bananas, laranjas e pêras corresponderia a 25%, 10%, 15% e
50% do preço total, respectivamente. Em virtude de uma promoção, essa pessoa ganhou um
desconto de 10% no preço das maçãs e de 20% no preço das pêras. Calcule o desconto assim obtido
no valor total de sua compra.

6) Determinar o valor nominal ou de face de um título, com 144 dias para o seu vencimento, que
descontado à taxa de 48% ao ano proporcionou um valor atual (valor líquido creditado) de $
38.784,00.

7) Sendo de $ 3.419,44 o valor do desconto, uma duplicata, descontada à taxa de 3,55% ao mês, 120
dias antes de seu vencimento calcular o valor creditado na conta do cliente.

8) Que taxa de desconto ao mês dever ser cobrada numa operação com prazo de 90 dias, que resulte
numa taxa efetiva de juros de 7,1% ao mês, calculada com base no regime de capitalização
composta?

9) Determinar o número de títulos com vencimentos sucessivos de 30 3m 30 dias, descontados à taxa


de 3,3% ao mês, sabendo-se que todos são de mesmo valor, igual a $ 13.000,00 cada um, e cujo
desconto total é de $ 12.012,00.

10) Determinar a que taxa devem ser descontados 3 títulos, no valor de $ 6.000,00 cada um, com
vencimento para 30, 60 e 90 dias, para que se tenha um valor atual, global, de $ 16.524,00.

13
4
SÉRIES DE PAGAMENTOS

Noções sobre fluxo de caixa: Fluxo de caixa pode ser entendido como uma sucessão de recebimentos
ou de pagamentos, em dinheiro, previstos para determinado período de tempo.

Exemplo: Um banco concede um empréstimo de $ 40.000,00 a um cliente, para pagamento em 6


prestações iguais de $ 9.000,00. Represente graficamente o fluxo de caixa.

Do ponto de vista do banco, a representação gráfica do fluxo de caixa é a seguinte:

ou seja, há uma saída inicial de caixa no valor de $ 40.000,00 e a entrada de 6 parcelas de $ 9.000,00
cada uma nos meses seguintes. Do ponto de vista do cliente, a orientação das setas é feita no sentido
inverso, como segue:

4.1. SÉRIES DE PAGAMENTOS IGUAIS COM TERMOS VENCIDOS (OU


POSTECIPADOS):

Cada termo da série de pagamentos ou recebimentos iguais será representado por “R”; as demais
variáveis serão representadas pelos símbolos já conhecidos:

i = taxa de juros, coerente com a unidade de tempo (mês, trimestre, ano etc.).
n = número de prestações quase sempre coincidente com o número de períodos unitários.
P = principal, capital inicial, valor atual ou valor presente.
S = montante ou valor futuro.

14
Fator de Acumulação de Capital (FAC)

Fórmula genérica:

St = R ×
(1 + i) − 1
n
, em que
(1 + i) − 1
n
é o Fator de Acumulação de Capital, representado por
i i
FAC(i,n). Logo: S = R x FAC(i,n).

Exemplo

Uma pessoa deposita mensalmente R$ 600,00 num “Fundo de Renda Fixa”, à taxa de 1,5% a.m. Qual
será seu montante no instante imediatamente após o 30° depósito?

Solução: S = R×
(1 + i )n − 1
i
(1,015) 30 − 1
S = 600 ×
0,015
S = R$ 22.523,21
Assim, no instante imediatamente após o 30° depósito, o montante valerá R$ 22 523,21.

Fator de Formação de Capital (FFC)

O FFC é obtido a partir da fórmula do montante do item anterior:

S = R×
(1 + i )n − 1 ⇒ R=
S
⇒ R=S×
i
, em que
i
é chamado
i (1 + i ) − 1
n
(1 + i ) − 1
n
(1 + i ) n − 1
i
Fator de Formação de Capital, representado por FFC(i,n). Logo: R = S x FFC(i,n).

Exemplo
Quanto uma pessoa deverá depositar num “Fundo de Renda Fixa”, à taxa de 1,2% a.m. para ter um
montante de R$ 30.000,00 no instante após o último depósito? (Considere que foram feitos 40
depósitos.)

i
Solução: R=S×
(1 + i ) n − 1
1,012
R = 30.000 ×
(1,012) 40 − 1
R = R$ 588,75

Fator de Valor Atual (FVA)

Fórmula genérica:
(1 + i ) n − 1 (1 + i ) n − 1
P = R× em que é o Fator de Valor Atual, representado por FVA(i,n).
(1 + i ) n × i (1 + i ) n × i
Logo, P = R x FVA(i,n).

15
Exemplo
Um banco concedeu um empréstimo para uma pessoa adquirir um carro. O pagamento deveria ser feito
em 12 prestações mensais de R$ 1 400,00 cada uma, sem entrada. Qual o valor do empréstimo
sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pelo banco foi de 3% a.m.?

(1 + i ) n − 1
Solução: P = R×
(1 + i ) n × i
(1,03)12 − 1
P = 1400 ×
(1,03)12 × 0,03
P = R$ 13.935,61

Fator de Recuperação de Capital (FRC)

É deduzido da fórmula anterior, como segue:

(1 + i) n − 1 P (1 + i) n × i (1 + i) n × i
P = R× ⇒ R= ⇒ R = P × , em que é
(1 + i) n × i (1 + i) n − 1 (1 + i) n − 1 (1 + i ) n − 1
(1 + i) n × i
chamado Fator de Recuperação de Capital, que representaremos por FRC(i,n). Portanto, a expressão
pode ser assim escrita.

R = P x FRC(i,n).

Exemplo
Uma loja vende uma televisão por R$ 1.200,00 à vista ou financia essa quantia em 5 prestações
mensais iguais sem entrada. Qual o valor de cada prestação se a taxa de juros compostos cobrada for de
2,5% a.m.?

(1 + i ) n × i
Solução: R = P×
(1 + i ) n − 1
(1,025) 5 × 0,025
R = 1200 ×
(1,025) 5 − 1
R = R$ 258,30

Resolução de Problemas

1) Uma pessoa depositou, anualmente, R$ 500,00 numa conta de poupança, em nome de seu filho, a
juros de 6% a.a.. O primeiro depósito foi feito no dia em que o filho completou 1 ano, e o último,
por ocasião de seu 18° aniversário. O dinheiro ficou depositado até o dia em que o filho completou
21 anos, ocasião em que o montante foi sacado. Quanto recebeu o filho?

16
A solução será feita por partes:
1ª) Montante no final do 18ª ano (série de pagamentos iguais)

S0 = R x FAC(i,n)
S0 = 500,00 x Fac(6%,18)
S0 = 500,00 x 30,90565
S0 = 15.452,83

2ª) Montante no final do 21° ano (pagamento único)

S = S0 x (1 + i)n
S = 15 452,83 x (1,06)3
S = 15 452,83 x 1,19102
S = R$ 18.404,63

2) O Sr. Miranda resolveu fazer 10 aplicações mensais, como segue:


a) 5 prestações iniciais de R$ 1.000,00 cada uma;
b) 5 prestações restantes de R$ 2.000,00 cada uma.
Sabendo-se que essa aplicação proporcionará um rendimento de 2,75% a.m., calcular o saldo
acumulado de capital mais juros à disposição do Sr. Miranda no final do 10° mês.

Esse problema será resolvido por partes:

1ª) Considerar duas séries: uma constituída por 5 aplicações iguais de R$ 1.000,00 (da 1ª à 5ª
prestação), e a outra por mais 5 parcelas iguais de R$ 2.000,00 (da 6ª à 10ª prestação).

2ª) Considerar duas séries: uma composta por 10 parcelas de R$ 1.000,00 (da 1ª à 10ª prestação), e
a outra por mais 5 parcelas de R$ 1.000,00 (da 6ª à 10ª prestação).

Utilizaremos o 2° caminho, que é o mais fácil.

2° caminho:
a) Série composta por 10 parcelas iguais de R$ 1.000,00.
S1 = R x FAC(i,n)
S1 = 1.000,00 x FAC(2,75%, 10)
S1 = 1.000,00 x 11,33276
S1 = R$ 11.332,76

b) Série composta por 5 parcelas iguais de R$ 1.000,00


S2 = R x FAC(i,n)
S2 = 1.000,00 x FAC(2,75%, 5)
S2 = 1.000,00 x 5,28267
S2 = R$ 5.282,67

O Montante das aplicações à disposição do Sr. Miranda, no final do 10° mês, é igual a:

S = S1 + S2
S = 11.332,76 + 5.282,67
S = R$ 16.615,43

17
3) Uma empresa obtém um empréstimo de R$ 100.000,00 para ser quitado em cinco prestações
mensais iguais. Sabendo-se que a primeira prestação tem o seu vencimento 90 dias após a data do
contrato e que a taxa de juros cobrada pelo Banco é de 6% ao mês, calcular o valor das prestações.

Resolução por partes:


1ª) Montante no final do segundo mês (período de carência).
S = P x (1 + 1)n
S = 100.000,00 x (1,06)2
S = 100.000,00 x 1,12360
S = R$ 112.360,00
Este valor representa o valor presente da segunda parte do nosso problema, que vamos representar
por P’.

2ª) Valor das prestações (período de amortização).


R = P’ x FRC(i,n)
R = 112.360,00 x FRC(6%, 5)
R = 112.360,00 x 0,23740
R = R$ 26.674,26

4) Um cliente deseja liquidar um empréstimo bancário em 10 prestações mensais de valores alternados


de R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros cobrada pelo banco é de 3,75% a.m.,
calcular o valor do empréstimo.

Para solucionar este problema, vamos decompor a série dada em duas séries: uma composta por 10
prestações mensais de R$ 1.000,00 cada uma, e outra de 5 prestações bimestrais de R$ 1.000,00
cada uma.

a) Valor atual da série de 10 prestações mensais de R$ 1.000,00


P1 = R1 x FVA(i,n)
P1 = 1.000,00 x FVA(3,75%, 10)
P1 = 1.000,00 x 8,21279
P1 = R$ 8.212,79

b) Valor atual da série de 5 prestações bimestrais de R$ 1.000,00


Taxa bimestral = ib = (1 + im)2 – 1 = (1.0375)2 – 1 = 7,641%

P2 = R2 x FVA(7,641%, 5)
P2 = 1.000,00 x 4,03078
P2 = R$ 4.030,78

Valor do empréstimo: P1 + P2 = R$ 12.243,57

5) Um terreno está sendo vendido por R$ 500.000,00 à vista ou em 36 pagamentos mensais, sem
entrada, de acordo com o seguinte plano:
• 12 prestações iniciais de R$ 18.000,00;
• 12 prestações seguintes de R$ 22.000,00;
• 12 prestações finais de R$ 26.000,00

18
Uma pessoa interessada está na dúvida se adquire esse imóvel à vista ou a prazo, visto que o
gerente de uma instituição financeira garantiu-lhe uma taxa de 2,75% a.m. pela aplicação do
dinheiro e retiradas mensais para pagamento das 36 prestações.
O que é mais vantajoso para o interessado: comprar à vista ou aplicar o dinheiro e pagar
mensalmente as prestações do terreno?

Resolução por partes:

1ª) Série normal composta por 12 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de R$ 18.000,00
P1 = R1 x FVA(i,n1)
P1 = 18.000,00 x FVA(2,75%, 12)
P1 = 18.000,00 x 10,10420
P1 = R$ 181.875,60

2ª) Série com carência de 12 meses, composta por 12 prestações mensais, iguais e consecutivas de
R$ 22.000,00.
1
P2 = R2 x FVA(i,n2) x
(1 + i ) m2
1
P2 = 22.000,00 x FVA(2,75%, 12) x
(1,0275)12
P2 = 22.000,00 x 10,10420 x 0,72213
P2 = R$ 160.524,01

3ª) Série com carência de 24 meses, composta por 12 prestações mensais iguais e consecutivas de
R$ 26.000,00
1
P3 = R3 x FVA(i,n3) x
(1 + i) m3
1
P3 = 26.000,00 x FVA(2,75%, 12) x
(1,0275) 24
P3 = 26.000,00 x 10,10420 x 0,52148
P3 = R$ 136.997,59

O valor atual das 36 prestações é dado pela soma dos valores atuais das 3 séries. Assim, temos:

P = P1 + P2 + P3
P = R$ 479.397,20

Como o valor atual obtido é inferior a R$ 500.000,00, é mais aconselhável adquirir o terreno a
prazo, visto que o valor R$ 479.397,20, aplicado à taxa de 2,75% e resgatado mensalmente,
conforme plano já visto, é suficiente para liquidar as 36 prestações.

19
4.2. SÉRIES DE PAGAMENTOS IGUAIS, COM TERMOS ANTECIPADOS

Nas séries com termos antecipados, os pagamentos ou recebimentos ocorrem no início de cada período
unitário.

Os problemas de séries de pagamentos antecipados poderão ser resolvidos a partir dos fatores definidos
para série de pagamentos com termos vencidos (ou postecipados), bastando multiplicá-los ou dividi-los
por (1 + i).

Problemas que envolvem Fatores de Acumulação de Capital (FAC) e de Formação de Capital


(FFC).

Para FAC, utilizaremos a fórmula:

 (1 + i) n − 1
S = R × (1 + i )   ou S = R × (1 + i ) × FAC (i, n)
 i 

Para FFC, usaremos:

1  i  1
R=S×   ou R = S × × FFC (i, n)
(1 + i )  (1 + i) − 1
n
(1 + i )

Exemplo
Quanto terei de aplicar mensalmente, a partir de hoje, para acumular no final de 36 meses, um
montante de R$ 300.000,00, sabendo que o rendimento firmado é de 34,489% a.a., e que as prestações
são iguais e consecutivas, e em número de 36?

1
Solução: R=S× × FFC (i, n)
(1 + i )
1
R = 300.000,00 × × FFC (2,5%,36)
(1,025)
R = 300.000,00 × 0,97561 × 0,01745
R = R$ 5.107,32

Problemas que envolvem Fatores de Valor Atual (FVA) e de Recuperação de Capital (FRC)

Para FVA, utilizaremos a fórmula:


 (1 + i ) n − 1 (1 + i ) n − 1
P = R × (1 + i ) ×   , como = FVA(i, n), temos : P = R × (1 + i ) × FVA(i, n)
 (1 + i) × i  (1 + i ) n × i
n

Para FRC, segue:


1  (1 + i ) n × i  1
R = P×   ⇒ R = P× × FRC (i, n)
(1 + i )  (1 + i ) n − 1 (1 + i )

20
Exemplo
Um terreno é colocado à venda por R$ 180.000,00 à vista ou em prestações bimestrais, sendo a
primeira prestação paga na data do contrato. Determinar o valor de cada parcela, sabendo-se que o
proprietário está cobrando uma taxa de 34% ao ano pelo financiamento.

1
Solução: R = P× × FRC (i, n)
(1 + i )
1
R = 180.000,00 × × FRC (5%,10)
1,05
1
R = 180.000,00 × × 0,12950
1,05
R = R$ 22.200,00

21
PROBLEMAS PROPOSTOS

1) Quanto uma pessoa deve aplicar hoje, a juros compostos e à taxa de 1,4% a.m., para poder pagar
uma dívida de R$ 3.600,00 daqui a 3 meses e outra de R$ 8.700,00 daqui a 5 meses?

2) O preço à vista de um automóvel é de R$ 18.000,00, mas pode ser vendido a prazo com 20% de
entrada mais 5 prestações mensais de R$ 3.000,00 cada uma. Qual a melhor alternativa de
pagamento para um comprador que aplica seu dinheiro a juros compostos à taxa de 1,6% a.m.?

3) A rede de lojas Sistrepa vende por crediário com uma taxa de juros mensal de 10%. Certa
mercadoria, cujo preço à vista é P, será vendida a prazo de acordo com o seguinte plano de
pagamento: R$ 100,00 de entrada, uma prestação de R$ 240,00 a ser paga em 30 dias e outra de R$
220,00 a ser paga em 60 dias. Determine P, o valor de venda à vista dessa mercadoria.

4) Determinar a que taxa de juros a aplicação de R$ 5.000,00 por mês gera um montante de R$
800.000,00 no final de 4 anos e meio, sabendo-se que a primeira parcela é aplicada no final do 1°
mês.

5) Sabendo-se que uma instituição financeira paga 46,41% a.a. para “aplicações programadas”,
calcular que montante será obtido no final de 18 meses por uma pessoa que aplicar 6 parcelas
trimestrais de R$ 10.000,00 cada uma, sendo a primeira aplicação efetuada hoje.

6) A aplicação de 15 parcelas mensais, iguais e consecutivas gerou um montante de R$ 400.000,00 no


final de 30 meses. Sabendo-se que a taxa de juros da operação foi de 3% a.m. e que a primeira
parcela é aplicada “hoje”, calcular o valor de cada aplicação.

7) Quanto devo aplicar hoje, de uma só vez, para que tenha no final de 60 meses o equivalente ao
montante constituído por aplicações mensais de R$ 500,00, à taxa de 2% a.m., sendo a primeira
aplicação de hoje a 30 dias?

8) Um veículo pode ser adquirido por R$ 300.000,00, com 30% de entrada e o restante financiado em
até 36 meses. Hélio, que está interessado na aquisição, não possui recursos para pagar a entrada
exigida. Mas, como conseguiu fazer um bom saldo médio em um banco, obtém os R$ 90.000,00
para a entrada por meio de uma operação de crédito pessoal, para ser liquidada em 6 prestações
iguais; na financeira, consegue o financiamento necessário para completar o valor do veículo,
optando por um plano com prazo de 36 meses, sendo 30 de amortização e 6 de carência (ou seja, a
primeira prestação será paga no final do &° mês). Sabendo-se que o banco cobra uma taxa de 5%
a.m. e a financeira 4,5%, determinar o plano de liquidação da dívida total.

9) No final de quantos meses terei o montante de R$ 124.892,78, aplicando R$ 400,00 por mês, a uma
taxa mensal de 2%, de acordo com o conceito de termos postecipados?

10) Quanto terá no final do 13° mês uma pessoa que aplicar 13 parcelas mensais, iguais e consecutivas
de R$ 2.000,00 cada uma, à taxa de 3% a.m., sendo que a aplicação da primeira parcela ocorre
“hoje”?

22
5
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

5.1 VALOR PRESENTE LÍQUIDO

O valor presente líquido (VPL) é uma técnica de análise de fluxos de caixa que consiste em calcular o
valor presente de uma série de pagamentos (ou recebimentos) iguais ou diferentes a uma taxa
conhecida, e deduzir deste o valor do fluxo inicial (valor do empréstimo, do financiamento ou do
investimento), ou seja:

n FC j FC1 FC 2 FC n
VPL = ∑ − FC 0 = + + ... + − FC 0
j =1 (1 + i ) j
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) n

em que FCj representa os valores dos fluxos de caixa de ordem “j”, sendo j = 1,2,3, ...,n; FC0 representa
o fluxo inicial e “i” a taxa de juros da operação financeira ou a taxa de retorno do projeto de
investimentos.

Exemplo

Uma empresa transportadora está analisando a conveniência da compra de um caminhão no valor de $


103 milhões. Segundo os técnicos dessa empresa, a utilização desse veículo nos próximos cinco anos
deverá gerar receitas líquidas estimadas em $ 30; $ 35; $ 32, $ 28 e $ 20 milhões respectivamente.
Sabendo-se que no final do 5º ano se espera vender esse caminhão por $ 17 milhões, verificar qual a
decisão da empresa para taxas de retorno, fixadas em 15% e 18% ao ano.

Observação: Fluxo do 5º ano = preço de venda do caminhão + receita do ano = 17 + 20 = 37.

a) Solução para taxa de retorno de 15% ao ano.

23
30 35 32 28 37
VPL = 1
+ 2
+ + + − 103,00
1,15 1,15 1,15 1,15 1,15 5
3 4

VPL = 26,09 + 26,47 + 21,04 + 16,01 + 18,40 + 18,40 − 103,00

VPL = 108,01 − 103,00 = 5,01.

Como o valor presente líquido é positivo, isso significa que a taxa efetiva de retorno é superior à taxa
mínima fixada em 15%. Portanto, o investimento deverá ser feito.

b) Solução para taxa de retorno de 18% ao ano.

30 35 32 28 37
VPL = + + + + − 103,00
1,18 1,18 1,18 1,18 1,18 5
1 2 3 4

VPL = 25,42 + 25,14 + 19,48 + 14,44 + 16,17 − 103,00

VPL = 100,65 − 103,00 = −2,35.

Como nesta hipótese o valor presente líquido é negativo, o investimento não deverá ser feito, visto que
a taxa efetiva de retorno é menor que 18%.

Na prática, entretanto, como a taxa do empréstimo ou do financiamento é quase sempre conhecida, o


método do valor presente líquido, que se encontra programado em diversas marcas e tipos de
calculadoras, passou a ser utilizado apenas para determinar o valor presente dos fluxos futuros de caixa,
isto é, o valor do empréstimo ou do financiamento, bastando para isso considerar o fluxo inicial igual a
zero, como nos mostra o exemplo que se segue.

Exemplo
Um veículo é financiado em 18 prestações mensais iguais e sucessivas de $ 325.000,00 e mais três
prestações semestrais (prestação-reforço ou prestação-balão) de $ 775.000,00, $ 875.000,00 e
$ 975.000,00. Calcular o valor financiado, sabendo-se que a taxa cobrada pela Financeira foi de 8,7%
ao mês.

Observação: Na representação gráfica, os valores dos fluxos do 6º, 12º e 18º meses são iguais ao valor
das prestações mensais mais os respectivos valores das prestações semestrais.

24
VPL = 325.000,00 ×
(1,087 ) − 1
18

+
775.000,00 875.000,00 975.000,00
+ + −0
(1,087) × 0,087 (1,087)6
18
(1,087)12 (1,087)18

VPL = 2.903.423,36 + 469.812,36 + 321.553,71 + 217.206,50 − 0

VPL = 3.911.995,93.

Como se vê, a técnica do valor presente líquido passou a ser utilizada para se determinar apenas o valor
presente da operação nos casos em que são conhecidas a taxa de juros e os valores dos pagamentos ou
recebimentos futuros.

Exemplo
Uma empresa industrial está analisando a conveniência de adquirir equipamentos para a montagem de
mais de uma unidade de produção. O valor desses equipamentos é de $ 500 milhões, com vida útil
prevista para dez anos e valor de revenda estimado em $ 25 milhões no final desse prazo. As receitas
líquidas anuais (não considerando as depreciações) geradas por esse investimento adicional são
estimadas, em valores não inflacionados, em $ 200 milhões por ano, durante os primeiros dois anos; $
210 milhões por ano, nos três anos seguintes; $ 95 milhões, no 6º ano; $ 195 milhões, para os três
seguintes e $ 180 milhões para o décimo. No final do 6º ano de uso, está prevista uma reforma geral no
equipamento no valor de $ 105 milhões, despesa essa não considerada na determinação da receita
líquida estimada para esse ano. Sabendo-se que a empresa só fará esse investimento se a taxa de retorno
for no mínimo de 30% ao ano, analisar se a compra desses equipamentos é ou não aconselhável.

Observação: O fluxo correspondente ao 6º ano é dado pela diferença entre o valor da reforma de $ 105
milhões e a receita líquida de $ 95 milhões; e o valor do fluxo do 10º ano, pela soma do
valor de revenda do equipamento mais o valor da receita líquida desse ano.

1
VPL = 200 × FVA(30%,2) + 210 × FVA(30%,3) × −
(1,30) 2
10 1 205
− 6
+ 195 × FVA(30%,3) × 6
+ − 500,00
(1,30) (1,30) (1,30)10

VPL = 272,19 + 225,67 − 2,07 + 73,37 + 14,87 − 500,00 = 84,03.

25
5.2 TAXA INTERNA DE RETORNO

A taxa interna de retorno é a taxa que equaliza o valor presente de um ou mais pagamentos (saídas de
caixa) com o valor presente de um ou mais recebimentos (entradas de caixa). Como normalmente
temos um fluxo de caixa inicial (no momento “zero”) que representa o valor do investimento, ou do
empréstimo ou do financiamento, e diversos fluxos futuros de caixa representando os valores das
receitas, ou das prestações, a equação que nos dá a taxa interna de retorno (TIR) pode ser escrita como
segue:

n FC j FC1 FC 2 FC n
FC 0 = ∑ = + + ... +
j =1 (1 + i ) j
(1 + i ) 1
(1 + i ) 2
(1 + i ) n

de onde se deduz que:

n FC j
FC 0 − ∑ = 0.
j =1 (1 + i ) j

Exemplo
Determinar a taxa interna de retorno correspondente a um empréstimo de $ 1.000,00 a ser liquidado em
três pagamentos mensais de $ 300,00, $ 500,00 e $ 400,00. O fluxo de caixa correspondente a essa
operação, tomando-se como referência o doador de recursos, é representado como segue:

A solução desse problema implica resolver a seguinte equação matemática:

300,00 500,00 400,00


1.000,00 = + +
(1 + i )1 (1 + i ) 2 (1 + 1) 3

em que i é denominado taxa interna de retorno. A solução dessa equação somente pode ser obtida pelo
processo iterativo, ou seja, por “tentativa e erro”. Assim, vamos admitir inicialmente uma taxa qualquer
que julgamos próxima da taxa procurada. Digamos 6%. Com base nessa taxa, vamos calcular o valor
presente dos três pagamentos.

300,00 500,00 400,00


P= + + = 1.063,86 .
(1,06)1 (1,06) 2 (1,06) 3

26
Como o valor presente desses pagamentos é superior a $ 1.000,00, deduz-se logo que a TIR é maior
que 6%. Vejamos para 11%:

300,00 500,00 400,00


P= + + = 968,56 .
(1,11)1 (1,11) 2 (1,11) 3

Portanto, a TIR é uma taxa situada entre 6% e 11%. A partir daqui, como temos duas taxas de
referência, o mais indicado é utilizarmos o processo de interpolação linear.

(1.063,86 – 968,56) : (6% - 11%)


(1.000,00 – 968,56) : (x – 11%)

em que x é a taxa interna de retorno procurada. A partir daí, podemos escrever:

31,44 × ( −5%)
x − 11% = = −1,65%
95,30
x = 11% − 1,65% = 9,35%.

Vamos verificar o valor presente para essa taxa:

300,00 500,00 400,00


P= 1
+ 2
+ = 998,42 .
(1,0935) (1,0935) (1,0935) 3

A taxa procurada é um pouco menor que esta. A solução é proceder a nova interpolação, tomando
como base a taxa anterior. Vejamos:

(998,42 – 968,56) : (9,35% – 11%)


(1.000,00 – 998,42) : (x – 9,35%)

1,58 × (− 1,65% )
x – 9,35% = = −0,09%
29,86
x = 9,35% – 0,09% = 9,26%.

E para essa taxa temos o seguinte valor presente:

300,00 500,00 400,00


P= 1
+ 2
+ = 1.000,09 .
(1,0926) (1,0926) (1,0926) 3

Rigorosamente, a taxa ainda não é essa. É pouco superior. Uma nova interpolação entre 9,26% e 9,35%
nos dará 9,265%. E, calculando-se o valor presente dos três pagamentos, a essa taxa, obteremos o valor
de $ 999,99, ou seja, com uma diferença de apenas $ 0,01. Portanto, podemos aceitar essa taxa como a
taxa interna de retorno do nosso problema.

Exemplo
Uma debênture de valor nominal correspondente a $ 1.000,00 emitida no dia 10-03-83, paga juros
trimestralmente à razão de 2,874% (equivalente a 12% ao ano) mais correção monetária. Sabendo-se

27
que essa debênture foi emitida com dois anos de prazo, que os juros são pagos no dia 10 dos meses de
junho, setembro, dezembro e março de cada ano e que a mesma foi negociada no dia 02-05-84 por
$ 952,50 calcular a taxa efetiva dessa transação.

28,74 28,74 28,74 1.028,74


Solução: 952,50 = + + + .
(1 + i ) 39
(1 + i ) 131
(1 + i ) 222
(1 + i ) 312

Por tentativa e erro, utilizando-se interpolação linear, ou através de calculadoras, obtém-se


i = TIR = 0,05300%, que é uma taxa diária. Para se obter a anual, fazer:

i a = (1,00053) 360 − 1 = 21,01562% .

Exemplo
Uma casa usada foi adquirida no dia 14-11-81 por $ 4.338.000,00. Um mês após, o proprietário pagou
$ 85.000,00 pela reforma feita, alugando-a no mesmo dia por $ 40.000,00 mensais. O contrato firmado
em 14-12-81 tinha dois anos de prazo, com reajustes anuais. Em 14-12-82 o aluguel foi reajustado para
$ 80.000,00. No vencimento do contrato, em 14-12-83, o inquilino resolveu sair da casa. O
proprietário, então, empreendeu nova reforma no valor de $ 950.000,00, que foi integralmente pago
dois meses depois e colocou a casa à venda por $ 36.000.000,00. Três meses após ela foi vendida por
esse valor, em três parcelas: $ 15.000.000,00 na assinatura da escritura (dia 14-05-84), $ 11.000.000,00
no dia 14-08-84 e $ 10.000.000,00 no dia 14-11-84. Sabendo-se que a expectativa do proprietário era a
de ganhar, nesse empreendimento, pelo menos o rendimento médio da /caderneta de Poupança, no
período de novembro/81 a maio/84 (cerca de 8% ao mês), calcular:
a) a taxa efetiva de rendimento obtida pelo vendedor nesse empreendimento (TIR);
b) o valor pelo qual deveria ter sido vendida a vista, em 14-05-84, para que obtivesse uma taxa de
rendimento de 8% ano mês.

O fluxo de caixa correspondente a essa operação é representado esquematicamente como segue (em
$ 1.000):

28
Solução

a) Taxa efetiva de rendimento obtida pelo vendedor (TIR).

85 (1 + i )12 − 1 1 (1 + i )12 − 1
4.338 = − + 40 × × + 80 × ×
(1 + i )1 (1 + i )12 × i (1 + i )1 (1 + i )12 × i

1 950 15.000 11.000 10.000


× − + + + .
(1 + i )13
(1 + i ) 27
(1 + i ) 30 (1 + i ) 33 (1 + i )36

Utilizando-se os critérios utilizados nos exercícios anteriores, vamos encontrar i = TIR = 7,01%.

b) Valor pelo qual a casa deveria ter sido vendida a vista para que pudesse obter 8% ao mês.

Para a solução desta questão é necessário desconsiderar os fluxos de $ 15.000, $ 11.000 e $ 10.000
correspondentes à venda da casa, e calcular o montante dos demais fluxos na data de 14-05-84. Vamos
considerar os valores dos aluguéis como o sinal negativo, no sentido de que estes representem
amortizações do investimento inicial.
(1,08)12 − 1
S = 4.338(1,08) 30 + 85(1,08) 29 − 40 × × (1,08)17 −
0,08
Solução:
(1,08)12 − 1
− 80 × × (1,08) 5 + 950(1,08) 3 = 40.601,18.
0,08

Portanto, para ganhar 8% ao mês nesse investimento, o proprietário teria de ter vendido a casa por $
40.601.180,00 à vista em 14-05-84.

29
PROBLEMAS PROPOSTOS

1) Uma pequena indústria pretende adquirir equipamento no valor de US$ 55.000, que deverão
proporcionar receitas líquidas de US$ 15.500, no primeiro ano. US$ 18.800 no segundo, US$
17.200 nos 3º, 4º e 5º anos, e US$ 13.500 no 6º ano. Sabendo-se que o valor de revenda dos
equipamentos no final do 6º ano é estimado em US$ 9.000, e que a empresa somente fará tal
aquisição se a taxa efetiva de retorno for superior a uma taxa mínima estabelecida, verificar qual a
decisão da empresa para as taxas de retorno de 21% e 25%. Utilizar o conceito de valor presente
líquido.

2) Um empréstimo de $ 1.180.000,00 deverá ser liquidado em cinco prestações mensais e


consecutivas de $ 220.000,00, $ 250.000,00, $ 290.000,00, $ 315.000,00 e $ 350.000,00,
respectivamente. Determinar a taxa mensal de juros (TIR) cobrada nessa operação.

3) Um apartamento está sendo oferecido por $ 450,00 milhões à vista ou $ 150 milhões de entrada
mais cinco prestações mensais e consecutivas de $ 30 milhões, mais sete mensais seguintes de $ 50
milhões. Determinar a taxa de juros (TIR) implícita nesse plano.

4) Um empréstimo de $ 730.000,00 deverá ser pago em quatro prestações conforme segue:

Prazo (em dias) Valor (em $)



1 65 154.000,00
2 87 189.500,00
3 115 232.400,00
4 178 355.000,00

Determinar a taxa interna de retorno dessa operação.

5) Um sítio foi colocado a venda para pagamento em dois anos, sendo $ 75 milhões de entrada, mais
seis prestações mensais sucessivas de $ 10 milhões cada, mais oito seguintes de $ 15 milhões e
mais dez últimas de $ 22 milhões. Admitindo que você dispusesse de recursos, quanto ofereceria à
vista, considerando o custo médio do dinheiro para os próximos dois anos em 6%, 7% e 8% ano
mês?

30
6
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

6.1 SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO (TABELA PRICE)

O Sistema Francês de Amortização é mais conhecido no Brasil como “Sistema da Tabela Price” ou,
simplesmente, “Tabela Price”.

Esse sistema consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, iguais e
sucessivas, dentro do conceito de termos vencidos, em que o valor de cada prestação, ou pagamento, é
composto por duas parcelas distintas: uma de juros e outra de capital (chamada amortização).

O valor das prestações é determinado com base na mesma fórmula utilizada para séries de pagamentos
com termos vencidos (ou postecipados), isto é:

 (1 + i ) n × i 
R = P  ou R = P ⋅ FRC(i,n).
 (1 + i ) − 1
n

A parcela de juros é obtida multiplicando-se a taxa de juros (mensal, trimestral, semestral ou anual)
pelo saldo devedor existente no período imediatamente anterior (mês, trimestre, semestre ou ano); a
parcela de amortização é determinada pela diferença entre o valor da prestação e o valor da parcela de
juros. Assim, o valor da parcela de juros referente à primeira prestação de uma série de pagamentos
mensais é igual à taxa mensal multiplicada pelo valor do capital emprestado ou financiado (que é o
saldo devedor inicial).

Exemplo

Calcular os valores das parcelas de juros e amortização referentes à primeira prestação, de um


empréstimo de $ 8.530,20, à taxa de 3% ao mês, para ser liquidado em 10 prestações iguais.

Solução
a) Valor prestação
R = P × FRC (i, n) = 8.530,20 × FRC (3%,10)
R = 8.530,20 × 0,11723 = 1.000,00

b) Valor da parcela de juros (J)


J = i × P = 0,03 × 8.530,20 = 255,91

c) Valor da parcela de amortização (A)


A = R − J = 1.000,00 − 255,91 = 744,09 .

31
Para que possamos determinar as parcelas de juros e as parcelas de amortizações correspondentes às
demais prestações, é necessário convencionar o seguinte:

Jt = parcela de juros referente ao período de ordem t (t = 1,2,3,...,n);


At = parcela de amortização referente à prestação de ordem t (t = 1,2,3,...,n);
Pt = Saldo devedor referente ao período de ordem t (t = 0,1,2,3,...,n – 1).

Voltemos ao exemplo em pauta para calcular as parcelas de juros e amortização referentes à segunda
prestação.

J2 = i ⋅ P1
P1 = P0 – A1 = 8.530,20 – 744,09 = 7.786,11
J2 = 0,03 ⋅ 7.786,11 = 233,58
A2 = R – J2 = 1.000,00 – 233,58 = 766,42.

Operando da mesma forma para as demais prestações, teremos os valores resumidos na tabela abaixo
para a série de 10 prestações, que vamos denominar plano de pagamento do empréstimo.

Tabela 6.1 Plano de pagamento do empréstimo: sistema francês.


t Saldo Devedor Amortização Juros Prestação
(Pt) (At) (Jt) (R)
0 8.530,20 - - -
1 7.786,11 744,09 255,91 1.000,00
2 7.019,69 766,42 233,58 1.000,00
3 6.230,28 789,41 210,59 1.000,00
4 5.417,19 813,09 186,91 1.000,00
5 4.579,71 837,48 162,52 1.000,00
6 3.717,10 862,61 137,39 1.000,00
7 2.828,61 888,49 111,51 1.000,00
8 1.913,47 915,14 84,86 1.000,00
9 970,87 942,60 57,40 1.000,00
10 - 970,87 29,13 1.000,00
Total - 8.530,20 1.469,80 10.000,00

Conhecendo o valor do empréstimo, a taxa de juros e o número de prestações, poder-se-á deduzir uma
série de relações matemáticas. Vamos inicialmente apresentar tais relações para em seguida aplicá-las
ao exemplo dado.

1. Valor da prestação:
R = P0 × FRC (i, n)

2. Valor do saldo devedor de ordem t:


Pt = R × FVA(i, n − t )

3. Valor do saldo devedor de ordem t – 1:


Pt −1 = R × FVA(i, n − t + 1)

32
4. Valor da parcela de juros de ordem t:
J t = i × Pt −1 = i × R × FVA(i, n − t + 1)

5. Valor da primeira parcela de amortização:


A1 = R − i × P0

6. Valor da parcela de amortização de ordem t:


At = A1 (1 + i ) t −1

7. Valor das amortizações acumuladas até o período de ordem t (a partir da 1ª):


t

∑A h = R[FVA(i, n) − FVA(i, n − t )]
h =1

8. Valor das amortizações acumuladas entre os períodos de ordem t e t + k:


t +k

∑A h = R[FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )] , em que k representa o número de parcelas de


h = t +1
amortizações compreendidas no intervalo considerado.

9. Valor dos juros acumulados até o período de ordem t (a partir da 1ª):


t t

∑ j h = R × t − ∑ Ah = R × t − R[FVA(i, n) − FVA(i, n − t )]
h =1 h =1
t

∑J h = R[t − FVA(i, n) + FVA(i, n − t )]


h =1

10. Valor dos juros acumulados entre os períodos de ordem t e t + k:


t +k t+k

∑ Jh = R × k − ∑A h = R × k − R[FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )]
h = t +1 h =t +1
t +k

∑J h = R[k − FVA(i, n − t ) + FVA(i, n − t − k )]


h = t +1

Vamos agora verificar se a partir das fórmulas discriminadas podemos realmente obter os dados
transcritos na tabela 6.1. Para tanto, vamos partir dos dados contidos no enunciado do problema
anterior, ou seja, P0 = 8.530,20, n = 10 e i = 3%.

33
Exemplos:

1. Calcular o valor do saldo devedor existente no final do 6° mês (após o pagamento da 6ª prestação).

Solução:
Pt = R × FVA(i, n − t )
P6 = R × FVA(3%,10 − 6)
R = P0 × FRC (i, n) = 8.530,20 × FRC (3%,10)
R = 8.530,20 × 0,11723 = 1.000,00
P6 = 1.000,00 × FVA(3%,4) = 1.000,00 × 3,71710 = 3.717,10
Valor que confere com o transcrito na Tabela 6.1.

2. Calcular o valor da parcela de juros correspondente à 4ª prestação.

Solução:
J t = i × R × FVA(i, n − t + 1)
J 4 = 0,03 × 1.000,00 × FVA(3%,10 − 4 + 1) = 30,00 × FVA(3%,7)
J 4 = 30,00 × 6,23028 = 186,91
que também coincide com o valor da parcela de juros correspondente ao plano de
pagamentos conhecido.

3. Calcular o valor da parcela de amortização correspondente à 5ª prestação.

Solução:
At = A1 (1 + i ) t −1
A1 = R − i × P0 = 1.000,00 − 0,03 × 8.530,20 = 744,09
A5 = 744,09 × (1,03) 4 = 744,09 × 1,12551 = 837,48
Tanto o valor de A1 quanto o valor de A5 conferem com os valores que se encontram na
Tabela 6.1.

4. Calcular o valor das amortizações acumuladas até o 4° mês, ou seja, a soma das parcelas
correspondentes às quatro primeiras prestações.

Solução:
t

∑A h = R[FVA(i, n) − FVA(i, n − t )]
h =1
4

∑A h = 1.000,00[FVA(3%,10) − FVA(3%,10 − 4)]


h =1
4

∑A
h =1
h = 1.000,00(8,53020 − 5,41719) = 3.113,01

Vamos conferir com os valores contidos no plano de pagamentos do empréstimo.


4

∑A
h =1
h = A1 + A2 + A3 + A4 = 744,09 + 766,42 + 789,41 + 813,09 = 3.113,01 .

34
5. Calcular o valor de juros acumulados até a 4ª prestação.

Solução:
t t


h =1
j h = t × R − ∑ Ah
h =1
4 4

∑J
h =1
h = 4 × 1.000,00 − ∑ Ah = 4.000,00 − 3.113,01 = 886,99
h =1
Vamos conferir com os valores da Tabela 6.1.
4

∑j
h =1
h = J 1 + J 2 + J 3 + J 4 = 255,91 + 233,58 + 210,59 + 186,91 = 886,99

6. Calcular o valor dos juros acumulados entre o sexto e nono mês, ou seja, entre a sexta e a nona
prestação.

Nota: Ao mencionar “entre a sexta e a nona prestação” entende-se a sexta exclusive e a nona inclusive.

Solução:
t +k t+k


h = t +1
Jh = R× k − ∑A
h = t +1
h

Vamos solucionar esse problema por partes, ou seja, primeiramente determinaremos o valor acumulado
das amortizações e posteriormente o valor dos juros.
t +k

∑A h = R[FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )]
h = t +1

k =3 e t =6
6+3

∑A h = 1.000,00[FVA(3%,10 − 6) − FVA(3%,10 − 6 − 3)]


h = 6 +1
9

∑A h = 1.000,00[FVA(3%,4) − FVA(3%,1)]
h =7
9

∑A
h =7
h = 1.000,00(3,71710 − 0,97087) = 1.000,00 × 2,74623 = 2.746,23

Vamos conferir com o plano de pagamentos:


9

∑A
h =7
h = A7 + A8 + A9 = 888,49 + 915,14 + 942,60 = 2.746,23

Valor dos juros:

9 9

∑ J h = k × R − ∑ Ah = 3 × 1.000,00 − 2.746,23 = 253,77


h =7 h=7

35
Conferindo:
9

∑J
h =7
h = J 7 + J 8 + J 9 = 111,51 + 84,86 + 57,40 = 253,77

6.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

Este sistema é extremamente simples. Sua denominação deriva da sua principal característica, ou seja,
as amortizações periódicas são todas iguais ou constantes (no Sistema Francês, as amortizações
crescem exponencialmente à medida que o prazo aumenta).

O SAC consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e


decrescentes em progressão aritmética, dentro do conceito de termos vencidos, em que o valor de cada
prestação é composto por uma parcela de juros e outra parcela de capital (ou amortização).

Os valores das prestações são facilmente calculados.

A parcela de capital é obtida dividindo-se o valor do empréstimo (ou financiamento) pelo número de
prestações, enquanto o valor da parcela de juros é determinado multiplicando-se a taxa de juros pelo
saldo devedor existente no período imediatamente anterior.

Exemplo:

Elaborar um plano de pagamentos, com base no Sistema de Amortização Constante, correspondente a


um empréstimo de $ 100.000,00, à taxa de 3% ao mês, a ser liquidado em 10 prestações mensais.

Solução:
p 0 100.000,00
Amortização constante = A = = = 10.000,00
n 10
R1 = A + J 1 = 10.000,00 + 0,03 × 100.000,00
1ª prestação:
R1 = 10.000,00 + 3.000,00 = 13.000,00

R2 = A + J 2 = 10.000,00 + 0,03 × 90.000,00


2ª prestação:
R2 = 10.000,00 + 2.700,00 = 12.700,00

em que o valor $ 90.000,00 refere-se ao saldo devedor existente no período


imediatamente anterior, após o pagamento da 1ª parcela de amortização de $ 10.000,00.

R3 = A + J 3 = 10.000,00 + 0,03 × 80.000,00


3ª prestação:
R3 = 10.000,00 + 2.400,00 = 12.400,00

e assim sucessivamente, até a 10ª prestação.

36
A Tabela 6.2 apresenta o plano global de pagamentos com os valores das prestações desdobradas em
amortizações e juros.

Tabela 6.2 Plano de pagamento do empréstimo: sistema SAC


SALDO AMORTIZAÇÕES
JUROS PRESTAÇÕES
t DEVEDOR CONSTANTES
(Jt) (Rt)
(Pt) (A)
0 100.000,00 - - -
1 90.000,00 10.000,00 3.000,00 13.000,00
2 80.000,00 10.000,00 2.700,00 12.700,00
3 70.000,00 10.000,00 2.400,00 12.400,00
4 60.000,00 10.000,00 2.100,00 12.100,00
5 50.000,00 10.000,00 1.800,00 11.800,00
6 40.000,00 10.000,00 1.500,00 11.500,00
7 30.000,00 10.000,00 1.200,00 11.200,00
8 20.000,00 10.000,00 900,00 10.900,00
9 10.000,00 10.000,00 600,00 10.600,00
10 - 10.000,00 300,00 10.300,00
TOTAL - 100.000,00 16.500,00 116.500,00

Analisando a Tabela 6.2, podemos verificar que as prestações decrescem a uma razão constante de $
300,00, razão essa dada pela multiplicação da taxa pela amortização constante, ou seja,
0,03 ×10.000,00 = 300,00.

No SAC, as seguintes relações são importantes:

1. Valor da amortização constante.


P
A = 0 , em que P0 é o valor do empréstimo ou financiamento (saldo devedor inicial) e n o número
n
de pagamentos ou prestações.

2. Valor do saldo devedor de ordem t.


Pt = A(n − t )

3. Valor do saldo devedor de ordem t – 1.


Pt −1 = Pt + A = A(n − t ) + A = A(n − t + 1)

4. Valor da parcela de juros de ordem t.


J t = i × Pt −1 = i × A(n − t + 1)

5. Valor da prestação de ordem t.


Rt = A + J t = A + i × Pt −1 = A + i × A(n − t + 1)
Rt = A[1 + i (n − t + 1)]

6. Razão da Progressão Aritmética decrescente representada pelos valores das prestações.


r = i× A

37
7. Valor da prestação de ordem t(em função de R1 e r).
Rt = R1 − (t − 1)r

8. Soma das amortizações acumuladas do 1° período até o período de ordem t.


A = t × A , ou seja, a soma das amortizações é obtida pela multiplicação do número de prestações
existentes até o período t pelo valor da amortização constante.

9. Soma das amortizações compreendidas entre os períodos de ordem t (exclusive) e t + k (inclusive).


A = k × A , ou seja, a soma das amortizações é obtida multiplicando-se o número de prestações
existentes entre os dois períodos pelo valor da amortização constante.

10. Soma dos juros acumulados do 1° período até o período de ordem t.


t
(2n − t + 1)

h =1
Jh = i × A×t ×
2

11. Soma dos juros compreendidos entre os períodos de ordem t (exclusive) e t + k (inclusive).
t +k
[2(n − t ) − k + 1] = i × A × k  n − t − k − 1 

h = t +1
Jh = i × A× k ×
2

 2 

12. Soma das prestações acumuladas do 1° período até o período de ordem t.


t
(2n − t + 1) = A × t 1 + i × (2n − t + 1)

h =1
Rh = A × t + i × A × t ×
2  2 

13. Soma das prestações compreendidas entre os períodos de ordem t (exclusive) e t + k (inclusive).
t +k
[2(n − t ) − k + 1] = A × k 1 + i × [2(n − t ) − k + 1] =

h = t +1
Rh = A × k + i × A × k ×
2

 2


  k − 1 
= A × k 1 + i n − t − 
  2 

Podemos verificar agora que os valores determinados com base nas relações dadas realmente conferem
com aqueles estampados na tabela representativa do plano de pagamentos, correspondente ao exemplo
anterior.

1. Determinar o saldo devedor após o pagamento da 8ª prestação (saldo devedor de ordem t = 8).
Pt = A(n − t )
P8 = 10.000,00 × (10 − 8) = 20.000,00

2. Determinar o valor da parcela de juros correspondente à 5ª prestação (juros de ordem t = 5).


J t = i × A(n − t + 1)
J 5 = 0,03 × 10.000,00(10 − 5 + 1) = 1.800,00

3. Determinar o valor da 7ª prestação (prestação de ordem t = 7).


Rt = A[1 + i (n − t + 1)]
R7 = 10.000,00[1 + 0,03(10 − 7 + 1)] = 11.200,00

38
Esse valor também pode ser determinado a partir do valor da 1ª prestação e da razão r:
R1 = A + i × P0 = 10.000,00 + 0,03 × 100.000,00 = 13.000,00
r = i × A = 0,03 × 10.000,00 = 300,00
Rt = R1 − (t − 1)r = 13.000,00 − (7 − 1) × 300,00 = 11.200,00

4. Determinar a soma das amortizações correspondentes às quatro primeiras prestações:


t

∑A
h =1
h =t× A
4

∑A
h =1
h = 4 × A = 4 × 10.000,00 = 40.000,00

5. Determinar a soma das amortizações compreendidas entre a 3ª (exclusive) e a 8ª (inclusive).


t

∑A
h =1
h = k × A = 5 × 10.000,00 = 50.000,00

6. Determinar a soma dos juros correspondentes às seis primeiras prestações.


t
(2n − t + 1)

h =1
Jh = i × A×t ×
2
6
(2 × 10 − 6 + 1) = 13.500,00
∑J
h =1
h = 0,03 × 10.000,00 × 6 ×
2

Vamos conferir aplicando os valores contidos no plano de pagamentos transcrito anteriormente.


6

∑J
h =1
h = J 1 + J 2 + ... + J 6 = 3.000,00 + 2.700,00 + 2.400,00 + 2.100,00

+ 1.800,00 + 1.500,00 = 13.500,00

7. Determinar a soma dos juros compreendidos entre a 5ª prestação (exclusive) e a 8ª (inclusive).


t +k
[2(n − t ) − k + 1]

h = t +1
Jh = i × A× k ×
2
8
[2(10 − 5) − 3 + 1] = 3.600,00
∑J
h=6
h = 0,03 × 10.000,00 × 3 ×
2

Vamos conferir:

∑J
h=6
h = J 6 + J 7 + J 8 = 1.500,00 + 1.200,00 + 900,00 = 3.600,00

39
8. Determinar a soma das três primeiras prestações.
t
 (2n − t + 1)

h =1
Rh = A × t 1 + i ×
 2 

3
 (2 × 10 − 3 + 1) = 38.100,00

h =1
Rh = 10.000,00 × 31 + 0,03 ×
 2 

Conferindo:

∑R
h =1
h = R1 + R2 + R3 = 13.000,00 + 12.700,00 + 12.400,00 = 38.100,00

9. Determinar a soma das prestações compreendidas entre a 2ª (exclusive) e a 6ª (inclusive).


t +k
 [2(n − t ) − k + 1]

h = t +1
Rh = A × k 1 + i ×
 2


6
 0,03[2(10 − 2) − 4 + 1]

h =3
Rh = 10.000,00 × 41 +
 2
 = 47.800,00

Conferindo:

∑R
h =3
h = R3 + R4 + R5 + R6 = 12.400,00 + 12.100,00 + 11.800,00 + 11.500,00 = 47.800,00

10. Determinar a soma das prestações compreendidas entre a 5ª e a 7ª, ambas incluídas.
Observação: Quando o problema é apresentado dessa forma, a prestação de ordem t passa,
automaticamente, a ser a 4ª (no caso do exemplo).

7
 0,03[2(10 − 4) − 3 + 1]
∑R
h =5
h = 10.000,00 × 31 +
 2
 = 34.500,00

Conferindo:

∑R
h =5
h = R5 + R6 + R7 = 11.800,00 + 11.500,00 + 11.200,00 = 34.500,00

40
Vamos resolver um outro exemplo, a fim de que possamos melhor entender e fixar os conceitos dados.

Exemplo:

Em agosto de 1977 uma pessoa adquiriu uma casa financiada pela Caixa Econômica Estadual em 120
prestações mensais, pelo sistema SAC. Sabendo-se que o valor financiado foi o limite permitido pelo
Sistema Financeiro de Habitação, na época, de 3.500 UPC (Unidade Padrão de Capital), que a taxa de
juros contratual foi de 10% ao ano (ou 0,8333% ano mês, conforme estabelecido no contrato) e que a
primeira prestação foi paga no mês de setembro desse mesmo ano, calcular:
a) o valor das amortizações pagas até dezembro de 1979 (inclusive);
b) o total da prestação a vencer em dezembro de 1981 e a respectiva parcela de juros;
c) o total dos juros pagos durante o ano de 1979.

Solução:

a) Valor das amortizações pagas até dezembro de 1979 (inclusive)

A=t×A
t = número de prestações pagas de setembro/77 (inclusive) a dezembro/79 = 28
P 3.500
A = 0 = = 29 ,16667 UPC
n 120
28
∑ Ah = 28 × 29,16667 = 816,66667 UPC
h =1

b) Valor da prestação a vencer em dezembro de 1981 e a respectiva parcela de juros.


Número de ordem da prestação de dezembro/81 = t = 52

Rt = A[1 + i (n − t + 1)]
R52 = 29,16667[1 + 0,008333(120 − 52 + 1)] = 45,93683 UPC
J 52 = R52 − A = 45,93683 − 29,16667 = 16,77016 UPC

c) Total dos juros pagos durante o ano de 1979.


Número de ordem da prestação de dezembro/78 = t = 16

t +k
[2(n − t ) − k + 1]
∑J
h = t +1
h = i × A× k ×
2
28
12[2(120 − 16) − (12 + 1)]
∑J
h =17
h = 0,008333 × 29,1667 ×
2
28

∑J
h =17
h = 287,28020 UPC

41
6.3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM)

Este sistema foi criado pelo BNH em maio de 1979, e constitui-se num misto entre o Sistema Francês
de Amortização (Tabela Price) e o Sistema de Amortização Constante, originando-se daí a sua
denominação. O SAM é um plano de pagamentos composto por prestações cujos valores são
resultantes da média aritmética dos valores das prestações dos planos SAC e Price, correspondentes aos
respectivos prazos; os valores das parcelas de amortização e juros resultam da mesma regra. O exemplo
a seguir facilita o entendimento.

Exemplo:

Elaborar um plano de pagamentos com base no Sistema de Amortização Misto, correspondente a 1


empréstimo de $ 12.000,00, a uma taxa de 2% ano mês, a ser liquidado em 12 prestações mensais.

Solução:

Para obter os valores do plano solicitado, temos primeiramente de determinar os correspondentes


valores para os planos definidos pelos sistemas SAC e Price, e a seguir calcular as suas respectivas
médias aritméticas. Com os conhecimentos já adquiridos, temos condições de elaborar o plano de
pagamentos, completo, resumido na Tabela 6.3.

Observando os planos transcritos na Tabela 6.3, podemos verificar que tanto os valores das prestações,
como os respectivos valores dos saldos devedores, das amortizações e dos juros do Sistema de
Amortização Misto (SAM) se constituem nas médias aritméticas dos correspondentes valores dos
Sistemas Price e SAC.

Analisando esta tabela podemos verificar que as prestações do SAM decrescem a uma razão constante
de $ 10,00, razão essa igual à metade da razão do decréscimo do SAC.

Para determinar qualquer valore de um plano de pagamentos, de acordo com o SAM, sem desenvolver
um quadro semelhante ao apresentado, é necessário que se conheçam as relações seguintes.

a. Valor da prestação de ordem t.

Rt( M ) =
2
[
R ( P ) + Rt( C ) 1 ( P )
]
= R + Rt( C ) , em que:
2
Rt = prestação de ordem t do Sistema Misto.
(M )

R ( P ) = prestação do Sistema Price (constante).


Rt( C ) = prestação de ordem t do Sistma de Amortização Constante.
Portanto, (M) indica tratar-se do Sistema Misto, (P) do Price e (C) do SAC.
Rt( M ) = {P0 × FRC (i, n) + A ( C ) [1 + i (n − t + 1)]}
1
2

b. Valor da prestação de ordem t (em função de R1 e r).


Rt( M ) = R1( M ) − (t − 1)r ( M )
r (C )
r (M ) =
2

42
c. Valor da parcela de amortização de ordem t.
1
[
At( M ) = At( P ) + A (C )
2
]
1 P 
At( M ) =  A1( P ) (1 + i ) t −1 + 0 
2 n

d. Saldo devedor em ordem t.


1
[
Pt ( M ) = Pt ( P ) + Pt (C )
2
]
1
[
Pt ( M ) = R ( P ) × FVA(1, n − t ) + A ( C ) (n − t )
2
]
e. Saldo devedor de ordem t – 1.
1
[ ]
Pt (−M1 ) = Pt −( P1 ) + Pt (−C1 )
2
1
[
Pt (−M1 ) = R ( P ) × FVA(i, n − t + 1) + A (C ) (n − t + 1)
2
]
f. Valor da parcela de juros de ordem t.
1
[
J t( M ) = i × Pt (−M1 ) = i × R ( P ) × FVA(i, n − t + 1) + A ( C ) (n − t + 1)
2
]
ou

J t( M ) =
2
[
1 ( P)
]
J t + J t( C ) , para os casos em que as parcelas de juros de ordem t dos Sistemas Price

e SAC são conhecidas.

g. Soma das amortizações acumuladas do primeiro período até o período de ordem t.


t +k
1  t +k t +k


h =1
Ah( M ) =  ∑ Ah( P ) + ∑ Ah( C ) 
2 h =t +1 h = t +1 

{ }
t +k
R [FVA(i, n) − FVA(i, n − t )] + t × A ( C )
1 (P)
∑A
h = t +1
(M )
h =
2

h. Soma das amortizações compreendidas entre os períodos de ordem t (exclusive) e t + k (inclusive).


t +k
1  t +k ( P ) t +k (C ) 
∑ h 2 h∑
h = t +1
A (M )
=
= t +1
Ah + ∑ Ah 
h = t +1 

{ }
t +k
R [FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )] + k × A ( C )
1 ( P)
∑A
h = t +1
(M )
h =
2

43
i. Soma dos juros acumulados do 1° período de ordem t.
t
1 t t


h =1
J h( M ) = ∑ J h( P ) + ∑ J h(C ) 
2  h =1 h =1 
t
1  ( P) (2n − t + 1) 
∑J =  R × t − R [FVA(i, n) − FVA(i, n − t )] + i × A × t ×
(M ) ( P)
h 
h =1 2 2 
t
1  ( P) (2n − t + 1) 
∑J =  R [t − FVA(i, n) + FVA(i, n − t )] + i × A × t ×
(M )
h 
h =1 2 2 

j. Soma dos juros compreendidos entre os períodos de ordem t e t + k.


t +k
1  t +k ( P ) t +k (C ) 
∑ h 2 h∑
h = t +1
j (M )
=
= t +1
Jh + ∑ Jh 
h = t +1 
t +k
1  (P)  k − 1 
∑J =  R × k − R [FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )] + i × A × k  n − t − 
(M ) (P) (C )
h
h = t +1 2  2 
t +k
1  (P)  k − 1 
∑J =  R [k − FVA(i, n − t ) + FVA(i, n − t − k )] + i × A × k  n − t − 
(M ) (C )
h
h = t +1 2  2 

k. Soma das prestações acumuladas até o período de ordem t.


t
1  t (P) t


h =1
R (M )
h =  ∑
2  h =1
R h + ∑
h =1
Rh( C ) 

{ }
t
t × P0 × FRC (i, n) + t × A ( C ) [1 + i (2n − t + 1)]
1
∑R
h =1
(M )
h =
2
t
1   (2n − t + 1)  
∑R (M )
h = × t  P0 × FRC (i, n) + A (C ) 1 + i
2    
h =1 2 

l. Soma das prestações acumuladas até o período de ordem t (em função de R1 e r).
t
 (t − 1)r ( M ) 
∑ Rh( M ) = t  R1( M ) −
2

h =1  

m. Soma das prestações compreendidas entre os períodos t e t + k.


t +k
1  t +k ( P ) t + k (C ) 
∑ h 2 h∑
h = t +1
R (M )
=
= t +1
Rh + ∑ Rh 
h = t +1 
t +k
1 (C )   k − 1  
∑R (M )
h = k × P0 × FRC (i, n) + k × A 1 + i n − t −

 
2  
h = t +1 2 
t +k
1    k − 1  
∑R
h = t +1
(M )
h = × k  P0 × FRC (i, n) + A (C ) 1 + i n − t −
2   
 
2  

n. Soma das prestações compreendidas entre os períodos t e t + k (em função de R1 e r).


t +k
 ( M ) (2t + k − 1)r ( M ) 
∑ h R (M )
= k  R1 −
2

h = t +1  

44
Vamos agora “conferir” as relações apresentadas, a partir de questões formuladas com base nos dados
do exercício anterior, ou seja, P0 = 12.000,00, i = 2% ao mês, e n = 12, e cujas respostas podem ser
encontradas no quadro representativo do plano de pagamentos (Tabela 6.3).

1. Calcular o valor da 10ª prestação.


{ }
Rt( M ) = P0 × FRC (i, n) + A ( C ) [1 + i (n − t + 1)]
1
2
R10( M ) = {12.000,00 × FRC (2%,12) + 1.000,00[1 + 0,02(12 − 10 + 1)]}
1
2
1
R10( M ) = (1.134,72 + 1.060,00) = 1.097,36, que confere com o valor estampado no plano de
2
pagamentos (Tabela 6.3)

2. Sabendo-se R1( M ) = $1.187,36 e que r(C) = $ 20,00, calcular o valor da 7ª prestação do plano de
pagamentos elaborado de acordo com o SAM.
Rt( M ) = R1( M ) − (t − 1)r ( M )
r (C ) 20
Como r =
(M )
, temos : r ( M ) = = 10
2 2
Rt(M ) = 1.187,36 – 6 × 10 = 1.127,36, que também coincide com o valor transcrito na Tabela 6.3.

3. Determinar o valor da parcela de amortização correspondente à 4ª prestação.


1 P 
At( M ) =  A1( P ) (1 + i ) t −1 + 0 
2 n
A1( P ) = R ( P ) − i × P0
R ( P ) = P0 × FRC (i, n) = 12.000,00 × FRC (2%,12)
R ( P ) = 12.000,00 × 0,09456 = 1.134,72
A1( P ) = 1.134,72 − 0,02 × 12.000,00 = 894,72
1 12.000,00  1
A4( M ) = 894,72(1,02) 3 +  = 2 (948,48 + 1.000,00) = 974,74
2 12 

4. Calcular o saldo devedor após o pagamento da 9ª prestação.


1
[ ]
Pt ( M ) = R ( P ) × FVA(i, n − t ) + A ( C ) (n − t )
2
P9( M ) = [1.134,72 × FVA(2%,3) + 1.000,00 × 3]
1
2
1
P9( M ) = (1.134,72 × 2,88388 + 3.000,00) = 3.136,20, valor esse que coincide com o estampado na
2
Tabela 6.3. A pequena diferença deve - se, obviamente, a problemas de arredondamento.

45
5. Determinar o valor da parcela de juros referente à 6ª prestação.
1
[
J t( M ) = i × R ( P ) × FVA(i, n − t + 1) + A (C ) (n − t + 1)
2
]
J t( M ) = 0,02 × [1.134,72 × FVA(2%,7) + 1.000,00 × 7]
1
2
1
J 6( M ) = 0,02 × (1.134,72 × 6,47199 + 7.000,00) = 143,44
2

6. Calcular o valor acumulado das amortizações correspondentes às quatro primeiras prestações.


Ah( M ) = {R ( P ) [FVA(i, n) − FVA(i, n − t )] + t × A (C ) }
t
1

h =1 2
4

∑A (M )
h =
1
{1.134,72[FVA(2%,12) − FVA(2%,8)] + 4 × 1.000,00}
h =1 2
4

∑A (M )
h =
1
[1.134,72(10,57534 − 7,32548) + 4.000,00] = 3.843,84
h =1 2

Vamos conferir com os dados da Tabela 6.3.

∑A
h =1
(M )
h = A1( M ) + A2( M ) + A3( M ) + A4( M ) = 947,36 + 956,30 + 965,44 + 974,74 = 3.843,84

7. Determinar o valor acumulado das amortizações compreendidas entre a 3ª prestação (exclusive) e a


6ª (inclusive).

{ }
t +k
R [FVA(i, n − t ) − FVA(i, n − t − k )] + k × A ( C )
1 ( P)
∑A
h = t +1
(M )
h =
2
6

∑A (M )
h =
1
{1.134,72[FVA(2%,9) − FVA(2%,6)] + 3 × 1.000,00}
h=4 2
6

∑A (M )
h =
1
[1.134,72(8,16224 − 5,60143) + 3.000,00] = 2.952,90
h=4 2

Conferindo :

∑A
h=4
(M )
h = A4( M ) + A5( M ) + A6( M ) = 974,74 + 984,23 + 993,92 = 2.952,89

46
8. Calcular a soma dos juros acumulados até o 5° mês.
t
1 (2n − t + 1) 
∑ J h( M ) =  R ( P ) [t − FVA(i, n) + FVA(i, n − t )] + i × A × t × 
h =1 2 2 
5
1 (2 × 12 − 5 + 1) 
∑ J h( M ) = 1.134,72[5 − FVA(2%,12) + FVA(2%,7)] + 0,02 × 1.000,00 × 5 × 
h =1 2 2 
5

∑J (M )
h =
1
[1.134,72(5 − 10,57534 + 6,47199) + 1.000,00]
h =1 2
5

∑J
h =1
(M )
h = 1.008,72

Vamos conferir :

∑J
h =1
(M )
h = J 1( M ) + ... + J 5( M ) = 240,00 + 221,06 + 201,92 + 182,62 + 163,13 = 1.008,73

9. Calcular a soma dos juros correspondentes à 9ª, 10ª e 11ª prestações.


t +k
1  k − 1 
∑ J h( M ) =  R ( P ) [k − FVA(i, n − t ) + FVA(i, n − t − k )] + i × A ( C ) × k n − t − 
h = t +1 2  2  
t =8 e k =3
11
1  3 − 1 
∑J = 1.134,72[3 − FVA(2%,4) + FVA(2%,1)] + 0,02 × 1.000,00 × 312 − 8 −
(M )

2  
h
h =9 2 
11

∑J (M )
h =
1
[1.134,72(3 − 3,80773 + 0,98039) + 180,00] = 187,96
h =9 2

Conferindo :

11

∑J
h =9
(M )
h = J 9( M ) + J 10( M ) + J 11( M ) = 83,20 + 62,72 + 42,03 = 187,95

10. Calcular a soma do total das prestações do plano.


t
1   (2n − t + 1)  

h =1
Rh( M ) = × t  P0 × FRC (i, n) + A ( C ) 1 + i ×
2   2 

12
1   (2 × 12 − 12 + 1) 
∑R (M )
h = × 1212.000,00 × FRC (2%,12) + 1.000,00 × 1 + 0,02 ×
  
h =1 2  2 
12

∑R
h =1
(M )
h = 6(12.000,00 × 0,09456 + 1.130,00) = 13.588,32

valor esse que confere com o valor estampado na tabela representativa do plano de pagamentos.

47
11. Determinar a soma das 3 prestações compreendidas entre a 7ª (exclusive) e a 11ª (inclusive).
t +k
1    k − 1  
∑ Rh( M ) = × k  P0 × FRC (i, n) + A (C ) 1 + i ×  n − t −

 
2  
h = t +1 2  
t=7 e k=4
11
  4 − 1 
× 4{1.134,72} + 1.000,001 + 0,02 × 12 − 7 −
1
∑R (M )
h =


2 
h =8 2 
11

∑R
h =8
(M )
h = 2(1.134,72 + 1.070,00) = 4.409,44

Conferindo :

11

∑R
h =8
(M )
h = R8( M ) + R9( M ) + R10( M ) + R11( M ) = 1.117,36 + 1.107,36 + 1.097,36 + 1.087,36 = 4.409,44

48
Tabela 6.3. Planos de pagamento: uma comparação dos Sistemas Francês, SAC e SAM.

SISTEMA FRANCÊS SAC SAM


t
Pt At Jt R Pt A Jt Rt Pt At Jt Rt
0 12.000,00 - - - 12.000,00 - - - 12.000,00 - - -
1 11.105,28 894,72 240,00 1.134,72 11.000,00 1.000,00 240,00 1.240,00 11.052,64 947,36 240,00 1.187,36
2 10.192,67 912,61 222,11 1.134,72 10.000,00 1.000,00 220,00 1.220,00 10.096,34 956,30 221,06 1.177,36
3 9.261,80 930,87 203,85 1.134,72 9.000,00 1.000,00 200,00 1.200,00 9.130,90 965,44 201,92 1.167,36
4 8.312,32 949,48 185,24 1.134,72 8.000,00 1.000,00 180,00 1.180,00 8.156,16 974,74 182,62 1.157,36
5 7.343,85 968,47 166,25 1.134,72 7.000,00 1.000,00 160,00 1.160,00 7.171,93 984,23 163,13 1.147,36
6 6.356,01 987,84 146,88 1.134,72 6.000,00 1.000,00 140,00 1.140,00 6.178,01 993,92 143,44 1.137,36
7 5.348,41 1.007,60 127,12 1.134,72 5.000,00 1.000,00 120,00 1.120,00 5.174,21 1.003,80 123,56 1.127,36
8 4.320,66 1.027,75 106,97 1.134,72 4.000,00 1.000,00 100,00 1.100,00 4.160,34 1.013,87 103,49 1.117,36
9 3.272,35 1.048,31 86,41 1.134,72 3.000,00 1.000,00 80,00 1.080,00 3.136,18 1.024,16 83,20 1.107,36
10 2.203,08 1.069,27 65,45 1.134,72 2.000,00 1.000,00 60,00 1.060,00 2.101,54 1.034,64 62,72 1.097,36
11 1.112,42 1.090,66 44,06 1.134,72 1.000,00 1.000,00 40,00 1.040,00 1.056,21 1.045,33 42,03 1.087,36
12 - 1.112,42 22,30 1.134,72 - 1.000,00 20,00 1.020,00 - 1.056,21 21,15 1.077,36
TOTAL 12.000,00 1.616,64 13.616,64 - 12.000,00 1.560,00 13.560,00 - 12.000,00 1.588,32 13.588,32

49
Vamos ver mais um exemplo para facilitar o entendimento do SAM.

Exemplo

Uma empresa deseja obter um empréstimo no valor de US$ 600.000,00 para ser pago em prestações
semestrais durante 6 anos. Sabendo-se que a taxa de juros é de 7% ao semestre, calcular, de acordo
com cada um dos três sistemas de amortização conhecidos, os seguintes valores (em dólares).
a) o valor da 1ª prestação;
b) o valor da última;
c) o valor da parcela de amortização referente à 6[ prestação;
d) o total dos juros a serem pagos;
e) o saldo devedor após o pagamento da metade das prestações.

Solução

a) Valor da 1ª prestação.

Sistema Price:
R ( P ) = P0 × FRC (i, n) = 600.000,00 × FRC (7%,12)
R ( P ) = 600.000,00 × 0,12590 = 75.540,00 dólares.

SAC:
R1( C ) = A ( C ) + J 1( C ) = A ( C ) + i × P0
P0 600.00,00
A (C ) = = = 50.000,00
n 12
R1( C ) = 50.000,00 + 0,07 × 600.000,00 = 92.000,00 dólares.

SAM:
R1( M ) =
2
[
1 ( P)
R + R1(C ) ]
1
R1( M ) = (75.540,00 + 92.000,00) = 83.770,00 dólares.
2

b) Valor da última prestação.

Sistema Price
R ( P ) = P0 × FRC (i, n) = 75.540,00 dólares.

SAC:
Rt( C ) = A ( C ) [1 + i (n − t + 1)]
R12( C ) = 50.000,00[1 + 0,07(12 − 12 + 1)] = 53.500,00 dólares.

50
SAM:
Rt( M ) =
1 ( P)
2
[
R + Rt( C ) ]
1
R12( M ) = (75.540,00 + 53.500,00) = 64.520,00 dólares.
2

c) Valor da parcela de amortização referente à 6ª prestação.

Sistema Price:
At( P ) = A1( P ) (1 + i ) t −1
A1( P ) = R ( P ) − i × P0 = 75.540,00 − 0,07 × 600.000,00 = 33.540,00
At( P ) = 33.540,00(1,07) 5 = 33.540,00 × 1,40255 = 47.041,53 dólares.

SAC:
A ( C ) = 50.000,00 dólares.

SAM:
At( M ) =
1 ( P)
2
[
At + A ( C ) ]
1
A6( M ) = (47.041,53 + 50.000,00) = 48.520,77 dólares.
2

d) Total dos juros a serem pagos.

Sistema Price:
t

∑J
h =1
( P)
h = R ( P ) × t − P0
12

∑J
h =1
( P)
h = 75.540,00 × 12 − 600.000,00 = 306.480,00 dólares.

SAC:
t
(2n − t + 1)
∑J
h =1
(C )
h = i × A×t ×
2
12
(2 × 12 − 12 + 1)
∑J
h =1
(C )
h = 0,07 × 50.000,00 × 12 ×
2
= 273.000,00 dólares.

SAM:
t
1  t ( P) t

∑ J h( M ) =
h =1
 ∑
2  h =1
J h + ∑
h =1
J h(C ) 

12
1
∑J
h =1
(M )
h =
2
(306.480,00 + 273.000,00) = 289.740,00 dólares.

51
e) Saldo devedor após o pagamento da metade das prestações.

Sistema Price:
Pt ( P ) = R ( P ) × FVA(i, n − t )
P6( P ) = 75.540,00 × FVA(7%,12 − 6) = 75.540,00 × 4,76654 = 360.064,43 dólares.

SAC:
Pt ( C ) = A (C ) (n − t )
P6( C ) = 50.000,00 × 6 = 300.000,00 dólares.

SAM:
Pt ( M ) =
2
[
1 ( P)
Pt + Pt ( C ) ]
= [360.064,43 + 300.000,00] = 330.032,22 dólares.
1
P6( M )
2

6.4 ANÁLISE COMPARATIVA DOS SISTEMAS PRICE, SAC E SAM

Vamos analisar, numérica e graficamente, as diferenças entre os três sistemas de amortização. Para
tanto, elaboraremos um plano de pagamentos para cada sistema, baseado nos seguintes dados:

• valor do empréstimo: $ 120.000,00;


• número de prestações mensais: 120;
• taxa de juros: 2% ao mês.

Os valores correspondentes aos três planos são apresentados na Tabela 6.4. Por razões de ordem
prática, transcreveremos somente os valores necessários para evidenciar o que estamos querendo
mostrar.

Com base na Tabela 6.4 e na figura 6.1 podemos verificar que o valor das prestações correspondentes
ao SAC decresce linearmente de $ 3.400,00 até $ 1.020,00, e que o valor das prestações Sistema Price é
constante, igual a $ 2.645,77. Com relação às amortizações, ocorre o inverso: no SAC elas são
constantes, iguais a $ 1.000,00, e no Sistema Price elas crescem exponencialmente de $ 245,77 até $
2.593,89. Obviamente, as prestações e as amortizações desses dois planos igualam-se em determinado
ponto. A Figura 6.1 mostra que as prestações se igualam por volta da prestação n° 39, e as
amortizações por volta da amortização n° 72.

Vamos provar analiticamente:

a) Ponto em que as prestações se igualam.


R ( P ) = 2.645,77 (constante)
R ( C ) = A ( C ) [1 + i (n − t + 1)]

52
Fazendo R(P) = Rt(C), temos:

R ( P ) = A ( C ) [1 + i (n − t + 1)]
2.645,77 = 1.000,00[1 + 0,02(120 − t + 1)] = 3.420,00 − 20t
774,23
t= = 38,7
20

Esse número pode ser comprovado pelos dados contidos na Tabela 6.4. Para t = 38, a prestação
correspondente ao SAC ainda é superior à correspondente ao Sistema Price; para t = 39, a prestação do
SAC já é ligeiramente inferior.

b) Ponto em que as amortizações são iguais.

At( P ) = A1( P ) (1 + i ) t −1
A ( C ) = $1.000,00 (constante)
A1( P ) = R ( P ) − i × P0 = 2.645,77 − 0,02 × 120.000,00 = 245,77

Fazendo A(C) = At(P), temos:

1.000,00 = 245,77(1,02) t −1
(1,02) t −1 = 4,06884
t − 1 = 70,9 ⇒ t = 71,9

Através da Tabela 6.4 podemos verificar que, para t = 71, a amortização correspondente ao Sistema
Price é inferior à do SAC, e que, para t = 72, o valor da amortização do Sistema Price supera
ligeiramente à do SAC.

53
Tabela 6.4 Sistemas Price, SAC e SAM.

SISTEMA PRICE S.A.C. S.A.M.


t
Pt At Jt R Pt A Jt Rt Pt At Jt Rt
0 120.000,00 - - - 120.000,00 - - - 120.000,00 - - -
1 119.754,23 245,77 2.400,00 2.645,77 119.000,00 1.000,00 2.400,00 3.400,00 119.377,12 622,89 2.400,00 3.022,89
2 119.503,54 250,69 2.395,08 2.645,77 118.000,00 1.000,00 2.380,00 3.380,00 118.751,77 625,35 2.387,54 3.012,89
10 117.308,87 293,72 2.352,05 2.645,77 110.000,00 1.000,00 2.220,00 3.220,00 113.654,44 646,86 2.286,03 2.932,89
20 114.028,40 358,04 2.287,73 2.645,77 100.000,00 1.000,00 2.020,00 3.020,00 107.014,20 679,02 2.153,87 2.832,89
30 110.029,52 436,45 2.209,32 2.645,77 90.000,00 1.000,00 1.820,00 2.820,00 100.014,76 718,23 2.014,66 2.732,89
38 106.208,54 511,37 2.134,40 2.645,77 82.000,00 1.000,00 1.660,00 2.660,00 94.104,27 755,69 1.897,20 2.652,89
39 105.686,94 521,60 2.124,17 2.645,77 81.000,00 1.000,00 1.640,00 2.640,00 93.343,47 760,80 1.882,09 2.642,89
40 105.154,91 532,03 2.113,74 2.645,77 80.000,00 1.000,00 1.620,00 2.620,00 92.577,46 766,02 1.866,87 2.632,89
50 99.212,78 648,55 1.997,22 2.645,77 70.000,00 1.000,00 1.420,00 2.420,00 84.606,39 824,28 1.708,61 2.532,89
60 91.969,37 790,57 1.855,20 2.645,77 60.000,00 1.000,00 1.220,00 2.220,00 75.984,69 895,29 1.537,60 2.432,89
70 83.139,69 963,70 1.682,07 2.645,77 50.000,00 1.000,00 1.020,00 2.020,00 66.569,85 981,85 1.351,04 2.332,89
71 82.156,71 982,98 1.662,79 2.645,77 49.000,00 1.000,00 1.000,00 2.000,00 65.578,36 991,49 1.331,40 2.322,89
72 81.154,07 1.002,64 1.643,13 2.645,77 48.000,00 1.000,00 980,00 1.980,00 64.577,04 1.001,32 1.311,57 2.312,89
80 72.376,35 1.174,75 1.471,02 2.645,77 40.000,00 1.000,00 820,00 1.820,00 56.188,18 1.087,38 1.145,51 2.232,89
90 59.255,91 1.432,01 1.213,76 2.645,77 30.000,00 1.000,00 620,00 1.620,00 44.627,96 1.216,01 916,88 2.132,89
100 43.262,16 1.745,62 900,15 2.645,77 20.000,00 1.000,00 420,00 1.420,00 31.631,08 1.372,81 660,08 2.032,89
110 23.765,87 2.127,90 517,87 2.645,77 10.000,00 1.000,00 220,00 1.220,00 16.882,94 1.563,95 368,94 1.932,89
120 - 2.593,89 51,88 2.645,77 - 1.000,00 20,00 1.020,00 - 1.796,95 35,94 1.832,89
TOTAL 120.000,00 197.492,40 317.492,40 - 120.000,00 145.200,00 265.200,00 - 120.000,00 171.346,20 291.346,20

54
Figura 6.1 Valor das prestações e das amortizações

Com relação ao SAM, praticamente não há nada a comentar, visto que os valores correspondentes a
esse sistema situam-se sempre num ponto intermediário entre os valores do SAC e do Sistema
Price. As suas prestações decrescem linearmente, enquanto as amortizações correspondentes
crescem de forma exponencial (visto serem estas resultantes da média aritmética entre um valor
constante e um outro que cresce exponencialmente).

No que se refere ao comportamento dos saldos devedores, para os três sistemas, podemos verificar,
com base na Figura 6.2, que no SAC os saldos devedores decrescem mais rapidamente, atingindo
50% do saldo ($ 60.000,00, no caso do exemplo); no Sistema Price, a metade do saldo devedor é
liquidada após o pagamento da 90ª prestação, que representa 75% ao total: quanto ao SAM,
somente após o pagamento da 77ª prestação (cerca de 64% do total) é que se conseguirá liquidar
cerca de 50% do saldo devedor.

Vamos demonstrar analiticamente:

a) Para o SAC
50% do Saldo Devedor = $ 60.000,00
Pt(C) = A(n – t)
60.000,00 = 1.000,00 (120 – t) ⇒ t = 60

b) Para o Sistema Price


Pt(P)= R(P) × FVA(i,n – t)
60.000,00 = 2.645,77 × (2%,120 – t)
120 – t = 30,52 ⇒ t = 89,48

c) Para o SAM
Pt(M) = ½[Pt(P) + Pt(C)]
Pt(M) = ½[R(P) × FVA(i,n – t) + A(n – t)]
60.000,00 = ½[2.645,77 × FVA(2%,120 – t) + 1.000,00 × (120 – t)]

Por tentativa e erro chega-se a t = 76,45

55
Por fim, a Figura 6.3 torna visível aquilo que já foi mostrado na Tabela 6.4: o total de juros cobrado
com base no SAC é bem menor que o cobrado através do Sistema Price, estando o SAM numa
posição intermediária. As parcelas mensais de juros, para os três planos, descrevem obviamente na
razão direta do decréscimo dos saldos devedores respectivos, mostrado na Figura 6.2.

Vejamos agora como se deslocam os pontos de intersecção entre os valores das prestações, quando
fazemos variar o prazo e a taxa.

Figura 6.2 Saldos devedores no início de cada mês.

Figura 6.3 Valor das parcelas de juros.

56
a) Fixando-se o prazo e variando a taxa
Para n = 120, temos:

i (%) Ponto de Intersecção (t)


15,000 7,7
10,000 11,00
5,000 20,7
2,000 38,7
1,000 48,8
0,500 54,6
0,050 59,9
0,010 60,4
0,001 60,5

Como podemos verificar, o número de ordem das prestações, onde se cruzam as retas
representativas das prestações dos três planos, para diversas taxas consideradas, cresce à medida
que decrescem as taxas de juros. Embora não esteja demonstrado, pode-se provar que o ponto de
intersecção tende para o prazo médio, à medida que i tende para zero. No caso do exemplo dado o
prazo médio é de 60,5, obtido como segue:

n + 1 120 + 1
Prazo médio = = = 60,5
2 2

Para um plano de 50 prestações iguais, o prazo médio é de 25,5; se fosse de 20, o prazo médio seria
de 10,5, e assim sucessivamente.

n +1
Observação: A fórmula é válida somente para séries de prestações iguais, periódicas e
2
sucessivas, quando i = 0; em nosso mercado financeiro é muito utilizada para a
determinação do prazo médio, embora a taxa de juros seja diferente de zero.

b) Fixando-se a taxa e variando o prazo.


Para i = 2%, temos:

n Ponto de intersecção (t) t/n (%)


5 3,0 60,0
10 5,3 53,0
20 9,9 49,5
50 21,4 42,8
100 35,0 35,0
120 38,7 32,3
200 47,1 23,6
300 50,2 16,7
500 51,0 10,2
1.000 51,0 5,1
2.000 51,0 2,6

57
Por estes dados verificamos que, quanto maior o número de prestações, menos distante fica, em
termos relativos, o ponto de intersecção do ponto de origem. É importante notar que, à medida que
cresce o prazo, o ponto de intersecção cresce tendendo a um limite, que no caso do exemplo é o 51.
Prova-se qu, à medida que n tende para o infinito, o ponto de intersecção t tende para um limite
1+ i
dado pela expressão .
i

Assim, para uma taxa de 4% ao mês, esse limite será de 26; se a taxa fosse de 1% ao mês, o limite
seria de 101, e assim por diante.

58
PROBLEMAS PROPOSTOS

1) Uma grande área foi adquirida para ser posteriormente vendida em lotes de $ 240.000,00 cada
um, a vista, ou em 60 prestações mensais sem entrada. Sabendo-se que a taxa de juros utilizada
para determinação das prestações é de 2% ao mês, e que a empresa loteadora financia tanto pela
Tabela Price como pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), calcular o valor da 1ª
prestação para ambos os planos e o da última para o SAC.

2) Uma pessoa adquiriu de uma construtora um apartamento no valor de $ 1.500.000,00 pagando $


300.000,00 de entrada. O restante foi financiado a 3% ao mês, para ser amortizado em 36
meses, segundo o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price). Indaga-se:

a) Qual o valor da parcela de juros referente à 18ª prestação?


b) Qual o saldo devedor após o pagamento da 24ª prestação?
c) Qual o total de juros correspondentes às prestações que se vencem do 20° mês (exclusive) ao
30° mês (inclusive)?

3) Montar um plano de amortização de uma dívida de $ 100.000,00 em 4 prestações anuais, a uma


taxa de 50% ao ano, decompondo cada prestação em parcelas de principal e de juros, de acordo
com o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price).

4) A caixa econômica concede um financiamento de $ 864.000,00 para a compra de uma casa.


Esse financiamento deverá ser liquidado em 120 prestações mensais; calculadas de acordo com
o Sistema de Amortização Constante (SAC). Sabendo-se que a taxa de juros é de 10/12% ao
mês (não considerar a correção monetária), calcular:

a) o valor da 1ª, 37ª, e 103ª prestações;


b) o total dos juros correspondentes a todo plano (120 prestações);
c) o total dos juros correspondentes às prestações número 48 (exclusive) até a número 60
(inclusive).

5) Um empréstimo deverá ser amortizado, de acordo com o Sistema Francês de Amortização, em


24 parcelas mensais. Sabendo-se que:
• o valor da amortização da primeira prestação é de $ 12.793,42, e da última é de $ 31.532,13;
• o saldo devedor após o pagamento da 7ª prestação é de $ 398.953,89;
• a soma das amortizações da 1ª até a 7ª prestação (ambas incluídas) é de $ 101.046,11.

Calcular:
a) a taxa de juros;
b) o valor do empréstimo;
c) o valor da prestação.

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6) O Sr. Norivaldo adquire uma casa no valor de $ 1.800.000,00, pagando $ 360.000,00 de entrada.
O saldo será financiado pela construtora para pagamento em 72 prestações mensais, através do
Sistema de Amortização Misto (SAM), cobrando uma taxa de juros de 2% ao mês.

Calcular:

a) O valor da primeira prestação.


b) O saldo da parcela após o pagamento da 44ª prestação.
c) O valor da parcela de juros correspondentes à 9ª prestação.
d) A soma das amortizações referentes às prestações compreendidas entre a 57ª (exclusive) e a
66ª (inclusive).
e) O total dos juros a ser pago.

7) Um terreno é colocado à venda por $ 60.000,00 de entrada e mais 20 prestações trimestrais,


calculadas de acordo com o Sistema de Amortização Misto (SAM). Sabendo-se que a taxa de
juros é de 10% ao trimestre e que o valor da 1ª prestação é $ 80.237,89, calcular o valor-base a
vista do terreno.

8) Nos Estados Unidos, o Sr. Taylor adquire um imóvel por U$ 412.800,00, sem entrada, para
pagamento em 96 prestações mensais, calculadas de acordo com o Sistema de Amortização
Misto (SAM). Sabendo-se que a taxa de juros foi fixada em 1% ao mês, determinar:

a) O valor da última prestação.


b) O saldo devedor após o pagamento da metade das prestações, mostrando quanto esse saldo
representa do valor inicial financiado.
c) Total dos juros da 1ª até a 48ª prestação (inclusive).
d) Total dos juros da 48ª (exclusive) até a 96ª.

9) Sabendo-se que um valor pode ser financiado em 180 prestações mensais à taxa de 0,8333% ao
mês, tanto pelo Sistema Francês (ou Tabela Price) como pelo SAC, determinar algebricamente:

a) em que ponto o valor da prestação, calculado com base no SAC, torna-se igual ao calculado
com base na Tabela Price;
b) idem, com relação à parcela de amortização.

10) O Sr. Mathias consegue um financiamento para aquisição de uma casa, para pagamento em 10
anos, em prestações mensais calculadas de acordo com o Sistema de Amortização Misto
(SAM). Sabendo-se que a taxa de juros contratual é de 10% ao ano “nominal” (que corresponde
a uma taxa efetiva de 10,471% a.a.), que o valor da última prestação é de $ 32.426,78, calcular:

a) o valor financiado;
b) o valor da 1ª prestação;
c) o total de juros devidos entre as prestações de número 36 (exclusive) e 48 (inclusive).

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Bibliografia

VIEIRA SOBRINHO, J. D. Matemática Financeira. 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2000.

PUCCINI, A. B. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. 7ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2004.

IEZZI, G., HAZZAN, S., DEGENSZAJN, D. Fundamentos e Matemática Elementar 11;


matemática comercial, matemática financeira, estatística descritiva. 1ª ed. – São Paulo: Atual, 2004.

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