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Sebenta / Módulo
Turma: ESPE - CP Técnico/a Receção - 1º Ano - 2019/2020
Disciplina: Área de Integração
Módulo: 2 - Estrutura familiar e dinâmica social / A cidadania europeia / Das Economias-mundo à Economia
Global
Docente: Eduardo Óscar Alves Pedrosa
Modelo 154-DP
Objetivos
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Bibliografia
Webgrafia
http://www.onuportugal.pt/index.html
3
Índice
1. A União Europeia…………………………………………………………………………………..5
3. Símbolos………………………………………………………………………………………….....7
4. Alargamentos………...……………………………………………………………………..………7
5. Cidadania Europeia………………………………………………………………………….….....9
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5.1 A INTEGRAÇÃO EUROPEIA
O Continente europeu
A União Europeia 7
1951
Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra Fria faz pesar a
ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o término
da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estão longe da reconciliação.
Jean Monnet, negociador e construtor da paz, propõe ao Ministro dos Negócios Estrangeiros
francês, Robert Schumann, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum
entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do
carvão e do aço. A proposta é formulada oficialmente em 9 de Maio de 1950 pela França e
fervorosamente acolhida pela Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.
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1957
2ª GUERRA MUNDIAL
Conflito militar que decorreu entre 1939 – 1945 e teve como principais intervenientes a
Alemanha, Itália e o Japão designados de Eixo e do lado dos Aliados a Inglaterra, os Estados
Unidos da América, a U.R.S.S. e a França. Teve o seu início a 1 de Setembro com a invasão da
Polónia pela Alemanha Nazi. Provocou cerca 72 milhões de mortos
GUERRA FRIA
Conflito político, económico, social e ideológico entre os Estados Unidos da América e a U.R.S.S.
– as duas potências Mundiais saídos da 2ª Guerra Mundial – que se prolonga até 1991 com a
extinção da U.R.S.S. Atingiu o ponto mais crítico em 1962 com a tentativa de instalar em Cuba
mísseis Soviéticos. 8
1962
1979
1986
1992
1993
1995
O Acordo de Schengen abriu caminho para a criação de uma Europa sem fronteiras, permitindo
que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar passaportes em sete Estados-
Membros: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal.
2002
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Entrada em circulação do euro.
2009
3. SÍMBOLOS
Bandeira
As estrelas são doze porque tradicionalmente este número representa a perfeição e a unidade.
Hino
O Hino à Alegria, ou Ode à Alegria (em alemão Ode an die Freude), é o nome do poema cantado
no quarto movimento da 9.ª sinfonia de Beethoven, conhecida também como Hino Europeu ou
Hino da União Europeia.
Moeda
O euro (€) é a moeda oficial de 17 dos 27 países da União Europeia. O euro existe na forma de
notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002. A Zona Euro é composta pelos seguintes países
da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Estónia e Portugal.
4. ALARGAMENTOS
1973
Entrada da Dinamarca, Irlanda e o Reino Unido. A Noruega tinha negociado também a sua
entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão
em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade.
1981
7
Em 1981 a Grécia adere á Comunidade Europeia.
1986
1995
2007
8
2013 Croácia tornou-se 28º membro da União Europeia. 12
5. CIDADANIA EUROPEIA
A cidadania europeia possibilita certos direitos e privilégios no seio da União Europeia; em muitas
áreas os cidadãos europeus têm os mesmos ou similares direitos que os cidadãos nativos de
outro Estado-membro. Entre os direitos de que gozam os cidadãos europeus destacam-se:
Antecedentes
Portugal embora não tenha participado na IIª. Guerra Mundial (1939-1945), não deixou de estar
envolvido nos movimentos que lhe sucederam no sentido de se criarem na Europa organizações
de cooperação entre os vários Estados. A manutenção das suas colónias de Portugal em África,
Ásia e Oceânia rapidamente se tornaram num obstáculo a esta cooperação, acabando por isolar
progressivamente o país no contexto internacional. A partir dos anos 60 a situação tornou-se
insustentável. A manutenção das colónias, com tudo o que elas implicaram, representou um
obstáculo brutal ao desenvolvimento numa fase de expansão económica do mundo ocidental.
O derrube da ditadura, a 25 de Abril de 1974, marcou uma profunda mudança em todo o país,
um dos mais pobres em toda a Europa. A longa guerra colonial (1961-1974), absorveu a maior
parte dos recursos económicos e humanos do país condicionando de forma brutal o seu
desenvolvimento. Foi por isso que o fim do "Império Colonial" (1974/75) só por si implicou uma
verdadeira revolução.
Economia: Estava dependente das colónias, o seu fim implicava uma completa reorganização
da economia. Muitas das grandes empresas do país encerraram, sectores económicos inteiros
entraram em rutura. O desemprego não tardou a subir.
Estado: O aparelho de Estado, com uma vasta organização para dirigir o Império Colonial, entrou
em colapso. Não tardou em ser assaltado vários grupos profissionais que se apropriaram das
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suas estruturas para manterem privilégios ou criarem outros. A cultura parasitária, típica do
Estado colonial, persistiu embora sob novas formas. 13
Finanças Públicas: A inflação neste período chegou a atingir valores superiores a 29%. O escudo
foi desvalorizado várias vezes. As finanças públicas estiveram à beira da bancarrota. Por duas
vezes Portugal foi obrigado a negociar um acordo com o FMI (1977 e 1983).
A conflitualidade social neste período foi sempre muito intensa. É neste quadro que surge a
opção Europeia e em particular o pedido de adesão à CEE (1977). Tinha em vista atingir três
objetivos: a) Evitar o isolamento do país; b) Obter apoios externos para consolidar o regime
democrático; c) Conseguir ajudas económicas para relançar a economia e fazer as reformas
necessárias no país;
Embora a situação do país fosse pouco favorável, em dez anos de democracia registaram-se
enormes progressos em todos os indicadores sociais e nas infraestruturas. O balanço era
francamente positivo.
No dia 1 de Janeiro de 1986 Portugal entrava na CEE. A entrada representou uma efetiva
abertura económica e um aumento na confiança interna da população. O Estado pouco ou quase
nada se reformou, as clientelas do costume continuaram a engordar. Apesar de tudo avançou-
se bastante em termos da concretização de muitos direitos sociais (habitação, saúde, educação,
etc.) as infraestruturas começaram a renovar-se a bom um ritmo.
Adesão revelou-se catastrófica para o sector exportador português. Entre todos os países da
CCE foi de longe o mais penalizado. As cotas de mercado de produtos portugueses caíram
abruptamente nos seus mercados tradicionais, como Inglaterra, Alemanha e França.
Graças a uma política económica conduzida por iberistas, as empresas espanholas tiveram uma
entrada facilitada em sectores estratégicos de Portugal, o que contribuiu para o colapso das
exportações nacionais.
União Europeia
A CEE, em 1992, dá origem à União Europeia. No horizonte está agora a criação de uma moeda
única, uma política externa comum, e a longo prazo a união política (federação de estados).
Portugal acompanha todo o processo. Portugal adere ao Euro que, em 2002, substituiu a moeda
nacional - o escudo. Este facto que só por si implicou a curto prazo uma revolução na economia
portuguesa.
O país:
A) Passava a ter uma moeda forte, mas deixava de a poder desvalorizar para tornar competitivos
os seus produtos;
B) O simples fabrico de artigos de baixo valor acrescentado, como os têxteis ou o calçado, deixou
de ser competitivo;
C) O crédito tornou-se mais barato, provocando desde logo o aumentando do consumo interno,
fazendo subir o endividamento das famílias; As poupanças das famílias desceram a pique.
Os resultados não se fizeram esperar. Entre 1986 e 1998, o PIB português crescia a uma média
de 5% ao ano, depois baixou para zero. O desemprego, em 1998, estava nos 5% subiu para 8%
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em 2005. A divida pública era 55% do PIB subiu para 64%. O rendimento "per capita", em 1998,
era 71% da média europeia desceu para 66% em 2005. Apenas a inflação estabilizou entre 1998
e 2005 (2,2 e 2,3, respetivamente).
Perspetivas
A União Europeia (UE), tal como a CEE trouxeram para Portugal enormes benefícios, permitindo
melhorar as condições de vida da maior parte da população.
públicas, os resultados globais não tem sido os melhores para o país. Portugal não para de
divergir no seu desenvolvimento da média europeia.
A moeda forte, adotada em 2002, implicava e implica uma revolução completa na economia
portuguesa:
A) Uma aposta em indústrias exportadoras de maior valor acrescentado, e com grande inovação
tecnológica e mão-de-obra altamente qualificada. Apesar dos progressos realizados, os avanços
continuam a ser muito lentos.
A atual insatisfação em relação à UE, comum à maioria dos outros estados membros, está ligada
aos problemas económicos que Portugal atravessa, mas também em relação à falta de
democraticidade no funcionamento da UE e a enorme incerteza quanto ao seu futuro.
7. TRATADOS EUROPEUS
Tratado de Roma
O Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), foi assinado em
Roma em 25 de Março de 1957 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958
Tratado de Maastricht
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Assinado em 1992. A CEE ultrapassa uma etapa importante ao estabelecer regras claras para a
futura moeda única, a política externa e de segurança e o reforço da cooperação em matéria de
justiça e de assuntos internos. A "Comunidade Europeia" é formalmente substituída pela "União
Europeia".
Tratado de Amesterdão
Tratado de Nice
Tratado de Lisboa
O Tratado de Lisboa entrou em vigor em 2009. Os seus principais objetivos são aumentar a
democracia na UE - em resposta às grandes expectativas dos cidadãos europeus em matéria de
responsabilidade, de abertura, de transparência e de participação - e aumentar a eficácia da
atuação da UE e a sua capacidade para enfrentar os atuais desafios globais, tais como as
alterações climáticas, a segurança e o desenvolvimento sustentável.
Parlamento Europeu
Partilha com o Conselho da União Europeia a função legislativa, ou seja, adota a legislação
europeia (diretivas, regulamentos, decisões). A sua participação contribui para garantir a
legitimidade democrática dos textos adotados.
Partilha com o Conselho da União Europeia a função orçamental, ou seja, pode alterar as
despesas comunitárias. Em última instância, adota o orçamento na sua integralidade.
Exerce um controlo democrático sobre a Comissão Europeia. Aprova a designação dos seus
membros e dispõe do direito de votar uma moção de censura.
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nível ministerial. Em função das questões a analisar, o Conselho reúne-se em diferentes
formações: política externa, economia e finanças, agricultura, educação, telecomunicações, etc.
Comissão Europeia
O termo "Comissão" faz referência aos membros da Comissão (Comissários) designados pelos
Estados membros e aprovados pelo Parlamento, mas também se refere à própria instituição e
ao seu pessoal.
Gerir e aplicar as políticas da UE, assegurando a execução das normas emanadas do Conselho,
ou do Conselho e do Parlamento Europeu (diretivas, regulamentos, decisões), do orçamento e
dos programas adotados pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia.
Tribunal de Justiça
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O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, sedeado no Luxemburgo, é composto por
um juiz por cada Estado-Membro e assistido por oito advogados-gerais, designados por comum
acordo entre os governos dos Estados Membros. Os seus mandatos iniciais são de seis anos,
podendo ser renovados. Atuam com total independência.
O Tribunal de Justiça é igualmente a única instituição competente para decidir, a pedido dos
tribunais nacionais, sobre a interpretação dos tratados e sobre a validade e a interpretação da
legislação comunitária. Assim, quando uma questão deste tipo é suscitada perante um tribunal
de um dos Estados Membros, este pode – e, em alguns casos, deve – solicitar ao Tribunal de
Justiça que se pronuncie sobre a questão.
Este sistema garante que o direito comunitário é interpretado e aplicado de forma homogénea
em toda a União Europeia.
O Tribunal de Primeira Instância foi criado em 1989 e é composto por um juiz de cada Estado
Membro, é competente para se pronunciar em certos tipos de processos, nomeadamente ações
intentadas por empresas ou pessoas singulares e processos relacionados com o direito da
concorrência.
O Banco Central Europeu (BCE), sedeado em Frankfurt, é responsável pela gestão do euro e da
política monetária da União.
Fruto dos desenvolvimentos a nível dos transportes e das comunicações, as trocas de serviços
e capitais entre países e a instalação de segmentos de empresas sedeadas num determinado
país cresceram em vários pontos do mundo, intensificando-se, desta forma, as relações
económicas internacionais.
Com o crescimento das trocas entre países, regiões e continentes, as economias vão-se
progressivamente internacionalizando, num processo designado por globalização económica.
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A internacionalização das economias e a consequente globalização económica cria
interdependências entre as economias, pois todas necessitam umas das outras, ficando
expostas aos efeitos de acontecimentos que ocorram em qualquer uma delas.
A globalização económica não nasceu nos dias de hoje, tendo uma história muito anterior que
remonta ao século XVI e à época da Expansão e que se caracterizou pelo desenvolvimento das
trocas comerciais e dos movimentos migratórios que se seguiram, atingindo as várias partes do
mundo.
O século XVI marca o consolidar da Expansão da Europa para novos espaços: a economia
europeia expande-se para além do Mediterrâneo já que a navegação nos oceanos Atlântico e
Índico veio permitir integrar novas regiões do mundo no sistema produtivo e de trocas existentes.
O comércio mundial é, neste período controlado pela Europa, que se torna o centro da economia
mundial. É a procura europeia de produtos e matérias-primas que está na origem do aumento
comercial, é a Europa que controla esse comércio mundial e o impulsiona, devido aos capitais
provenientes do tráfego de escravos, e é a Europa que aplica os capitais acumulados nas suas
manufaturas, transformando as matérias-primas vindas de outras regiões.
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Neste período, verifica-se igualmente um aumento das migrações com a saída de europeus, em
especial, para o EUA, Canadá, África, Brasil, Austrália e Nova Zelândia, em consequência do
desemprego resultante da modernização das indústrias.
Por sua vez, a II Guerra Mundial, com as suas necessidades a nível de armamento e de
comunicações, incentivou a pesquisa e o aparecimento de inovações como a tecnologia nuclear
e a informática. A aplicação destas duas inovações
rapidamente se alargou das indústrias militares a outras
atividades industriais e aos serviços. Nos finais dos anos 70,
a sociedade entra na era da informação, baseada na
eletrónica e na aplicação maciça dos seus produtos nas
atividades económicas. Os atores principais neste período
são, para além da Europa, os EUA e o Japão.
As notícias de todo o mundo são divulgadas pelos jornais, rádio, TV, internet e outros
meios de comunicação. O mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, ao
atentado ao WorldTradeCenter, bem como, à invasão americana ao Iraque. Podemos
também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim têm sofrido
influência direta da Globalização.
Hoje em dia, uma empresa produz um mesmo produto em vários países e exporta-os para
outros. Também podemos observar a fusão de empresas, cujo objetivo consiste em baixar
os custos de produção e aumentar a produtividade.
O mundo torna-se cada vez mais um todo. Cada parte do mundo faz cada vez mais parte
do mundo e o mundo, enquanto um todo, está cada vez mais presente em cada uma das
suas partes. Doravante cada indivíduo recebe em si ou consome as informações e as
substâncias vindas de todo o universo. Assim, o europeu por exemplo, acorda todas as
manhãs e toma o seu chá da Índia ou da China e enfia a sua camisola de algodão da
Austrália. Pode encontrar na sua mesa de Inverno os morangos e as cerejas da Argentina
e do Chile, os feijões-verdes do Senegal, os abacates ou ananases de África e os melões
de Guadalupe.
Enquanto o europeu está neste circuito planetário de conforto, um número muito grande
de africanos, de asiáticos, de sul-americanos estão num circuito planetário da miséria.
Sofrem no seu quotidiano as consequências do mercado mundial que afetam os preços
do cacau, do açúcar, do café, das matérias-primas que os seus países produzem.
Assim, para o melhor e para o pior, cada homem, rico ou pobre, do sul ou do norte, do
leste ou do oeste, traz consigo, sem o saber, o planeta inteiro”
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2. A Globalização da economia no Mundo Atual
Investimentos diretos
As empresas multinacionais
As maiores empresas multinacionais têm as suas sedes localizadas nos EUA, Europa e Japão.
As empresas transnacionais
Desta forma, uma empresa de calçado com sede nos EUA pode localizar a unidade fabril na
China, o serviço de informática na Índia e os serviços de contabilidade no México, cabendo à
“empresa mãe” (sedeada nos EUA) a coordenação das atividades das várias unidades, utilizando
para o efeito, as novas TIC. As empresas transnacionais são, assim, verdadeiras empresas
globais.
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“Da próxima vez que entrar num supermercado, preste atenção à vasta gama de produtos ao
seu dispor. A diversidade de bens de que dispomos no Ocidente, e que se encontram ao alcance
de quem tiver dinheiro para os comprar, está dependente de uma rede económica
surpreendentemente complexa que se estende pelo mundo inteiro. Os produtos que verá
expostos terão sido feitos em centenas de países diferentes…Todos eles têm de ser
transportados regularmente pelo mundo inteiro, sendo necessário constantes trocas de
informação para coordenar milhões de transações diárias.
Hoje em dia, já nenhuma sociedade humana vive em total isolamento umas das outras, e mesmo
nos países ricos toda a gente está dependente de bens importados no estrangeiro.
(…) O processo de globalização trouxe inúmeros benefícios para muita gente das sociedades
industrializadas: uma maior variedade de bens de consumo e produtos alimentares do que
alguma vez existira. Ao mesmo tempo, o facto de toda a gente estar envolvida num mundo cada
vez mais abrangente ajudou a criar alguns dos mais sérios problemas que enfrentamos hoje em
dia…tal como lidar com a degradação ambiental ou impedir guerras militares em larga escala,
que são necessariamente uma preocupação mundial.”
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Na primeira fase da globalização, a Europa dominava economicamente o mundo, pois o comércio
mundial estava nela centrado e o arranque da industrialização foi da sua iniciativa. Com o fim da
II Guerra Mundial, os EUA entraram em posição dominante, acompanhados mais tarde pelo
japão. De um único centro, o comércio mundial passou a estar concentrado em três grandes
polos regionais, Europa ocidental, América do Norte e Japão formam a chamada «tríade».
Os três grandes polos económicos no mundo (EUA, Europa Ocidental e Japão) criaram zonas
de influência específica em seu redor: a América Latina juntamente com os EUA, os países da
Ásia Oriental e do Sul com o Japão e os países da Europa de Leste, do Norte de África e do
Próximo Oriente com a Europa. Dentro de cada zona verifica-se uma intensificação das trocas e
dos movimentos de capital, o que reforça o poder económico dos três grandes polos da economia
mundial que representam cerca de 75% das trocas internacionais, verificando-se uma grande
desigualdade relativamente ao resto do mundo.
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4.2. Os efeitos desiguais da globalização
Nem todos os países beneficiam de igual modo da globalização. A difusão das novas tecnologias,
por exemplo, não tem o mesmo efeitos sobre o emprego em todas as economias: nos países
com baixas taxas de crescimento a destruição de alguns empregos, em resultado das novas
tecnologias, não é compensada pela criação de novos empregos.
“Do ponto de vista cultural a partilha de informação foi melhorada, no entanto, a aldeia global
teve um impacto negativo, pois verifica-se que tal poderá levar a uma massificação,
estandardização e a um mundo cada vez uniformizado. As tecnologias pelo mundo estão mal
“divididas”. Existem zonas onde estas ainda não chegaram, outras onde só as pessoas de maior
importância lhe têm acesso e outras ainda onde embora existindo, grande parte da população
não tem conhecimento disso. No entanto, existem países que pelo facto de serem muitos
desenvolvidos no que diz respeito às tecnologias, a maioria da sua população e também em
termos de informação e comunicação têm fácil acesso às mesmas. Outro aspecto negativo da
globalização é a dependência que temos dos “gigantes” americanos, pois se para estes a crise
chegar, por arrastamento, todos os outros sofrerão também.”
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