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Índice

Introdução.............................................................................................................................................2
Relações entre Taxas de Juros...............................................................................................................3
Taxas equivalentes................................................................................................................................4
Taxas Proporcionais...............................................................................................................................4
Taxas nominal........................................................................................................................................6
Taxa efectiva..........................................................................................................................................7
Relação entre taxa nominal e efectiva...................................................................................................8
Conclusão............................................................................................................................................11
Bibliografia..........................................................................................................................................12

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Introdução

Um dos elementos principais do Cálculo Financeiro são as taxas de juros que correspondem
a taxa de renumeração do capital no determinado tempo. As taxas de juros podem ser
classificadas de várias maneiras.

Iremos nos focalizar nas taxas Equivalentes, taxas Proporcionais, taxas nominais e taxas
efectivas na qual pode-se notar uma relação entre elas.

A conversão de taxas é de fundamental importância, pois em muitas situações do dia-a-dia


somos confrontados com informação relativa a taxas de juro que não é suficientemente clara.
A diversidade de conceitos de taxas é de tal ordem que se torna necessário adoptar um
indicador que traduza claramente aquilo que é realmente relevante para o cliente, seja na
situação de mutuário, seja na situação de depositante.

Dada a escassez de literatura que relacione a taxa efectiva com a taxa nominal, o objetivo
deste estudo prende-se essencialmente em analisar esta relação existente entre as taxas e
perceber qual o comportamento da taxa efetiva perante alterações da taxa nominal.

A resolução dos problemas se fez de forma coerente e natural, partindo de algumas ideias ou
princípios e tendo por base regras bem definidas.

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Relações entre Taxas de Juros

Podemos definir taxas de juros como sendo o acréscimo de uma unidade de capital no espaço
de tempo ou é uma percentagem em que um capital é investido durante um determinado
período de tempo. Essas taxas são expressas em percentagem e seguida do seu período.

Sabe que a capitalização significa vencimento dos juros e a periodicidade da capitalização é a


frequência com que se processa (vence) o juro. Capitalização anual significa que o juro é
processado (vence) uma vez por ano; capitalização mensal significa que o juro é processado
(vence) uma vez por mês, ou seja, doze vezes por ano. (Matias, 2007)

Quando vigora o regime de juro composto é, simultaneamente, o período a que esta reportada
a taxa não coincide com a periodicidade a que são efectuadas as capitalizações, há distinção
entre taxa proporcional e taxa equivalente, por um lado, e por outro lado entre taxa nominal e
taxa efectiva, por outro.

Geralmente a taxa de juro esta expressa em termos anuais. Ora, se as capitalizações forem
também anuais, não há qualquer problema (essa taxa é simultaneamente nominal e efectiva),
mas se forem semestrais ou mensais (por exemplo), já é importante clarificar de que taxa se
trata: se é nominal ou efectiva. No regime de juros simples vimos que essa distinção não é
relevante, mas em regime de juro composto é fundamental sempre que a taxa esta reportada a
um dado período e as capitalizações são efectuadas com periodicidade diferente. Numa
grande parte das situações do dia-a-dia é isto que acontece vigora o regime de juro composto,
a taxa anunciada esta reportada a determinado período (geralmente um ano), mas as
capitalizações são efectuadas com periodicidade diferente (mensais, trimestrais, semestrais,
etc.).

Existem vários tipos de taxas que são aplicadas nos regimes de capitalização, dentre as quais
encontramos as seguintes:

 Taxas equivalentes;

 Taxas proporcionais;

 Taxas efectivas;

 Taxas nominais e;

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 Relação entre taxa nominal e efectiva.

Taxas equivalentes

Duas taxas, referidas a períodos diferentes, dizem-se equivalentes entre si se, aplicadas a um
mesmo capital, conduzem ao mesmo capital acumulado, em diferentes capitalizações
temporais, apos um mesmo intervalo de tempo. Ela tem em conta a existência da
capitalização. (Matias, 2007)

(CHINODA, 1998) Duas taxas são consideradas equivalentes, a juros compostos, se aplicadas
sobre um mesmo capital, por um período equivalente de tempo, gerando montantes iguais.

Em outas palavras são taxas equivalentes que quando aplicadas ao mesmo valor ou capital
inicial, em um mesmo período de tempo, produzem o mesmo resultado final, ou seja, o
mesmo capital acumulado.

Isso acontece em regime de juros compostos.

Formula:

q
i q=[ ( 1+i ) (1+ i ) t ¿
t t

Onde:

Eq- Taxa equivalente

i-Taxa de juros

p- Período

t- Tempo

q- Tempo referente a taxa

Exemplo₁: Qual é a taxa anual de juros de um financiamento que cobra juros mensais de
4.5%.

Resolução

[ ]=[ 1,045 × (1.045 )


1
i a= ( 1+ 4,5 % ) ( 1+ 4,5 % ) 12 0.08333
]=1.0488 ≈ 1.05
Taxas Proporcionais

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A origem da distinção entre taxas equivalentes e taxas proporcionais esta no facto de elas
refletirem ou não o efeito da capitalização

Duas taxas, referidas a períodos diferentes, dizem-se proporcionais entre si se a razão entre
elas coincide com a razão entre os respetivos períodos a que estão reportadas. Elas não têm
em conta a existência da capitalização. (Matias, 2007).

Duas taxas de juros são consideradas proporcionais quando possuem períodos de


capitalização diferentes e se aplicadas sobre um mesmo montante ou capital inicial produzem
o mesmo capital acumulado. Este tipo de capitalização é encontrado em regime de juros
simples. Como esse regime é utilizado: a taxa proporcional é calculada multiplicando ou
dividindo a taxa de juros pelo período.

Formulas:

ia
i m= ou i a=¿i × m¿
m m

Sendo:

i m=Taxa de juros mensal

i t =Taxa de juro trimestral

i s=Taxa de juro semestral

i a=Taxa de juro anual

i d =Taxa de juro diaria

Exemplo₁:

Determine a taxa de juros anual proporcional, dadas as seguintes taxas:

a) 5% ao mês

Se temos uma taxa ao mês procuramos uma taxa ao ano basta multiplicarmos essa taxa por
12, já que um ano possui 12 meses.

Resolução

i a=0.05 × 12=0.6 ×100=60 %

Exemplo₂: Qual é taxa de juro mensal proporcional a 6.8% ao quadrimestre?

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Se temos uma taxa quadrimestral e procuramos uma taxa ao mês dividimos por 4, visto que
um quadrimestre possui 4 meses.

Resolução

6,8 %
i m= =0,017 ×100=17 %
4

Taxas nominal

É a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de
tempo dos períodos de capitalização. A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais, e
os períodos de capitalização podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou diários

“Taxa nominal referida a um determinado período é a taxa referida a esse período desde que
haja várias capitalizações no respectivo período”. (Mateus, 2006)

“Sendo nominal, significa que ela não leva em consideração as sucessivas capitalizações,
pelo que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de proporcionalidade”. (Matias,
2007)

A taxa nominal é aquela que impõe os juros de acordo com o número de parcelas de um
empréstimo, por exemplo, se tivéssemos um empréstimo de 12% ao ano, em teoria teremos
um rendimento de 1% ao mês

Formula:

ia
=taxa efectiva do periodo m
m

( )
m
ia
1+ −1=taxaefectiva anual
m

Taxa de juros simples

j=C ×i ×t

Onde:

I- Montante dos juros

C- Capital inicial

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i – Taxa de juros nominal

t- Tempo

Exemplos de taxas nominais:

12% ao ano, capitalizados mensalmente;

24% ao ano, capitalizados semestralmente;

10% ao ano, capitalizados trimestralmente;

Exemplo pratico

Determinar o valor de juros produzidos por um capital de 7.500 MT aplicado a taxa nominal
de 24% ao ano, com capitalização mensal durante 2 anos.

Resolução

24 %
Co=7.500, 00 i m= =2 %
12

j t =Co [ ( n+i ) −1 ]
n
n=2

j t =7.500 [ ( 2+0.02 ) −1 ]
24
i=24% a.a

J=? j t =4.563,28

Taxa Efectiva

Pode ser expresso como uma taxa de juros que incide sobre um período equivalente ao da
formação e incorporação de juros ao capital. Isso permite a demarcação do real custo de uma
operação.

“Taxa efectiva referida a um determinado período é a taxa referida a esse período com
apenas uma capitalização nesse lapso de tempo”. (Mateus, 2006)

A taxa efectiva é aquela que representa exatamente o período de capitalização daquele seu
contrato de empréstimo ou de investimento, pode se calcular para qualquer período mês,
trimestre, semestre.

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“Sendo efectiva, significa que ela já leva em consideração o efeito de sucessivas
capitalizações, pelo que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de equivalência”.
(Matias, 2007)

Formula:

(1+i)1 = (1+ i1/m)1/m

Onde:

i- Taxa efectiva

i1/m- Taxa subfectiva

i(m)- Taxa nominal

m- Frequência de capitalização

Um capital de 1000mt foi colocado num processo de capitalização composto de período


mensal. Qual será o juro total, ao fim de 10 anos, a taxa anual de 3%?
a) Admita que 3% é a taxa efectivamente praticada
b) Interprete a taxa de 3% conforme é corrente na banca e no comércio.

Resolução a) J= Co [(1+i)n-1]
J= 1000 [(1+0,03)10-1]
J=1000*0,3439163793 J=343,92

ia 9 %
b) i1/m= = =0,0225% a.t
m 4
(1+0.0225)1 = (1+ i1/m)3
1,0225=(1+i¿¿ 1/m)3 ¿
√3 1.0225=1+i m
i m=( 1,007444443−1 ) × 100
i m=0,007444443 ×100
i m=0,74 %

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Relação entre taxa nominal e efectiva

Enquanto a Taxa nominal não sofre reajuste, a Taxa Efectiva é paga no mesmo período que e
estipulada, sendo assim, ao final é exatamente oque será pago.

Para transformar a taxa nominal em Taxa Efectiva precisamos dividir ela pelo número de
períodos de capitalização.

O período de capitalização coincide com o período da taxa. Isto é, uma taxa anual i, que
capitaliza uma vez ao ano, é nominal anual e também é efectiva anual.

No entanto quando o período da taxa e o período de capitalização não são coincidentes, a


relação entre a taxa efectiva e a taxa nominal pode ser dada por:

1) Se o período de capitalização for inferior ao período de taxa então:


i efectiva=( 1+i nominal )n−1
Em que n é o número de períodos de capitalização que ocorrem em cada período de
referência da taxa (múltiplo do período da taxa).

2) Se o período de capitalização for superior ao período de taxa então:


1
i efectiva=( 1+i nominal ) n −1
1
Em que é a fracção de períodos de capitalização que ocorrem em cada período de
n
referência da taxa ( Submúltiplo do período da taxa).
Verificando para i anual e i semestral teremos que i a é nominal e efectiva se é uma
taxa anual com o período de capitalização o ano, isto é capitaliza uma vez ao ano.
Se o período de capitalização for o semestre então teremos:
ia
=Taxa efectiva semestral
2

( )
1+
ia 2
2
−1=taxa efectiva anual

Exemplo:

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O senhor Marino Boca colocou 1.000,00 durante 10 anos á taxa anual de 6%, em
regime de capitalização composta. Qual o capital acumulado, sabendo que
capitalização é semestral, se:
a)A taxa anual de 6% é efectiva.
b) A taxa anual de 6% é nominal.

Resolução:
a) Sendo a taxa anual de 6% efectiva então é equivalente à taxa semestral efectiva
de:
2
(1 + 0 .06)¿ ( 1+i s )
Donde vem
i s=0.0296=2.96 %
Teremos então:
C 20 semestres=( 1+i s )20 semestres
20 semestres
C 20 semestres=( 1+i s )
C 20 semestres=1.792,13
b) Sendo a taxa anual de 16% nominal, a taxa semestral correspondente (que é a
proporcional) é dada por:
i
i s= a =0.03
2
Sabendo que esta é a taxa específica, teremos então:
C 20 semestres=C 0 ( 1+i s) 20 semestres

C 20 semestres=1.000,00 ( 1+ 0.03 )20 semestres


C 20 semestres=1.806 .11

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Conclusão

No campo do cálculo financeiro existem dois regimes distintos de capitalização, o simples e o


composto, com características próprias bem definidas, e que não podem e não devem ser
misturados. Assim, antes de falar-se em taxa nominal e efetiva, é fundamental que se defina
qual o critério de capitalização considerado.

Quando estamos perante o regime de juro composto, há distinção entre taxa proporcional e
taxa equivalente, por um lado, e por outro lado entre taxa nominal e taxa efectiva.

Podemos notar que há algumas relações existentes entre as taxas de juros evidenciadas no
desenvolvimento do trabalho pelo que a taxa de juro seja a constante proporcionalidade entre
o juro produzido e o capital acumulado por um capital inicial aplicado durante a unidade de
tempo.

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Bibliografia
CHINODA, C. (1998). Matematica Financeira para usuarios de Excel. Sao paulo: Atlas.

Mateus, A. (2006). Cálculo Financeiro (5 ed.). Portugal, Lisboa: Edições Sílabo.

Matias, R. (2007). Calculo Financeiro (2º ed.). Portugal, Lisboa: Escolar Editora.

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