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Empirismo

Locke e Hume
Séculos XVII e XVIII
Empirismo
• Afirmava ser todo o conhecimento resultante da experiência pessoal.
• A mente evolui com o acúmulo progressivo das experiências
sensoriais.
• Alguns dos principais empiristas britânicos: John Locke, George
Berkeley, David Hume, David Hartley, James Mill, John Stuart Mill.
o filósofo John Locke (1632-1704)

Inglaterra.
Durante os tempos de universidade, decepcionou-se com o aristotelismo e
com a escolástica medieval, enquanto tomava contato com o pensamento
de Francis Bacon e René Descartes.
Problemas políticos obrigaram a sair de seu país, em 1675, e exilar-se na
França e, posteriormente, na Holanda. regressou à Inglaterra somente em
1688, durante a revolução Gloriosa, que levou Guilherme de Orange ao
trono da Inglaterra.A partir de então, pôde dedicar-se livremente às
atividades intelectuais.
John Locke (1632-1704)
• Parte do mesmo ponto que Descartes – ideias constituem o
conhecimento humano.
• Crítico do cartesianismo, nega as ideias inatas. Ideias que parecem
inatas são aprendidas na infância.
• Tabula rasa – a mente humana é uma lousa vazia em que se registram
as experiências.
• Aprendizagem e hábito.
John Locke (1632-1704)
• Nada existe no intelecto que não tenha passado antes pela
percepção.
• Como podemos formar ideias de coisas que nunca vimos?
Pela junção de ideias conhecidas.
• Três bases: experiência, ideias adquiridas, mente tábula rasa.
John Locke (1632-1704)
Dois tipos de experiência: sensação e reflexão.
• Sensação – ideias derivada dos sentidos, da experiência sensorial
direta com os objetos do ambiente – impressões do sentido.
• Reflexão – as impressões sensoriais operam na mente, que também
opera nas sensações, fazendo uma reflexão para formar as ideias, os
conceitos.
John Locke (1632-1704)
Ideias simples, ideias complexas e associação.
Ideias simples são as ideias elementares, que surgem
da sensação e da reflexão;
Ideias complexas são as derivadas, compostas pelas
simples, que podem ser analisadas ou reduzidas a
componentes mais simples.
Associação é a noção de que o conhecimento resulta
da ligação ou associação entre ideias simples para
formar ideias complexas.
John Locke (1632-1704)
• Associação é o nome inicial dado ao processo chamado
atualmente pelos psicólogos de aprendizagem. Por associação
de ideias simples se formam as ideias complexas a exemplo do
relógio, montar e desmontar.
• Começo da abordagem da química mental que caracteriza a
teoria da associação.
• A redução ou análise da vida mental – base da nova psicologia
científica.
Análise da vida mental em forma de ideias – desmontar e
remontar, a exemplo do relógio.
John Locke (1632-1704)
Qualidades primárias são características, como tamanho e
forma de um objeto, perceptíveis ou não.
Qualidades secundárias são características, como cheiro, cor,
gosto, que existem em nossa percepção do objeto.
Três recipientes: água fria, quente e morna.
As qualidades secundárias existem na nossa percepção e não no
objeto em si.
David Hume (1711-1776)

• Apoiava a concepção de Locke - ideias simples formam as


ideias complexas e a teoria da associação.
• Concordou com Berkeley que o mundo material não existe
para o indivíduo até ser percebido.
• Aboliu a mente como substância - ela é uma qualidade
secundária. A mente só é observável por meio da percepção
e não passa do fluxo de ideias, sensações e lembranças.
David Hume (1711-1776)

• Estabeleceu uma distinção entre duas espécies de


conteúdo mental: impressões e ideias.
• As impressões são os elementos básicos da vida mental,
assemelhando-se à sensação e à percepção na
terminologia de hoje.
• As ideias são as experiências mentais que temos na
ausência de objetos estimulantes; seu equivalente
moderno é a imagem.
David Hume (1711-1776)

• Semelhança: noção de que, quanto mais semelhante


forem duas ideias, mais rapidamente serão associadas.
• Contiguidade: noção de que, quanto mais forte a ligação
entre duas ideias, no tempo ou no espaço, mais
rapidamente serão associadas. As ideias ou sensações que
ocorrem juntas, de modo simultâneo ou sucessivo, se
associam de tal maneira que a ocorrência de uma resulta
na ocorrência da outra.
David Hume (1711-1776)

• Leis da associação de ideias - contraparte mental da lei da


gravidade na Física - princípios universais do
funcionamento da mente.
• Novamente a noção de que ideias complexas são
construídas mecanicamente, através de um amálgama de
ideias simples.
• Segue a linha do mecanicismo, desenvolve o empirismo e
o associacionismo.
Contribuições do empirismo para a Psicologia
• o papel essencial dos processos da sensação;
• a análise da experiência consciente em seus elementos;
• a síntese de elementos para formar experiências mentais mais
complexas por meio do processo da associação;
• o enfoque nos processos conscientes.
Nova Psicologia

• Perto da metade do século XIX, a filosofia tinha feito tudo o


que podia.
• A justificativa teórica de uma ciência natural do homem fora
estabelecida.
• Era necessária uma abordagem experimental do objeto de
estudo.
• Influência da fisiologia experimental - tipos de
experimentação que completaram as bases para a Nova
Psicologia.
Referências
GHIRALDELLI JR., Paulo. Introdução à Filosofia. Barueri: Editora Manole, 2003.
E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520448168/pageid/
17 Acesso em: 09 ago. 2021.

NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna. São
Paulo: Globo, 2005.

SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sidney E. História da psicologia moderna. 11ª ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2019. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788522127962/pageid/
1 Acesso em: 09 ago. 2021.

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