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Cumprimento do dever, imparcialidade e respeito pelas pessoas:
A ação moralmente correta é decidida pelo indivíduo quando adota uma
perspetiva universal. Deveres como “Paga o que deves”, “Sê leal”, “Não
roubes”. Só o interesse e parcialidade do agente podem levar à violação de tais
regras ou deveres morais. A ética kantiana valoriza sobretudo o respeito pelos
direitos das pessoas.
Boa vontade:
- Uma vontade que age de forma moralmente correta;
- Uma vontade que cumpre o dever respeitando a lei moral, ou seja, a única
intenção é cumprir o dever pelo dever;
- Uma vontade que respeita todos os humanos;
- Uma vontade que age segundo máximas que podem ser seguidas por todos,
pois não violam os interesses de ninguém;
- Uma vontade autónoma porque decide cumprir o dever por sua iniciativa e
não por receio a autoridades externas ou opinião dos outros;
Críticas à ética kantiana:
O formalismo kantiano ignora os sentimentos e afetos das pessoas;
Insensibilidade às consequências que a ação pode provocar;
Ignorância das diferenças culturais;
Esquecimento das perspetivas e interesses individuais;
Não consegue resolver questões de conflito moral (ver página 117);
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Assenta na ideia de que cada pessoa deve articular os seus
interesses particulares com os interesses mais comuns, de maneira
que a sua ação seja boa, isto é, proporcione a maior felicidade a
todas as pessoas envolvidas nos resultados da ação;
Não há ações intrinsecamente boas, porque o motivo ou a intenção
não são decisivos pois se referem ao carácter do agente;
Não há deveres absolutos;
O utilitarismo é uma teoria hedonista porque:
Diz que devemos agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de
bem-estar;
A felicidade de que fala o utilitarismo é a felicidade individual e a geral. E
diz que a minha felicidade não conta mais que a dos outros;
Todas as atividades humanas têm como objetivo último a felicidade ou
bem-estar, ou seja, o prazer é o bem supremo da vida humana.
Stuart Mill diz que a sua teoria não é hedonista pois a sua teoria não
valoriza os prazeres materiais;
O que é a felicidade para Mill?
Segundo esta perspetiva, a felicidade consiste no prazer e na ausência
de dor;
Para Mill, existem prazeres superiores e inferiores, o que significa que há
prazeres intrinsecamente melhores do que outros;
Prazeres superiores são: prazeres espirituais, como apreciar a beleza, a
verdade, o amor, a liberdade, o conhecimento, a criação artística.
Qualquer prazer destes terá mais valor e fará as pessoas mais felizes do
que a maior quantidade imaginável de prazeres inferiores.
Prazeres inferiores são: Os prazeres ligados às necessidades físicas,
como beber, comer e sexo.
O critério de moralidade é o princípio de utilidade (felicidade):
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O princípio da utilidade ajuda-nos a deliberar quando as regras morais
não nos dão resposta à questão:” O que devemos fazer?”;
Críticas à teoria utilitarista:
Justifica a prática de ações imorais: Para o utilitarista, uma pessoa pode
desrespeitar uma das regras morais básicas (“Não matar”) e age
moralmente desde que essa ação proporcione felicidade a um número de
pessoas maior do que as pessoas a quem provocou sofrimento.
É excessivamente imparcial: se seguíssemos sempre o critério utilitarista
da imparcialidade, acabaríamos por destruir as relações pessoais que
mantemos com as pessoas que mais gostamos.
Exige demasiado do agente moral: seria desgastante pensar sempre no
bem-estar do todo e em beneficiar o maior número possível em tudo o
que fazemos. Estariam arruinadas as nossas obrigações familiares e as
relações pessoais.