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FILOSOFIA

Renascença e Idade da Razão – Parte I


Aula 5
Introdução
 O Renascimento (entre os anos de 1500 e 1750) marca um período de
extraordinário crescimento cultural na Europa, sendo considerado a
ponte entre o período medieval e moderno – o racionalismo.
 Marcado por um renovado interesse pela cultura grega e latina, foi um
período que considerou os humanos e não Deus como o centro de tudo o
humanismo – o último prego no caixão da autoridade da igreja.

Parte 1 Parte 2
Nicolau Maquiavel Blaise Pascal
Michel de Montaigne Bento de Espinosa
Francis Bacon John Locke
Thomas Robes Gottfried Leibniz
René Descartes George Berkeley
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Nicolau Maquiavel – filosofia política
 Nascido em Florença, na Itália, sua principal obra foi “O Princípe”.
 O livro era espirituoso, cínico e revelava uma fina compreensão da Itália.
 Nele Maquiavel inicia seu argumento de que os objetivos de um
governante justificam os meio para obtê-lo – mas não em todos os casos.
 Assim, tinha como objetivo dar objetivos práticos para se construir
governos amados e as vezes temidos, com os valores cristãos devendo
ser colocados de lado caso atrapalhassem o caminho.
 Rejeitou a moralidade cristã porque a considerava fraca e imprópria para
um governo sólido.
 A abordagem de Maquiavel se baseia no virtú – virilidade de um governo
que deveria ser admirado e imitado sem limitações de moralidade,
fazendo todo o necessário para assegurar todo o necessário para a sua
glória e o sucesso do Estado que governa: uma abordagem que acabou
conhecida como realismo.
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Michel de Montaigne – ética
 Em seu ensaio “Da Solidão”, Montaigne dedicou-se a um tema que tem
sido popular desde os tempos antigos: os perigos intelectuais e morais de
se viver entre os outros e o valor da solidão.
 Não se trata da solidão física mas sim do desenvolvimento da capacidade
de resistir à tentação de aquiescer (por exemplo, ser permissivo com a
corrupção) indiferentemente às opiniões e ações da massa.
 Relacionou nosso desejo pela aprovação dos outros está ligado a busca
pela riqueza e pela posse – ambas as paixões nos diminuem, mas não
significa devemos renunciar a elas mas sim mantê-las sob controle.
 Ao contrário de Maquiavel, afirmou que a busca incessante pela glória é a
maior barreira à paz de espírito – dizia que aqueles que se preocupam
demasiadamente com a glória passam a pensar de maneira corrompida.
 Por fim, dizia que encorajar líderes políticos a valorizar a glória acima de
todas as coisas apenas os ensina a nunca a se esforçar a menos que um
público que manifeste aprovação esteja disponível. 4
Francis Bacon – filosofia da ciência
 Primeiro de uma tradição de pensamento conhecida como empirismo
britânico, caracterizado pela visão de que o conhecimento deve vir
essencialmente da experiência sensorial – abordagem científica.
 Já haviam alguns trabalhos de Copérnico e Vesálio, mas o novo período
produziu um número espantoso de pensadores científicos como Galileu,
William Harvey, Robert Boyle, Robert Hooke e Isaac Newton.
 Embora a igreja fosse receptiva à ciência no período medieval, isso cessou
com o aumento da oposição à autoridade da igreja – Vaticano.
 Bacon afirmou aceitar os ensinamentos da igreja cristã, mas também
argumentou que a ciência deve ser separada da religião a fim de tornar a
aquisição de conhecimento mais rápida e fácil para que pudesse ser usada
em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas – empirismo.
 O cientista deve lutar contra todos os dogmas para adquirir conhecimento
científico baseado em observações detalhadas e raciocínio dedutivo que
forneceram uma metodologia para investigar o mundo. 5
Thomas Hobbes – metafísica
 Embora seja conhecido por sua filosofia política, Hobbes escreveu sobre
vários temas, mas seu principal tema é o fisicalismo – que tudo no
mundo é exclusivamente físico, não admitindo lugar para a existência de
outras entidades naturais como a mente, ou mesmo para o sobrenatural.
 Para ele todos os humanos são do que máquinas de carne e osso.
 Na época as ciências físicas crescia rapidamente, trazendo explicações
mais claras sobre os fenômenos que há tempos eram mal interpretados.
 Acreditava que não havia limite para o alcance da ciência, assumindo que
qualquer questão sobre a natureza do mundo podia ser explicada
cientificamente.
 Declarou que “O universo é corpóreo, tem um corpo” e que “o que não
tem corpo não é parte do universo”.
 Mas nem tudo é perceptível: existiam os chamados espíritos ou mesmo a
ideia de Deus. 6
 Embora seja conhecido por sua filosofia política, Hobbes escreveu sobre
vários temas, mas seu principal tema é o fisicalismo – que tudo no
mundo é exclusivamente físico, não admitindo lugar para a existência
de outras entidades naturais como a mente, ou mesmo para o
sobrenatural.
 Para ele todos os humanos são do que máquinas de carne e osso.
 Na época as ciências físicas crescia rapidamente, trazendo explicações
mais claras sobre os fenômenos que há tempos eram mal interpretados.
 Acreditava que não havia limite para o alcance da ciência, assumindo
que qualquer questão sobre a natureza do mundo podia ser explicada
cientificamente.
 Declarou que “O universo é corpóreo, tem um corpo” e que “o que não
tem corpo não é parte do universo”.
 Mas nem tudo é perceptível: existiam os chamados espíritos ou mesmo
a ideia de Deus, que permanecias além da compreensão.
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 Mas sua teoria é fraca porque negava alguns conceitos como a
consciência , mas não oferecias explicações para sua convicções.
 Em síntese, negava qualquer explicação de natureza mental para os
seres humanos.
 Negou a conclusão cartesiana (René Descartes) de que corpo e mente
são substâncias distintas porque não poderiam haver “mentes
incorpóreas”.
 No fim sua ideias caíram em descrédito porque, ao negar o conceito
mental, suas declarações passaram a ser consideradas preconceituosas
e não filosóficas.

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René Descartes – epistemologia
 Partindo da metodologia científica postulada por Francis Bacon, foi além
ao considerar que as aplicações práticas das descobertas científicas eram
o principal a ser feito era preciso expandir o conhecimento e a
compreensão do mundo – racionalismo.
 As pessoas estavam céticas quanto às possibilidades da ciência e do
conhecimento e o seu desejo era livrar a ciência desse ceticismo.
 Na sua obra mais completa sobre metafísica (estudo da natureza e dos
limites do conhecimento), “Meditações sobra Filosofia Primeira”, tentou
demonstrar a possibilidade do conhecimento a partir das posições mais
céticas e, a partir disso, estabelecer um alicerce firme para as ciências.
 O livro está escrito em primeira pessoa porque ele não estava
apresentando argumentos para provar ou refutar certas afirmações, mas
sim para guiar o leitor para o caminho que ele mesmo percorreu – essa
abordagem lembrava o método socrático, extraindo a compreensão da
própria pessoa ao invés de trazê-la embrulhada e pronta para consumo.
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 Dizia que talvez estivéssemos sonhando e o mundo real nada mais era
do que o mundo do sonho – estamos acordado ou dormindo?
 Continuando, argumentou que “verdade” pode não ser verdade porque
Deus pode nos enganar até nesse nível – embora Deus seja bom, é
possível que nos tenha feito para cometer erros em nosso raciocínio.
 Ou mesmo talvez não haja Deus, o que abre a possibilidade para
sermos mais imperfeitos, passíveis de engano o tempo todo.
 Tendo chegado numa posição em que não tinha mais certeza sobre nada,
Descartes criou uma ferramenta poderosa para ajudá-lo a evitar que
acabasse novamente na opinião pré-concebida: ele imaginou que haveria
um gênio poderoso e maligno capaz de enganá-lo sobre qualquer coisa.
 Nesse ponto compreendeu que havia uma crença da qual ele não podia
duvidar: a crença na própria existência.
 Assim, veio a primeira certeza: “Eu sou, eu existo”, aprimorando o
“Penso, logo existo” que parecia uma conclusão e não uma certeza.
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 A separação entre mente e corpo defendida por Descartes abre uma
questão: já que tudo que podemos ver de nós mesmos são os nossos
corpos, como podemos provar que um robô não é consciente?

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Atividades da Aula 5
1. Qual é a síntese do pensamento de NICOLAU MAQUIAVEL? Como é chamado
seu pensamento?
2. Qual é a síntese do pensamento de MICHEL DE MOTAIGNE? Como é chamado
seu pensamento?
3. Qual é a síntese do pensamento de FRANCIS BACON? Como é chamada eu
pensamento?
4. Qual é a síntese do pensamento de THOAMS ROBES? Como é chamada sua
teoria?
5. Qual é a síntese do pensamento de RENÉ DESCARTES? Como é chamada sua
teoria?

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