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Ficha Formativa - O utilitarismo de Stuart Mill

Grupo I
As questões deste grupo são da autoria de Luís Rodrigues

1. O consequencialismo é uma perspectiva ética que:


a) Se baseia no princípio de utilidade;
b)Defende que as consequências da acção e o tipo de acção que
realizamos são igualmente importantes para avaliar a correcção moral
de uma acção;
c)Defende que uma acção é moralmente boa se as boas
consequências para a maioria superam as más;
d) Afirma que devemos fazer o que maximize as boas consequências
de uma acção, ou seja, devemos realizar a acção que tem melhores
consequências do que a acção alternativa.

2. Acerca do consequencialismo podemos dizer que:


a) O consequencialismo é sinónimo de utilitarismo;
b) O consequencialismo é sinónimo de egoísmo;
c) Há várias formas de consequencialismo;
d)É uma perspectiva ética que coloca o cumprimento do dever – das
normas morais comuns – acima de tudo.

3. Segundo a perspectiva consequencialista,


a)Devemos agir de modo a que as nossas acções produzam os
melhores resultados possíveis;
b) Devemos agir de modo a que as nossas acções produzam os
melhores resultados possíveis para nós;
c) Devemos agir de modo a que as nossas acções produzam os
melhores resultados possíveis para toda a gente;
d) Devemos agir de modo a que as nossas acções produzam os
melhores resultados possíveis para a generalidade das pessoas por
elas afectadas.

4. O utilitarismo é:
a) Um conjunto de normas morais;
b) Uma teoria ética não – consequencialista;
c) Uma teoria ética que dá especial relevo ao valor extrínseco das
acções.;
d) Uma teoria ética que dá especial relevo ao valor intrínseco das
acções.

5. O egoísmo ético e o utilitarismo distinguem – se porque:


a) O egoísmo ético preocupa – se com as consequências positivas e
negativas de uma acção; o utilitarismo com as consequências positivas
de uma acção;
b) Diferenciam – se a respeito de quem deve beneficiar com as
consequências positivas de uma acção;
c) Um egoísta ético afirma que devemos agir em vista do nosso próprio
bem enquanto um utilitarista defende que devemos ter em vista o bem
de todos os que são afectados pelos nossos actos ou que sentirão os
efeitos resultantes do que fazemos;
d)Defendem de modo diferente o bem comum.

6. Segundo o utilitarismo:
a) Temos o dever de dizer a verdade;
b) Não temos nunca o dever de dizer a verdade;
c)Temos o dever de dizer a verdade se daí resultarem mais benefícios
do que prejuízos;
d) Temos o dever de dizer a verdade desde que desse acto resultem
boas consequências.
7. Segundo o utilitarismo:
a) Devemos realizar as acções que promovam o maior bem para o
maior número de pessoas nossas amigas;
b) Devemos realizar as acções que promovam o respeito pelo dever;
c) A correcção ou incorrecção moral de um acto é, em geral, relativa à
situação ou às circunstâncias;
d) Há normas morais que não admitem excepções.

8. A ética utilitarista é uma teoria:


a) Teleológica;
b) Que considera que o certo e o errado dependem do resultado visado
por uma acção;
c)Que considera que há acções correctas ou erradas em si mesmas;
d)Para a qual as consequências das nossas acções são irrelevantes
como critério da sua correcção ou incorrecção moral.

9. A ética utilitarista é uma teoria:


a) Hedonista porque entende que o fim último das actividades humanas
é a felicidade;
b)Hedonista porque entende que o fim último das actividades humanas
é a felicidade entendida como prazer ou ausência de dor e sofrimento;
c)Que considera que o prazer é um meio para atingir a perfeição moral;
d)Que valoriza as qualidades que constituem o carácter de uma pessoa.

10. Na perspectiva utilitarista uma acção que procura criar


felicidade mas produz mais infelicidade do que acções alternativas
é uma acção:
a) Moralmente correcta;
b)Moralmente incorrecta;
c)Moralmente permissível;
d)Uma acção boa em si mesma.

11. É completamente coerente com a doutrina utilitarista defender


a moralidade da escravatura. Esta afirmação é:
a) Falsa porque segundo o utilitarismo a escravatura viola direitos
humanos fundamentais;
b) Verdadeiro porque o sofrimento de uma minoria tem como
contraponto o bem – estar da maioria.
c)Falsa porque a defesa da escravatura viola o princípio de utilidade - a
crença de que o bem é a felicidade para o maior número possível de
pessoas;
d)Verdadeira porque Mill era partidário da escravatura.

12. O utilitarismo avalia a moralidade dos actos baseado no


seguinte princípio:
a) Uma acção é moralmente correcta quando ela tem consequências
boas para o agente que a realiza, independentemente do que ela possa
trazer para as outras pessoas.
b) Uma acção é moralmente correcta quando produz um bem maior
para os outros, independentemente do bem ou mal que ela possa trazer
para o agente que a realiza.
c) Uma acção é moralmente correcta quando com ela se trata as outras
pessoas também como fins em si mesmos.
d) Uma acção moralmente correcta é a que produz maior prazer (bem)
e/ou menor sofrimento (mal) para a maioria.

13. Segundo o utilitarismo, mentir é sempre errado. Esta afirmação


é:
a)Falsa porque a mentira é má em algumas circunstâncias e boa em
outras, dependendo das suas consequências;
b)Verdadeira porque se essa regra existe há séculos deve – o ao facto
de ser útil e se é útil deve ser sempre cumprida;
c)Falsa porque o utilitarismo não dá a mínima importância às regras e
princípios morais;
d)Verdadeira porque há deveres absolutos.

14. Para o utilitarismo, a felicidade é o bem fundamental e


identifica – se com o prazer. Acerca do prazer, Mill afirma que:
a)Preferimos a experiência de um prazer superior a qualquer
quantidade de prazeres inferiores;
b)Preferimos os prazeres mais intensos;
c) A diferença entre dois prazeres é quantitativa;
d)A quantidade de prazer é o único factor que conta na nossa felicidade
e na felicidade geral.

15. O princípio utilitário – o princípio da maior felicidade,


a) Proíbe – nos de prejudicar os outros em nome da nossa própria
felicidade;
b) Proíbe – nos sempre de prejudicar alguém em nome da felicidade
geral;
c)Proíbe – nos que pensemos na nossa felicidade quando se trata de
avaliar as eventuais consequências das nossas acções;
d)Permite que a preocupação com a nossa felicidade seja tida em conta
na avaliação das eventuais consequências de uma acção mas proíbe
que lhe dêmos mais importância do que à felicidade dos outros:

16. Segundo Mill,


a)A violação das normas morais estabelecidas numa sociedade é
sempre errada sejam quais forem as consequências;
b) A violação das normas morais estabelecidas numa sociedade nunca
é errada porque o que importa é cumprir o princípio utilitário;
c) A violação das normas morais estabelecidas numa sociedade é umas
vezes errada e outras vezes correcta dependendo das consequências.
d) A violação das normas morais estabelecidas numa sociedade deve
ser permitida em nome da felicidade pessoal.

17. O utilitarismo é uma teoria ética que:


a)Rejeita todas as regras da moral convencional e só aceita o princípio
de utilidade;
b)Considera que em muitos casos respeitar as regras morais
convencionais é, em termos globais, mais benéfico do que prejudicial;
c)Defende que não devemos seguir cegamente as normas morais
estabelecidas;
d)Nas nossas decisões devemos ser guiados pelo princípio de utilidade
e não simplesmente pelas regras da moral convencional ou pelo que é
costume fazer.

18. Segundo o utilitarismo,


a)Roubar é, em geral, errado;
b)Roubar é sempre errado;
c)Roubar a arma de um maníaco homicida é um acto moralmente
correcto;
d)Roubar é correcto desde que seja benéfico para quem rouba.

19. Mill rejeita uma estimativa quantitativa do prazer porque:


a)A felicidade é incompatível com os prazeres inferiores como os da
comida, da bebida e do sexo;
b)Os prazeres inferiores são exclusivos dos animais não – humanos;
c)Os seres humanos apesar de terem experiência de prazeres inferiores
tal como os outros animais são capazes de outros prazeres que estão
fora do alcance de outros seres sencientes;
d)Só a diferença entre prazeres superiores e prazeres inferiores permite
compreender o carácter distintivo da procura humana da felicidade.

20. Para um utilitarista a moralidade consiste em:


a) Agradar a Deus cumprindo os seus mandamentos;
b)Cumprir regras abstractas;
c) Criar no mundo o melhor estado de coisas possível através dos
nossos actos;
d)Maximizar o bem não só para nós mas para as pessoas do grupo
sócio – cultural a que pertencemos.

21. O utilitarismo de Mill enfrenta, entre outras, a seguinte


objecção:
a)Maximiza a quantidade do prazer sem ter em conta a qualidade dos
prazeres que são maximizados.
b) Há acções que não têm consequências
c)Nem sempre a acção moralmente correcta é a que produz o melhor
estado de coisas.
d)Que a felicidade seja uma coisa desejável.

22. Segundo o utilitarismo de Mill roubar é errado:


a)Porque é um acto errado em si mesmo.
b) Porque torna infeliz a vítima.
c) Porque pode levar outras pessoas a imitar o acto do ladrão.
d)Porque é um acto absolutamente proibido.

23. Segundo o utilitarismo de Mill roubar:


a)É um acto errado em si mesmo.
b)É a infracção de um dever absoluto.
c)É um acto que em alguns casos pode ser justificado.
d)É um acto que nunca está de acordo com o princípio de utilidade.

24. Segundo Mill, uma acção correcta é a que conduz:


a) À felicidade ou bem – estar de quem a praticou.
b) À felicidade das pessoas de quem o agente gosta.
c) À felicidade geral mas não à do autor da acção.
d) À maior felicidade possível para todos os envolvidos, incluindo o
autor da acção.

Correção

Grupo II
Analise a seguinte apresentação:

O Agulheiro from Paulo Gomes

1. Tendo em conta a perspectiva utilitarista de Stuart Mill, que decisão


deverá tomar o agulheiro? Justifique a sua resposta.

2. É aceitável, com base no utilitarismo, que o cirurgião sacrifique a vida


da Joana para salvar os outros pacientes? Porquê?
Pode encontrar-se uma resposta para esta questão aqui.

Grupo III
As questões deste grupo são da autoria de Luís Rodrigues
QUESTÕES SOBRE TEXTOS ÉTICOS DE STUART – MILL

1. Leia o seguinte texto e responda às questões:


«Não é um defeito de qualquer credo (teoria moral), pois isso resulta da
natureza complicada dos assuntos humanos, que as regras de conduta
não possam ser concebidas de modo a não requerer excepções e que
dificilmente qualquer espécie de acção possa ser estabelecida
seguramente como ou sempre obrigatória ou sempre condenável. (…)
Se a utilidade é a fonte última das obrigações morais, então pode ser
invocada para decidir entre elas quando as suas exigências são
incompatíveis. Embora a aplicação do padrão possa ser difícil, é melhor
tê-lo do que não ter nenhum (…)»
Mill, Utilitarismo, 1861,pp 69-72

1.1.Segundo Kant certos deveres são absolutos e por isso as acções


que os violam não devem nunca ser realizadas. A partir deste texto
pensa que Mill está de acordo? Justifique.

1.2.Neste texto Mill estabelece uma relação entre as regras de conduta


(as normas morais comuns) e o princípio de utilidade. Por que razão
pode concluir da leitura do texto que as normas morais comuns são
regras subordinadas?

1.3.Apresente uma objecção à teoria utilitarista.

2. Considere o texto seguinte:


O motivo nada tem a ver com a moralidade da acção, embora tenha
muito a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se
afogar faz o que está moralmente correcto, quer o seu motivo seja o
dever, ou a esperança de ser pago pelo seu incómodo; quem trai a
confiança de um amigo, é culpado de um crime, ainda que o seu
objectivo seja servir outro amigo para com o qual tem deveres ainda
maiores. […]
[…] A felicidade que constitui o padrão utilitarista do que está correcto
na conduta não é a própria felicidade do agente, mas a de todos os
envolvidos — algo que os críticos do utilitarismo raramente fazem a
justiça de reconhecer. O utilitarismo exige que o agente seja tão
estritamente imparcial entre a sua própria felicidade e a dos outros
como um espectador desinteressado e benevolente. […]
Um ser com faculdades superiores precisa de mais para ser feliz, é
provavelmente capaz de sofrimento mais acentuado, e certamente está
a ele exposto com mais frequência, do que um ser de tipo inferior; mas,
apesar de todas estas desvantagens, não pode nunca desejar
realmente afundar-se no que sente ser um nível inferior de existência.
[…] É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito;

2.1.Enuncie as teses características do utilitarismo presentes no texto.


2.2. Apresente uma objecção à teoria utilitarista.

3. Considere o texto seguinte:


A doutrina que aceita como fundamento da moral a utilidade, ou o
princípio da maior felicidade, defende que as acções são correctas na
medida em que tendem a promover a felicidade, e incorrectas na
medida em que tendem a gerar o contrário da felicidade. Por felicidade
entendemos o prazer, e a ausência de dor; por infelicidade, a dor, e a
privação de prazer. Para dar uma perspectiva clara do padrão moral
estabelecido pela teoria é preciso dizer muito mais; em particular, que
coisas se inclui nas ideias de dor e prazer; e até que ponto isto é
deixado como questão em aberto. Mas estas explicações
suplementares não afectam a teoria da vida na qual esta teoria da
moralidade se baseia — nomeadamente, que o prazer, e a ausência de
dor, são as únicas coisas desejáveis como fins; e que todas as coisas
desejáveis (que são tão numerosas no esquema utilitarista como em
qualquer outro) são desejáveis ou pelo prazer inerente a si mesmas, ou
como meios para a promoção do prazer e a prevenção da dor.

3.1.Enuncie as teses características do utilitarismo presentes no texto.

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