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ESCOLA TÉCNICA DIMENSÃO

GABRIELA MEDEIROS DA SILVEIRA FREITAS

TRABALHO BIMESTRAL DE FILOSOFIA


A Filosofia da Ciência

PERUÍBE-SP
2022
Sumário
− Introdução .......................................................................................... Página 3

− Desenvolvimento ....................................................................... Páginas 4 - 7

− Conclusão ........................................................................................ Página 8

− Webgrafia ........................................................................................ Página 9


Introdução

Este trabalho apresentará uma pesquisa sobre a filosofia ligada com a ciência.
Nela abordaremos também as teorias dos filósofos Husserl e Karl Popper. Além de
outros filósofos que contribuiram muito para as pesquisas sobre o método científico
e consequentemente para os avanços tecnológicos da humanidades.
Desenvolvimento

− A Teoria de Husserl
Husserl apresenta a sua fenomenologia como um método de investigação que
tem o propósito de apreender o fenômeno , isto é, a aparição das coisas à consciência,
de uma maneira rigorosa. “Como um método de pesquisa, a fenomenologia é uma
forma radical de pensar” (MARTINS, 2006, p. 18).
Como as coisas do mundo se apresentam à consciência, o filósofo alemão
pretende perscrutar essa aparição no sentido de captar a sua essência (aquilo que o
objeto é em si mesmo), isto é, “ir ao encontro das coisas em si mesmas” (HUSSERL,
2008, p. 17). Nesse sentido, a filosofia husserliana traz consigo um novo método de
investigação que irá exercer grande influência no meio acadêmico, o que fará da
fenomenologia um marco imprescindível na filosofia contemporânea.
É oportuno enfatizar que a filosofia de Husserl é um tanto quanto vasta e densa,
o que requer, por sua vez, certo esforço para interpretá-la. Diante disso, enfocaremos
aqui apenas os aspectos capitais do pensamento husserliano. Para Husserl, “a palavra
intencionalidade significa apenas a característica geral da consciência de ser
consciência de alguma coisa.
Eis o ponto de partida adotado pelo filósofo alemão: a análise dos fenômenos no
âmbito da consciência no intuito de se tentar apreender as coisas em si mesmas, isto
é, como elas são. Podemos dizer que em Husserl o cogito cartesiano ganha uma nova
roupagem onde a intencionalidade (toda consciência é consciência de) assume o lugar
da certeza “clara e distinta” de René Descartes.
A intencionalidade seria a marca fundamental da consciência, uma vez que a
consciência está o tempo todo voltada para fora de si. Ao deter-se na análise da
consciência, Husserl irá propor seu método radical para “vasculhar” o fenômeno, a
saber, a redução fenomenológica (epoché). Tomando emprestado da filosofia antiga o
termo grego epoché, que os antigos céticos traduziam por “suspensão” do juízo a
respeito das coisas, Husserl o adota sob outra perspectiva. A epoché husserliana
consiste em pôr “entre parênteses” o mundo quando da apreensão do fenômeno.
Dito de outra forma, a epoché consiste numa suspensão momentânea da “atitude
natural” (natürliche Einstellung) com a qual nós nos relacionamos com as coisas do
mundo. Isso consiste em deixar provisoriamente de lado todos os preconceitos, teorias,
definições, etc., que nós utilizamos para conferir sentido às coisas.
Tal suspensão da nossa atitude natural diante do mundo tem como escopo
apreender na consciência as coisas no sentido de captá-las como elas são em si
mesmas: “a fenomenologia procura enfocar o fenômeno, entendido como o que se
manifesta em seus modos de aparecer, olhando-o em sua totalidade, de maneira direta,
sem a intervenção de conceitos prévios que o definam e sem basear-se em um quadro
teórico prévio que enquadre as explicações sobre o visto” (MARTINS, 2006, p. 16).

− Teoria de Karl Popper


Karl Popper fez críticas à indução. O princípio indutivo do método científico
buscava comprovar teorias mediante a experiência decorrente da observação
cuidadosa de uma série de eventos.

Isso fazia do método indutivo um método conjectural. Conjectural porque os


eventos poderiam acontecer mediante várias situações e condições diferentes, o que
fazia com que a conclusão nunca fosse absoluta.

Popper baseou essa ideia no filósofo David Hume. Hulme diz que não é pelo fato
de alguém ter visto apenas cisnes brancos que pode afirmar que somente existem
cisnes brancos. Pois, no momento em que ver um cisne de outra cor, a afirmação feita
anteriormente será invalidada.

Assim, Popper formulou o Método Hipotético Dedutivo. Esse método está


relacionado ao quadro de referência que traz os princípios necessários para que sejam
realizados testes. Ao contrário do método indutivo, o método dedutivo propõe que antes
da observação para a formulação de ideias as ideias sejam pensadas. Somente depois
devem ser verificadas para confirmar se fazem ou não sentido.
O que quer dizer que uma hipótese científica tem de surgir primeiro para somente
depois ser submetida a testes.
Para Popper o processo de pesquisa apresenta três momentos: problema, conjecturas
e falseamento.
Problema: pensar em um conflito que precisa ser resolvido.
Conjecturas: comprovar experimentalmente.
Falseamento: provar que a teoria é científica pelo fato de ela poder ser falsa.
Para Popper o processo de pesquisa apresenta três momentos: problema, conjecturas
e falseamento.
A Ciência seria a busca pelo conhecimento de forma sistemática, formulando
suas explicações através de leis científicas e matemáticas. Muitas vezes, a pesquisa
científica gera mais perguntas que respostas. Como observou o dramaturgo inglês
Bernard Shaw:
A ciência nunca resolve um problema sem criar, pelo menos, dez outros.
− Origem da Filosofia da Ciência
A Filosofia da Ciência surge como um ramo distinto do saber no final do século
18 e se consolida no século 19. Estamos no contexto da Revolução Industrial, das
expedições científicas na América, na busca por entender o funcionamento da natureza.

Desta forma surgem duas proposições de como o ser humano deve ser
aproximar da natureza. Nietzsche (1844-1900) defendia que só é possível conhecer a
natureza pela força e dominação. Todo conhecimento implicaria em poder.

− Método Científico
Para que um fenômeno seja cientificamente aceito é preciso que ele seja
submetido ao método científico. A sistematização do conhecimento científico tal como
o definimos hoje surgiu com René Descartes (1596-1650). Ele elaborou o método
científico ou cartesiano. Leia mais sobre o Método Científico.
Esta metodologia serviu para que os fenômenos naturais pudessem ser
explicados com outra linguagem que não a teológica.
Desta maneira, a partir de Galileu Galilei (1564-1654), se pretende um
conhecimento específico e quantitativo. Em outras palavras, a ciência só aceitaria aquilo
que pode ser comprovado através das repetições das experiências e dos cálculos
matemáticos.
Fatores que envolvem a filosofia da ciência como: a natureza das afirmações e
conceitos científicos, a forma como são produzidos, os meios para determinar a
validade da informação, como a ciência explica, prediz e, através da tecnologias,
domina a natureza, a formulação e uso do método científico, os tipos de argumentos
usados para chegar a conclusões, as implicações dos métodos e modelos científicos
para a sociedade e para as próprias ciências..

Filósofos cientistas:
− Francis Bacon – Filósofo
Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu
posições elevadas. Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era
exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se
especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado
de “fundador da ciência moderna”. Sua principal obra filosófica é o Novum Organum.

− Immanuel Kant – Filósofo


Nascido de uma modesta família de artesãos, depois de um longo período como
professor secundário de geografia, Kant veio a estudar filosofia, física e matemática na
Universidade de Königsberg e em 1755 começou a lecionar ensinando Ciências
Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg,
cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada
aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciências naturais e exatas.

− René Descartes – Filósofo


René Descartes nasceu em 31 de Março de 1596 em La Haye, a cerca de 300
quilômetros de Paris (hoje Descartes), no departamento francês de Indre-et-Loire.
Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade; no entanto, no seu “Discurso sobre
o método”, declara a sua decepção, não com o ensino da escola em si, mas com a
tradição escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos.

− Theodor Adorno – Filósofo


Theodor Adorno nasceu em Frankfurt, foi um filósofo, sociólogo, musicólogo e
compositor alemão. É um dos expoentes da chamada Escola de Frankfurt, juntamente
com Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Jürgen Habermas, entre
outros. Estudou filosofia, sociologia, psicologia e música na Universidade de Frankfurt.
Conclusão
Com a produção deste trabalho pude concluir a importância das
análises dos fatos e do método científico O que distingue a Ciência dos
demais campos do saber é o método científico que deve ser conduzido
de maneira rigorosa e imparcial.

Longe de ser um campo estático, a Ciência questiona seus


fundamentos e leis já elaboradas. Os filósofos como Popper ou Husserl
controbuíram diretamente com o nosso conhecimento sobre a natureza
e os fenomenos que acontecem na mesma.
Webgrafia

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-fenomenologia-husserl-uma-breve-
leitura.htm

https://www.todamateria.com.br/karl-popper/

https://www.todamateria.com.br/filosofia-da-ciencia/

https://minhasatividades.com/10-filosofos-cientistas-filosofia-da-ciencia/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/filosofia-da-ciencia

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