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Boa Tarde, eu e a Joana vamos apresentar a teoria essencialista a arte como representação.

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Índice:

1. Definição de Arte
2. A arte como Representação
3. Objeções
4. Conclusão

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Primeiro, o ramo da filosofia que estuda a arte é a estética.

Fazemos também muito vezes juízos estéticos sem nos apercebermos:

Por exemplo quando dizemos: “aquela casa é bonita” ou “a paisagem é bela”. Estamos a julgar a
arte. Mas afinal o que é a Arte?

Existem várias definições explícitas de “arte”, estas são chamadas de teorias essencialistas. As
teorias essencialistas são teorias criadas para definirem ARTE.

Antes de tudo, uma definição explicita, é uma definição que permite isolar e identificar uma série de
condições necessárias e suficientes. Uma condição suficiente e necessária é por exemplo: É
suficiente ser português para ser europeu, mas obviamente não é necessário ser português para ser
europeu. Por exemplo os espanhóis e os franceses são europeus.

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E as teorias essencialistas baseiam-se nisso mesmo, a arte tem de ser então uma condição
necessária e suficiente. As condições necessárias são características comuns a todo o tipo de arte e
as condições suficientes são as características que apenas só apenas a arte possui.

O problema que estas teorias essencialistas tentam fazer é chegarem a uma definição de “arte” ou
“obra de arte”.

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Perguntar: O que é para vocês a arte? O que é que vos vem à cabeça quando se fala em arte?

Então basicamente podemos dizer que a arte é a expressão de um ideal estético através de uma
atividade criadora, ou seja, é uma manifestação que produz coisas reconhecidas como belas pela
sociedade.

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A teoria da Arte como representação ou imitação é uma das mais antigas com o objetivo de definir
ARTE. Pensa-se que quem criou esta teoria foi Platão, uma vez que este pensava sobretudo na
pintura figurativa reparem que na altura de Platão, século quinto antes de Cristo, não havia pintura
abstrata. Para Platão, os pintores inspiravam se no mundo sensível, mundo sensível este que já era
uma cópia do mundo inteligível, o único que interessava aos filósofos.
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Antes de avançarmos só quero explicar o porquê da teoria se poder chamar Arte como
Representação ou Teoria da imitação. Alguns filósofos consideram que para aperfeiçoar a teoria,
para esta sobreviver aos contraexemplos, é mais correto falar em representação, uma vez que a
imitação é uma representação, mas nem todas as representações são imitações.

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Posto isto, vamos agora explicar esta teoria.

Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita ou representa algo. Como podem ver
esta definição é uma condição necessária e suficiente.

De acordo com esta teoria, X é um objeto de arte se tiver a capacidade de representar a realidade.

Analisando agora o argumento de uma forma mais simples, poderíamos formalizá-lo da seguinte
forma:

Se X é arte, então representa algo

X é arte

Logo, representa algo.

Como podemos ver este argumento é válido, pois corresponde à forma do modus ponens.

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Podemos afirmar também que esta é uma boa teoria pelo seguinte: O critério de classificação
utilizado para definir obras de arte é bastante rigoroso, o que faz com que consigamos distinguir
facilmente uma obra de arte, isto é, apenas é arte o que representa algo. Esta teoria oferece
também um critério de valoração das respetivas obras, ou seja, uma obra de arte é tão boa quanto
mais se conseguir aproximar do objeto imitado ou representado. Basicamente quanto melhor
desenharem uma casa, por exemplo, mais bela essa obra será. Outro aspeto que esta teoria nos
mostra é que é centrada nos objetos imitados e utilizamo-la frequentemente em frases como:

- “Este filme é excelente, pois é um retrato fiel da sociedade americana nos anos 60”

- “Este quadro é tão bom que mal conseguimos distinguir aquilo que o artista pintou do modelo
utilizado.”

Podemos dizer assim que esta teoria se adequa ao facto incontestável de muitas obras de arte
imitarem algo da natureza.

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Olhando para estes exemplos percebem que estas obras de arte estão a representar, a primeira a
natureza e a segunda possivelmente uma mulher do povo a preparar o pequeno-almoço.

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A primeira objeção feita é que não abrange todas as obras de arte uma vez que existem muitas
obras que não representam ou imitam algo como por exemplo na pintura abstrata, na literatura e
até mesmo na música.
Em relação á música os filósofos compreenderam que era difícil chamar-lhe arte dado que é
bastante improvável que qualquer obra musical imite seja o que for, e por esse motivo, optaram por
mudar o conceito de imitação por representação de forma a abranger também a música. Mas ainda
lhes resta a literatura e a pintura abstrata. Como podemos observar nesta pintura, dificilmente
conseguimos dizer que está representado algo. Desta maneira, vemos que o facto que a definição
explicita desta teoria é que a arte é uma condição necessária porque para algo ser arte tem de imitar
vemos que isso não acontece com todas as obras de arte. Concluímos assim que esta definição não
abrange tudo aquilo que devia incluir ficando assim muito por explicar.

Outra critica feita é que a objeção anterior acaba também por desvalorizar o critério de classificação
apresentado. Vemos assim que o critério de classificação proposto não é suficiente uma vez que
existem obras de arte que são reconhecidas como arte, porém com o critério apresentado nesta
teoria não são classificadas como tal.

Por exemplo esta obra de arte não imita nem representa nada, mas, no entanto, maioritariamente
das pessoas a considera ARTE.

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Revendo tudo aquilo que falámos, vimos então que as teorias essencialistas exigem que a arte seja
uma condição necessária e suficiente. Vimos também que esta teoria afirma que “Uma obra é arte
se, e só se, é produzida pelo homem e imita ou representa algo.” As críticas feitas a esta teoria de
forma resumida foram:

-Há obras que são reconhecidamente arte e não são classificadas como tal.

-Muitas obras de arte não poderiam ser consideradas boas nem más, já que não imitam nada.

-Esta teoria defende que uma condição necessária para algo ser arte é imitar, e isso não acontece
com todas as obras de arte.

E por fim concluímos assim que esta teoria não é de todo satisfatória.

Alguém tem alguma questão?

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