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René Descartes

Epistemologia
• As certezas começam a ser derrubadas, inicia-se a
dúvida.
• Busca do conhecimento seguro e confiável, um novo
método.
• Francis Bacon René Descartes
Francis Bacon (1561-1626)
• Filósofo, Francis Bacon, contemporâneo de Descartes, fundador do
moderno empirismo.
• Assim como Descartes buscava estabelecer bases seguras para o
conhecimento válido e, também como Descartes, ele as procurava no
campo das experiências subjetivas.
• A diferença era que para Bacon a razão deixada em total liberdade
pode-se tornar tão especulativa e delirante que nada do que produza
seja digno de crédito.
Francis Bacon (1561-1626)
• É necessário dar à razão uma base nas experiências dos sentidos, na
percepção, desde que essa percepção tenha sido purificada, liberada
de erros e ilusões a que está submetida no cotidiano.
• Bacon em o Novum organum elabora suas propostas de como se
livrar do erro e encontrar a verdade tendo como base a experiência
subjetiva sensorial e racional.
• Bacon, como Descartes, é um dos grandes pioneiros na preocupação
com o Método na produção de conhecimentos filosóficos e científicos
que marcou toda a Modernidade ocidental desde o século XVII até os
dias de hoje.
René Descartes (1596-1650)
•Descartes, inaugurador da modernidade, marca o fim de um
conjunto de crenças que fundamentavam o conhecimento.
•O homem moderno não busca a verdade no transcendente,
em Deus, mas sim na representação correta do mundo.
•Essa representação é interna, ou seja, a verdade reside no
homem, dá-se para ele.
René Descartes (1596-1650)
•Há um sujeito que conhece, que é pura representação e por
isso capaz de conhecer o mundo de forma objetiva.
•Para Descartes a razão é uma faculdade inata, lugar das
ideias claras e distintas, e o cogito é a primeira certeza
alcançada pela razão. Assim a razão obedecendo ao método
poderá decifrar todos os enigmas da realidade.
•Descartes fundamenta a razão como o princípio seguro para
construção de conhecimento.
René Descartes - Meditações
• O primeiro argumento: toma um pedaço de cera - aproxima do calor,
a cera muda de forma, demonstra assim que não podemos confiar
nos sentidos (na observação, na experiência) eles nos enganam.
• O segundo argumento: o sonho, questiona acerca da diferença entre
sonho e realidade. Como posso ter certeza de que não estou
sonhando? Como posso afirmar a realidade? Se muitas vezes nos
sonhos eu julgava ser verdadeiro o que era ilusório.
• O terceiro argumento – Gênio enganador, Descartes extrapola o seu
duvidar e imagina um gênio que tenta persuadi-lo, enganá-lo, e fosse
capaz de lhe mostrar que ele não era aquilo que ele julgava ser.
Método de Descartes
Há um caminho para construir conhecimentos sólidos:
1. Evidência: nunca aceitar coisa alguma, salvo ideias claras e
distintas;
2. dividir cada problema em tantas partes quantas seja
necessárias para resolvê-lo;
3. pensamento deve obedecer uma ordem: do simples para o
mais complexo;
4. verificar tudo cuidadosamente para nos assegurar de que
nada foi negligenciado.
Dúvida metódica e o Cogito
•Cogito cartesiano indica a evidência pela qual cada indivíduo
reconhece a própria existência enquanto sujeito pensante.
•Para percorrer esse caminho Descartes utiliza a dúvida como
ferramenta, diferente dos céticos a dúvida permite a
Descartes alcançar a verdade, a dúvida não é um obstáculo
ela é a possibilidade de remover todos os obstáculos que
impedem o conhecimento.
Dúvida metódica e o Cogito
•É esse o trabalho realizado por Descartes: submeter à crítica
todos os preconceitos adquiridos com a educação.
•Descartes ao utilizar o argumento da dúvida afasta a
possibilidade de erro, ao duvidarmos pensamos.
•Uma coisa que não se pode duvidar é que somos seres
pensantes.
•Cogito ergo Sun (penso, logo existo) esta afirmativa é
absolutamente certa e verdadeira.
Dualismo cartesiano
• Descartes não confia no conhecimento revelado através dos sentidos.
• Afirma que há no mundo duas substâncias - res cogitans ou res
extensa.
• res cogitans - universo do pensamento, da reflexão, da atividade
intelectual e da liberdade de agir;
• res extensa - o plano da extensão, da matéria, do corpo, de tudo que
está no espaço, com suas modificações ou modos - a quantidade, a
forma e o movimento.
• os corpos se submetem à quantidade e podem ser explicados em
termos mecanicistas - metáfora do relógio.
René Descartes
•Os escritos de Descartes referem-se frequentemente à natureza
mecânica dos animais:
•Sei muito bem que os animais ... agem de modo natural e pela
força de molas semelhantes às de um relógio, que indica a hora
de modo muito melhor do que o nosso julgamento”
•Embora, segundo Descartes, a mente seja imaterial, ela é capaz
de abrigar o pensamento e a consciência, e proporciona
conhecimento sobre o mundo exterior.
•A mente não tem nenhuma das propriedades da matéria. Sua
característica mais importante é a capacidade de pensar, o que
a aparta do mundo material.
René Descartes
•Como percebe e tem vontade, a mente tem de influenciar o
corpo e ser influenciada por ele de alguma maneira. Quando
ela decide deslocar-se de um ponto a outro, por exemplo, essa
decisão é concretizada pelos nervos e músculos do corpo.
•Do mesmo modo, quando o corpo é estimulado — pela luz ou
pelo calor, por exemplo —, é a mente que reconhece e
interpreta esses dados sensoriais, determinando a resposta
apropriada.
•Descartes formulou uma teoria sobre a interação dessas duas
entidades, mas precisou antes encontrar um ponto físico onde
a mente e o corpo se engajassem em sua influência mútua.
René Descartes
•Ele concebeu a alma como uma entidade unitária, o que
significava que ela devia interagir com apenas uma parte do
corpo.
•Ele também acreditava que o ponto de interação se
localizava em algum lugar do cérebro, porque a pesquisa
demonstrara que as sensações se deslocam para o cérebro e
que é nele que o movimento tem origem.
•O cérebro tinha de ser o ponto focal das funções mentais.
ocorre.
René Descartes
•A única estrutura cerebral simples e unitária (isto é, não
dividida nem duplicada nos dois hemisférios) é a glândula
pineal ou conariurn.
•Descartes a considerou a escolha lógica como sede da
interação.
•Descartes descreveu em termos mecanicistas a maneira
como a interação entre mente e corpo ocorre.
Contribuições de Descartes para a Psicologia
• A obra de Descartes – catalisadora de tendências que mais tarde tiveram
destaque na psicologia.
• Suas contribuições sistemáticas mais dignas de nota são
✔ a concepção mecanicista do corpo,
✔ a noção de ação reflexa - movimentos corporais ocorrem sem intenção consciente
✔ teoria da interação mente-corpo – mente, função de pensar.
✔ a localização das funções mentais no cérebro e
✔ a doutrina das ideias inatas.
• Descartes - a ideia do mecanismo aplicada ao corpo humano - depois
também à mente humana - filosofia mecanicista, influência penetrante.
Referências
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia – História e Grandes
Temas. 15ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

GHIRALDELLI JR., Paulo. Introdução à Filosofia. Barueri: Editora


Manole, 2003. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520448
168/pageid/17 Acesso em: 09 ago. 2021.

NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das origens à idade


moderna. São Paulo: Editora Globo, 2005.

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