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Álvaro de Campos:
O fingimento artístico – o poeta da modernidade:
Estrutura externa:
Linguagem e estilo:
Obras:
Ulisses;
D. Sebastião, Rei de Portugal;
Infante.
Ulisses:
Ulisses poderá representar a vocação marítima dos portugueses já que é do mar que
chega este antepassado mítico dos portugueses. E se Ulisses é o mito que é nada e é
tudo, isso deve-se à sua importância enquanto lenda portadora de força que, por sua
vez, dá vida.
Neste poema, Pessoa parece dizer-nos que não importa se as figuras de que vai
ocupar-se, os heróis fundadores, tiveram ou não existência histórica. O que é
importante é a sua função enquanto mito, com a força própria do mito porque é então
que ele é tudo. Assim, o que realmente importa não é saber se Ulisses terá existido
realmente mas ter consciência daquilo que ele representa: "o futuro glorioso de
Portugal" .
D. Sebastião, Rei de Portugal:
Mostra que D. Sebastião tem um claro desprezo pelo homem <<besta sadia», que vive
sem ideais, sem grandes sonhos ou projetos, contentando-se com a mediocridade e
com o «gozo materialista». Por outro lado, Pessoa associa a loucura ao génio.
Quem fala é o espírito do rei. Justifica a sua ambição e decisão de avançar para uma
batalha e diz a razão.
É usada a palavra loucura que significa sonho, ambição, vontade, heroísmo. É a loucura
o ingrediente que nos faz humanos e não meros animais que seguem o instinto da
Natureza (só procria).
Infante:
O Infante: representa o povo português, mas também surge como o símbolo do
homem universal, o herói que realizou um sonho que era vontade de Deus.. Imagem e
personificação: «E a orla branca (...) correndo, até ao fim do mundo», a sugerir a
rapidez imparável das Descobertas.
Este poema foi criado para estabelecer uma relação passado/presente/futuro. Deus
quis que os portugueses sonhassem o desvendamento do mar, fazendo nascer a obra
dos descobrimentos.