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INTRODUÇÃO

Ao contrair um endividamento, o indivíduo ou determinada empresa devem pagar


não apenas os juros, mas também quitar, em algum momento, o “principal”, que seria o
valor inicialmente devido. Este é o conhecido processo de amortização de dívida.
Vale destacar, contudo, que existem diversas formas de amortização de dívida.
Sendo que cada um desses sistemas de amortização possui suas próprias características e
também suas vantagens e desvantagens,
Entretanto, a amortização ou reembolso da dívida pública corresponde ao
pagamento do capital em dívida. A amortização pode ser total, se todo o capital em dívida
for reembolsado, ou parcial, se apenas parte do capital em dívida for pago.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Noção geral
Finanças públicas é o campo da economia que trata sobre o pagamento de
atividades coletivas e governamentais, assim como com a administração e o desempenho
destas atividades. O campo é, muitas vezes, dividido em questões sobre as quais as
organizações coletivas ou governamentais deveriam fazer ou estão fazendo, e questões
de como pagar tais atividades. O termo mais amplo, economia pública, e o termo mais
curto, finanças governamentais, são também muitas vezes usados. Podemos dizer, que as
Finanças Públicas abrangem a captação de recursos pelo Estado, sua gestão e seu gasto
para atender às necessidades da coletividade e do próprio Estado. A partir daí, são
desenvolvidos estudos, teorias e modelos que procuram explicar: a evolução da
participação do setor público na economia; as formas de intervenção do Estado na
atividade econômica; as fontes e origens das receitas públicas bem como a evolução
crescente dessas receitas relativamente ao produto/renda nacional.

Política fiscal
Do ponto de vista da análise econômica, as Finanças Públicas se materializam na
chamada política fiscal, um dos principais instrumentos de intervenção governamental na
atividade econômica, e cuja prática envolve basicamente: Aumentos ou cortes das
despesas do governo, sejam elas de investimento (tais como a construção de escolas,
hospitais, estradas), sejam despesas correntes, necessárias à manutenção dos serviços
públicos (tais como o suprimento de materiais, pagamento de funcionários etc.);
Aumentos ou reduções do nível de impostos

Aumentos indesejáveis da dívida


Quando concebem e estabelecem regras e instituições orçamentárias, os governos
devem esforçar-se para levar em consideração todos os riscos para as finanças públicas.
Às vezes, a dívida ultrapassa as projeções de base e, de acordo com os nossos estudos,
esses saltos normalmente variam de 12 a 16% do PIB nas projeções quinquenais. Por trás
desses choques negativos encontram-se o crescimento desanimador do PIB no médio
prazo e outros determinantes da dívida, inclusive operações de resgate de empresas e
desvalorizações cambiais. Muitos países enfrentam agora um risco fiscal maior, devido
ao recorde de empréstimos, garantias e outras medidas tomadas para proteger empresas e
empregos dos efeitos da Covid-19. Esses choques exercem pressão sobre os orçamentos
e instituições fiscais, como as regras fiscais, que precisam ser flexíveis para permitir
déficits maiores quando necessário. Estratégias bem elaboradas para a mitigação de
riscos, como restrições à qualificação para empréstimos ou limites a seu volume e prazo,
podem reduzir esses riscos ou limitar os custos fiscais caso eles venham a se materializar.
Contudo, esses esquemas devem também garantir a redução constante da dívida nas
conjunturas mais propícias, para que o apoio fiscal possa voltar a ser utilizado.

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Instituições e regras orçamentárias
Um conjunto sólido de instituições e regras orçamentárias deve buscar atingir três
objetivos abrangentes: sustentabilidade, estabilização econômica e, especificamente para
as regras fiscais, simplicidade. No entanto, é difícil atingi-los simultaneamente.
Embora regras numéricas simples possam ser rígidas, demonstramos que, na
realidade, elas promovem a prudência fiscal. Por exemplo, na ausência de novos choques,
os países que adotam regras para a dívida em geral conseguem reverter saltos de 15% do
PIB na dívida em cerca de 10 anos, bem mais rápido do que os países que não as adotam.
Regras numéricas não precisam se restringir à dívida – outros indicadores, como juros ou
patrimônio líquido do governo, podem complementar os indicadores tradicionais da
dívida e do déficit. Regras procedimentais oferecem mais flexibilidade do que regras
fiscais numéricas, mas os governos podem ter mais dificuldade para comunicá-las e
monitorar seu cumprimento sem metas numéricas, sobretudo na ausência de instituições
fiscais sólidas.

Amortização da dívida pública


A amortização de dívida é o processo de redução do valor total devido de um
empréstimo por meio de pagamentos que sejam superiores ao valor do juro do período.
Ou seja, é quando o devedor paga os juros do valor inicialmente devido adicionado de
outro montante, o qual será responsável por amortizar parte do valor devido da dívida.
Vale destacar que a análise da amortização de dívida é muito importante para os
administradores e para os investidores das empresas. Afinal, cada tipo de amortização
possui suas próprias características, vantagens e desvantagens para a companhia. Para
entender bem como a amortização de dívida funciona, é preciso ter em mente que todo
empréstimo é formado por dois componentes, que são: Valor principal (montante liberado
no empréstimo); Juros (valor que é apropriado ao longo dos meses).
Por isso, a definição de amortização pressupõe que a dívida ou obrigação seja paga
progressivamente por meio de parcelas e que, ao final do prazo estipulado, o débito da
obrigação tomada tenha sido cessado. Isto é, quando o devedor foi capaz não só de arcar
com os juros incidentes sobre o valor tomado. Mas também com o pagamento do próprio
valor principal que foi tomado junto ao credor da dívida – é quando a amortização
acontece.

Efeitos da amortização de dívida


Imagine que determinada empresa toma um empréstimo e que, a cada mês, ela
pague apenas juros sobre o valor principal. Neste caso, não haveria amortização de dívida.
Afinal, o valor devido seria sempre o mesmo, e a empresa pagaria mensalmente apenas
os juros, não estando amortizando o valor devido.

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Por isso, a amortização da dívida só ocorre, de fato, quando o valor da prestação
ou do pagamento é superior ao valor dos juros do período. Dessa forma, o tomador do
empréstimo estaria quitando o juro e também parte do principal. Em outras palavras,
estaria amortizando parte da dívida.
Por isso, dizemos que, ao amortizar uma dívida, o endividamento vai diminuindo
progressivamente o seu valor, até que a totalidade do débito seja quitado. Em um
financiamento, por exemplo, o pagamento de cada parcela vai amortizando o saldo
devedor. Entretanto, como foi colocado, toda dívida possui a incidência de juros e demais
encargos. Logo, para que ocorra a amortização, o valor pago em cada parcela precisa ser
maior que os juros cobrados no período. Com isso, conclui-se que o valor amortizado de
uma dívida após qualquer pagamento é igual ao valor da parcela menos os juros. Assim,
o principal, ou valor devido, estaria sendo reduzido (amortizado).

Os sistemas de amortização de dívida

Como foi colocado, a amortização do valor devido de um empréstimo pode ser


feito de diferentes maneiras. Por isso, muitos indivíduos e empresas procuram saber
melhor quais são os sistemas de amortização de dívida para, assim, escolherem aquele
que mais faz sentido para a sua realidade.
Os sistemas de amortização de dívida mais praticados no mercado são os
seguintes: Sistema Americano; Sistema de Amortização Constante (tabela SAC); Sistema
Francês (tabela Price); Bullet.

As características dos sistemas de amortização de dívida e suas principais vantagens


e desvantagens

1. Sistema americano
O sistema americano de amortização de dívida talvez seja o menos utilizado no
mercado por empresas e indivíduos. Neste sistema, o devedor paga mensalmente apenas
o juro sobre o valor contratado. E como apenas o juro é pago nas parcelas, o valor
contratado da dívida, o chamado valor principal, é quitado de uma vez só ao final do
prazo. Em outras palavras, a amortização da dívida no sistema americano acontece de
uma vez só.
Vale destacar, ainda, que o regime de juros (simples ou composto) é indiferente
para o sistema americano. Isto porque, como os juros são pagos por completo a cada
período, o saldo devedor é sempre o mesmo durante todo o prazo – o que não altera o
valor base para o cálculo dos juros.
Por isso, a cálculo de juros no sistema americano é: Juros = valor contratado x taxa
de juros.

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2. Sistema francês (tabela Price)
Em segundo lugar, há o Sistema Francês de Amortização de dívida. Este é um dos
mais famosos, e também um dos mais utilizados, sistema de amortização, o qual é baseado
na conhecida Tabela Price.
Neste sistema, o pagamento das prestações possuem valor constante. Sendo que
parte desse valor é destinado para quitar os juros, e outra parte para amortizar a dívida,
reduzindo o saldo devedor do contrato. O sistema price é amplamente utilizado no
mercado pela previsibilidade que ele oferece ao contratante. Afinal, durante todo o
período do contrato o valor da prestação é constante, fazendo com que o devedor consiga
se planejar melhor para quitar o empréstimo mensalmente. Outra característica do sistema
francês é o fato de que o juro das prestações é decrescente e a amortização crescente.
3. Sistema de Amortização Constante (tabela SAC)
Por último, o terceiro mais utilizado sistema de amortização de dívida é o SAC
(sistema de amortização constante). Também conhecido como Método Hamburguês, o
Sistema Amortização Constante estabelece pagamentos periódicos decrescentes para
amortizar a dívida. Como o próprio nome diz, neste sistema o valor amortizado do saldo
devedor é sempre o mesmo, constante. Contudo, o valor da parcela, por conta da
amortização constante, é decrescente. Isso porque o saldo devedor da dívida vai reduzindo
linearmente ao longo do tempo com o pagamento das parcelas do contrato. E por conta
do saldo devedor reduzir com o tempo, os juros, logicamente, também serão reduzidos.
No sistema de amortização constante, então, a amortização e o juros ficam: Amortização:
o valor amortizado a cada período é sempre igual, constante; Juro: o juro de cada período
vai reduzindo, por conta da redução gradual do saldo devedor;
Vale lembrar que a parcela de pagamento é composta pelo valor de amortização
somado aos juros. Por isso, como a amortização é constante e o juro é decrescente,
conclui-se que o valor da parcela também reduz ao longo do tempo. Esta é a principal
característica do sistema SAC. No início, o devedor paga uma parcela maior e, ao longo
do tempo, essa parcela vai reduzindo com a redução do juro – que é calculado sobre o
saldo devedor decrescente.

4. Sistema Bullet
O sistema bullet talvez seja o sistema de amortização menos utilizado por
empresas na hora de realizar uma amortização de dívida. Isto porque é nele em que a
empresa acaba pagando mais juros sobre o total devido.
Isso acontece porque, no sistema bullet, o devedor realiza o pagamento do juro e
realiza a amortização de dívida da uma vez só, em um único pagamento ao final do
contrato. Por conta disso, o juro vai sendo acumulado ao longo do tempo sobre um valor
cada vez maior, conforme o tempo passa. Além disso, os empréstimos bullet também
possuem, de maneira geral, uma taxa de juros maior. Isso pelo fato de oferecerem um
maior risco para o credor. Afinal, ele só receberá os juros e o principal ao final do contrato,
no vencimento.

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CONCLUSÃO

Por fim, é por meio da política fiscal - espelhada no seu orçamento - que o
governo: interfere na alocação de recursos e na oferta de bens e serviços públicos
(segurança, saúde, educação, habitação etc.), influencia a distribuição de renda no país,
tributando mais os que ganham mais e realizando transferências diretas ou indiretas de
renda para os grupos menos favorecidos da população.
Conclui-se também que amortização ou reembolso da dívida pública corresponde ao
pagamento do capital em dívida. A amortização pode ser total, se todo o capital em dívida
for reembolsado, ou parcial, se apenas parte do capital em dívida for pago.

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REFERÊNCIAS

ALEXANDRINO, M ; PAULO, V. Direito Administrativo. 12ª ed. Niterói: Impetus,


2006.
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à Ciência das Finanças. 10ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1974.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia.
2 ª ed.-Rio de janeiro:Elsevier, 2001.
https://www.minfin.gov.ao/PortalMinfin/#!/economia-nacional/divida-publica.

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 2
Noção geral ................................................................................................................... 2
Política fiscal ................................................................................................................ 2
Aumentos indesejáveis da dívida ................................................................................. 2
Instituições e regras orçamentárias ............................................................................... 3
Amortização da dívida pública ..................................................................................... 3
Efeitos da amortização de dívida .................................................................................. 3
Os sistemas de amortização de dívida .......................................................................... 4
As características dos sistemas de amortização de dívida e suas principais vantagens e
desvantagens ................................................................................................................. 4
CONCLUSÃO................................................................................................................. 6
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 7

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