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Matemática Financeira

RETA FINAL – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Juros Simples:
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o
valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor
Principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de
somarmos os juros.

O exemplo clássico é aquele em que a pessoa abre uma conta de poupança no banco,
depositando uma quantia em dinheiro. Obviamente que essa quantia é conhecida no
dia de hoje (claro! O dinheiro está na sua mão!). Mas a pergunta é: quanto irei resgatar
daqui a alguns meses? Em outras palavras: em quanto se transformará aquele valor
(que foi aplicado) numa data posterior? Essa operação, de projetar um valor conhecido
para uma data futura, é a que chamaremos de Juros!

São cinco os elementos de uma operação de Juros:

Capital (C): é o valor monetário conhecido no dia de hoje. É o elemento que inicia a
operação de Juros, também conhecido como Principal (P) e Valor Presente (VP);

Tempo (n): obviamente que o Capital terá que ser aplicado durante um intervalo de
tempo qualquer, para se transformar em um valor maior. Logo o tempo é sempre
elemento de qualquer operação de matemática financeira, também conhecido como
(t);

Montante (M): é o valor do resgate, é aquela quantia em que se transformará o


Capital. O elemento que encerra a operação de Juros.

Taxa (i): é um valor percentual, seguido sempre de uma unidade de tempo. Exemplos:
5% ao mês; 10% ao bimestre; 15% ao trimestre; 20% ao quadrimestre; 30% ao
semestre; 60% ao ano.

Juros (J): são a diferença entre o Montante e o Capital. Falando mais simplesmente:
se eu depositei hoje na poupança uma quantia de R$1.000, e, daqui a três meses,
aquele Capital transformou-se em um Montante de R$1.200,00, assim recebemos uns
juros de R$ 200,00.

Com isso, possuímos as seguintes equações para juros simples:


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J = C . i . n (equação dos juros simples)

M = C . ( 1 + ( i . n ) ) (equação do montante simples)

M = C + J (equação geral do montante)

Exercícios

1. O capital necessário para render juros no valor de R$ 3.000,00, após oito meses,
aplicado à taxa de juros simples de 4% ao mês, é

(A) R$ 960,00.

(B) R$ 2.272,72.

(C) R$ 6.375,00.

(D) R$ 8.139,59.

(E) R$ 9.375,00.

2. O montante de uma aplicação de R$ 700,00, pelo prazo de seis semestres à taxa de


juros simples de 40% ao ano é

(A) R$ 840,00.

(B) R$ 1.220,80.

(C) R$ 1.540,00.

(D) R$ 1.920,00.

(E) R$ 2.380,00.

3. O valor dos juros simples, referente a um financiamento de R$ 1.000,00 por um


prazo de 10 anos, com uma taxa de 1% ao ano, é igual a

A. R$ 10,00.

B. R$ 100,00.

C. R$ 104,62.

D. R$ 110,00.
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E. R$ 1100,00.

Juros Compostos:
Os juros compostos, possui as mesmas variáveis dos juros simples, J, C, M, i e n, porém
o regime adotado é o juros sobre juros, assim o período n, não irá multiplicar a taxa,
mas sim será uma expoente.

Assim as equações são:

M = C . ( 1 + i)n (equação do montante composto)

M = C + J (equação geral do montante)

J = C . ((1 + i)n – 1) (equação dos juros compostos)

n = (Log (M/C)) / (Log (1 + i)) (equação do cálculo do prazo composto)


(logaritmo de base 10)
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4. Um valor (principal) de R$ 1.000 acaba de ser aplicado. Para o montante acumulado


ao final de dois anos, é INCORRETO afirmar que:

(A) com uma taxa de juros de 10% ao ano no regime de juros simples, o montante é
de R$ 1.200;

(B) com uma taxa de juros de 12% ao ano no regime de juros compostos, o montante
é de R$ 1.254;

(C) com uma taxa de juros de 3% ao semestre no regime de juros simples, o montante
é de R$ 1.120;

(D) com uma taxa de juros de 2% ao semestre no regime de juros compostos, o


montante é de R$ 1.062;

(E) com uma taxa de juros de 10% ao ano no regime de juros compostos, o montante
é de R$ 1.210.

5. Considere que um investidor deposita no primeiro dia útil de cada ano um mesmo
valor P a juros compostos, a uma taxa de 10% ao ano. Imediatamente após realizar o
3o depósito, verifica-se que a soma dos 3 montantes apresenta o valor de R$
41.375,00. O valor de P, em reais, é tal que

a) P ≤ 11.600.

b) 11.600 < P ≤ 12.000.

c) 12.000 < P ≤ 12.600.

d) 12.600 < P ≤ 13.000.

e) P > 13.000.

Desconto Simples:
Se uma pessoa deve uma quantia em dinheiro numa data futura, é normal que
entregue ao credor um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida.

Todo título de crédito tem uma data de vencimento; porém, o devedor pode resgatá-
lo antecipadamente, obtendo com isso um abatimento denominado desconto.
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O desconto é uma das mais comuns aplicações da regra de juro.

Desconto Simples - Modalidades:

Desconto Comercial ou por fora.

Chamamos de desconto comercial, bancário ou por fora o equivalente ao juro simples


produzido pelo valor nominal do título no período de tempo correspondente e à taxa
fixada.

Desconto Racional ou por dentro.

Chamamos de desconto racional ou por dentro o equivalente ao juro produzido pelo


valor atual do título numa taxa fixada e durante o tempo correspondente.

Equações:

6. Uma duplicata foi descontada em R$ 700,00, pelos 120 dias de antecipação. Se foi
usada uma operação de desconto comercial simples, com a utilização de uma taxa
anual de desconto de 20%, o valor atual do título era de:

(A) R$ 7 600,00.

(B) R$ 8 200,00.

(C) R$ 9 800,00.
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(D) R$ 10 200,00.

(E) R$ 10 500,00.

7. Um título no valor nominal de R$ 10.000,00 está sendo liquidado sessenta dias antes
de seu vencimento. Sabendo-se que o desconto é bancário (ou comercial) simples e
a taxa de desconto utilizada é 5% ao mês, o valor do desconto é

(A) R$ 909,09.

(B) R$ 930,00.

(C) R$ 1.000,00.

(D) R$ 9.070,00.

(E) R$ 30.000,00.

Desconto Composto:
O mesmo do desconto simples, porém o prazo é um expoente.

Nas transações financeiras reais, descontos de títulos com prazos até 1 ano, utiliza-se
o desconto simples, acima disso o descontos composto.

Também possuem as mesmas modalidades do desconto simples.

Equações:
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8. Um título de valor nominal R$ 24.200,00 será descontado dois meses antes do


vencimento, com taxa composta de desconto de 10% ao mês. Sejam D o valor do
desconto comercial composto e d o valor do desconto racional composto. A diferença
D – d, em reais, vale

a) 399,00

b) 398,00

c) 397,00

d) 396,00

e) 395,00

Rendas Antecipadas e Postecipadas:


No cálculo de rendas nós temos a possibilidade de determinar, através do fator de
capitalização, o valor futuro (Montante) ou valor atual (Capital) correspondente as
prestações de um produto, por exemplo.

Pode-se calcular o correspondente valor à vista da mercadoria.

Também aplicar este tipo de cálculo na análise de fluxo de caixa, sabendo que, tanto
para valor atual ou futuro, deve resultar em zero a soma do investimento com os lucros
obtidos.

9. Pelo financiamento de um televisor uma pessoa deveria pagar três prestações


iguais, mensais e consecutivas, no valor de R$ 500,00, a primeira delas vencendo um
mês após a compra. De comum acordo com a loja onde comprou o televisor, o
comprador substituiu as três prestações referidas por apenas um pagamento, com
vencimento quatro meses após a compra. Sabendo-se que a taxa de juros compostos
utilizada é de 3% ao mês, o valor do pagamento único foi de

(A) R$ 1.639,09.

(B) R$ 1.591,79.

(C) R$ 1.545,00.

(D) R$ 1.500,00.

(E) R$ 956,73.
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10. Um projeto de investimento proporcionou os seguintes fluxos monetários em três


anos:

Sabe-se que a rentabilidade do projeto nesse período de três anos foi de 10% ao ano.
Supondo-se que os valores são recebidos ao final de cada ano, o valor investido foi:

(A) R$ 313,37;

(B) R$ 358,53;

(C) R$ 401,18;

(D) R$ 423,92;

(E) R$ 438,88.

Sistemas de Amortização:
A grosso modo, poderemos dizer que a operação de amortização é uma compra, a
prazo, e sem entrada, seguindo as seguintes características:

1a) Parcelas (prestações) de mesmo valor, ou decrescentes;

2a) Parcelas em intervalos de tempo iguais;

3a) Taxa no Regime Composto (taxa de juros compostos).

Existem no mercado financeiro várias formas de amortização, como o sistema SAC


(Sistema de Amortização Constante), SAF ( Sistema de Amortização Francês), PRICE,
que é uma variação do SAF, SAM ( Sistema de Amortização Misto, entre outros, porém
nada impede que com uma boa negociação não se pode propor o prórpio próprio
sistema de amortização.

Para efeito deste curso, serão estudados os sistemas mais comuns no mercado
brasileiro: SAC, SAF, PRICE e SAM
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Metodologia de Resolução:
Todos os 4 sistemas de amortização que serão estudados, fazem necessário a
montagem de uma tabela, com apenas 5 colunas, na seguinte ordem, veja abaixo:

A primeira linha, ou seja n = 0 ( prestação 0) como é sem entrada, a prestação, os


juros, a amortização são iguais a zero, apenas o saldo devedor é preenchido, com o
valor do empréstimo, ou bem adquirido.

Assim, basta seguir os cálculos em cada célula, linha por linha e ir completando a
tabela, para o determinado número de parcelas.

Na última prestação, a célula do saldo devedor deve necessariamente ser igual a zero

Tipos de Sistemas de Amortização


1 – Sistema de Amortização Constante ( SAC )

O SAC, conforme o próprio nome já menciona, é uma sistema onde a amortização é


sempre a mesma, assim quem está variado é a prestação, de forma decrescente e
constante.

No SAC, o cálculo da amortização é: Amortização = Empréstimo / número de


parcelas

Assim a tabela fica:

2 – Sistema de Amortização Francês ( SAF )

O SAF, possui prestação constante em todas as parcelas, já a amortização varia.

No SAF, o cálculo da prestação é: Prestação = Emp / ou Prestação =


Emp. X 1/

Assim a tabela fica:


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Onde, ( Lê - se: A n cantoneira i ) é uma fator de valor atual de uma série


de pagamentos, calculado pela seguinte equação:

Sendo i a taxa e n o número de prestações, porém para este cálculo em geral as provas
inserem a seguinte tabela para uma série de taxas e prestações desta equação, que
veremos a seguir.
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3 – PRICE

É o SAF, porém utilizando taxa efetiva proporcional, pois o SAF utiliza a taxa nominal,
daí a única diferença entre.

Cálculo da prestação é: Prestação = Emp / ou Prestação = Emp. X 1/

Assim a tabela fica:

GABARITO:

1. E 2.C 3.B 4.D 5.C 6.E 7.C 8.B 9.B 10.A

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