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TRABALHO DE FILOSOFIA
JOHN LOCKE
Docente
_____________________
Francisco
I
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar agradecer a Deus, Por essa graça divina que é vida e por nos
transmitir o dom da inteligência, e iluminando o caminho que trilhamos. Ao nosso professores
pela paciência e pelos seus ensinamentos e agradeço também aos meus familiares pelo apoio.
II
DEDICATÓRIA
III
Índice
AGRADECIMENTO.................................................................................................................II
DEDICATÓRIA........................................................................................................................III
Introdução...................................................................................................................................5
1. John Locke...........................................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................13
Referências Bibliográficas........................................................................................................14
Anexos......................................................................................................................................15
IV
Introdução
Neste trabalho iremos falar sobre John Locke que ficou conhecido como o fundador
do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. Como filósofo, pregou a
teoria da tábula rasa, segundo a qual a mente humana era como uma folha em branco, que se
preenchia apenas com a experiência. Essa teoria é uma crítica à doutrina das ideias inatas de
Platão, segundo a qual princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem
independentemente da experiência.
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1. John Locke
Embora seja descrito como uma pessoa de personalidade calma, teve envolvimento
na oposição ao absolutismo inglês e seus argumentos voltaram-se para a defesa da liberdade
individual. Sua principal contribuição, como pensador político, está expressa na relação entre
governantes e governados: a obediência só é devida mediante a proteção dos direitos naturais.
Apesar de sua família não ser considerada abastada, esse pensador teve acesso a duas grandes
instituições educacionais da época. Atribui-se a admissão de John Locke no prestigioso
colégio londrino Westminster, em 1647, a Alexander Popham, que lutou ao lado de seu pai na
guerra civil de 1642 contra as forças do rei Carlos I. A disposição do jovem para os estudos é
demonstrada pela conquista de uma bolsa de estudos, em 1650, o que já o encaminharia para
continuar sua formação na Christ Church, renomada faculdade associada à Universidade de
Oxford, aos 20 anos de idade.
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Em 1666, um encontro ocasional mudou a vida do filósofo. Ao atender prontamente o pedido
de Lord Ashley (aquele que viria a se tornar o primeiro conde de Shaftesbury), feito por meio
de um amigo, suas habilidades impressionaram positivamente e logo começaram uma
amizade. Já com 35 anos, John Locke começou a trabalhar para esse famoso personagem
político, vindo a morar em sua residência, a Exeter House, onde esteve em contato com vários
personagens políticos e intelectuais. Era não apenas seu secretário, pesquisador e amigo, mas
também seu médico. Sua proximidade, entretanto, acabaria por implicá-lo em dificuldades
políticas.
Em 1674, Anthony Ashley Cooper perdeu seu cargo político, chegando a ficar preso pouco
tempo depois, período no qual John Locke esteve na França. Os eventos que levaram conde
de Shaftesbury a ficar novamente preso e depois fugir para a Holanda, em 1682, estavam
relacionados com suspeitas de que a vinda do rei Jaime II, que era católico, significaria
o retorno do absolutismo. A proximidade de John Locke com o conde e outras pessoas
envolvidas no plano de assassinar os reis na Rye House fez com que ele se exilasse na
Holanda.
Em seu exílio, que durou cerca de cinco anos, leu o livro de Isaac Newton, Principia
Mathematica, físico com o qual fez amizade após retornar para a Inglaterra, em 1689, após
a Revolução Gloriosa. Foi a partir desse momento que começou a publicar suas principais
obras, que já haviam sido escritas há muitos anos. Esteve, até poucos anos antes de morrer
(em 1704), envolvido com questões políticas e com sua produção intelectual. Escreveu muitas
defesas de sua Carta sobre a tolerância (1689), publicou A Razoabilidade do
Cristianismo (1695) e um escrito com ideias sobre a educação de sua época.
“[O] cuidado da salvação das almas de modo algum pode pertencer ao magistrado civil;
porque, mesmo se a autoridade das leis e a força das penalidades fossem capazes de converter
o espírito dos homens, ainda assim isso em nada ajudaria para a salvação das almas. Pois se
houvesse apenas uma religião verdadeira, uma única via para o céu, que esperança haveria
que a maioria dos homens a alcançasse, se os mortais fossem obrigados a ignorar os ditames
de sua própria razão e consciência, e cegamente aceitarem as doutrinas impostas por seu
príncipe, e cultuar Deus na maneira formulada pelas leis de seu país?”
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2. O problema do conhecimento para Locke
“Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos
os caracteres, sem nenhuma idéia; como ela será suprida? [...] A isso respondo, numa palavra:
da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva
fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos
como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e
refletidas, nossa observação supre nossos entendimentos com todos os materiais do
pensamento.”
Dessa forma, a origem delas seria completamente externa, isto é, a mente humana não pode
criá-las ou destruí-las. John Locke propõe, assim, a famosa analogia de que somos como uma
folha em branco ao nascer. Faz-nos inclusive um desafio: seríamos capazes de imaginar um
gosto que jamais passou pelo nosso paladar ou aroma que nunca tivéssemos cheirado?
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distintamente e não se confundem. As ideias simples são, assim, a base do
nosso conhecimento. As operações mentais, em todo caso, ultrapassam o que é recebido pela
percepção e criam as ideias complexas, momento no qual a mente adquire sentido ativo.
Tudo o que a mente pode pensar, então, teria, em última instância, uma origem empírica. A
definição de John Locke sobre conhecimento está diretamente relacionada com a sua
concepção de ideia. Poderíamos até usar a imaginação para associar ideias ou acreditar que
algumas delas estejam associadas, mas o que determina o conhecimento é a percepção de
desacordo ou discordância entre nossas ideias.
Os defensores do absolutismo, em geral, postularam que o poder dos monarcas era concedido
por Deus. Essa teoria retomava concepções medievais e concedia aos reis um poder
inquestionável por forças terrenas. John Locke dedicou-se a retomar os argumentos expostos
em Patriarcha, escrito em meados da década de 30 no século XVII e publicado em 1680,
vindo não apenas a refutá-los por meio da razão, mas a indicar também que não possuíam o
suporte bíblico que seu autor defendia.
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Enquanto Robert Filmer entendeu Adão como o primeiro monarca a quem foi concedido o
poder sobre a terra, poder esse que os reis absolutistas herdaram, a crítica antiabsolutista
indicou que os argumentos estavam biblicamente equivocados, em especial a questão da
herança desse poder, o que seguiria para um questionamento da autoridade dos reis sobre seus
súditos.
O filósofo admite que uma crítica razoável seria questionar o que ocorre quando as pessoas
julgam as próprias causas: não estariam elas propensas a privilegiar a si e aos que lhe são
próximos? John Locke afirma que o governo civil é a solução para as dificuldades que se
instalam no estado de natureza, mas o acordo que funda a comunidade política não deveria
surgir como consequência dessas questões.
Um dos objetivos em tornar-se membro de uma comunidade política seria ter seus direitos
naturais preservados, como o direito à viva, à liberdade e à propriedade. O pacto permitiria
uma imparcialidade que não seria possível no estado de natureza, garantindo esses direitos. O
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filósofo afirmou, ainda, que quando o governo não presa pela garantia desses direitos, a
rebelião é legítima, pois ocorre a violação da lei de natureza.
"Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da
própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa
liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer
outro poder? Ao que é óbvio, responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a
fruição do mesmo é muito incerta e está constantemente exposta à invasão de terceiros
porque, sendo todos reis tanto quanto ele, [...] a fruição da propriedade que possui nesse
estado é muito insegura, muito arriscada."
Deve-se observar que esses pensamentos traduziam-se como recomendações à educação das
crianças da parcela mais abastada da sociedade, os burgueses, mas isso não desmerece a
relevância de suas observações. Jean-Jaques Rousseau apresentou uma crítica a essa proposta,
já que, em sua concepção, a criança deveria ser observada em seu desenvolvimento natural,
livre das coerções sociais.
“É pois a virtude, e apenas a virtude, a única coisa difícil e essencial na educação, e não uma
petulância atrevida ou qualquer ligeiro progresso na arte de sair-se bem. [...] Este é o bem
sólido e substancial que o preceptor deve converter em objecto das suas leituras e das suas
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conversas. Que a educação empregue toda a sua arte e todas as suas forças a enriquecer o
espírito, que atinja esse objectivo e que não cesse até que o jovem sinta que este bem é um
verdadeiro prazer e coloque nele a sua força, a sua glória e a sua alegria.”
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
Reale, Giovanni. História da filosofia: de Spinoza a Kant. São Paulo: Paulus, 2005, pp. 91-
113.
Locke, John. Um ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Locke, John. Segundo tratado sobre o governo civil. São Paulo: Martin Claret, 2002.
LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. Tradução de Anoar Aiex. In: LOCKE,
John. LOCKE, 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978a. p. 1-29.
Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. In: LOCKE, John.
LOCKE, 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978c. p. 133-344.
Segundo tratado sobre o governo. Tradução de E. Jacy Monteiro. In: LOCKE, John. LOCKE,
2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978b. p. 31-131.
Alguns Pensamentos Sobre a Educação. Tradução de Madalena Requixa. Coimbra: Edições
Almedina, 2012.
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Anexos
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