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Ulisses é o rei de Ítaca que vai a Tróia lutar contra os troianos. É o herói perfeito,
pois vamos encontrar, na tradição homérica, epítetos para ele, como o homem de
mil voltas, o herói astucioso, o herói engenhoso, o muito prudente, o industrioso, o
habilidoso, o resistente, o glorioso, etc.
No Canto V, Ulisses, que está na casa de Alcínoo, narra suas experiências na ilha da
bela Calipso e na Feácia. Formando uma nova assembléia dos deuses, Zeus envia
Hermes para Ogígia, mandando Calipso libertar Ulisses. A contragosto, ela faz o
que é ordenado. Ulisses, que se encontrava tristonho e choroso, mesmo vivendo
em uma ilha paradisíaca com a bela ninfa que lhe prometera a imortalidade,
prefere voltar para Ítaca. No décimo oitavo dia, Posidon, Senhor dos mares, o vê e,
se irritando, desfaz a balsa construída por Ulisses. Mas Ino lhe entrega o seu véu
com ordem de o devolver assim que chegar a terra. Depois de muito sofrimento e
salvo, Ulisses chega à terra dos Feácios.
Não são nítidas as relações entre a arte simbolista e a vida política e social
portuguesa, e as ligações que se estabelecem nesse nível não esclarecem
absolutamente os problemas da poesia simbolista. No entanto, a Proclamação da
República parece ter definido certas tendências pré-simbolistas, numa atmosfera
neo-romântica, que corresponderiam a duas posições ideológicas: a monárquica e a
republicana.
2.1. O CONTO
O conto, como define Júlio Cortazar, está para a fotografia, por sua narrativa curta,
focada em poucos personagens e num determinado tempo e espaço. Há total
utilização estética dessa limitação, eliminando as situações intermediárias. O
romance, por sua vez, está para o cinema.
A ilha: É o próprio Parnaso, o espaço reservado aos artistas que buscam a perfeição
da forma, e que, segundo o conto, precisa ser deixada para trás.
Uma das intenções de Eça de Queirós, como de alguns intelectuais de sua época, é
chamar a atenção para a superação da visão racionalista e mecanicista do universo,
daí que vai tratar de questões que transcendem a possibilidade de comprovação
objetiva, na busca de um modo supra-racional de conhecimento que pudesse
penetrar as camadas profundas do "eu" e traduzir os "mistérios" da vida, discutindo
o que realmente faz o Ser Humano feliz. É que as correntes materialistas e
racionalistas da segunda metade do século XIX não mais respondem às exigências
de uma nova realidade, já que o processo burguês-industrial evolui a passos largos,
gerando, inclusive, a luta das grandes potências pelos mercados fornecedores de
matéria-prima e mercados consumidores. Assim, sempre que se torna difícil
analisar o mundo exterior e entendê-lo racionalmente, a tendência natural é cair na
sua negação, voltando-se para uma realidade subjetiva, e as tendências
espiritualistas renascem e o subconsciente e o inconsciente são valorizados,
segundo a lição freudiana.
MOISÈS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix,
1997.