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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA GERAL E INICIO A PSICOLOGIA CIENTIFICA

Domingo Tidairana Ajuda

708239521

Chimoio, Setembro, 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA GERAL E INICIO A PSICOLOGIA CIENTIFICA

Domingo Tidairana Ajuda

708239521

Trabalho científico para efeitos avaliativos da


cadeira de Psicologia Geral.

Licenciatura em ensino de matemática, 1 0 Ano,


delegação de Chimoio.

Orientado por: Dr. José Manuel Zaina Raposo

Chimoio, Setembro, 2023


Índice
1. Introdução.....................................................................................................................................3

1.1 Objectivos:..............................................................................................................................3

1.1.1 Objectivo geral.................................................................................................................3

1.1.2 Objectivo específico.........................................................................................................3

2. Origem da Psicologia...................................................................................................................4

2.1. Conceito da Psicologia...........................................................................................................5

2.2 Objecto da Psicologia.............................................................................................................6

2.2.1. Objectivo da Psicologia...................................................................................................7

2.3 Métodos usados na Psicologia................................................................................................7

2.4. Importância da Psicologia na vida prática.............................................................................9

Conclusão.......................................................................................................................................11

Referencia Bibliográfica.................................................................................................................12
1. Introdução

Muito se discute a origem e a relevância da Psicologia Geral no seio escolar tanto na vida
quotidiana, em consequência disso, o presente trabalho científico ajudar-nos-á a perceber como e
quando surgiu esta palavra e como os eruditos a vêem e a discutem ao longo do tempo.
Conheceremos também a sua relevância na vida pratica tanto quanto os métodos usados na
Psicologia.
Cogita-se que, é através de suas diversas áreas e linhas de atuação que ela tem procurado
compreender a complexidade humana. Para tanto, os psicólogos investigativos partem dos
aspectos subjetivos como as emoções e dos pensamentos dos seres humanos como também dos
seus comportamentos.

1.1 Objectivos:

1.1.1 Objectivo geral


 Compreender a origem da Psicologia e sua relevância

1.1.2 Objectivo específico


 Conceituar a Psicologia
 Distinguir o objecto de estudo da Psicologia
 Descrever os principais métodos usados na Psicologia

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2. Origem da Psicologia

A Psicologia não surgiu directamente como uma ciência. Ela começou como um ramo da
filosofia e continuou por cerca de 2000 anos antes de emergir como uma ciência. A Psicologia
começou como resultado da curiosidade dos cosmólogos para entender sobre as experiências
místicas e actividades de pessoas e eventos. Estes incluem as suas experiências na vida, sonhos,
vida materialista, os impulsos que têm e peculiaridades no comportamento das pessoas em
diferentes situações

O termo psicologia foi encontrado pela primeira vez em livros filosóficos do século XVI. Foi
formada de duas palavras gregas: ‘psique’ (alma) e “logos” (Doutrina). Por alma, entende-se o
princípio subjacente de todos os fenómenos da vida mental e espiritual.

[...] a filosofia surgiu quando se descobriu que a verdade do mundo e dos


humanos não era algo secreto e misterioso, que precisava ser revelado por
divindades a alguns escolhidos, mas que, ao contrário, podia ser conhecida por
todos, através da razão que é a mesma em todos; quando se descobriu que tal
conhecimento dependia do uso correcto da razão ou do pensamento e que, além
da verdade poder ser conhecida por todos, podia pelo mesmo motivo, ser
ensinada ou transmitida a todos (CHAUÍ, 1995, p.23).
As ideias modernas sobre mente e seu funcionamento foram derivadas da filosofia grega. Uma
das primeiras pedras na base da psicologia como ciência foi colocada pelo médico do grego
clássico Alcmeão de Crotona no século VI a.c, que propõe que, a “vida mental é uma função do
cérebro”. Esta ideia fornece uma base para entender a psique humana até hoje. Os outros
filósofos gregos notáveis são Hipócrates (460-370 a.c), Sócrates (469-399 a.c), Platão (428 / 7-
348 a.c) e Aristóteles (384-322 a.c).
Sócrates reconhecia a mente, além da alma. Em consequência disso, ele tinha analisado as
actividades da mente na forma de pensamento, imaginação, memória e sonhos. Além disso, seus
alunos Platão e Aristóteles reforçaram e continuaram a ideia de Sócrates. No entanto, eles não
têm muita crença na existência da alma. Então, eles enfatizaram a capacidade de raciocínio do
homem e chamaram o ser humano de animal racional.
Platão estava mais interessado em saber o papel da mente no controle do comportamento
humano. Ele foi o progenitor do “dualismo em psicologia”.
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Outro factor existente, convém lembrar que, o dualismo de Platão foi largamente superado por
seu aluno Aristóteles, que reuniu pensamento psicológico com os estudos naturais e
restaurou a sua estreita ligação com a biologia e medicina. Ele transmitiu a ideia da
inseparabilidade da alma e do corpo vivo.
Por outro lado, Ele levantou a hipótese de que a mente é o resultado das actividades psicológicas
e disse que é necessário entender os processos psicológicos, incluindo as actividades dos órgãos
dos sentidos que ajudam o indivíduo a experimentar seu ambiente.

Entre os anos 1596 a 1650, aflui um filosofo francês René Descartes (1596-1650), que postulou a
existência da alma como uma entidade separada que é independente do corpo. Ele disse que o
nosso corpo é como um motor de automóvel que vai continuar o seu trabalho sem a supervisão da
alma e, portanto, o corpo e a alma são separados. Ele declarou que o homem tem uma natureza
dupla: mental e física. Desta forma esclarecia a dúvida levantada por Platão.
Outro factor existente ainda convém lembrar, Wundt é tido como pai da psicologia moderna pelo
fato dele ser o promotor dessa nova psicologia, foi ele quem a transformou em disciplina formal
acadêmica e merece todo o mérito por isso. Wilhelm Wundt foi o responsável por fazer da
Psicologia um ramo de estudo próprio. Ele permitiu que todas as pesquisas que conhecemos
hoje fossem desenvolvidas.
Gradualmente à medida que a perspectiva científica foi desenvolvida, filosofia começou a perder
sua proeminência, assim também a alma. Em seguida, a psicologia foi definida como “o estudo
da mente’.

2.1. Conceito da Psicologia


A palavra Psicologia tem sua origem em duas palavras gregas: psyché (alma) e logos (estudo,
razão, discurso), significando originalmente o estudo da alma. Assim: psyché + logos =
Psicologia.
Portanto, a palavra psicologia significava estudo ou conhecimento da alma. Ao longo do tempo, a
palavra psicologia foi tendo vários significados de acordo com o período e concepções
doutrinarias da época. Assim sendo, as definições da psicologia foram várias, algumas das quais
tinham um carácter eminentemente subjectivo. Por exemplo, alguns entendidos definiam a
psicologia como sendo ciência da mente, da consciência, e da experiência consciente.

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Segundo Wundt, postula que o objeto de estudo da Psicologia é a experiência consciente
imediata. Nessa perspectiva, a Psicologia é uma ciência que investiga como um sujeito apreende
sensações e sentimentos (conteúdos mentais básicos da experiência imediata).
Actualmente, a psicologia é definida como sendo ciência do comportamento e da actividade
mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto da psicologia, ou seja, o estudo do
comportamento e da actividade mental, ponto de vista que é até hoje assumido por grande
maioria de psicólogos e que nos parece mais racional.
Por comportamento se entende aqui como sendo todos os actos observáveis no indivíduo ou no
animal incluindo a linguagem e por actividade mental entende-se todo o desencadeamento de
processos mentais tais como: a atenção, a percepção, a memória, o pensamento e outros.

2.2 Objecto da Psicologia


O campo de estudo da psicologia é muito vasto – alguns dos fenómenos que aborda fazem
fronteira com a biologia, outros com as ciências sociais, como a sociologia. De uma forma geral,
esta ciência interessa-se por aquilo que os organismos fazem – o comportamento e aqui inclui-se
a actividade mental. O objecto de estudo da psicologia científica é o estudo do comportamento e
dos processos mentais, tendo em vista a sua explicação, isto é, estabelecer relações com as suas
causas.

 COMPORTAMENTO Qualquer acto efectuado pelo organismo e que possa ser


observado e registado. Sorrir, falar, pestanejar, calçar um sapato, marcar respostas num
questionário são exemplos de comportamentos.
 PROCESSO MENTAL Fenómeno interno e subjectivo, inferido a partir dos
comportamentos observados, por outras palavras, experiências intena (inferida a partir do
comportamento). Pode ser consciente ou inconsciente; ocorre durante toda a vida;
depende de factores hereditários e socioculturais. Sensações, percepções, lembranças,
emoções, sonhos, pensamentos, crenças são exemplos de processos mentais.

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2.2.1. Objectivo da Psicologia
Todas as ciências têm por finalidade chegar a conhecimentos rigorosos e objectivos, o que lhes
permite compreender, prever e controlar os factos que investigam. Também a psicologia
comunga das mesmas finalidades, propondo-se:
 Descrever: comportamentos e processos mentais.
 Explicar: comportamentos e processos mentais, o que significa identificar as causas que
os determinam.
 Prever: comportamentos, o que só é possível a partir da identificação das suas causas.
 Controlar: as circunstâncias em que ocorrem os comportamentos, o que exige a sua
explicação.

2.3 Métodos usados na Psicologia


Toda via sabe-se que, método é uma imposição estabelecida para atingir um certo objectivo.
Metodologia seria conjunto de regras ou procedimentos estruturados e coerentes que visam
alcançar um fim ou objectivo. Como qualquer outra ciência a Psicologia usa métodos para
descrever e compreender os processos e fenómenos psicológicos.
Contudo aqui destacar-se-á os principais, isto é, aqueles que mais se destacam no estudo dos
fenómenos e processos psicológicos:

Método Introspectivo

A introspecção propõe o conhecimento das emoções através da observação interna e reflexão por
parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo sujeito do conhecimento e objecto de
estudo num processo de auto-observação.
A introspecção controlada implica a presença de observadores externos e estruturação da
descrição dos conteúdos dos seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Alguns
conteúdos mentais passíveis de introspecção são as crenças, as imagens, memórias (visuais,
auditivas, olfactivas, sonoras e tácteis), intenções, as emoções e o pensamento em geral
(conceitos, raciocínios, associações de ideias).

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Método de Observação controlada
Processo através do qual observadores humanos, utilizando como referência definições
operacionais, registam comportamentos manifestos verbais e/ ou motores.
A realização da observação isolada do método experimental (geralmente constitui o primeiro
momento do método experimental) sucede por, em determinadas ocasiões, e por motivos práticos
ou deontológicos, não ser possível o recurso ao método experimental. Contudo é sempre possível
estabelecer hipóteses e recorrer a técnicas de observação que permitam a verificação das
hipóteses sem passar pela experimentação.

Método Experimental
O método experimental baseia-se no método científico comum à maioria das ciências. É
defendido pelo behaviorismo mas utilizado por outras correntes de psicologia. No método
experimental, o psicólogo manipula activamente a experiência, escolhendo as respostas a serem
medidas e controlando as influências estranhas que poderiam afectar os resultados da sua
experimentação. O objectivo é verificar a veracidade das hipóteses, sendo que o experimentador
tem que manipular um determinado factor ou condição (variável independente) e observar as
consequências dessa manipulação no comportamento em estudo (variável dependente). A sua
finalidade última é o estabelecimento de leis gerais, permitir conhecimentos sobre
comportamentos comuns a um grupo de pessoas, não sendo aplicável a casos individuais.

Fases do método experimental:


 Formulação de hipóteses (hipótese prévia) - esta etapa serve como meio de apoio, que
guiará a observação do experimentador.
 Experimentação - fase de verificação da hipótese. Esta etapa é um conjunto de
observações realizadas.

Método clínico
Não é um método de pesquisa nem pretende descobrir leis do comportamento, constituindo-se
como uma série de procedimentos de diagnóstico e tratamento de pessoas com problemas de
comportamento e/ ou emocionais.
O estudo desenvolve-se assim sobre um único indivíduo ao longo de determinadas fases:
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 Anamnese - levantamento da história individual do paciente
 Entrevista - colocação de questões ao paciente na tentativa de seleccionar hipóteses a
partir das suas respostas verbais e não-verbais
 Observação - estudo dos comportamentos do paciente no seu ambiente natural de modo a
confirmar a hipótese seleccionada

Com o objectivo de conhecer o inconsciente Freud Estabelece um conjunto de procedimentos que


nos podem fornecer informações sobre o inconsciente do paciente, responsável pelos seus
distúrbios.
 Hipnose - induzir o paciente, através de uma sugestão intensa, num estado semelhante ao
sono.
 Interpretação dos sonhos - os sonhos apresentam imagens figurativas de recalcamentos,
ansiedades e medos, que depois de interpretados vão permitir ao psicanalista confirmar os
resultados das suas investigações sobre problemas de comportamento apresentados pelo
paciente.
 Actos falhados - fenómenos ligados a lapsos de linguagem, de escrita, esquecimentos
momentâneos de palavras. São acidentes de carácter insignificante e de curta duração.
 Transferência - transferência inconsciente para a figura do psicanalista de sentimentos de
ternura ou de hostilidade (transferência positiva ou negativa). É um processo de catarse,
descarga psíquica, restabelecendo a relação entre a emoção e o objecto que inicialmente a
despertou.

2.4. Importância da Psicologia na vida prática


O psicólogo é responsável por ajudar as pessoas a lidarem com os seus problemas e assim
conseguirem mais segurança e até mesmo mais autoconhecimento. Diferente do que muitos
imaginam, hoje em dia a psicologia não é aplicada apenas para aquelas pessoas que possuem
algum tipo de conflito ou distúrbio. Essa acabou se tornando uma especialidade muito comum
para todos aqueles que estão em busca de mais saúde mental e equilíbrio nas suas vidas.
Então se você tem o intuito de diminuir sua ansiedade, o stress e até mesmo sofrimento
emocional, optar pela ajuda de um psicólogo é uma estratégia muito importante. Com o auxílio

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da psicologia é possível ainda que o paciente trate alguns traumas do passado, o que acaba
gerando uma melhora muito significativa para experiências futuras da sua vida.

A psicologia faz compreender também a educação e a pedagogia, auxiliando os pais a serem


melhores e mais compreensíveis com os filhos, fazendo com que também as crianças cresçam
com uma mente saudável, não apenas em casa com a sua família, mas capaz de se tornar uma
pessoa melhor para o outro.

Com os estudos da psicologia é possível aprender e enxergar de maneira clara o sentido da vida e
os conceitos de felicidade e perdão, por exemplo. Passando a enxergar o mundo de outra forma,
tornando-se mais compreensível, tolerante e mais feliz.

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Conclusão

Em virtude dos factos mencionados, pode-se salientar que a Psicologia é ciência responsável pelo
estudo do comportamento das pessoas, individual e colectivo, e, sobretudo, por sua amplitude do
campo de aplicação, por isso, a Psicologia vem ocupando um espaço de destaque na sociedade.
Todavia, ela teve grandes avanços para fornecer compreensão das relações humanas baseadas em
metodologias que abrangem campos como clínicos, sociais, trabalhistas e educacionais, propondo
em cada área soluções baseadas no desenvolvimento e bem-estar do ser humano.

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Referencia Bibliográfica

 DAVIDOFF, L. Introdução à Psicologia. 3.ed. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1980.


 MYERS, D. Introdução à Psicologia Geral. São Paulo: Técnicos e Científicos, 2000.
 PENNA, A. Introdução à história da Psicologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
 PEREIRA, Marcos Emanoel. História da Psicologia: linha de tempo das idéias
psicológico. 2007.

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