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René Descartes nasceu em Haye, província francesa, em 1596. Ficando órfão de mãe quase um ano após o seu
nascimento, cresceu sob os cuidados do pai e de uma ama. Seu pai era funcionário público de Haye e
providenciou uma educação de elite para o filho, que, desde cedo, teve contato com a Filosofia, com a
Astronomia e com a Matemática."
"Descartes e a Filosofia
Descartes revolucionou o pensamento filosófico moderno. Suas contribuições deram origem à tradição
racionalista que se baseia no entendimento de que o conhecimento racional é inato ao ser humano. Assim
como Platão, o filósofo francês concebeu o ser humano como um ser composto por uma dualidade psico-
física, isto é, por uma mente ou alma (psique) e por um corpo.
Esses elementos são designados por Descartes como res cogitans (coisa pensante) e res textensa (coisa
extensa). Nessa concepção, a alma ou mente (coisa pensante) é o atributo maior do ser humano e o seu corpo
(coisa extensa) é a extensão da alma. O corpo depende da alma para viver do mesmo modo que a alma
depende do corpo para habitar o mundo."
O conhecimento deve ser claro e distinto. Tudo aquilo que gera dúvida deve ser afastado do âmbito do
conhecimento verdadeiro.
O conhecimento filosófico deve ser consolidado por um método que garanta a confiabilidade do que se
conhece.
A razão é inata ao ser humano, ou seja, nós já nascemos com as ideias racionais embutidas em nosso
intelecto. O que diferencia a inteligência de uns e de outros é a maneira como utilizamos a nossa inteligência.
O conhecimento deve ser claro e distinto. Tudo aquilo que gera dúvida deve ser afastado do âmbito do
conhecimento verdadeiro.
O conhecimento filosófico deve ser consolidado por um método que garanta a confiabilidade do que se
conhece."
Immanuel Kant
Immanuel Kant escreveu algumas das principais obras filosóficas da Modernidade. Personalidade influente no
meio intelectual de sua cidade e membro da Real Academia das Ciências de Berlim, curiosamente, o pensador
nunca saiu de sua cidade natal, Königsberg.
Kant fundou uma nova teoria do conhecimento, chamada idealismo transcendental, e a sua filosofia, como
um todo, fundou o criticismo, corrente crítica do saber filosófico que visava, como queria Kant, a delimitar os
limites do conhecimento humano."
"Principais ideias
Criticismo: filosofia voltada para estabelecer os limites do conhecimento humano com base em um intenso
exercício filosófico, estabelecendo uma crítica revisionista da Filosofia.
Idealismo transcendental: doutrina filosófica voltada para entender como ocorre o conhecimento humano,
com base em noções como juízo analítico, juízo sintético e juízo estético.
Iluminismo: a indicação de uma iluminação por meio do conhecimento é o requisito para a formação de uma
mente autônoma.
Imperativo categórico: é a formulação de uma lei moral, máxima da ação ética em qualquer situação. O
imperativo kantiano pode ser formulado da seguinte maneira: age de tal maneira a tornar a sua ação uma lei
universal. Isso significa que a ação deve ser universalmente correta ou estar, em qualquer situação, em
correspondência com o dever. Há também a máxima: age de tal modo a utilizar a natureza e as pessoas como
fim e nunca como meio. Isso significa que há uma obrigação moral de não usar as pessoas como meio para
que se consiga algo."
Francis Bacon
"
É impossível falar em conhecimento na modernidade sem citar Francis Bacon. Isso porque ele é
tido como um dos fundamentadores das bases do conhecimento científico que surgiu no
século XVI. Bacon se ocupou de mostrar as falhas de um pensamento extremamente metafísico
que impedia o olhar para a imanência das coisas terrenas, o que travava o desenvolvimento
científico. Ele também se ocupou de mostrar como a visão mais empirista (de tradição
aristotélica) também poderia cair no entrave."
"Método indutivo
Tratamos até agora de mostrar como Bacon criticou a filosofia aristotélica e tentou sustentar
novos pilares para o maior desenvolvimento da ciência na modernidade. O que Bacon criticava
em Aristóteles era, sobretudo, a sua maneira de conhecer o mundo (que beira o empirismo e o
método indutivo, mas corre de maneira mais solta e menos metódica).
Bacon propôs, para concluir sua tarefa com êxito, um novo método indutivo, que recorre ao
conhecimento empírico e se utiliza da crítica aos ídolos(Bacon denominou ídolos as falsas
noções que bloqueiam a mente e invadem o intelecto humano impossibilitando o acesso à
verdade e gerando dificuldades em relação às ciências, quando não são combatidos), tendo
nestes a percepção do que não se deve fazer. O método baconiano está assentado em quatro
passos que acompanham o trabalho daquele que quer conhecer a natureza com maior certeza
e veracidade:
Vejam que esse método está presente em grande parte do trabalho de pesquisa nas ciências
naturais. Os cientistas buscam proceder por meio desse método para induzir uma resposta (daí
o nome indutivo), pois ele parte de um recorte de observação (observa-se parte do todo) para
formular uma teoria que se pretenda geral (que abarca o todo)."