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ESCOLA SECUNDÁRIA D.

JOÃO II

CURSO CIENTÍFICO HUMANISTÍCO DE LINGUAS E HUMANIDADES

Portugal no novo quadro internacional

Alicia Assis 12ºI n: 2

Daniela Barrancos 12ºI n:10

Débora Martins 12ºI n:12

Raquel Martins 12ºI n:22


ESCOLA SECUNDÁRIA D. JOÃO II

CURSO CIENTÍFICO HUMANÍTICO DE LÍNGUAS E HUMANIDADES

Portugal no novo quadro internacional

Professora: Manuela Pedreira

2
Setúbal
2022/2023

ÍNDICE

Introdução 4
CAPÍTULO I -A integração
1. Quando foi criada a União Europeia 5

2. Pedido de adesão de Portugal a Comunidade Económica Europeia 6

CAPÍTULO II – Evolução económica


1. Impactos, vantagens e inconvenientes da integração 7
2. Os desafiantes anos 90 8
3. As dificuldades do terceiro milénio 9
4. As mudanças demográficas, sociais e culturais...…………………..…………. 10
5. A estabilização da democracia…………………………………………………11
6. O mundo lusófono, Portugal e os PALOP…………………………………….. 12

CONCLUSÃO………..……………………………………………………………...... 13
BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………….... 14

ÍNDICE DE IMAGEM
Figura 1 Bloco Europeu em 1 de novembro de 1993....................................................................7
Figura 2 Entrada de Portugal na CEE............................................................................................8
Figura 3 O impacto da adesão na evolução do PIB (1970-1990)...................................................9
Figura 4 O impacto da adesão na evolução..................................................................................9
Figura 5 Evolução do desemprego da Zona Euro........................................................................11
Figura 6 Pirâmide etária dos anos 2000......................................................................................11
Figura 7 Bandeiras de Portugal e os PALOP................................................................................14

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INTRODUÇÃO

Portugal, é um país situado na península ibérica, que tem uma longa história de
contacto com outras nações europeias e mundiais.
Na segunda metade do século XX, Portugal passou por uma grande transformação ao
querer aderir a CEE, atual União Europeia. Foi um processo que teve grandes
consequências positivas, a nível econômico, político e cultural.
Neste trabalho, analisamos parte da história de Portugal no novo quadro internacional,
dando destaque á criação da União Europeia, o pedido de adesão de Portugal a CEE, no
primeiro capítulo do trabalho. No segundo abordamos a evolução económica e as
vantagens e os inconvenientes da integração europeia, o impacto imediato da integração
de Portugal na União Europeia, os desafios enfrentados nos anos 90 e no terceiro
milênio, as mudanças demográficas e culturais após a adesão, a consolidação da
democracia. E ainda por último as relações com os países lusófonos e ibero-americanos,
o mundo lusófono de Portugal e os PALOP.

CAPÍTULO I – A INTEGRAÇÃO
1. Quando foi criada a União Europeia
A União Europeia foi criada oficialmente a, 1 de novembro de 1993. Através do
Tratado da União Europeia, ou também apelidado de Tratado de Maastricht, pois foi
assinado na cidade holandesa com o mesmo nome. E também porque naquela altura já
não se tratava apenas de uma comunidade económica, mas este conjunto de países
queriam também manter a paz, dar melhores condições de vida a sua população.
Atualmente já conta com 27 estados-membros (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,
República Checa, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, Roménia e a Suécia) , e 6 encontram-
se em negociações.

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Figura 1 Bloco Europeu em 1 de novembro de 1993

2. Pedido de adesão de Portugal a Comunidade Económica


Europeia

Em 1997, quando Portugal fez o seu pedido de adesão á Comunidade Económica


Europeia, ainda se recuperava do período de ditadura, das guerras coloniais e da crise
económica. Era um país com elevadas taxas de juros, uma forte inflação, uma taxa de
desemprego alta, pouco desenvolvido a nível tecnológico e carências a nível das redes
de comunicações, e viu na CEE uma grande oportunidade para evoluir a sua economia e
sua sociedade.
O pedido foi oficialmente feito a 28 de março de 1977, mas só oito anos depois, depois
de várias negociações, acordos, declarações e após o processo de restauração da
democracia do país, é que Portugal entra na comunidade económica europeia, mais
precisamente a 12 de julho de 1985 é assinado o tratado de adesão, que entrou em vigor
a 1 de janeiro de 1986.
A sua integração europeia trouxe consigo muitas mudanças significativas para Portugal,
incluindo a abertura de mercados, a adoção do euro como moeda e a adesão a políticas
comuns, como a Política Agrícola Comum (PAC) e a Política de Coesão.

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Figura 2 Entrada de Portugal na CEE

CAPÍTULO II – EVOLUÇÃO ECONÓMICA

1. Impactos, vantagens e inconvenientes da integração


As vantagens foram várias, como, uma evolução económica visível desde a sua entrada
na CEE, um aumento do PIB e uma queda considerável do desemprego.
O acesso ao mercado único, permitiu a Portugal a livre circulação de pessoas, bens,
serviços e capitais entre os Estados-Membros, facilitando e aumentando o comércio e as
exportações portuguesas.
Uma das grandes regalias é o acesso a fundos europeus, Portugal passou a ter acesso
aos fundos europeus de coesão e fundos estruturais, que ajudaram a financiar projetos
de desenvolvimento e modernização do país, em áreas como a das infraestruturas,
agricultura, ambiente e educação. Estima-se que Portugal receba anualmente cerca de 4
mil milhões de euros em fundos, fazendo assim que desde de1986 até o passado ano
2022, recebeu um total de mais ou menos 157 mil milhões de euros em fundos
europeus. O défice da balança de transações correntes diminui-o, dá-se uma progressiva
terciarização da sociedade, e assim o povo acaba por ter mais regalias em geral
( pensões/ subsídios ), uma melhoria no índice de desenvolvimento humano ( aumento
do bem-estar ).
Com tudo isto as infraestruturas desenvolvem-se e modernizam-se, cresce o peso do
comércio com os países da comunidade económica europeia. As exportações
aumentam, em volume e valor acrescentado. Amplia-se o grau de abertura da economia
portuguesa, o défice da balança de transações correntes diminui

Houve um fortalecimento da democracia, a adesão a ajudou a consolidar a democracia


em Portugal, tornando o país mais estável e mais alinhado com os valores democráticos
europeus estabelecidos.
No entanto, a adesão trouxe também alguns desafios e inconvenientes que tiveram de
ser enfrentados e geridos ao longo do tempo como a concorrência internacional, como, a

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abertura do mercado português ao mercado único europeu expôs a economia portuguesa
a uma maior concorrência internacional, o que afetou alguns setores da economia, como
a agricultura. As restrições à soberania, ao aderir à União Europeia, Portugal teve que
cumprir com as regras e regulamentações europeias, o que limitou a sua capacidade de
tomar decisões soberanas em algumas áreas e por último, mas extremamente importante
a dependência financeira, a dependência que Portugal tem dos fundos europeus, torna
Portugal vulnerável a flutuações no orçamento da União Europeia e a mudanças nas
políticas europeias.

Figura 3 O impacto da adesão na evolução do PIB (1970-1990)

Figura 4 O impacto da adesão na evolução

2. Os desafiantes anos 90

Durante os anos 90, Portugal enfrentou muitos desafios, incluindo a necessidade de


modernizar a sua economia e se tornar mais competitivo dentro da União Europeia.
Para atender aos padrões europeus, Portugal precisava de fazer grandes mudanças e
investimentos em infraestruturas, na educação e tecnologia.
Havia uma necessidade de cumprir com as normas e regulamentos europeus em várias
áreas, incluindo a legislação ambiental, a segurança alimentar e a proteção dos direitos
dos trabalhadores. Para cumprir com essas exigências, Portugal precisou investir na
modernização da legislação e sistemas de controle, além de implementar novas políticas
públicas. O Estado procede à privatização de empresas, o que lhe proporciona receitas
adicionais. A emissão de créditos aumenta, nos setores da habitação e dos serviços.
A adesão à União Europeia também significou uma maior dependência do país em
relação à economia e política europeia, o que gerou preocupações sobre a perda de
autonomia e identidade cultural de Portugal. No entanto, ao longo dos anos, Portugal
conseguiu superar esses desafios e tornar-se um país mais próspero, democrático e
integrado na comunidade internacional.
Com todas estas inovações e alterações, o setor terciário explode, com a proliferação
das grandes superfícies comerciais, das telecomunicações. O investimento em
infraestruturas continua uma grande aposta, como por exemplo, nas telecomunicações,
autoestradas, redes de gás, eletricidade, abastecimento de água. Surgem grandes obras
públicas, ponte de Vasco da Gama, por exemplo.
O aumento do poder de compra da população não deve fazer esquecer os pontos fracos
da nossa economia. A agricultura e a pesca sofrem tem uma quebra, recebem
investimentos comunitários, mas não suportam a concorrência europeia. A indústria,
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parece ser o elo fraco, beneficia do investimento de algumas multinacionais, mas
mesmo assim a concorrência dos novos mercados, onde a mão de obra é mais barata,
não permite consolidar uma indústria competitiva.

3. As dificuldades do terceiro milénio


Após a adesão à União Europeia, Portugal enfrentou novos desafios no terceiro
milénio. Com a adesão ao euro em 1999, deu-se uma estabilidade monetária, e o
comércio tornou-se mais fácil para outros países da União Europeia. No entanto, a crise
financeira global de 2008 e a crise da dívida soberana da Zona Euro a partir de 2010
afetaram Portugal agressivamente.
Portugal teve de implementar medidas rigorosas, incluindo cortes nos salários dos
funcionários públicos, redução dos benefícios sociais e aumento dos impostos, a fim de
cumprir os critérios de estabilidade orçamentária da União Europeia e do Fundo
Monetário Internacional (FMI).
Assim a economia portuguesa contraiu-se significativamente durante este período, com
uma taxa de desemprego recorde e muitas empresas não resistiram á crise e fecharem
portas.
Ainda tiveram de enfrentar desafios demográficos, uma taxa de natalidade baixa e uma
população cada vez mais envelhecida. O que afetou a sustentabilidade do sistema de
segurança social e de saúde, exigindo reformas e investimentos para garantir a
qualidade de vida dos seus cidadãos.
Dá-se ainda um aumento na dívida pública, impulsionada pelo acréscimo das
despesas e pela acumulação dos défices orçamentais, isto faz com que Portugal solicite
um resgate financeiro em 2011. Até 2014, o país cumpre um rigoroso programa de
contenção orçamental ditado pelo FMI e pela União Europeia, a troika. Nestes anos
difíceis, os portugueses confrontam-se com falências de empresas e instituições
bancárias, com o agravamento do desemprego, com a degradação das condições de vida
e com o crescimento da emigração.

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Figura 5 Evolução do desemprego da Zona Euro Figura 6 Pirâmide etária dos anos 2000

4. As mudanças demográficas, sociais e culturais

Após a adesão, Portugal também passou por transformações demográficas, sociais e


culturais significativas, incluindo um aumento da diversidade étnica e religiosa, uma
queda da natalidade e uma migração em grande escala de portugueses para outros países
da União Europeia
Do ponto de vista social, a entrada na União Europeia , trouxe melhorias significativas
nas condições de vida da população portuguesa, um apoio financeiro para a
modernização das infraestruturas e serviços públicos, como a construção de estradas e
hospitais, bem como para o desenvolvimento da educação e da formação profissional,
houve ainda uma promoção das políticas de igualdade de género e direitos humanos, o
que levou a uma maior conscientização sobre essas questões na sociedade portuguesa.
As melhorias das condições de vida e dos cuidados de saúde contribuíram para o
aumento da esperança de vida. Portugal adquire uma atratividade jamais conseguida,
tornando-se, desde os anos 90, o porto de abrigo para populações oriundas dos países
lusófonos, do Brasil e do Leste europeu
No campo demográfico, Portugal passou por uma mudança significativa na sua
estrutura etária. Com o aumento da esperança média de vida e a diminuição da taxa de
fecundidade, houve um envelhecimento da população portuguesa. Essa mudança foi
acompanhada por uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e uma
crescente valorização da igualdade de género, o que resultou em mudanças na estrutura
familiar e na organização do trabalho doméstico.
No campo cultural, a adesão à União Europeia permitiu a abertura de Portugal ao
mundo, a promoção do diálogo intercultural e a valorização da diversidade cultural. A
cultura portuguesa foi enriquecida pela incorporação de influências estrangeiras e pela
maior participação dos portugueses em eventos e iniciativas culturais internacionais.

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Até hoje a sociedade portuguesa está em constante mudança, mas e hoje mais aberta do
que quando entrou para a Comunidade económica europeia, exemplos disso são, a
importância que a mulher ganhou ao longo dos anos, ganhou protagonismo, têm hoje
um nível de instrução superior aos homens, a família tradicional recua, em virtude dos
divórcios, das uniões das famílias monoparentais, dos casamentos entre pessoas do
mesmo sexo. A relação homem-mulher democratiza-se e o clima familiar é cada vez
mais tolerante para com os filhos, cada vez mais escolarizados.

5. A estabilização da democracia

Após a consolidação da democracia em Portugal, houve uma série de mudanças


demográficas e culturais importantes. A queda da taxa de mortalidade infantil, o
aumento da esperança media de vida e a diminuição da taxa de fecundidade
contribuíram para um envelhecimento da população portuguesa.
Ao mesmo tempo, houve um aumento da imigração, principalmente de países africanos
e do Brasil, que trouxe uma diversidade cultural para o país.
A integração na União Europeia também teve um impacto significativo nas relações de
Portugal com outros países. Além disso, Portugal passou a ter uma voz mais forte na
cena internacional e uma maior participação em projetos europeus.

6. O mundo lusófono, Portugal e os PALOP

Desde a adesão de Portugal á União Europeia, houve grandes mudanças significativas


no mundo lusófono, incluindo nos países africanos de língua oficial portuguesa
(PALOP) que são Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e
Príncipe, Timor-Leste, e entrou recentemente a Guiné Equatorial. A cooperação com
estes países é importante em várias áreas, como a nível económico, cultural, e a nível da
educação. Portugal após a adesão á CEE, continuo a afirmar a importância das ligações
com todos estes países, para valorizar a língua portuguesa, tradições históricas que não
devem ser esquecidas, preservar e recordar um património. A nossa adesão como já
referimos nos capítulos acima teve impactos económicos significativos no país. A ajuda
que nos foi fornecida através dos programas de desenvolvimento, ajudaram a
modernizar a economia portuguesa, e isso teve um impacto positivo nos PALOP, que
mantêm relações comerciais importantes com Portugal.
Como estado-membro da UE, Portugal agora faz parte de um bloco económico e
político maior, o que significa que tem menos liberdade para agir de forma
independente em relação aos seus parceiros comerciais. Isto afetou a forma como
Portugal interage com os PALOP, bem como as políticas que implementa em relação a
eles, mas, a relação entre Portugal e os PALOP permanece forte.
A língua portuguesa continua a ser um elo muito importante entre estes países, e as
relações comerciais e culturais continuam a acontecer. Uma forma de reaproximação
destes países, que partilham a mesma língua e culturas semelhantes, foi a criação da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.

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CPLP e os PALOP, não devem ser confundidos. Os CPLP, são uma organização
internacional, que só fazem parte países lusófonos, esta visa que os países tenham uma
boa relação e cooperem entre si. Enquanto que a PALOP, como o nome diz, inclui
apenas países africanos, onde a língua portuguesa é a língua oficial. Promovem a
também a cooperação, mas tem ainda organizações em vários setores como, educação,
economia, diplomacia.

Figura 7 Bandeiras de Portugal e os PALOP

CONCLUSÃO

Em suma, a consolidação da democracia em Portugal e a sua integração na União


Europeia trouxeram uma série de mudanças demográficas, sociais e culturais ao país,
houve vantagens e desvantagens. A adesão á Comunidade Económica Europeia,
atualmente a União Europeia, fortaleceu as relações de Portugal com outros países,
incluindo os lusófonos e a área ibero-americana, e permitiu um maior desenvolvimento
econômico e participação em projetos internacionais, uma evolução geral do país.
A cooperação com os PALOP e outros países lusófonos continua a ser uma prioridade
para Portugal.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.studocu.com/pt/document/best-notes-for-high-school-pt/historia-a/31-a-
integracao-europeia-e-as-suas-implicacoes-modulo-9/9693026
https://prezi.com/0xfzyb2h33mk/portugal-no-novo-quadro-internacional/
https://eurocid.mne.gov.pt/portugal-na-europa/cronologia-da-adesao
https://expresso.pt/economia/2023-04-16-Portugal-ja-recebeu-mais-de-157-mil-
milhoes-de-fundos-europeus-f75754b8
https://pt.wikipedia.org/wiki/União_Europeia#Demografia 
https://portugal.representation.ec.europa.eu/quem-somos/portugal-na-ue_pt 
https://pt.slideshare.net/carlosvieira/portugal-no-novo-quadro-internacional-21626005
https://www.studocu.com/pt/document/best-notes-for-high-school-pt/historia-a/31-a-
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https://www.notapositiva.com/old/pt/trbestbs/historia/
12portugal_novo_quadro_intern.htm
https://portuguesaletra.com/artigos/nao-confundir-cplp-com-palop/
https://www.eurodicas.com.br/cplp/

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