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Índice

Introdução..................................................................................................................................2
Platão..........................................................................................................................................3
Biografia.....................................................................................................................................3
Principais ideias..........................................................................................................................6
Obras...........................................................................................................................................7
Bibliografia.................................................................................................................................8
Introdução
No presente trabalho iremos falar sobre as teorias das ideias, vida e obras do filosofo
Platão.
Platão
Platão foi discípulo de Sócrates e o primeiro teórico idealista. Escreveu sobre diversos
temas, como amor, amizade, política, justiça, imortalidade da alma, entre outros.

Biografia
Platão chamava-se Arístocles. Nascido em Atenas, no ano de 428 a.C., e
falecido em 348 a.C., o apelido Platão foi conferido ao filósofo em sua juventude por
causa de seus atributos físicos, por ser um homem forte, de ombros largos (a palavra
correspondente em grego, Platon, significa “omoplatas largas”, “costas largas”,
“ombros grandes”).
Platão era filho de uma família influente politicamente na Grécia (Platão era
descendente de Sólon, um dos legisladores e estadistas de maior destaque da política
ateniense). Por pertencer a uma família que possuía bens materiais, Platão pôde dedicar-
se aos estudos de Filosofia.
Entre 409 a.C. e 404 a.C., Platão lutou na Guerra do Peloponeso, período final
das batalhas entre Atenas e Esparta. Tendo sido derrotado (Esparta derrotou Atenas),
Platão vivenciou o período denominado Tirania dos 30, quando o regime democrático
ateniense deu lugar à tirania oligárquica dos modelos espartanos.
Platão conheceu o filósofo Sócrates, pensador que foi o seu mestre iniciador na
Filosofia, mentor intelectual e amigo, em Atenas. A influência de Sócrates sobre Platão
é tão grande que a maioria dos textos deixados por Platão é feita de diálogos em que
Sócrates é o personagem principal.
Em 388 a.C., onze anos após a morte de Sócrates, Platão fundou a sua escola
filosófica: a Academia. Por ser ateniense, o filósofo tinha direitos civis garantidos e
podia adquirir terrenos na cidade. Ele escolheu um terreno no interior do parque
Academia, dedicado ao herói grego Akademus. Um lugar onde os jovens reuniam-se
para discutir política e praticar exercícios físicos, a Academia era uma espécie de retiro
tranquilo e politicamente efervescente dentro da cidade, tendo uma vasta área verde e
dois templos.

Teoria das Ideias


A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas afirma que formas (ou ideias)
abstratas não-materiais (mas substanciais e imutáveis) é que possuem o tipo mais alto e
mais fundamental da realidade e não o mundo material mutável conhecido por nós
através dos sentidos. Em uma analogia de Reale, as coisas que captamos com os "olhos
do corpo" são formas físicas, as coisas que captamos com os "olhos da alma" são as
formas não-físicas; o ver da inteligência capta formas inteligíveis que são as essências
puras. As Ideias são as essências eternas do bem, do belo etc. Para Platão, há uma
conexão metafísica entre a visão do olho da alma e o objeto em razão do qual tal visão
não existe. Este "mais real do que o que vemos habitualmente" é descrito em sua
Alegoria da caverna.

Epistemologia
Muitos têm interpretado que Platão afirma — e mesmo foi o primeiro a escrever
— que conhecimento é crença verdadeira justificada, uma visão influente que informou
o desenvolvimentos futuro da epistemologia . Esta interpretação é parcialmente baseada
na uma leitura do Teeteto,no qual Platão argumenta que o conhecimento se distingue da
mera crença verdadeira porque o conhecedor deve ter uma "conta" do objeto de sua
crença verdadeira (Teeteto 201C-d).Ess mesma teoria pode novamente ser vista no
Mênon, onde é sugerido que a crença verdadeira pode ser aumentada para o nível de
conhecimento, se está ligada a uma conta quanto à questão do "porquê" o objeto da
verdadeira crença é assim definido (Mênon 97d-98a). Muitos anos depois, Edmund
Gettier demonstraria os problemas das crenças verdadeiras justificadas no contexto do
conhecimento.

Dialética
A dialética de Platão não é um método simples e linear, mas um conjunto de
procedimentos, conhecimentos e comportamentos desenvolvidos sempre em relação a
determinados problemas ou "conteúdos" filosóficos. O papel da dialética no pensamento
de Platão é contestada, mas existem duas interpretações principais: a dialética platônica
é tipo de raciocínio ou um método de intuição. Simon Blackburn adota o primeiro,
dizendo que a dialética de Platão é "o processo de extrair a verdade por meio de
perguntas destinadas a abrir o que já é implicitamente conhecida, ou de expor as
contradições e confusões de posição de um oponente".Karl Popper afirma que a
dialética é a arte da intuição para "visualizar os originais divinos, as formas ou ideias, de
desvendar o grande mistério por trás do comum mundo das aparências do cotidiano do
homem.".

Ética e justiça
Na República, Platão define a justiça como a vontade de um cidadão de exercer
sua profissão e atingir seu nível pré-determinado e não interferir em outros assuntos,
Para que a justiça tenha alguma validade, ela terá que ser uma virtude e, portanto,
contribuidora de modo constitutivo para a boa vida de quem é justo.

Na filosofia de Platão, é possível visualizar duas modalidades de justiça: uma,


absoluta, e outra, relativa. A justiça relativa é a justiça humana que espelha-se nos
princípios da alma e tenta dela se aproximar. Platão situa a justiça humana como uma
virtude indispensável à vida em comunidade, é ela que propicia a convivência
harmônica e cooperativa entre os seres humanos em coletividade.

Alegoria
Mythos e logos são termos que evoluíram ao longo da história clássica da
Grécia. Nos tempos de Homero e Hesíodo (século VIII a.C.), eles eram essencialmente
sinônimos e continham o significado de 'conto' ou 'história'. Mais tarde vieram
historiadores como Heródoto e Tucídides, assim como filósofos como Heráclito e
Parmênides e outros pré-socráticos que introduziram uma distinção entre os dois
termos; mythos se tornou mais um relato não verificável, e logos um relato racional.
Pode parecer que Platão, sendo um discípulo de Sócrates e um forte partidário da
filosofia baseado em logos, deveria ter evitado o uso de contar mitos. Em vez disso, fez
um uso abundante deles. Esse fato produziu trabalho analítico e interpretativo, a fim de
esclarecer as razões e finalidades desse uso.

Platão, em geral, distinguia entre três tipos de mitos.[nota 4] Primeiro, havia os


falsos mitos, como os baseados em histórias de deuses sujeitos a paixões e sofrimentos,
os quais Platão critica em A República porque ele afirma que a razão ensina que Deus é
perfeito. Depois vieram os mitos baseados no verdadeiro raciocínio e, portanto, também
verdadeiros. Finalmente, havia aqueles que não eram verificáveis porque estavam além
da razão humana, mas que continham alguma verdade neles. Em relação aos assuntos
dos mitos de Platão, eles são de dois tipos, aqueles que lidam com a origem do universo
e aqueles sobre moral e a origem e destino da alma.

É geralmente aceito que o principal objetivo de Platão em usar mitos era


didático. Ele considerou que apenas algumas pessoas eram capazes ou interessadas em
seguir um discurso filosófico fundamentado, mas os homens em geral são atraídos por
histórias e contos. Consequentemente, então, ele usou o mito para transmitir as
conclusões do raciocínio filosófico. Alguns dos mitos de Platão eram baseados nos
tradicionais, outros eram modificações deles, e finalmente ele também inventou novos
mitos. Exemplos notáveis incluem a história da Atlântida, o Mito de Er, o Anel de
Giges, a Parábola da Biga e a Alegoria da Caverna. Interpretações alegóricas da
mitologia grega são destacadas por ele em seu diálogo Crátil

Principais ideias
→ Dialética
A dialética platônica, de inspiração parmenidiana, era uma técnica de extração
de uma conclusão (síntese) com base em duas ideias opostas (tese e antítese).
→ Idealismo
O idealismo platônico é o que há de mais marcante em sua obra. Com base na
noção de que o conhecimento das Ideias ou Formas puras, imutáveis e perfeitas é o
único conhecimento verdadeiro (obtido pelo intelecto), o filósofo afirmou que o nosso
conhecimento sobre a matéria (obtido pelos sentidos) é enganoso.
Aquilo que conhecemos por meio de nossos sentidos corpóreos são meras
ilusões causadas por nossos órgãos do sentido, portanto, são conhecimentos inferiores.
O conhecimento ideal estaria, segundo o filósofo grego, no Mundo das Ideais, estância
metafísica racional que só poderia ser alcançada por nosso intelecto. Hoje, utilizamos a
expressão “amor platônico”, que se refere a um tipo de amor que nunca se concretiza,
ou seja, é ideal.
→ Política
Para Platão, existem três tipos de caráter que moldam as almas das pessoas.
Cada tipo, em sua teoria política, deveria ocupar o seu respectivo cargo na sociedade, a
fim de formar uma organização perfeita da pólis:
1. Caráter concupiscível: mais ligado à liberdade e aos desejos, é o caráter de
pessoas mais afeitas ao trabalho manual e artesanal.
2. Caráter irascível: por serem dominadas por impulsos de raiva, essas pessoas
estariam aptas ao serviço militar.
3. Caráter racional: esse tipo de caráter estaria, para Platão, mais próximo da
racionalidade e, concomitantemente, da justiça, o que conferiria às pessoas que o
têm a capacidade de governar, ou seja, de atuar na política.
Obras
A maior parte dos escritos de Platão é composta pelos diálogos socráticos, em
que o seu mestre, Sócrates, é a figura central. Em geral, os diálogos falam sobre um
determinado tema, mas sem grandes delimitações ou especificações, podendo falar
sobre outros assuntos.
Temos conhecimento, hoje, de 35 diálogos deixados por Platão. Abaixo, estão
listados os principais textos e suas características gerais:
1. Apologia de Sócrates: escrito após a morte de Sócrates, o texto narra os
últimos momentos do mestre de Platão, quando foi acusado de corrupção da juventude
de Atenas, julgado e condenado à morte.
2. Láques, ou Da coragem: o livro traz uma nova concepção de coragem ao
cidadão grego, antes habituado à concepção heroica relacionada a Aquiles e Ulisses, por
exemplo. Agora, a concepção de heroísmo ganha uma conotação de ação moralmente
equilibrada e justa.
3. Hípias menor: diálogo em que são tratadas as noções de verdade, mentira e
justiça.
4. Hípias maior: nesse texto, Platão expõe as suas concepções sobre o belo e as
artes.
5. Górgias: livro que fala sobre a Retórica, tomando como interlocutores
principais Sócrates e o sofista Górgias.
6. Fédon: diálogo em que Platão expõe a sua concepção de alma, de
reencarnação e assuntos em relação à constituição metafísica do homem.
7. O Banquete: nesse livro, Platão utiliza a figura de Sócrates para falar sobre o
bem e o amor ideal.
Relação entre Platão, Sócrates e Aristóteles
Platão foi discípulo de Sócrates. As ideias socráticas marcaram a trajetória
intelectual de Platão, que, por sua vez, foi mestre de Aristóteles. Aristóteles foi
fortemente influenciado por Platão, mas não se manteve na mesma linha de pensamento
de seu mestre, tendo modificado e discordado de muitas teorias platônicas.
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o

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