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Indice
Introdução..........................................................................................................................2
Objetivo geral....................................................................................................................2
Objetivos específicos.........................................................................................................2
Psicologia e sua busca pelo status de ciência....................................................................3
Psicologia como ciência....................................................................................................3
A ciência como forma de pensamento e a psicologia como ciência.................................3
Características do racionalismo.........................................................................................3
Racionalismo e Renascimento...........................................................................................5
Racionalismo moderno......................................................................................................5
Filósofos racionalistas.......................................................................................................6
René Descartes..................................................................................................................6
Baruch de Espinoza...........................................................................................................6
Gottfried Leibniz...............................................................................................................7
Racionalismo e empirismo................................................................................................7
O mecanicismo..................................................................................................................8
Em que sentido a filosofia mecanicista influenciou a psicologia......................................8
Como o conceito do mecanicismo foi aplicado aos seres humanos..................................8
As características do pensamento mecanicista..................................................................8
O positivismo.....................................................................................................................9
Características do Positivismo...........................................................................................9
Positivismo jurídico.........................................................................................................10
Materialismo....................................................................................................................10
Materialismo ao longo da história...................................................................................11
O materialismo entrou no Ocidente no século VII a.C., com alguns filósofos pré-
socráticos.........................................................................................................................11
Principais ideias do materialismo histórico.....................................................................11
Origem do materialismo histórico...................................................................................12
Diferença entre materialismo dialético e materialismo histórico....................................12
Conclusão........................................................................................................................13
Referências......................................................................................................................14
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Introdução
Este trabalho trata de uma pesquisa bibliográfica descritiva, que nos leva a refletir sobre
a temática do desenvolvimento das ciências naturais e os pressupostos para a
transformação da psicologia em ciência independente - com o propósito de fornecer um
contraponto, ora reconhecendo as limitações inerentes a qualquer forma de produção de
conhecimento, ora oferecendo uma releitura dessas críticas. Para tanto, o texto inicia
marcando uma posição firme contra o uso do termo (ou conceito) Psicologia e sua busca
pelo status de ciência para tal é feito, portanto, um breve apanhado histórico,
contextualizando a filosofia positivista.

Objetivo geral
O presente trabalho tem por objetivo proporcionar uma discussão teórica a respeito do
associacionismo aprendizagem humana, especialmente, à luz dos conhecimentos
científicos

Objetivos específicos
Objetivamos explicar sobre associacionismo (estimulo resposta) aprendizagem humana.
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Psicologia e sua busca pelo status de ciência


A Psicologia tem suas raízes na Filosofia. A natureza humana era estudada mediante a
especulação, a intuição e a generalização. Para alcançar o status de ciência precisou
romper com suas raízes e utilizar métodos bem-sucedidos nas ciências físicas e
biológicas.
Psicologia como ciência
Um fato histórico marca o nascimento da Psicologia Científica Wilhelm Wundt (1832-
1920) propõe o Primeiro Laboratório de Psicologia Experimental no ano de 1875 na
Universidade de Leipzig, Alemanha.
A ciência como forma de pensamento e a psicologia como ciência
Contudo, o homem continua a desenvolver-se e a se colocar novas necessidades na
medida em que vai forjando novos meios de sobrevivência. E chega a um ponto em que
ele, além de conhecer a natureza, precisa, também, dominá-la, transformá-la segundo
suas necessidades. Nesse ponto da jornada humana, temos grandes revoluções na vida
prática e pensada, que, para Galileu Galilei, em1616, nas palavras de Brecht (1979),
levam o homem a "estudar a maior máquina de todas, a máquina dos corpos celestes,
que se estende diante de nossos olhos" (p. 121).
O racionalismo é uma corrente filosófica pertencente ao campo da filosofia chamado de
epistemologia ou teoria do conhecimento. As primeiras inclinações racionalistas
remontam à Antiguidade clássica, mas o racionalismo mesmo surgiu no fim do
Renascentismo e ganhou forças na modernidade, com pensadores como os filósofos
René Descartes e Gottfried Wilhelm Leibniz.
As ideias racionalistas opõem-se, no âmbito da teoria do conhecimento, às teorias
formuladas pelos filósofos empiristas, que acreditavam que todo o conhecimento
advinha unicamente da experiência prática do ser humano. Os racionalistas, por sua vez,
admitem que a única fonte do conhecimento é a racionalidade.
Características do racionalismo
Como uma teoria do conhecimento (ramo da filosofia também chamado de
epistemologia e que tenta entender como se forma o conhecimento humano, ou seja,
como o ser humano pode conhecer), o racionalismo defende que a única forma plausível
e aceitável de conhecimento correto do ser humano é a razão e a capacidade de
raciocinar.
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Para os filósofos racionalistas, todo o conhecimento que advém da experiência prática


(empírica) deve ser rejeitado, pois é passível ao erro e pode nos enganar. Nesse sentido,
filósofos como o francês moderno René Descartes propõem uma espécie de ceticismo
quanto ao conhecimento proporcionado pela experiência captada pelos sentidos do
corpo.

É a epistemologia o campo filosófico que pergunta como é possível que o ser humano
obtenha conhecimento, e o racionalismo parte da tese de que todo e qualquer
conhecimento que se julgue correto deve partir apenas do raciocínio puro. É complexo,
de início, entender esse conceito de conhecimento puro, mas isso faz referência à ideia
de que o conhecimento deve ser apenas aquele que obtemos por ideais e raciocínios que
surgem em nosso pensamento e só.

Tudo aquilo que surge a partir da experiência que temos com nossos sentidos, ou seja,
pela visão, audição, tato, paladar e olfato, é elemento das impressões. Os racionalistas
partem da mesma tese de que o filósofo grego Platão partia: o conhecimento advindo da
experiência engana.

São considerados filósofos racionalistas modernos o holandês Baruch de Espinoza, o


francês René Descartes e o alemão Gottfried Wilhelm Leibniz. Todos eram também
matemáticos. Espinoza, como os demais e qualquer pensador de seu tempo, também era
um polímata, ou seja, um estudioso de vários tipos de ciências, técnicas e conhecimento.
Platão era o que chamamos de inatista. Ele acreditava que o conhecimento era inato ao
ser humano (já nascia com ele), mas de uma forma ainda embaçada, esquecida. O ser
humano, por meio do processo de educação, desenvolveria e redescobriria esse
conhecimento escondido em sua memória.

Descartes teceu uma defesa parecida: o conhecimento humano era inato, habitando o
plano racional, o qual qualquer humano minimamente saudável e bem formado em suas
faculdades mentais pode e consegue alcançar. É necessária, para o filósofo, uma espécie
de treino das faculdades mentais para se alcançar tal conhecimento.
Racionalismo e Renascimento
O racionalismo enquanto escola filosófica epistemológica surgiu apenas no século
XVII. No entanto, o Renascimento (ou Renascentismo), que teria perdurado até o início
mais preciso da modernidade (século XVI), foi um período muito importante para a
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consolidação do racionalismo e também essencialmente racionalista (utilizando essa


palavra em sentido mais amplo).

Os renascentistas buscaram uma ruptura com a profunda submissão do conhecimento à


crença, tipo de postura predominante durante a Idade Média. Eles também valorizaram
o modo de vida e de cultivo do conhecimento filosófico e artístico dos antigos povos
greco-romanos, que desde Platão tinham uma aspiração profundamente racionalista. Os
renascentistas eram racionalistas (lembrando, no sentido amplo da palavra) por
valorizarem o conhecimento racional e a necessidade de se abandonar as antigas
amarras do conhecimento, buscando uma nova forma, mais aprofundada e racional, de
ver o mundo, a filosofia, as artes e as ciências.

Racionalismo moderno
Foi na modernidade, mais precisamente a partir do início do século XVII, que os ideais
racionalistas tomaram corpo e formaram uma das duas principais vertentes filosóficas
da modernidade, ou seja, o racionalismo. A outra vertente epistemológica, mas
completamente oposta ao racionalismo, era o empirismo.

A modernidade contou com o impulso científico proporcionado por pensadores


renascentistas, como Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico, além de teorias
científicas e estudos promissores de pensadores que atravessaram a linha entre o
Renascimento e a modernidade, como o astrônomo Johannes Kepler e o físico e
astrônomo Galileu Galilei. Esse período de transição, na época de Galileu e Kepler,
observou a chamada Revolução Científica e a alta valorização do conhecimento racional
como a única chave para se desvendar os “mistérios” da natureza.
Foi nesse período que surgiram filósofos como René Descartes (1596 – 1650), Espinoza
(1632 – 1677) e Leibniz (1646 – 1717), os três principais pensadores racionalistas
modernos.

Filósofos racionalistas

René Descartes
Filósofo e matemático francês, Descartes é um dos mais influentes pensadores da
modernidade e do racionalismo. Criador do plano cartesiano, a mentalidade metódica e
organizada do pensador o fez propor um método para tornar a análise filosófica mais
clara, objetiva e correta. Descartes afirmou a necessidade de se fugir do erro e do
engano, e o primeiro passo para se chegar a um conhecimento mais preciso era eliminar
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o conhecimento advindo da experiência e dos sentidos para caminhar rumo a um


conhecimento mais racional.

À primeira vista, o filósofo deveria duvidar de tudo e de todo o conhecimento que


obteve até então, inclusive duvidar da sua própria existência, fundando assim o
ceticismo cartesiano. Ao duvidar, o filósofo entraria em um processo racional que o
faria perceber que, duvidando, ele estava pensando. Ao constatar que pensa, o filósofo
percebe também que existe. “Penso, logo existo!”, esse é o cogito cartesiano. Para
conhecer melhor esse filósofo, assim como sua importante teoria racionalista, leia: René
Descartes.

Baruch de Espinoza
Filósofo holandês de origem portuguesa e judaica, Espinoza foi um grande pensador
racionalista moderno. Desenvolveu teses acerca da existência objetiva dos seres,
classificando a existência em dois planos distintos, o imanente e o transcendente.
Imanente era tudo o que estava na matéria, enquanto transcendente era o que estava fora
da matéria.
Espinoza desenvolveu uma teoria teológica panteísta que atribuía a Deus a imanência e
a característica de estar presente materialmente em todos os seres. Sua teoria panteísta
lhe rendeu problemas com autoridades religiosas judaicas, e o fato de ser judeu também
lhe rendeu problemas com a Igreja Católica. Espinoza acreditava que tanto a imanência
quanto a transcendência somente poderiam ser conhecidas por meio do intelecto
racional, isto é, até a imanência, que era material, era fruto de observações intelectuais
da razão.
Gottfried Leibniz
Um dos mais complexos teóricos do racionalismo, Leibniz era também matemático. Na
matemática, o pensador ficou conhecido pelo desenvolvimento do cálculo infinitesimal
(na verdade, não se sabe ao certo se essa descoberta pode ser atribuída a Leibniz ou ao
físico Isaac Newton, pois ambos parecem ter descoberto a mesma coisa separadamente.
Eles também brigaram até o fim da vida de Newton pela paternidade da descoberta).
O racionalista moderno Baruch de Spinoza tentou explicar o conhecimento da
imanência pelo intelecto puramente racional.

Em sua filosofia, profundamente influenciada pela matemática, eram os postulados


matemáticos que deveriam coordenar o modo como se estabelece um pensamento
filosófico, sempre guiado pela racionalidade. Como teoria do conhecimento e também
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de formação de tudo o que existe, Leibniz desenvolveu um complexo sistema, chamado


monadologia, que explicaria a existência dos diversos seres como um grupo infinito de
mônadas, que se relacionam entre si e com outros grupos de mônadas. Uma mônada
seria a unidade mais elementar de qualquer ser existente. Conhecer seria como transitar
intelectualmente entre o universo das mônadas.
Racionalismo e empirismo
Um longo e intenso debate foi travado na modernidade entre racionalistas e empiristas.
Enquanto Descartes, Espinoza e Leibniz desenvolviam suas teorias afirmando que o
conhecimento correto somente poderia nascer do intelecto puro, outros pensadores
lançaram ideias completamente opostas. Esses pensadores eram os empiristas. Os
filósofos ingleses Francis Bacon, John Locke e David Hume podem ser considerados
como símbolos maiores do empirismo.

Para os empiristas, todo o conhecimento humano é adquirido por meio da experiência.


Há um papel importante da racionalidade humana em entender e classificar os dados da
experiência, mas até esse raciocínio é desenvolvido por meio da experiência humana
prática e da utilização dos sentidos.

Essa querela da modernidade somente foi resolvida com o filósofo alemão Immanuel
Kant, que anunciou uma espécie de teoria conciliatória, apesar de pender muito mais
para o racionalismo. Segundo Kant, o conhecimento humano era esse jogo duplo entre
intuições e conceitos. Intuições são os dados da experiência sensível que nos chegam
por intermédio dos sentidos do corpo. Conceitos são os dados intelectuais que nomeiam
e classificam os dados empíricos. Portanto, um depende do outro e sem um desses dois
elementos não há conhecimento efetivo.

O mecanicismo
O mecanicismo é uma teoria filosófica determinista segundo a qual todos os fenômenos
se explicam pela causalidade mecânica ou em analogia à causalidade mecânica
(causalidade linear ou, instrumentalmente, como meio para uma causa final).

O mecanicismo representa uma doutrina segundo a qual os fenômenos da Natureza


explicam-se inteiramente pela causalidade mecânica. ... O mecanicismo opõe-se ao
vitalismo, doutrina segundo a qual os organismos vivos diferem essencialmente dos
sistemas inorgânicos. O vitalismo mantém uma concepção anímica da vida.
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Em que sentido a filosofia mecanicista influenciou a psicologia


O mecanicismo é a pedra angular de praticamente todas as ciências modernas, inclusive
da Psicologia. Do modo como a Mecânica adotou a noção de força inicial para explicar
o movimento dos corpos, a Psicologia, em suas diversas concepções, recorre a inúmeros
eventos antecedentes para explicar o comportamento humano.

Como o conceito do mecanicismo foi aplicado aos seres humanos


Como esse conceito foi aplicado aos seres humanos? O mecanicismo foi uma doutrina
que afirmava que os processos naturais mecânicos são determinados pelas leis da física
e da química. Esse conceito foi aplicado aos seres humanos como uma prática que
determinava que cada ação era previsível.

As características do pensamento mecanicista


O pensamento mecanicista consiste essencialmente em reduzir todos os fenômenos da
física, e mesmo da natureza, a sistemas de forças que atuam entre corpos materiais.
Nessas condições, os aspectos mais definitivos de qualquer fenômeno estariam, em
última instância, subordinados às leis da mecânica.
O positivismo
Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político que surgiu
em meados do século XIX na França. A principal ideia do positivismo era a de que o
conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro.
A psicologia positivista desloca o homem para um meio abstrato, descontextualiza-o do
meio histórico e social, fragmenta-o em compartimentos isolados, ocupados por
qualidades psíquicas próprias ao homem, como: percepções, pensamento, vontade,
sentimentos.
O principal idealizador do movimento positivista foi o pensador francês Auguste Comte
(1798-1857), ganhando destaque internacional entre metade do século XIX e começo do
XX.

Segundo o positivismo, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos e


metafísicos devem ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da
humanidade.

De acordo com os princípios de Comte, as primeiras ideias do que viria a ser o


Positivismo surgiram como uma ramificação do Iluminismo (movimento intelectual,
filosófico e cultural que surgiu durante os séculos XVII e XVIII na Europa e defendia o
uso da razão contra o antigo regime e pregava maior liberdade econômica e política).
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Isso ocorreu a partir das crises sociais que explodiram na Europa no fim da Idade Média
e com o surgimento da chamada "sociedade industrial", marcada pela Revolução
Francesa.

O termo "positivo" surgiu pela primeira vez na obra "Apelo aos Conservadores", escrita
por Conte em 1855. Ele descreve a Lei dos Três Estados, ou seja, as etapas pelas quais a
humanidade passou (e passa) em relação às suas concepções e valorizações da vida.
Características do Positivismo
O positivismo acredita que uma teoria só pode ser tida como verdadeira se for
comprovada a partir de técnicas científicas válidas.
Outra característica do pensamento positivista é a ideia de ciência cumulativa, ou seja,
que é transcultural, atinge toda a humanidade, não importando em qual cultura surgiu ou
se desenvolveu.
Positivismo jurídico
O Positivismo jurídico é diferente do Positivismo filosófico, proposto por Comte.
No âmbito jurídico, o positivismo é visto como o direito imposto pela vontade do ser
humano, ou seja, direito posto, direito positivo. O direito é exercido de forma objetiva,
sendo baseado em fatos reais e científicos.
O Positivismo jurídico elimina qualquer hipótese do envolvimento divino nas ações
humanas, assim como da natureza, ou da razão, como defende o Jusnaturalismo.
Materialismo
O materialismo é uma concepção filosófica que admite a origem e a existência humana
a partir de uma condição concreta: a matéria. É uma corrente que acredita nas
circunstâncias concretas e materiais como principal meio de explicação da realidade e
seus fenômenos sociais, históricos e mentais.

Deste modo, os filósofos materialistas negam que haja realidades espirituais. Até
mesmo o pensamento é feito de matéria, segundo eles.

Epicuro entendia que os deuses também eram materiais, com a diferença de serem
menos densos. Isso garantiria a imortalidade para eles.

O materialismo busca explicar os fenômenos da realidade a partir de condições


concretas e materiais. É por meio delas que surgem as dinâmicas sociais, as mudanças
históricas, os traços psicológicos e até mesmo a própria espiritualidade.
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A religião para Karl Marx, por exemplo, era fruto da necessidade dos oprimidos de
buscar consolo. Uma vez que tudo era negado na terra, eles passavam a acreditar no céu,
onde estariam livres da violência e da exploração.
De modo resumido, as principais características do materialismo são:
 A realidade é apenas material;
 As condições materiais explicam os fenômenos da realidade;
 As mudanças históricas acontecem quando há mudanças materiais, principalmente
econômicas;
 As realidades espirituais são negadas;
 O pensamento é material.

Materialismo ao longo da história


Os primeiros pensadores materialistas não eram ocidentais. Esse tipo de compreensão
sobre a realidade estava presente nas civilizações orientais, como o Egito e a Babilônia.

O materialismo entrou no Ocidente no século VII a.C., com alguns filósofos pré-
socráticos.
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.) foi o primeiro a formular uma teoria materialista
na Grécia. Segundo ele, o mundo era baseado em átomos, por isso sua tese é conhecida
como atomista.
Para Demócrito, até mesmo a alma é material e composta de átomos. Ele influenciou a
filosofia de Epicuro, um dos principais nomes do período helenista.
O materialismo histórico é uma teoria marxista que defende a ideia de que a evolução e
a organização da sociedade, ao longo da história, ocorrem de acordo com a sua
capacidade de produção e com suas relações sociais de produtividade.
A teoria de Karl Marx tem como base o que ele chamava de concepção materialista da
história.
Segundo ele, as alterações sociais que acontecem ao longo da história não estão
baseadas em ideias, mas sim em valores materiais e em condições econômicas.
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Principais ideias do materialismo histórico


Uma das principais ideias do materialismo histórico é a de que a evolução histórica da
sociedade é beneficiada pelos confrontos entre as diferentes classes sociais, devido ao
que Marx chamava de "exploração do homem pelo homem".

No que diz respeito ao materialismo histórico, a linha central do pensamento marxista


defendia que todo sistema econômico ou conceito de modo de produção estava
associado a uma contradição que levava a seu desaparecimento e consequente
substituição por outro sistema mais avançado de vida social e econômica.
No feudalismo, por exemplo, a necessidade de os Estados regidos pela monarquia
fazerem transações comerciais com outros Estados fez surgir uma classe comerciante e
pode ter levado ao avanço do capitalismo.

Origem do materialismo histórico


A teoria do materialismo histórico foi elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels
durante o período de 1818 a 1883.
No século XIX, a Europa passou por uma fase de grande expansão industrial, o que
evidenciou ainda mais as diferenças entre as classes sociais existentes e causou grande
impacto de âmbito social e político.

Antes da elaboração da teoria do materialismo histórico, a história era vista como uma
sucessão de fatos e eventos desconexos que aconteciam quase que acidentalmente.
Através do método marxista dessa teoria, pela primeira vez a história foi analisada com
fundamentos científicos que afirmavam que as razões das alterações sociais não
estavam no cérebro humano (ideias e pensamentos), mas sim no modo de produção.

A concepção materialista da história concluiu que os modos de produção de materiais


são fundamentais para a relação entre as pessoas e consequentemente para o
desenvolvimento da sociedade e da história.
Diferença entre materialismo dialético e materialismo histórico
O materialismo dialético é uma maneira de compreender a realidade considerando o
materialismo e a dialética, tendo em conta pensamentos, emoções e o mundo material.
De acordo com esse conceito, a dialética é a base do entendimento dos processos sociais
que acontecem ao longo da história.
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O conceito de dialética de Marx e Engels teve como base a dialética de Hegel, que
afirma que nada é permanente e que tudo está sempre em um processo contínuo de ser e
deixar de ser, de mudança, e que pode ser inclusive substituído.

No entanto, a dialética Hegeliana serviu apenas de base para que Marx e Engels
desenvolvessem o seu próprio conceito da palavra.

A dialética marxista não aceita os fundamentos idealistas de Hegel, que entendem que a
história é a manifestação do espírito absoluto que passa de um estado subjetivo a um
saber absoluto.

Para Marx, a história é a oposição de classes que surge devido ao modo de produção
que está em vigor.

O materialismo dialético é a base teórica de um método de raciocínio, e por isso, não


deve ser confundido com o materialismo histórico, que é uma interpretação marxista da
história em termos das lutas de classes sociais.
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Conclusão
Este trabalho tem a ambição de pontuar elementos de reflexão de que o termo
positivismo, racionalismo, materialismo e mecanicismo, em diferentes argumentos
articulados, obviamente, a importância e complexidade do tema demandam reflexões
sob diferentes pontos de vista.
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Referências
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COMTE, A. Curso de Filosofia Positiva. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FEARN, N. Aprendendo a Filosofar em 25 Lições. Do Poço de Tales à
Desconstrução de Derrida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
FEIJÓ, R. Metodologia e Filosofia da Ciência: Aplicação na Teoria Social e Estudo
de Caso. São Paulo: Editora Atlas, 2003.
PEREIRA, J. C. R. Epistemologia e Liberalismo. Uma Introdução à Filosofia de
Karl R. Popper. Porto Alegre: EDIPUC, 1993.
POPPER, K. R. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 1972.
REALE, G. História da Filosofia. O Positivismo. São Paulo: Paulus, 1981.
SAGAN, C. O Mundo Assombrado pelos Demônios. A Ciência Vista como uma
Vela no Escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SOKAL, A.; BRICMONT, J. Imposturas Intelectuais. O Abuso da Ciência pelos
Filósofos Pós-modernos. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 1999.

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