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Introdução
Aula 1
Objetivo
Permitir ao aluno o significado do pensamento filosófico , iniciando-se
pelo mundo antigo, passando pelo mundo medieval, pela renascença
(idade da razão), era revolucionária, mundo moderno até alcançar a
filosofia contemporânea.
Formato da Disciplina
O estudo da filosofia ou do conhecimento humano é extenso, causando
muita confusão. Por isso, em cada período dos 6 considerados, serão
apresentadas as idéias dos principais filósofos, como uma espécie de
linha do tempo, para que o aluno possa avançar e retornar para que
consolide seu conhecimento sobre a área.
Avaliação da Disciplina
- Avaliações Bimestrais
Atividades - de 0 a 3 pontos
Prova do conteúdo das aulas - de 0 a 7 pontos
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CRONOGRAMA E TEMA DAS AULAS
AULA TEMA
1 Introdução
2 Mundo Antigo – Parte I
3 Mundo Antigo – Parte II
4 Hipóteses
5 Classificação das pesquisas
6 Pesquisa bibliográfica – fontes para pesquisa
7 Pesquisa bibliográfica – objetivos e leitura
8 Pesquisa bibliográfica – bibliografia, texto e redação
9 Elementos pré-textuais
10 Elementos textuais
11 Elementos de apoio e pós-textuais
12 Artigo científico
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Bibliografia Básica
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Introdução
A filosofia não é apenas a atividade de pensadores brilhantes.
Filosofia é o que todos nós fazemos quando estamos livres de nossas
atividades cotidianas e temos uma chance de perguntar sobre questões
fundamentais como “O que é a vida e o universo?” ou “O que somos?”.
Somos criaturas curiosas e não conseguimos deixar de fazer perguntas
sobre o mundo à nossa volta e o nosso lugar nele.
Também possuímos uma capacidade intelectual poderosa que nos permite
tanto raciocinar como divagar.
Assim, ainda que não percebamos, ao raciocinar praticamos o
pensamento filosófico, quando não aceitamos dogmas ou imposições.
Enfim, a filosofia surgiu porque as primeiras sociedades consideravam
que a religião não fornecia respostas para questões fundamentais.
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Chegar às respostas para as questões fundamentais é menos
determinante para a filosofia do que o próprio processo de busca
dessas respostas pelo uso da razão, ao invés de aceitar sem
questionamento as visões convencionais ou da autoridade.
Os primeiros filósofos, nas antiguidades grega e chinesa, foram
pensadores insatisfeitos com explicações fornecidas pela religião e
pelos costumes, buscando respostas com justificativas na razão.
Assim como compartilhamos nossas observações com amigos, os
pensadores discutiam ideias entre si e fundaram “escolas” para
ensinar não apenas suas conclusões mas como chegaram até elas.
Eles encorajavam os alunos a discordar e criticar para “melhorar”
as ideias – é equivocada a visão do filósofo isolado chegando às
suas conclusões, elas surgem por meio da discussão.
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Debate e Diálogo
O filósofo arquetípico (construir ideias pelo debate) foi Sócrates.
Nenhum escrito seu foi deixado para as futuras gerações.
Orgulhava-se de ser o mais sábio entre os homens porque sabia que
nada sabia.
Seu legado é a tradição do debate e discussão, do questionamento às
suposições alheias para obter uma compreensão mais profunda e extrair
verdades fundamentais.
Os textos de seu discípulo Platão se apresentam quase todos na forma
de diálogos, com Sócrates como personagem principal.
Nos diálogos temos argumentos e contra-argumentos, em lugar de um
simples relato de suas reflexões e conclusões.
Na realidade os filósofos discordam ferozmente uns dos outros sobre
quase todos os temas.
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Platão e seu discípulo Aristóteles, por exemplo, tinham visões opostas
em relação a questões filosóficas fundamentais, o que acabava
provocando mais discussão, instigando o surgimento de ideias novas.
Mas porque essas questões filosóficas ainda continuam a ser discutidas
e debatidas?
Por que os pensadores não apresentam respostas definitivas?
Quais são essas “questões fundamentais” tratadas pela filosofia ao
longo dos tempos?
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Existência e Conhecimento
Quando surgiram, 2.500 anos atrás, os filósofos, o senso de
questionamento era inspirado pelo mundo ao redor.
Viam a Terra, formas de vida, sol, lua, planetas, estrelas etc.
A primeira questão que ocupou suas mentes foi “do que é feito o
universo?”, que se expandiu para “qual é a natureza do que quer que
exista?”.
Esse é o ramo da filosofia que chamamos de metafísica, cujas questões
não são respondidas facilmente.
A metafísica considera a natureza da existência humana e as implicações
de nossa condição de seres conscientes.
A ontologia é o ramo da metafísica que trata de questões de existência,
sendo muito amplo e forma grande parte da filosofia ocidental.
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Assim que os filósofos começaram a submeter o conhecimento recebido
ao teste de investigação racional, outra questão fundamental tornou-se
óbvia: “Como podemos saber?”.
O estuda da natureza e dos limites do conhecimento forma uma segunda
área importante da filosofia: a epistemologia.
Em seu cerne está a questão de como adquirimos conhecimento, como
chegamos a conhecer o que conhecemos:
O conhecimento é inato ou aprendemos tudo a partir da experiência?
Podemos conhecer algo exclusivamente a partir da razão?
Essas questões são vitais para o pensamento filosófico, uma vez que
precisamos ter confiança em nosso conhecimento a fim de raciocinar
corretamente, além de estabelecer as finalidades e os limites do
conhecimento – do contrário jamais estaríamos seguros de que
realmente sabemos o que pensamos que sabemos e não fomos iludidos.
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Lógica e Linguagem
O raciocínio depende de estabelecer a verdade das afirmações que
desenvolvem uma cadeia de pensamentos até a conclusão.
Isso pode parecer óbvio mas a ideia de construir um argumento
racional diferenciou a filosofia das explicações supersticiosas e
religiosas que existiam antes dos filósofos.
Esses pensadores arquitetaram uma forma de assegurar que suas
ideias tivessem validade.
O que surgiu dessa forma de pensar foi a lógica, que é uma técnica
de raciocínio gradualmente aperfeiçoada ao longo do tempo.
De ferramenta útil para analisar a consistência de um argumento, a
lógica desenvolveu regras e convenções próprias, tornando-se um
importante ramo da filosofia, tendo conexões estreitas com a
ciência, particularmente a matemática.
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A estrutura básica do argumento lógico, iniciado com base numa
premissa e construído com uma série de passos até uma conclusão, é a
mesma de um raciocínio matemático.
Muitos filósofos recorreram à matemática em busca de verdades –
Pitágoras, Descartes e Leibniz foram grandes matemáticos.
Embora a lógica passe a sensação de ser o ramo mais exato e científico
da filosofia, uma observação detalhada mostra que não é tão simples –
o avanço da matemática no século XIX desafiaram as regras
estabelecidas por Aristóteles.
Muito se deve ao fato de que a lógica filosófica seja baseada em
palavras e não números, estando sujeita à ambiguidades e sutilezas da
linguagem, ou seja, exige cuidado e precisão no significado.
Desse campo surgiu outro campo do conhecimento: a filosofia da
linguagem , que analisa os termos e seus significados.
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Moralidade, Arte e Política
Como a linguagem é imprecisa, os filósofos tentam esclarecer seu
significado em sua busca por respostas às questões filosóficas.
O exame sobre o significado de levar uma vida “virtuosa”, sobre
justiça, felicidade e sobre como devemos nos comportar formam a base
para outro ramo da filosofia: a ética ou filosofia moral.
O ramo que deriva da questão sobre o que é a beleza e a arte é a
estética.
Para além das questões éticas referentes à vida das pessoas, é natural
que se pense sobre o tipo de sociedade que gostaríamos de viver – como
deve ser governada, os direitos e responsabilidades dos cidadãos: surge
a filosofia política – desde a República de Platão até o Manifesto
Comunista de Karl Marx, os filósofos sugeriram vários modelos a partir
de suas crenças em como a sociedade deveria se organizar.
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Conclusão
A filosofia nos presenteou com algumas das mais importantes e
influentes ideias da história – as ideias dos filósofos espalharam sua
influência além da filosofia, gerando movimentos científicos, políticos ou
artísticos.
A relação com a ciência é de intercâmbio, um informando o outro.
O mesmo vale para a relação entre filosofia e sociedade – as decisões
éticas tomadas em todas as profissões tem dimensões morais que são
influenciadas pelas ideias de grandes filósofos.
O autoquestionamento e a curiosidade são atributos humanos, assim
como a alegria da descoberta.
Com a filosofia alcançamos a satisfação de chegar a crenças e ideias por
meio de nosso próprio raciocínio, e não pela imposição da sociedade, da
religião, da escola ou mesmo dos grandes filósofos.
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Cronologia do Pensamento Filosófico
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Atividades da Aula 1
1. O que a prática do pensamento filosófico busca? Como surgiu?
2. O que é a filosofia arquetípica? Qual seu primeiro pensador?
3. Porque ele se considerava o mais sábio entre os homens?
4. Quem foi e como registrava seu principal discípulo? Como eram os registros?
Quem era o discípulo do discípulo?
5. Como é a relação entre os filósofos?
6. O que é a metafísica?
7. O que é a ontologia?
8. O que é a epistemologia? Porque é vital para a filosofia?
9. Como descrever a lógica filosófica?
10. Porque a lógica filosófica é diferente da lógica matemática? Que ramo da
filosofia deriva dessa diferença?
11. Como surge a filosofia moral e como é chamada? O que é a estética?
12. Como surge a filosofia política?
13. Em síntese, o que buscamos com a filosofia?
14. Faça uma tabela com a cronologia do pensamento filosófico.
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