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A POLITÉCNICA
INSTITUTO SUPERIOR DE HUMANIDADES, CIENCIAS E TECNOLOGIAS
ISHCT
Filosofia e Epistemologia
A natureza do Conhecimento
Idealismo
Discente: Docente:
António Luís Nhanala dr. Morgado Lazaro Vedego
1.1. Resumo
Tendo como estudo da cadeira as diversas correntes filosóficas, seus criadores e percusores, o
presente trabalho irá abordar o conceito de da natureza do conhecimento, debruçando-se mais
sobre o idealismo, pretende-se com esta pesquisa apresentar e abordar de forma mais
abragente e segundo vários pensadores e obras o conceito de idealismo, seus defensores, suas
teses e a sua dimensão e/ou contribuição na filosofia desde a idade pré-histórica ate a
actualidade.
Para concretizar este trabalho foi usado o método de pesquisa bibliográfica, comparação de
ideias e conceitos de alguns pensadores para o autor chegar a uma conclusão. Estratará o
presente trabalho dividido em introdução, problematização, desenvolvimento (conceitos
básicos, interpretação), conclusão e referência bibliográfica).
2. Capitulo II
2.1. Introdução
Segundo Abbagano (174), conhecimento significa ter uma técnica para verificação de um
objecto qualquer. Designando-se por técnica de verificação a qualquer procedimento que
possibilite a descrição, cálculo ou previsão de um objecto, enquanto objecto é qualquer facto,
realidade, coisa ou propriedade.
Neste contexto, só se pode afirmar que conhece alguma coisa quando se é capaz de descrever,
calcular ou prever tal coisa. Porém nasce a necessidade e desejo de saber de onde vem o
conhecimento, é neste âmbito que o presente trabalho irá debruçar-se sobre a natureza do
conhecimento, destacando o idealismo. De modo geral, a Teoria do Conhecimento tende a
priorizar temas ligados à origem, limites e natureza de temas considerados cognitivos, ou
seja, ocupa-se em entender, estudar e validar o conhecimento, a possibilidade de existência
do conhecimento e quais os fundamentos, origens e valores.
O olhar filosófico define que, para que seja possível a existência do conhecimento, são
necessários três fatores fundamentais:
O idealismo é uma corrente filosófica que defende que a existência das coisas no mundo
depende das ideias presentes no espírito humano.
Para os filósofos idealistas, a realidade é conhecida por meio dessas ideias. Ou seja, o contato
dos seres humanos com o mundo é mediado pelas ideias. Já os objectos possuem algo que vai
além de sua aparência ou da forma como eles são percebidos.
3.2. Surgimento
Em sentido amplo, o idealismo constitui uma das duas correntes filosóficas básicas. O termo
idealismo, na verdade, surgiu apenas no século XVII para designar o platonismo, seus
derivados medievais - doutrina dos universais - e alguns aspectos das filosofias de Descartes
e John Locke.
O idealismo como filosofia sofreu um forte ataque no Ocidente na virada do século XX. Os
críticos mais influentes do idealismo epistemológico e ontológico foram G. E. Moore e
Bertrand Russell, mas seus críticos também incluíram os novos realistas. Segundo a Stanford
Encyclopedia of Philosophy, os ataques de Moore e Russell foram tão influentes que, mesmo
mais de 100 anos depois, "qualquer reconhecimento de tendências idealistas é visto com
reservas no mundo de língua inglesa". No entanto, muitos aspectos e paradigmas do
idealismo ainda tiveram uma grande influência na filosofia subsequente.
Na alegoria da caverna, Platão afirma que os sentidos são falhos e conduzem os seres
humanos a uma vida de ignorância, presa às aparências, representadas pelas sombras
projetadas no fundo da caverna. Para ele, o verdadeiro conhecimento estaria no uso da razão,
a única ferramenta para alcançar o conhecimento verdadeiro, o conhecimento das ideias.
O idealismo kantiano é uma tentativa de união entre duas correntes contrárias: o racionalismo
e o empirismo. A partir do século XIX, o idealismo alemão é abordado por um grupo de
filósofos denominados pós-kantianos. Eram Johann Gottlieb Fichte (1762 - 1814), Friedrich
Wilhelm Joseph Von Schelling (1775 - 1854) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 -
1831). Na doutrina idealista alemã, abandona-se a "coisa-em-si" kantiana e o poder da razão é
reforçado para mostrar a realidade como algo absoluto e objeto de reflexão.
3.3.1.3. Idealismo Transcendental
O idealismo transcendental de Kant é fundamentado no fato de o conhecimento não resultar
de uma experiência neutra. Kant afirma que a "coisa-em-si" é incognoscível (não pode ser
conhecida) e o que se pode conhecer são as suas representações no mundo.
Parte do princípio de que há a existência metafísica de uma realidade complexa e ideal. O que
é ideal é aquilo que existe enquanto ideia, enquanto conceito, como algo descolado da
matéria. O idealismo é justamente a afirmação dessas ideais como ponto central do
conhecimento. Ou seja, tudo aquilo que conhecemos parte da ideia.
5. Referências Bibliográficas:
ABAGGANO, Nicola/ Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, São Paulo 2007.
Acha, Juan António & Piva, Sérgio Ibanor/ Antropologia Filosófica, Batatais, SP,
Clareatiano, 2013.