Você está na página 1de 17

O CONTEXTO FILOSÓFICO

Historia da Psicologia 2
JOÃO MAKUÉDIA
Makuediat@hotmail.com
UM LONGO PASSADO

A afirmativa de Ebbinghaus de que A PSICOLOGIA


POSSUI UM LONGO PASSADO E UMA HISTÓRIA
CURTA faz-nos lembrar que as questões que interessam aos
psicólogos têm sido tratadas por pensadores sérios há
milhares de anos, mesmo que, como disciplina estabelecida,
a psicologia tenha apenas pouco mais de 120 anos.

A "nova psicologia" que surgiu no final do século XIX


diferia da filosofia pelo fato de as questões sobre o
comportamento humano e a vida mental terem sido levadas
ao laboratório pela primeira vez.
OBJECTIVOS /ESTUDO
Conceitos e Questões filosoficas importantes para os
psicologos

O conhecimento das ideias e compreensão do modo como


foram tratados pelos principais filosofos propicia uma
base necessaria à compreensao da Moderna Psicologia.

Os problemas filosóficos mais relevantes para a


psicologia dizem respeito a:
 Questões da semelhança ou diferença entre os
eventos mentais e os físicos. E como os dois tipos
de eventos se relacionam um ao outro.

 A questão da possibilidade de nosso conhecimento de


mundo ser derivado primariamente de nossa singular
capacidade de raciocinio ou resultar dos efeitos
cumulativos de nossas experiencias sensoriais
 Ao grau em que nossa herança e nosso ambiente
nos moldam

 A questão da possibilidade de nossos pensamentos


sentimentos e actos resultarem de nosso livre-
arbítrio ou de leis determinísticas da natureza

 A questão da possibilidade de melhor compreensão


de fenómenos complexos quando estes são
divididos nas partes que os compõem.

 René Descartes, O mais conhecido racionalista e pai da filosofia moderna


 John Locke, fundador do Impirismo Britanico,
 John Stuart Mill, Empirista associacionista do seculo XIX
DESCARTES E OS PRIMÓRDIOS DA
CIÊNCIA E DA FILOSOFIA MODERNAS
Descartes viveu no final da renascença, (200anos.
Redescoberta dos textos dos antigos Gregos e Romanos
/Platão e Aristoteles. O periodo foi marcado por grandes
avanços na ciência e na tecnologia.

Foi uma era que questionou a autoridade da igreja e de


Aristóteles recorrendo, por exemplo, ao apoio de Galileu ao
modelo heliocêntrico do universo proposto por Copérnico
para substituir o modelo geocêntrico tradicional.

Descartes foi contemporâneo de Sir Francis Bacon, que


defendeu o emprego de uma estratégia científica indutiva
Descartes
Descartes era racionalista e acreditava que o caminho para
o verdadeiro conhecimento passava pelo uso sistemático
da faculdade do raciocínio.

Como considerava que certas verdades fossem universais


e pudessem ser atingidas por meio da razão, sem
necessidade da experiência sensorial, Descartes era
também um nativista.

Além disso, ele era dualista e interacionista, acreditando


que mente e corpo eram essências distintas que exerciam
influência recíproca direta.
Descartes
P/ explicar a interação mente-corpo, criou um modelo da
atividade do sistema nervoso, tendo sido o primeiro a
descrever o ato reflexo.
O modelo da atividade corporal era mecanicista
O corpo era como uma máquina. Segundo a dicotomia
cartesiana, os animais são máquinas puras,
os seres humanos têm uma mente racional (alma) que
complementa seu corpo mecânico.
O ARGUMENTO DOS EMPIRISTAS
BRITÂNICOS E OS ASSOCIACIONISTAS

 
O fundador do empirismo britânico foi John Locke,
que rejeitou a crença nativista nas ideias inatas e
argumentou que a mente era como uma folha de papel
em branco, a ser preenchida por nossas experiências.
As ideias resultantes da experiência têm duas fontes: a
sensação e a reflexão.
Locke utilizou um modelo atomista, partindo do
princípio de que as ideias complexas se construíam a
partir dos elementos básicos das ideias simples.
.
As qualidades primárias (por exemplo, a extensão)
existem independentemente de quem as percebe, mas
as secundárias (por exemplo, a percepção das cores)
dependem da percepção.
As convicções de Locke levaram-no a recomendar aos
pais que assumissem papel ativo na educação dos
filhos, que os incentivassem com elogios, em vez de
recompensas concretas, e que evitassem a punição
como estratégia educacional.
GEORGE BERKELEY
fez uma análise detalhada da percepção visual com base
nos argumentos empiristas, descrevendo nesse processo
fenômenos visuais como a convergência, a acomodação e
os efeitos da inversão da imagem retinal.

Ele rejeitou a distinção entre qualidades primárias e


secundárias proposta por Locke e, para contra-atacar o
materialismo, propôs que é impossível ter certeza da
realidade dos objetos, exceto por meio da fé em Deus, o
Perceptor Permanente (idealismo subjetivo).
 
DAVID HUME
era um empirista/associacionista conhecido pela distinção que
traçou entre as impressões, resultantes da sensação, e as
ideias, por ele chamadas de cópias vagas das impressôes.

Além disso, ele classificou as regras da associação como


semelhança, contiguidade e Causa/efeito. Hume acreditava
que não podemos conhecer a causalidade de maneira absoluta,
mas apenas saber que certos eventos ocorrem conjuntamente
com regularidade.
DAVID HARTLEY
é considerado o fundador do associacionismo por causa de
sua tentativa sistemática de resumir tudo que se sabia a
respeito e do seu argumento de que a essência da associação
eram a contiguidade (tanto espacial quanto temporal) e a
repetição.

Ele criou um modelo da ação do sistema nervoso com base


no conceito newtoniano de vibração e adotou uma postura
paralelista psícoftsíca no que se refere à questão mente-
corpo.
JOHN STUART MILL
 Criança-prodígio, foi o principal filósofo britânico do século
XIX. Ao contrário de outros (inclusive seu pai, o filósofo
empirista James Mill), que descreveram a mente em termos
mecânicos e ato místicos de seus componentes básicos,
MILL
J. S. Mill usou uma metáfora química mais holística,
argumentando que as ideias complexas sâo maiores que
a soma das ideias simples que as compõem.

Mill analisou a lógica da ciência e descreveu vários


métodos para tentar atingir a verdade científica indutiva:
os métodos da concordância e da diferença (subjacentes
ao atual método experimental) e o método da variação
concomitante, semelhante ao atual método correlacional.
REAÇÕES RACIONALlSTAS AO EMPIRISMO

Gottfried Leibniz questionou a analogia da folha de papel em


branco proposta por Locke, sugerindo que a mente era mais
como o mármore, cujos veios sâo análogos às aptidões e ideias
inatas que moldam nossas experiências.

 Ele questionou também o interacionismo de Descartes,


argumentando em favor de uma postura paralelista e defendendo
sua opinião com a metáfora dos dois relógios em sincronia.

Sua monadologia forneceu a base para os conceitos de


inconsciente e limiares sensoriais.
Immanuel Kant
reconheceu a importância da experiência no
desenvolvimento da compreensão de mundo, mas
argumentou que a experiência por si não era possível
sem uma base em algum conhecimento a priori que
fornecesse um arcabouço para a experiência.

Kant acreditava que a psicologia nâo poderia atingir o


status de ciência.

Você também pode gostar