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Estrutura interna: título Estrutura interna: conclusão

Estrutura interna: introdução Estrutura, linguagem e estilo

Estrutura interna: Exercícios


desenvolvimento

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


título
Linhas de leitura

Fundamentação do título e seu simbolismo

• «Ode» é um cântico grandioso, dedicado a alguém ou a algum acontecimento.

• O adjetivo «triunfal» amplifica o significado de «ode», remetendo


simbolicamente para as ideias de Força, Exuberância e Excesso.

• Assim, «ode» porque é uma composição poética destinada a cantar uma matéria
elevada; «triunfal», porque é a celebração da modernidade, do triunfo da
civilização técnica e industrializada.

• O título do poema confere um tom épico à exaltação do Moderno que


percorrerá todo o poema.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


introdução
Linhas de leitura
Localização espácio-temporal

«À dolorosa luz das grandes lâmpadas


elétricas da fábrica» (v. 1) – numa fábrica,
rodeado de máquinas, à noite e sob a luz
forte das «grandes lâmpadas elétricas».

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


introdução
Linhas de leitura
Estado de espírito do eu lírico

«Tenho febre e escrevo.» (v. 2) – estado febril,


doentio, delirante, que o compele ao “canto”.
Este estado vai-se desenrolando, mais adiante,
em «Tenho os lábios secos» (v. 10); «E arde-me a
cabeça» (v. 12); «Em febre» (v. 15); … O delírio do
sujeito poético é originado pelos "excessos" do
ambiente em que se encontra inserido. Os
movimentos «em fúria» e os «ruídos» ouvidos
«demasiadamente perto» das máquinas da
fábrica estão na base do seu estado febril.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


introdução
Linhas de leitura
Ação do sujeito poético («proposição»)

«Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza


disto, / Para a beleza disto totalmente
desconhecida dos antigos.» (vv. 2-3) – o ambiente
inspira-o a escrever (violentamente) um cântico
novo sobre a beleza da civilização moderna. A
realidade que o cerca provoca-lhe sensações
contraditórias. Se, por um lado, se deleita a
apreciar a beleza do que o rodeia no interior da
fábrica, por outro, essa mesma beleza causa-lhe
dor («À dolorosa luz», v. 1).

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Cântico da era moderna e do progresso

«E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso / De expressão de todas


as minhas sensações, / Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!» (vv.
12-14); «Ó coisas todas modernas, / Ó minhas contemporâneas, forma atual e
próxima / Do sistema imediato do Universo! / Nova Revelação metálica e dinâmica
de Deus!» (vv. 45-48); … − Elogio, à maneira futurista, da agitação e do movimento
próprios da vida moderna; apologia da força, enquanto critério primordial da
beleza, que a obra escrita deve reproduzir. Cântico da civilização moderna, dos
avanços tecnológicos, em que tudo e todos têm lugar na poesia, pelo simples facto
de existirem. A Modernidade como nova “religião”, que merece ser enaltecida,
através da poesia.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Fusão de todas as eras no Momento presente

«Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro, / Porque o presente é


todo o passado e todo o futuro» (vv. 17-18); «Eia todo o passado dentro do
presente! / Eia todo o futuro já dentro de nós!» (vv. 90-91); … – o Instante presente
é a congregação de todos os tempos: o presente é o resultado de esforços científicos
passados e catalisador dos feitos futuros.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Fusão do eu com a máquina

«Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! / Ser completo como uma
máquina!» (vv. 26-27); «Engatam-me em todos os comboios. / Içam-me em todos os
cais. / Giro dentro das hélices de todos os navios.» (vv. 96-98); «Amo-vos
carnivoramente. / Pervertidamente e enroscando a minha vista / Em vós, ó coisas
grandes, banais, úteis, inúteis» (vv. 43-44); … declara-se o desejo de identificação
com as realidades tecnológicas contemporâneas; concretizando a atitude
provocatória dos futuristas, ao procurar associar o ser humano à revolução técnica.
Vontade de fazer parte da máquina, símbolo da era moderna; relação perversa e
erótica com os mecanismos.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Fusão de todos os génios nos maquinismos

«E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes elétricas / Só porque houve
outrora e foram humanos Virgílio e Platão, / E pedaços do Alexandre Magno do
século talvez cinquenta, / Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo
do século cem, / Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por
estes volantes» (vv. 19-23); … − todos os génios e conquistas do passado
contribuíram, de alguma forma, para o avanço civilizacional, daí circularem nos
maquinismos atuais. O tempo é um contínuo: a civilização moderna é o resultado de
uma acumulação de saberes e experiências que o atravessaram como uma herança.
O progresso atual é consequência de sucessivas invenções no passado.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Universalidade

«E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo dentro de todos os comboios /
De todas as partes do mundo» (vv. 60-61); … − o eu expande-se numa identificação
com todos os locais urbanos: a era moderna é cosmopolita e sem fronteiras
geográficas, daí a evocação de vários espaços das grandes metrópoles.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços futuristas
Valorização de uma nova forma de beleza «totalmente desconhecida
dos antigos».

«Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, / Para a beleza disto
totalmente desconhecida dos antigos.» (vv. 3-4); «Em febre e olhando os motores
como a uma Natureza tropical» (v. 15); «Olá tudo com que hoje se constrói, com que
hoje se é diferente de ontem! / Eh, cimento armado, beton de cimento, novos
processos! / Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos! / Couraças,
canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!» (vv. 37-40); … − valoriza-se a
«beleza» da civilização moderna, diferente da beleza aristotélica tradicional. O novo
conceito de Belo relaciona-se com as ideias de Força, Dinamismo, Excesso,
Modernidade, …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços sensacionistas
Presença dos cinco sentidos

• visão: «e olhando os motores» (v. 15), «Desta flora estupenda, negra, artificial
e insaciável!» (v. 32);
• paladar: «Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!» (v. 9), «Tenho os
lábios secos» (v. 10);
• audição: «r-r-r-r-r-r-r eterno» (v. 5), «ruídos modernos» (v. 10), «Rugindo,
rangendo, ciciando» (v. 24);
• olfato: «perfumes de óleos» (v. 31);
• tato: «Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.»
(v. 25), «calores» (v. 31).

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços sensacionistas
Presença dos cinco sentidos

No estado de alucinação do sujeito poético intervêm os sentidos, através dos quais o


eu lírico procura captar as sensações provocadas pelas máquinas. Evocação de todos
os sentidos, essenciais à produção do canto.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços sensacionistas
Simultaneidade e exacerbação sensoriais

«E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso / De expressão de todas


as minhas sensações» (vv. 12-13); «Poder ao menos penetrar-me fisicamente de
tudo isto, / Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento / A todos
os perfumes de óleos e calores e carvões» (vv. 29-31); … – a pluralidade sensorial
(«Sentir tudo de todas as maneiras») enquanto método de conhecimento da
dinâmica da vida moderna. A intensidade e o sincronismo conferem maior
capacidade de captação sensitiva, já que esta se caracteriza pela sua fugacidade e
fragmentação.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços disfóricos
Identificação de momentos disfóricos

«(Na nora do quintal da minha casa / O burro anda à roda, anda à roda, / E o
mistério do mundo é do tamanho disto. / Limpa o suor com o braço, trabalhador
descontente. / A luz do sol abafa o silêncio das esferas / E havemos todos de morrer,
/ Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo, / Pinheirais onde a minha infância era outra
coisa / Do que eu sou hoje...)» (vv. 49-57) − momento de quebra disfórica no poema.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços disfóricos
Temas abordados

Abordam-se os seguintes temas: a rotina diária e a dimensão do mistério do mundo;


o descontentamento da classe trabalhadora; a inevitabilidade da morte; a nostalgia
da infância; …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


desenvolvimento
Linhas de leitura Traços disfóricos
Simbolismo associado a esses momentos

Intercalados nos devaneios frenéticos da ode, estes momentos disfóricos


representam o retorno do eu lírico à dura realidade: a rotina inalterável e monótona;
a incapacidade de atingir a verdadeira dimensão do mistério do mundo; o reverso da
medalha do progresso industrial e as duras condições de vida dos trabalhadores; a
evasão para a infância irremediavelmente perdida.
Num poema de apologia impetuosa da força e da modernidade, estes
momentos incluem reflexões pessoais que denunciam a incapacidade do sujeito
poético de se integrar plenamente no tempo que exalta, refugiando-se na memória
do passado e avançando com observações de tonalidade pessimista que antecipam a
sua fase mais intimista e abúlica.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


conclusão
Linhas de leitura
Interpretação e simbolismo do último
verso

Relação de circularidade: o mal-estar final de


frustração assemelha-se ao estado
desassossegado e febril da introdução. O
reconhecimento da impossibilidade de «ser […]
toda a gente e toda a parte» leva o eu poético a
denunciar a sua desilusão, acabando por concluir
o seu texto na mesma situação em que o iniciou:
apenas como observador e cantor épico de uma
realidade que lhe é exterior.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


conclusão
Linhas de leitura

Relação com a introdução

«Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!» (v. 107) – desejo frustrado de abarcar
por inteiro toda a realidade e toda a humanidade, apesar de todo o esforço literário
empregue no cântico. A apetência para experimentar tudo de todas as maneiras
leva-o a querer ser toda a gente ao mesmo tempo. Esta (com)fusão de identidades é
o resultado da vida moderna que assiste à compressão do tempo e do espaço, com
as consequências que se adivinham ao nível da personalidade.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Estrutura externa

Classificação da composição poética

Ode

Classificação estrófica, métrica e rimática

Irregularidade em todos estes parâmetros

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Linguagem

Diferentes registos de língua

• Linguagem corrente: «Ah, poder exprimir-me todo como um motor se


exprime!» (v. 26); «Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!» (v. 58);

• Literária: «O burro anda à roda, anda à roda,/E o mistério do mundo é do


tamanho disto.» (vv. 50-51);

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Linguagem

Diferentes registos de língua

• Intercalada com momentos linguísticos marcados pelo excesso, como, por


exemplo: «Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,/Rasgar-me
todo, abrir-me completamente, tornar-me passento/A todos os perfumes de
óleos e calores e carvões/Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!»
(vv. 29-30).

Todos estes diferentes registos têm o intuito de aproximar linguisticamente a


poesia à realidade que exprime, bem como escandalizar, no caso da
excessividade linguística.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Linguagem
Campos lexicais

Predominam os campos lexicais de


«Indústria»/«Mecânica»:

«Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro


ondulado! / Ó cais, ó portos, ó comboios, ó
guindastes, ó rebocadores!» (vv. 64-65).

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Estilo

Inovação poética

Rutura ao nível do conteúdo: o uso de palavras completamente prosaicas (comuns


ou vulgares); o canto excessivo da civilização industrial (a «flora estupenda, negra,
artificial e insaciável!» [v. 32] das fábricas) e a ousadia de abordar alguns aspetos
negativos da sociedade («Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos! /
Couraças, canhões, metralhadoras, submarinos, aeroplanos!» [vv. 39-40]).
Apresenta rutura ao nível da forma: irregularidade estrófica, métrica e rimática, que
infringe os cânones literários até então; o uso excessivo da coordenação, a catadupa
de recursos expressivos (onomatopeias ousadas, apóstrofes e enumerações
exageradas), discurso aparentemente caótico, a sugerir a exaltação descontrolada do
eu lírico e a ideologia de que uma nova realidade pede um novo tipo de poesia.

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Estilo

Estruturas rítmicas

Apesar do comprimento dos versos, predomina o ritmo rápido e frenético,


sobretudo devido à pontuação, às interjeições e às onomatopeias: «Rugindo,
rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,» (v. 24); «Ó fazendas nas montras! ó
manequins! ó últimos figurinos!» (v. 33); «Eh-lá-hô» (v. 69);… No entanto, há
momentos em que verso longo confere um ritmo lento à ode «Só porque houve
outrora e foram humanos Virgílio e Platão, / E pedaços do Alexandre Magno do
século talvez cinquenta, / Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo
do século cem» (vv. 20-22); …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Recursos expressivos/linguísticos/estilísticos (exemplos)

• Apóstrofe: «Ó coisas todas modernas, / Ó minhas contemporâneas, forma


atual e próxima (vv. 45-46); …
• Aliteração: «de ferro e fogo e força» (v. 16); …
• Anáfora: «Olá grandes armazéns com várias secções! / Olá anúncios elétricos
que vêm e estão e desaparecem! / Olá tudo com que hoje se constrói, com que
hoje se é diferente de ontem! (vv. 35-37)»; …
• Metáfora: «flora estupenda, negra, artificial e insaciável» (v. 32); «sou o calor
mecânico e a eletricidade!» (v. 100); …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Recursos expressivos/linguísticos/estilísticos (exemplos)

• Enumeração: «Ó ferro, ó aço, ó alumínio, ó chapas de ferro ondulado! / Ó cais,


ó portos, ó comboios, ó guindastes, ó rebocadores!» (vv. 64-65); …
• Gradação: «Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento» (v.
30); «Ruído, injustiças, violências, e talvez para breve o fim» (v. 71).
• Onomatopeia: «r-r-r-r-r-r-r eterno» (v. 5); «Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá! /
Hé-la! He-hô! H-o-o-o-o! / Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!» (vv. 105-106)
• Interjeição: «Ó» (v. 34); «ah» (v. 26); «Olá»; «Eh» (v. 38), «Eia» (v. 100), …
• Empréstimo: «beton» (v. 38); «rails» (v. 101); …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Recursos expressivos/linguísticos/estilísticos (exemplos)

• Neologismo: «submarinos» (v. 40); «aeroplanos» (v. 40); «árvore-fábrica» (v.


93); …
• Pontuação: Exclamativas e interrogativas: «Eia! sou o calor mecânico e a
eletricidade» / Eia! E os rails e as casas de máquinas e a Europa!» (vv. 100-101);
«Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?» (v. 76); …
• Parênteses: «(e quem sabe o quê por dentro?)», v.; «(Na nora do quintal da
minha casa / O burro anda à roda, anda à roda […] / E havemos todos de
morrer)», vv. 40-57. Os parênteses funcionam como apartes, desabafos ou
expressam reflexões do eu lírico;…

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Recursos expressivos/linguísticos/estilísticos (exemplos)

• Sinestesia: «dolorosa luz» (v. 75); «fúlgido e rubro ruído contemporâneo» (v.
76); «ruído cruel e delicioso da civilização de hoje» (v. 76).

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


Recursos expressivos/linguísticos/estilísticos (exemplos)

Construções sintáticas:

• nominais: «Ó fazendas nas montras! ó manequins! ó últimos figurinos!» (v. 33); …


• gerundivas: «Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando»? (v. 24);
«enroscando» (v. 43);…
• infinitivas: «Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! / Ser
completo como uma máquina!» (vv. 26-27); «Galgar com tudo por cima de
tudo!» (v. 103); …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos


O arrebatamento do canto é conseguido através de…

Além das temáticas que constituem a matéria épica (a exaltação e a celebração da


civilização Moderna; a universalidade dos antropónimos e topónimos; a
compressão no Momento presente de todos os tempos, a integração de todos os
tipos sociais na arte poética), o arrebatamento do canto é conseguido através de
vários mecanismos linguísticos e estilísticos, nomeadamente: poema longo com
versos livres e amplos; grandiloquência (visível nas frases exclamativas e
interjeições); ritmo esfuziante e torrencial; exaltação épica do mundo mecânico e
cosmopolita (visível nas apóstrofes e enumerações); abundância de recursos
expressivos; euforia épica (visível, por exemplo, nas onomatopeias); …

| «Ode triunfal», Álvaro de Campos

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