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Introdução:

O Futurismo foi um movimento artístico e literário que surgiu em 20 de fevereiro de


1909, com a publicação do Manifesto futurista, pelo poeta italiano Filippo Tommaso
Marinetti, no jornal francês Le Fígaro. E normalmente as suas obras eram baseadas nos
desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. As suas principais características
na literatura era a utilização do uso de onomatopeias, de versos livres, de frases
fragmentadas, para passar a ideia de velocidade.
A Ode Triunfal canta o triunfo da técnica, as máquinas, os motores, a velocidade, a
civilização mecânica e industrial, o comércio, os escândalos da contemporaneidade.
Sentir tudo de todas as maneiras é o ideal esfuziantemente revelado pelo sujeito
poético, sentir tudo numa histeria de sensações, que lhe permitam identificar-se com
as coisas mais aberrantes.

Características:
A Ode Triunfal tem como características os traços modernistas; marcas futuristas;
culto à máquina e à velocidade; temática urbana; linguagem agressiva;
sensacionismo (valorização das sensações); acentuada emoção; melancolia;
desencanto perante a modernidade; versos regulares e livres
Sendo as a negrito que nós vamos abordar.

Traços modernistas:
O poema começa com uma estranha iluminação de lâmpadas elétricas. Despertando
em sobressalto e em sonhos febris, o sujeito poético reconhece-se transportado para o
meio de uma fábrica em atividade. O homem adoentado, enfraquecido pela febre,
exposto a estes barulhos, é subitamente arrebatado pelas oscilações dos motores e a
sua cabeça abrasada começa a vibrar também. Diante dos seus olhos acumula-se uma
multiplicidade de impressões e todos os seus sentidos estão despertos: «Tenho os
lábios secos, ó grandes ruídos modernos, / De vos ouvir demasiadamente perto, / E
arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso / De expressão de todas as
minhas sensações...».

Culto á máquina e á velocidade:


Celebra o triunfo da máquina, da energia mecânica e da civilização moerna; apresenta
a beleza dos maquinismos em fúria e da força da máquina; Exalta o progresso técnico,
a velocidade e a força; Atração erótica pelas máquinas.

Linguagem agressiva:
A fábrica aparece então como motivo inspirador para a homenagem a esta civilização
moderna, que submerge o eu poético, nevrótico e fragilizado («tenho febre»; «fúria
fora e dentro de mim», «meus nervos», «arde-me a cabeça»). É este universo de
«lâmpadas eléctricas», «rodas», «engrenagens», «máquinas», «correias de
transmissão», «êmbolos» e «volantes» que o faz sentir-se simultaneamente
incomodado e atraído pela ruidosa dinâmica dos «maquinismos em fúria».

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