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PROPÓSITO
Analisar valores monetários em diferentes instantes de tempo – fundamental para uma boa
gestão de finanças pessoais e corporativas.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar, certifique-se de ter em mãos uma calculadora que seja capaz de realizar, além
das operações básicas, potenciação e logaritmos. A calculadora de seu smartphone ou
computador deve servir.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a relação entre Capital, Montante, prazos e os diversos tipos de taxas de juros no
Regime de Capitalização Simples
MÓDULO 2
Identificar a relação entre Capital, Montante, prazos e os diversos tipos de taxas de juros no
Regime de Capitalização Composta
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
Identificar a relação entre Capital, Montante, prazos e os diversos tipos de taxas de juros no
Regime de Capitalização Simples
INTRODUÇÃO
Vamos apresentar o Regime de Capitalização Simples, cujos conceitos são a base para o que
iremos estudar nos demais módulos. Começaremos abordando os principais conceitos que
utilizaremos ao longo dos diversos módulos: Capital, Montante, Prazos e Taxas de Juros.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Os juros correspondem à remuneração do capital em uma operação de crédito, ou seja, são o
valor pago pelo tomador de um empréstimo ao credor, para compensá-lo pelo capital cedido
por um determinado prazo.
Assim, quando alguém toma dinheiro emprestado, para quitar a dívida contraída, é preciso
devolver, na data acordada para o pagamento (Prazo), o valor do empréstimo (Capital)
acrescido da remuneração do credor (Juros). À soma desses dois valores dá-se o nome de
Montante.
O esquema acima ilustra uma operação de crédito. No instante inicial (t=0), o credor cede um
capital ao tomador, que no prazo acordado (t=n) o devolve com juros.
A soma do capital (C) com os juros (J) recebe o nome de Montante (M):
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Da mesma forma que na operação de crédito, os juros podem ser aplicados a uma operação
de investimento. Quando você realiza uma aplicação financeira, o capital investido gera juros,
produzindo um montante ao final do período de investimento.
Suponha que uma pessoa pegue 1.000 reais emprestados em um banco. Depois de algum
tempo, essa pessoa quita a dívida pagando ao banco 1.010 reais.
Vamos calcular:
Os juros
Como vimos que o Montante (M) é igual à soma do Capital (C) e dos Juros (J), temos:
Nessa operação:
Logo:
A taxa de juros
Como vimos que o Montante (M) é igual à soma do Capital (C) e dos Juros (J), temos:
Nesta análise, vamos imaginar duas situações, o empréstimo teve prazo de:
1 ano
Nesse caso, todos certamente considerariam os juros bem baixos (1% ao ano).
1 dia
Observamos, então, que, para avaliar os juros, é preciso conhecer o prazo a que se referem.
TAXA DE JUROS
Dado o que acabamos de ver, definimos taxa de juros (do inglês interest rate) como a razão
entre os Juros e o Capital, expressa em porcentagem e referida a um determinado prazo:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Os prazos mais comuns aos quais a taxa de juros se refere podem ser:
Prazo Abreviação
ao dia a.d.
ao mês a.m.
ao bimestre a.b.
ao trimestre a.t.
ao quadrimestre a.q.
ao semestre a.s.
ao período a.p.
Suponha que um investidor aplicou 2.500 reais em um CDB e resgatou, 1 ano após a
aplicação, 2.750 reais. Vejamos como calcular:
Os juros
Nessa operação:
Logo:
A taxa de juros
A taxa de juros fica expressa ao ano (a.a.), pois o período da aplicação foi de 1 ano.
Notem que há uma distinção entre Juros e Taxa de Juros! Como vimos, eles não são a mesma
coisa. Os juros são expressos em unidades monetárias: reais, dólares, euros etc. Já as taxas
de juros são expressas em percentual e referidas a um período (dia, mês, ano etc.).
Assista ao vídeo e entenda um pouco mais sobre juros e taxa de juros.
REGIME DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
Um Regime de Capitalização consiste na forma como os juros, incidindo periodicamente sobre
o capital, se acumulam.
Fonte: Shutterstock
Em cada período de capitalização simples, o valor dos juros a serem incorporados na operação
é igual a:
... ...
EXEMPLO
Como ambos, i e n, estão expressos na mesma unidade de tempo, podemos substituir seus
valores na expressão e obtemos o seguinte montante:
Podemos resumir o que se passou durante o período na tabela abaixo:
t=0 - 2.000
Repare que os juros anuais são sempre iguais a 300 reais, uma vez que são obtidos pela
aplicação da taxa de juros de 15% sobre o capital inicial de 2.000 reais.
Quando são aplicadas ao mesmo capital (C) durante o mesmo prazo (n), produzem o mesmo
montante (M). No caso de juros simples, as taxas equivalentes são proporcionais.
Isso significa que a taxa anual será doze vezes maior que a mensal e duas vezes maior do que
a semestral, por exemplo.
EXEMPLO
Uma taxa de juros simples de 1% a.m. é equivalente a uma taxa de 3% a.t., pois a taxa
trimestral será 3 vezes maior do que a taxa mensal, uma vez que há 3 meses em um trimestre.
Assim, aplicar um capital de 100 reais por 3 meses a uma taxa de juros simples de 1% a.m.
corresponde a aplicar os mesmos 100 reais por um trimestre a uma taxa de 3% a.t.:
MÃO NA MASSA
A) R$ 20,00
B) R$ 15,00
C) R$ 25,00
D) R$ 10,00
A) R$ 189,00
B) R$ 180,00
C) R$ 190,00
D) R$ 179,00
3. UM BANCO APLICA R$ 100.000,00 À TAXA DE JUROS SIMPLES DE 15%
A.M. POR N MESES. APÓS ESSE PERÍODO, ELE REAPLICA O MONTANTE
OBTIDO À TAXA DE JUROS SIMPLES DE 20% A.M., POR 4 MESES,
OBTENDO UM MONTANTE FINAL DE R$ 234.000,00. QUAL É O PRAZO DA
SEGUNDA APLICAÇÃO?
A) 5 meses.
B) 3 meses.
C) 2 meses.
D) 4 meses.
A) 5 meses.
B) 3 meses.
C) 2 meses.
D) 4 meses.
A) R$ 3.000,00
B) R$ 5.000,00
C) R$ 2.000,00
D) R$ 1.000,00
GABARITO
i=JC→ J=C×i
J=1.000×1,5%=1.000×0,015=R$ 15,00
Lembrem-se bem dessa última expressão (J=C.i), que nos permite calcular os juros de uma
operação. Basta aplicar a Taxa de Juros ao Capital.
2. Um produto custou R$ 144,00, já com desconto de 20% sobre seu preço à vista. Se o
comprador o tivesse adquirido com pagamento após um mês, pagaria 5% de juros sobre
o preço à vista. Quanto teria pago se comprasse a prazo?
Seja P o preço do produto. Com um desconto de 20%, o comprador pagou R$ 144,00, ou seja:
P×(1−20%)=144
P×0,80=144→P=1440,80=R$ 180,00
Se comprasse a prazo, pagaria esse preço, acrescido de juros de 5%. Vamos calcular os juros:
J=C×i
J=180×5%=180×5100=R$ 9,00
180+9=R$ 189,00
3. Um banco aplica R$ 100.000,00 à taxa de juros simples de 15% a.m. por n meses. Após
esse período, ele reaplica o montante obtido à taxa de juros simples de 20% a.m., por 4
meses, obtendo um montante final de R$ 234.000,00. Qual é o prazo da segunda
aplicação?
M_1=100.000×(1+0,15×𝑛)
M2=M1×(1+0,20×4)
M2=100.000×(1+0,15×n)×(1+0,20×4)
234.000=100.000×(1+0,15×n)×1,80
1+0,15×n=234.000100.000×1,80
1+0,15×n=1,30
0,15×n=0,30
n=0,300,15=2 meses
A resposta encontrada está em meses, pois utilizamos uma taxa de juros expressa ao mês.
J=C×i×n
C = 6.000
J = 900
900=6.000×0,60×n
n=9006.000×0,60=0,25 anos
O resultado é expresso em anos, pois a taxa de juros utilizada á anual (ao ano). Para calcular o
período em meses, basta multiplicarmos o valor obtido por 12.
5. Qual é o capital que, investido por 4 meses a uma taxa de juros simples de 2% a.m.,
gera um montante de R$ 1.080,00?
M=C×i×n
M = 1.080
i = 2% a.m. = 0,02
n = 4 meses
1.080=C×(1+0,02×4)=C×1,08
C=1.0801,08=R$ 1.000,00
I - 24% a.a.
II - 6% a.s.
III -16% a.q.
IV - 9% a.t.
V -3% a.b.
TEORIA NA PRÁTICA
O regime de capitalização simples é incomum no mercado financeiro, mas podemos encontrar
exemplos em empréstimos informais, como entre amigos ou familiares.
Imagine que João empresta R$ 1.000,00 a seu amigo Paulo, que se compromete a devolver
R$ 1.050,00 após um ano. Quando chega a data do pagamento, Paulo diz que está com
dificuldade, mas pagará R$ 1.100,00 após mais um ano. Ou seja, Paulo paga R$ 50 a João por
cada ano do empréstimo ou 5% do valor emprestado (R$ 1.000,00).
Estamos usando a expressão J=C×i, com C= R$ 1.000 e i = 5%. É importante reforçar que
podemos escrever a taxa de juros de duas formas: i = 5% ou i = 0,05.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) R$ 220,00
B) R$ 22.000,00
C) R$ 2.105,00
D) R$ 2.220,00
A) 3,15%
B) 37,8%
C) 13,0%
D) 9,6%
GABARITO
1. Calcule o montante que um capital de R$ 2.000,00 gera a uma taxa de juros simples de
2% a.m., depois de cinco meses e meio:
M=C×(1+i×n)
C = 2.000
i = 2% a.m. = 0,02
n = 5,5 meses
Como i e n estão expressos em meses, podemos substituir seus valores na expressão para
calcularmos o Montante.
M=2.000×(1+0,02×5,5)=2.220
J=2.657,50−2.500=157,50
J=C×i×n
157,50=2.500×i×2
i=157,502.500×2=0,0315=3,15% a.m.
A questão pede a taxa anual. Como em juros simples as taxas equivalentes são proporcionais,
a taxa anual é obtida multiplicando-se a taxa mensal por 12. Assim:
ianual=3,15%×12=37,8%a.a.
MÓDULO 2
Identificar a relação entre Capital, Montante, prazos e os diversos tipos de taxas de juros no
Regime de Capitalização Composta
INTRODUÇÃO
O presente módulo apresentará o Regime de Capitalização Composta, o mais utilizado no
mercado financeiro.
Substituindo a expressão que encontramos para o Montante nessa última equação, temos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
Quais são os juros e o valor futuro de uma aplicação de R$ 1.200,00, após 3 meses, a uma
taxa composta de 1% a.m.?
Muitas vezes, o Capital e o Montante são chamados de Valor Presente (VP) e Valor Futuro
(VF) da operação financeira, respectivamente. Então, vemos que a questão nos pede o
Montante e os Juros. Vamos lá!
Logo:
EFETIVAS
Taxas Efetivas
10% a.s.
1% a.d.
NOMINAIS
Nas situações em que a taxa de juros está expressa em unidade de tempo diferente da
unidade de tempo do período de capitalização.
Taxas Nominais
Notem que quando nada é dito sobre o período de capitalização, inferimos que se trata de taxa
de juros efetiva.
E como fazemos isso? Simples. As taxas efetiva e nominal são taxas proporcionais.
TAXAS EQUIVALENTES
Taxas equivalentes são aquelas que, aplicadas ao mesmo capital (C) e pelo mesmo período
(n), produzem o mesmo montante (M). No entanto, à diferença dos juros simples, as taxas
proporcionais não são equivalentes para juros compostos!
Para encontramos taxas equivalentes em juros compostos, usamos a seguinte fórmula, em que
as taxas são sempre efetivas, nunca nominais:
EXEMPLO
A taxa composta mensal equivalente a 12% ao ano, pode ser determinada da seguinte forma:
Note que a taxa mensal equivalente a 12% a.a. não é 1% a.a. como nos juros simples! Em
juros compostos, taxas proporcionais não são equivalentes.
Fonte: Shutterstock
Também podemos compreender a inflação como uma redução no poder de compra da moeda,
pois, com os preços mais altos, a mesma quantidade de dinheiro compra menos produtos.
Sabemos, portanto, que a inflação altera o valor do dinheiro no tempo, exatamente como fazem
os juros. Assim, quando aplicamos um determinado capital, o montante recebido ao final da
operação não tem o mesmo poder de compra que teria no início da operação, pois foi corroído
pela inflação.
Dessa forma, a taxa de juros que recebemos na aplicação é uma taxa aparente, pois não leva
em consideração as perdas ocasionadas pela inflação. Se o efeito da inflação for descontado
dessa taxa aparente, obtemos a taxa real da operação.
Taxa real
Taxa aparente
TAXA REAL
Taxa obtida pelo desconto da inflação na taxa aparente . Representa o verdadeiro ganho
financeiro da operação.
TAXA APARENTE
Taxa contratada em uma operação financeira, por vezes chamada de taxa nominal.
A relação entre as três taxas: taxa aparente, taxa de inflação e taxa real é dada por:
ÇÃ
Nesta fórmula, as três taxas são taxas efetivas expressas no mesmo período. Em outras
palavras, se estamos falando de um período de 1 ano, as três taxas devem ser taxas efetivas
anuais. Portanto, antes de usarmos a fórmula, devemos converter as taxas para as mesmas
unidades de tempo.
EXEMPLO
A taxa de juros oferecida por uma aplicação financeira de 1 ano foi de 6% a.a. Nesse período,
a inflação acumulada foi de 3% a.a. Assim, podemos calcular a taxa real, uma vez que a taxa
de inflação é de 3% a.a., e a taxa aparente é igual a 6% a.a. Temos:
çã
Assista ao vídeo e entenda de forma mais detalhada a diferença entre taxa real e taxa aparente
e veja um exemplo de como na compra de um produto, podemos confundi-las.
No início da operação, o tomador e o credor acordam o valor de juros reais que serão pagos e
um fator de atualização monetária – como, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) – que será usado para compensar a inflação.
Assim, no início da operação, como não se sabe o valor da inflação futura, também não há
como saber o valor do montante a ser pago para resgatar o título. Sobre esse tipo de operação,
diz-se que está “em aberto”.
Quando o título vence, apura-se o valor do fator de atualização monetária (ou correção
monetária) e calcula-se a taxa pós-fixada da operação, combinando o fator de atualização com
a taxa de juros acordada no início da operação.
Assim, em oposição aos títulos prefixados, quando se conhece a priori o valor do montante ao
final da operação, nos títulos pós-fixados só se conhece o montante final na data do
vencimento do título, ou seja, a posteriori.
MÃO NA MASSA
A) R$ 20,00
B) R$ 20,05
C) R$ 20,10
D) R$ 20,01
A) 460 meses
B) 450 meses
C) 412 meses
D) 462 meses
A) R$ 78.416,85
B) R$ 87.416,85
C) R$ 78.410,58
D) R$ 87.614,85
A) 10,15% a.a.
B) 10,25% a.a.
C) 10,55% a.a.
D) 10,45% a.a.
A) 8,5% a.a.
B) 5,5% a.a.
C) 6,5% a.a.
D) 5,8% a.a.
A) R$ 1.300,00
B) R$ 1.500,00
C) R$ 1.800,00
D) R$ 1.600,00
GABARITO
J=C×[(1+i)n−1]
Lembre-se sempre que a taxa de juros e o número de períodos devem sempre estar expressos
na mesma unidade de tempo (neste caso, meses). Logo:
J=1.000×[(1+0,01)2−1]
J=1.000×[1,0201−1]=R$ 20,10
2. Por quantos meses devo aplicar R$ 1.000,00 a uma taxa de juros compostos de 0,5%
a.m. para obter R$ 10.000,00?
Para resolver esse exercício, precisaremos recordar uma propriedade dos logaritmos, pois
queremos calcular o número de períodos n, que está no expoente da fórmula.
log ab=b×log a
Ou seja, quando aplicamos o logaritmo a uma potência qualquer, nesse caso ab, o expoente
passa para a frente do logaritmo, multiplicando-o.
M=C×(1+i)n
Logo:
10.000=1.000×(1+0,005)n
1,005n=10.0001.000=1.000
3. Qual é o montante gerado por um capital de R$ 55.000,00, aplicado à taxa de 36% a.a.
por um ano, com capitalização mensal composta?
O enunciado fala em 36% ao ano, com capitalização mensal, ou seja, trata-se de uma taxa
nominal, pois o prazo da taxa difere do período de capitalização. A taxa efetiva mensal
correspondente será dada por:
im=36%)12=3% a.m.
M=C×(1+i)n
São dados:
Note que a taxa efetiva que calculamos é mensal, o que implica em usar n expresso em
meses. Logo:
M=55.000×(1+0,03)12=R$ 78.416,85
4. Qual a taxa efetiva anual equivalente a 10% ao ano, com capitalização semestral?
O enunciado fala em 10% ao ano, com capitalização semestral, ou seja, trata-se de uma taxa
nominal, pois o prazo da taxa difere do período de capitalização. A taxa efetiva semestral
correspondente será dada por:
is=10%2=5%a.s.
No entanto, o enunciado nos pede a taxa efetiva anual. Temos, então, que calcular a taxa anual
equivalente a 5% a.s.:
ia=(1+is)2 semestres1ano−1
ia=(1+0,05)2−1=10,25%a.a.
5. Se a taxa de juros nominal for de 10% a.a., e a taxa de inflação for de 4% a.a., quanto
vale a taxa de juros real?
Estamos vendo um exemplo em que a nomenclatura “taxa nominal” está sendo usada como
sinônimo de taxa aparente. As taxas se relacionam da seguinte forma:
1+iaparente=(1+iinflação)×(1+ireal)
(1+0,10)=(1+0,04)×(1+ireal)
1+ireal=1,101,04=1,058
ireal=0,058×100%=5,8% a.a.
As taxas aparentes, ou nominais, não podem ser negativas, mas isso não ocorre com as taxas
de juros reais. Quando a inflação é superior à taxa aparente, a taxa real fica negativa. Isso
significa que os juros auferidos não compensaram as perdas com a inflação. Nesse caso, há
uma perda real.
(1+ipós)=(1+icm)×(1+ijuros)
(1+ipós)=(1+0,20)×(1+0,50)=1,80
ipós=0,80×100%=80% a.a.
Como o valor do empréstimo era de 1.000 reais, temos que o valor final será dado por:
M=1.000×(1+80%)=R$ 1.800,00
M=1.000×(1+80%)=R$ 1.800,00
Os títulos pós-fixados não precisam, necessariamente, ser corrigidos pela inflação. Também
são muito comuns os títulos corrigidos pela taxa de câmbio ou juros que não são conhecidos
no início da operação, como as taxas do CDI ou do Selic. As duas últimas também são
conhecidas como taxas “over”. A lógica, no entanto, é a mesma.
TEORIA NA PRÁTICA
A capitalização composta é a mais usada no mercado financeiro. Se você tem recursos
investidos, ela trabalha a seu favor, fazendo o investimento crescer mais rapidamente. Uma
dívida, porém, também irá crescer rapidamente.
Imagine que você entrou em R$ 100,00 no cheque especial do seu banco, que cobra juros
(compostos) de incríveis 12,5% ao mês.
Depois, multiplicamos por 12 o número de meses. Com capitalização composta, porém, esse
valor chega a R$ 410,99! Podemos usar uma calculadora financeira para obter esse resultado:
fazemos i = 12,5; n = 12; PV = -100; PMT = 0; e pedimos, então, o cálculo de FV.
Taxas de 12,5% eram comuns nos bancos brasileiros até poucos anos atrás, mas o Banco
Central do Brasil definiu que a taxa não pode ser maior que 8% ao mês, o que ainda é bastante
alto: uma dívida de R$ 100,00 chega a quanto após 12 meses?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) R$ 1.576,25
B) R$ 1.500,00
C) 11.576,25
D) 67.918,16
A) 3%
B) 6%
C) 2,91%
D) 5,91%
GABARITO
J=C.[(1+i)n−1]
J=10.000.[(1+0,05)3−1]=1.576,25
2. A inflação acumulada nos últimos seis meses foi de 3%. Um investimento rendeu 6%
no mesmo período. Calcule a taxa de rendimento anual real desse investimento:
(1+iaparente)=(1+iinflação)×(1+ireal)
1+6%=(1+3%)×(1+ireal)
1+ireal=1,061,03=1,02913
ireal=0,029=2,913% a.s.
Note que a resposta é uma taxa semestral, pois as taxas que usamos são semestrais. Para
calcular a taxa equivalente anual, fazemos:
ianual=(1+isemestral)2−1
ianual=(1+2,913%)2−1=0,0591=5,91% a.a.
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos estudar os descontos, operações que trazem valores futuros para
instantes anteriores do tempo. Elas podem ser operações racionais ou comerciais.
DESCAPITALIZAÇÃO OU DESCONTO
RACIONAL
A Descapitalização é a operação inversa da Capitalização.
Na Capitalização, os Juros (J) são incorporados a um Capital (C) para formar um Montante (M),
ou seja, ao Valor Presente (VP) somam-se juros para formar um Valor Futuro (VF).
Assim, o desconto racional corresponde aos juros que seriam incorporados ao Capital na
operação de capitalização.
DESCONTO COMERCIAL
Para entendermos os descontos comerciais, precisamos ver o que são os Títulos de Crédito.
Títulos de Crédito são papeis emitidos por um ente qualquer (Devedor), onde consta uma
promessa de se pagar um valor (Valor de Face) em uma determinada data (Vencimento) a um
outro ente (Credor).
Fonte: Shutterstock
EXEMPLO
Como exemplos de títulos de Crédito, podemos citar: Duplicatas, Notas Promissórias, Letras de
Câmbio, Cheque pré-datado, etc. Há pequenas diferenças entre esses diversos títulos: na
duplicata, o Credor emite o Título, sendo, portanto, o Emissor. Já na Nota Promissória e no
Cheque, o Emissor é o devedor.
Fonte: Shutterstock
O credor pode necessitar o recebimento do valor da dívida antes do prazo e, para isso,
“vende” o título de crédito a um terceiro.
Em qualquer das duas situações, haverá um “desconto” sobre o Valor de Face do título. No
primeiro caso, o desconto servirá para recompensar o devedor pelo pagamento antecipado. No
segundo caso, o “desconto” será a remuneração do terceiro que “comprou” o título. Essas duas
operações são chamadas de Operações de Desconto.
ATENÇÃO
Nessas operações, obtém-se o Valor Presente do Título (ou Valor Atual, ou Valor Descontado,
ou Valor Líquido, ou Valor de Resgate), retirando-se do seu Valor de Face (ou Valor Futuro, ou
Valor Nominal, ou Valor no Vencimento) o Valor do Desconto.
VP=VF-DESCONTO
OU
DESCONTO=VF-VP
EXEMPLO
Imaginemos agora a seguinte situação: você possui uma duplicata com Valor Nominal (VF)
igual a 1.100 reais, vencendo em 1 ano. Contudo, você não quer esperar todo esse tempo para
receber o Valor de Face da duplicata e decide antecipar seu recebimento, descontando o título
em um banco.
O banco vai, então, oferecer um valor por esse título (VP), baseado no que ele quer receber de
remuneração pela operação.
Suponhamos que o banco lhe ofereça a compra do título por 900 reais. Nesse caso, temos o
seguinte valor para o desconto:
Já no desconto comercial, o valor vai depender de negociação entre o credor, que deseja
antecipar o recebimento do título, e o banco que vai descontá-lo.
Vamos ressaltar mais uma vez a nomenclatura que é utilizada nos descontos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como vimos, esses títulos de crédito possuem duas informações principais: o seu Valor
Usando essas informações, mais uma taxa de desconto comercial simples ( ) oferecida pelo
banco, podemos calcular o valor do desconto através da seguinte expressão:
Notem a semelhança com a expressão que utilizamos para o cálculo dos juros simples.
Como vimos, o valor atual de um título ( ) é dado pela diferença entre o Valor Nominal ( )
Novamente, sabemos que o valor atual de um título é dado pela diferença entre o valor de face
e o desconto. Logo:
OU
Note, da expressão acima, que a taxa de desconto racional é a própria taxa da operação de
capitalização no regime simples, ou seja, estamos realmente falando de uma operação de
descapitalização.
Assista ao vídeo e entenda melhor o que é Desconto Racional Composto ou “por dentro”
(DRC). Veja também exemplos de sua aplicabilidade e qual a sua importância.
DESCONTO RACIONAL COMPOSTO OU
“POR DENTRO” (DRC)
Este é o desconto mais utilizado nas operações de descapitalização, pois a maioria das
operações de capitalização são efetuadas sob o regime composto.
Como vimos que o desconto é sempre dado pela diferença entre o Valor Nominal (VF) e o
Valor Atual (VP), temos:
MÃO NA MASSA
A) R$ 900,00
B) R$ 1.000,00
C) R$ 1.050,00
D) R$ 950,00
A) R$ 2.000,00
B) R$ 2.050,00
C) R$ 2.150,00
D) R$ 2.250,00
A) R$ 1.956,52
B) R$ 1.556,52
C) R$ 1.765,25
D) R$ 1.865,25
B) R$ 1.552,90
C) R$ 1.662,90
D) R$ 1.562,90
A) R$ 3.050,94
B) R$ 3.060,49
C) R$ 3.070,94
D) R$ 3.040,94
A) 0,5904
B) 0,6
C) 0,5805
D) 0,9505
GABARITO
1. Suponha que você possui um título de Valor Nominal (VF) igual a R$ 1.100,00 e com
vencimento em 1 ano. Além disso, a taxa de juros anual praticada no mercado é de 10%
a.a. Qual é o Valor Atual (VP) desse título?
O que faremos para calcular o valor atual é a operação inversa da capitalização. Sabemos que:
VF=VP×(1+i)
Logo:
VP=VF1+i=1.1001+10%=R$ 1.000,00
Também podemos calcular o valor do desconto, caso esse título fosse resgatado
antecipadamente:
Desconto=VF−VP
Desconto=1.100−1.000=R$ 100,00
D=VF×iD×n
VF = 15.000
Logo:
D=15.000×0,60×0,25=R$ 2.250,00
d=VF−VP=VF−VF1+iD×n
VF = 15.000
Logo:
d=15.000−15.0001+0,60×0,25=R$ 1.956,52
DRC=VF−VP=VF−VF(1+i)n
VF = 15.000
Logo:
DCC=VF−VP=VF−VF×(1−i)n
VF = 15.000
Logo:
DRC=15.000−15.000×(1−0,60)0,25=R$ 3.070,94
6. Suponha agora que o valor do desconto seja de exatamente R$ 3.000,00 para um título
com valor de face de R$ 15.000,00 e vencimento em 3 meses. Qual é a taxa de desconto?
DCC=VF−VP=VF−VF×(1−i)n
3.000=15.000−15.000×(1−i)0,25
15.000×(1−i)0,25=12.000
(1−i)0,25=12.00015.000
(1−i)0v=0,8
((1−i)0,25)4=0,84
1−i=0,4096
i=0,5904
TEORIA NA PRÁTICA
Está chegando a Copa do Mundo e você resolveu comprar uma televisão nova para assistir a
todos os jogos com seus amigos. Você escolheu a melhor TV da loja, mas precisou tomar um
empréstimo.
Mas você deu sorte e ganhou o bolão da Copa com os amigos do escritório! Foi um bolão
generoso: após apenas um mês do empréstimo, você pôde quitar a dívida.
Usando o desconto racional composto, podemos calcular o valor do desconto que irá obter:
Note que usamos , porque você só recebeu o valor do bolão 1 mês após a compra.
Usamos ainda .
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) R$ 27.000
B) R$ 2.500
C) R$ 2.250
D) R$ 2.125
2. UMA LOJA ANUNCIOU QUE VENDERIA SEUS PRODUTOS COM
PAGAMENTO SOMENTE APÓS TRÊS MESES. JOÃO QUERIA COMPRAR
UM ARTIGO POR R$ 1.000,00 E PROPÔS AO LOJISTA PAGAR À VISTA
COM DESCONTO RACIONAL SIMPLES DE 2% AO MÊS. SE O LOJISTA
ACEITAR A PROPOSTA DE JOÃO, QUANTO ELE PAGARÁ?.
A) R$ 960,00
B) R$ 942,32
C) R$ 980,39
D) R$ 943,40
GABARITO
D=VF×iD×n
VF = 15.000
D=15.000×0,60×312=R$ 2.250
2. Uma loja anunciou que venderia seus produtos com pagamento somente após três
meses. João queria comprar um artigo por R$ 1.000,00 e propôs ao lojista pagar à vista
com desconto racional simples de 2% ao mês. Se o lojista aceitar a proposta de João,
quanto ele pagará?.
VP=1.000(1+0,02×3)=R$ 943,40
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos aprender a comparar valores monetários em diferentes instantes de
tempo, ou mesmo comparar diferentes fluxos de caixa, procedimento fundamental para uma
boa gestão financeira.
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
Da mesma forma que vimos taxas equivalentes, dois capitais são considerados equivalentes se
produzem o mesmo resultado final para o investidor/devedor, mesmo que estejam em
diferentes instantes de tempo.
Vamos imaginar um Capital de 1.000 reais aplicado a uma taxa de juros de 10% a.a. Assim, o
montante ao final de 1 ano será de:
Ou, graficamente:
Portanto, a uma taxa de 10% a.a., é indiferente receber 1.000 reais hoje ou 1.100 reais em um
ano. Dizemos, então, que estes dois capitais são equivalentes, ou seja, 1.000 reais hoje
equivalem a 1.100 reais em um ano, a uma taxa de juros de 10% a.a.
Essa é a ideia por trás da equivalência de capitais: permitir comparar valores monetários que
estão expressos em datas diferentes, sob uma determinada taxa de juros.
Notem que não podemos comparar os capitais apenas observando seus Valores Nominais.
Para compará-los, precisamos avaliá-los na mesma data.
Títulos de Crédito são papeis emitidos por um ente qualquer (Devedor), onde consta uma
promessa de se pagar um valor (Valor de Face) em uma determinada data (Vencimento) a um
outro ente (Credor).
Fonte: Shutterstock
Assim, usamos a Capitalização para avaliar capitais em datas futuras e os Descontos para
avaliá-los em datas passadas.
Vamos agora aprofundar esse estudo de equivalência de capitais, analisando os dois principais
regimes de capitalização e descontos: o Regime de Juros Simples e o Regime de Juros
Compostos.
Para isso, precisamos definir uma data focal, na qual iremos avaliar os dois capitais. Neste
exemplo, vamos considerar a data focal como sendo 2017.
Como estamos lidando com juros simples, podemos lembrar da seguinte relação de
capitalização em juros simples:
Da mesma forma, poderíamos ter descapitalizado para trazê-lo à data focal de 2015:
SIM
NÃO
Para verificar se os capitais e são equivalentes, definimos novamente uma data focal,
na qual iremos avaliar os dois capitais. Vamos considerar, agora, a data focal como sendo
2016.
Vimos, então, que 1.000 reais em 2015 equivalem, sob juros simples de 10% a.a., a 1.100
reais em 2016 e a 1.200 reais em 2017.
SIM
NÃO
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Trazendo todas as entradas e saídas de caixa para 2018, temos os seguintes valores
presentes para os dois fluxos:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Como o valor presente dos dois fluxos de caixa são iguais, dizemos que são equivalentes. E
isso vale para qualquer data focal escolhida.
Por exemplo, poderíamos calcular o valor final dos fluxos da seguinte forma:
MÃO NA MASSA
A) R$ 13.310,00
B) R$ 13.300,00
C) R$ 13.130,00
D) R$ 13.330,00
A) R$ 13.300,46
B) R$ 13.400,46
C) R$ 13.500,46
D) R$ 13.600,46
A) R$ 466,00
B) R$ 460,00
C) R$ 406,00
D) R$ 416,00
A) R$ 414,73
B) R$ 454,37
C) R$ 474,73
D) R$ 447,37
A) R$ 1.982,67
B) R$ 1.992,77
C) R$ 1.952,67
D) R$ 1.962,77
A) R$ 1.547,40
B) R$ 1.547,50
C) R$ 1.537,40
D) R$ 1.537,50
GABARITO
1. Uma dívida de R$ 10.000,00, sob juros compostos de 10% ao ano, equivalerá a que
valor em 3 anos?
VF=10.000×(1+10%)3=R$ 13.310,00
2. Uma dívida de R$ 10.000,00, sob juros compostos de 5% ao semestre, equivalerá a
que valor em 3 anos?
VF=10.000×(1+5%)6=R$ 13.400,96
3. Uma pessoa toma R$ 2.000,00 emprestados, prometendo pagar com juros de 4% a.m.,
em três prestações mensais. A primeira prestação vence em 1 mês e será de R$ 1.080,00.
A segunda será de R$ 640,00. Qual é o valor da terceira prestação?
O valor presente do fluxo de pagamento deve se igualar ao valor inicial da dívida para que haja
equivalência. Logo:
1.0801+4%+640(1+4%)2+P(1+4%)3=2.000
1.080×(1+4%)2+640×(1+4%)+P=2.000×(1+4%)3
1.168,128+665,60+P=2.249,728
P=R$ 416,00
4. Uma pessoa toma R$ 1.000,00 emprestados, prometendo pagar com juros de 3% a.m.,
em duas prestações mensais. A primeira vence em 60 dias e será de R$ 600,00. Qual é o
valor da segunda prestação?
Podemos usar o mesmo raciocínio do exercício anterior – a diferença principal é que o primeiro
pagamento já ocorre após o segundo mês.
Novamente, o valor presente do fluxo de pagamento deve se igualar ao valor inicial da dívida
para que haja equivalência. Logo:
600(1+3%)2+P(1+3%)3=1.000
P=R$ 474,73
Usaremos novamente o raciocínio dos exercícios anteriores. Basta prestar atenção ao fato de
que os pagamentos são feitos a cada dois meses (bimestrais), mas a taxa de juros ainda é
dada ao mês.
Vamos igualar o valor presente do fluxo de pagamento ao valor inicial da dívida para que haja
equivalência:
1.500(1+5%)2+P(1+5%)4=3.000
1.500×(1+5%)2+P=3.000×(1+5%)4
P=R$ 1.992,77
A figura abaixo ilustra os dois fluxos de pagamentos do empréstimo. Em verde, está a situação
atual, e em vermelho, a proposta de substituição da empresa:
Para que os dois fluxos sejam equivalentes, seus valores, em qualquer instante de tempo,
devem ser os mesmos. Para facilitar as contas, vamos igualar o valor dos dois fluxos em t=2:
X+X(1+5%)2=1.000×(1+5%)+1.000+1.0001+5%
X+0,907×X=1.050+1.000+952,38
1,907×X=3.002,38
X=3.002,381,907=1.547,40
TEORIA NA PRÁTICA
O que você prefere: receber R$ 1.000,00 agora ou R$ 1.050,00 daqui a um mês?
Como vimos, isso depende da taxa de juros à qual você tem acesso. Empresas tomam
decisões como essa a todo momento, das mais variadas formas.
Quando um lojista faz uma venda no cartão de crédito, ele costuma receber um mês depois (ou
em “D+30”, como esse arranjo é conhecido). No resto do mundo, é comum que o lojista receba
em apenas dois dias (modelo “D+2”).
No final de 2016, o governo brasileiro propôs aplicar a regra usada no resto do mundo, mas
nem todos os lojistas acharam isso uma boa ideia, e a proposta não foi adiante. Por quê?
Receber em apenas 2 dias não seria melhor do que em 30 dias?
Depende do quanto o lojista vai receber, ou seja, das taxas que os bancos vão cobrar para
operacionalizar a venda no cartão de crédito em “D+2” ou “D+30”.
Se a taxa de juros for maior que 5% ao mês, é melhor receber daqui a um mês. Por exemplo, a
uma taxa de 6% ao mês, R$ 1.000,00 equivalem a R$ 1.060,00 daqui a um mês, o que é
melhor do que R$ 1.050,00.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) R$ 280,00
B) R$ 1.000,00
C) R$ 416,00
D) R$ 216,00
A) 25% a.m.
B) 20% a.m.
C) 15% a.m.
D) 12,5% a.m.
GABARITO
Para que sejam equivalentes, o valor futuro das entradas de caixa (setas verdes) deve ser igual
ao valor futuro das saídas de caixa (seta vermelha). Assim, considerando t = 3, temos:
1.080×(1+4%)2+640×(1+4%)+P=2.000×(1+4%)3
1.833,728+P=2.249,728
P=R$ 416,00
2. Você pode pagar por determinado produto à vista, com desconto de 10%, ou
parcelado em duas prestações iguais e mensais. A primeira prestação é paga no ato da
compra e a segunda, um mês depois. Qual é a taxa de juros embutida nessa operação?
P.(1−10%)=0,5.P+0,5.P1+i
0,90=0,50+0,501+i
0,501+i=0,40
1+i=0,500,40=1,25
i=0,25=25% a.m.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aqui, você deu seus primeiros passos no campo da Matemática Financeira, e agora sabe
calcular o valor do dinheiro em diferentes instantes do tempo. Isso é fundamental tanto para
clientes de produtos financeiros (qualquer pessoa com conta corrente no banco, por exemplo)
quanto para gerentes financeiros de grandes empresas.
Diversos profissionais trabalham cotidianamente com os conceitos que aprendemos aqui: juros,
capital, fluxos de caixa e regimes de capitalização. Preste atenção e busque aplicações desses
conceitos à sua volta: de promoções em lojas a manchetes de jornais sobre investimento ou
política econômica. Você verá como os assuntos tratados aqui estão presentes em seu dia a
dia.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas aplicações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
CONTEUDISTA
Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior
CURRÍCULO LATTES