Música e Meditação

Árvore da Vida
  A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza
técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular,
visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. Sua origem é muito
antiga, remontando as tradições orientais, especialmente a ioga, mas o termo
também se refere a práticas adotadas por alguns caminhos espirituais ou religiões,
como o budismo e o cristianismo, entre outras. Textos orientais consideram a
meditação como instrumento que leva em direção à libertação.

  A ciência, na nossa idade moderna, tem sido um grande movimento em direção à

unidade da natureza.
  Os físicos procuram os segredos dos quarks e das partículas fundamentais da
matéria, e a chave para a grande teoria unificadora, que reúne o
electromagnetismo, a gravidade  e as forças da natureza.
  Os cosmologistas olham para o início de tudo, o Big Bang, quando o tempo, a
matéria e a energia eram um só.

  Correndo, paralelamente, a essas pesquisas está a nossa busca por unificação,

uma urgência crescente na consciência humana à medida que nos esforçamos
pela compreensão, pela cura, pela vida holística e por uma espiritualidade, que
pode encerrar a diversidade religiosa e/ou filosófica, e encontrar a unidade da
nossa consciência com a natureza, nosso planeta e, finalmente, o Universo.

  O valor final para a música meditativa é levá-lo(a) à realidade além dela; o

"silêncio" de onde ela se levanta e para o qual retorna.
  A prática musical requer atenção, escuta, que leva a sua consciência ao limiar da
unificação - onde os seus limites normais de percepção podem ser transcendidos,
embora brevemente.

  Todo som natural, toda expressão consciente, toda nota musical, pode ser
entendidos em quatro níveis, cada um promovendo um distanciamento maior do
mundo físico familiar e das suas percepções mentais conscientes.

 Primeiro, como som audível - um resultado "físico" transmitido pelos seus

ouvidos.
 Segundo, como sentimentos e pensamentos dentro e atrás dos sons.
 Terceiro, como "sementes sônicas" de onde crescem as raízes e os ramos
da música e da linguagem.
 Quarto, como Anahata ou coração universal - sons inaudíveis e inacabados,
de onde a sinfonia total da Criação nasce - vibração.
Um modelo correto de música para meditação holística e/ou a denominada meditação
ativa, é o disco do grupo de percussão brasileiro Uakti: I Ching.

Ouça você mesmo(a) esse exemplo de música universal, que une elementos musicais
ocidentais, orientais e cósmicos, e sinta um pouco do que Jam Fleming Smuts se referiu
em sua Teoria Holística.
Boa música!!