Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A dúvida metódica é o método com que o filósofo francês Descartes procurou chegar à
prova da existência de verdades absolutas, logicamente necessárias e de reconhecimento
universal, tal como exige a defesa do Dogmatismo por ele preconizada e defendida, na
questão da possibilidade do conhecimento.
Este método consistia da filtragem de todas as suas idéias, eliminando aquelas que não se
afigurassem como verdadeiras e fossem dúbias, e apenas retendo as idéias que não
suscitavam qualquer tipo de dúvida.
Descartes para dar seguimento a este processo isolou-se no seu quarto durante vários dias
em profunda reflexão. Réne Descartes sendo dogmático, ou seja, acreditando na
possibilidade de conhecer a realidade e apreender mentalmente as suas características,
apenas usou o processo da dúvida, enquanto método para atingir o fim da descoberta de
verdades absolutas, não se podendo associar-lhe ou conceder-lhe o estatuto de céptico, ou
seja, da corrente oposta que nega a possibilidade de conhecer qualquer parte integrante da
realidade.
Assim sendo, com a dúvida a ser utilizada apenas temporariamente como método, a
máxima associação que podemos fazer a Descartes com o cepticismo é considerando-lhe
um céptico moderado durante esta fase despoletada pelo seu processo de reflexão.
4- Quais os tipos de idéias existem para descartes? Explique cada uma delas.
Descarte distingue três tipos de idéias: inatas, adventícias e factícias. As idéias adventícias
são aquelas que nos chegam a partir dos sentidos, as factícias são provenientes da nossa
imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas na memória
cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos.
Idéias inatas, idéias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à
sua imagem e semelhança.
Estas idéias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós, mas produzidas pelo
entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar
profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de as pensar ou não.
Representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de
fundamento a todo o saber científico.
Descartes aceitava que o mundo tivesse sido criado por Deus, aceitava que, se Deus
existisse, ele garantiria o suporte de todas as outras verdades. Mas, como saber se Deus
existe ou não e como provar a sua existência se apenas podia ter a certeza da existência do
cogito? Descartes apresenta três provas da existência de Deus.
Deus, sendo perfeito, não pode ser enganador. Enquanto perfeição, Deus é garantia da
verdade das nossas ideias claras e distintas (por exemplo: 2+2=4 ou penso, logo, existo»).
-Se Deus é perfeito e criador do homem e da realidade, então é também o criador das
verdades incontestáveis e o fundamento da certeza.
-Segundo Descartes, é Deus que garante a adequação entre o pensamento evidente
(verdadeiro) e a realidade, conferindo assim validade ao conhecimento.
-Deus é a perfeição, ou seja, é o bem, a virtude, a eternidade, logo, não poderá ser o autor
do mal nem responsável pelos nossos erros.
-Se Deus não existisse e não fosse perfeito, não teríamos a garantia da verdade dos
conhecimentos produzidos pela razão, nem teríamos a garantia de que um pensamento claro
e distinto corresponde a uma evidência, isto é, a uma verdade incontestável. Se Deus não é
enganador, então as nossas evidências racionais são absolutamente verdadeiras.
-Se Deus não existisse, para Descartes, seria o caos e nunca poderíamos ter a garantia do
funcionamento coerente da nossa razão nem ter noção de como se
7- Expliquem a regra do método proposto por descartes