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ESPE - Escola Profissional Espinho

Sebenta / Módulo
Turma: ESPE - CP Técnico/a Receção - 1º Ano - 2019/2020
Disciplina: Área de Integração
Módulo: 2 - Estrutura familiar e dinâmica social / A cidadania europeia / Das Economias-mundo à Economia
Global
Docente: Eduardo Óscar Alves Pedrosa

Modelo 154-DP
Objetivos

 Justificar a criação da União Europeia.

 Referir as diferentes etapas da construção Europeia: sucessivos alargamentos.

 Nomear os Estados-Membros da UE.

 Distinguir diferentes tratados da EU.

 Caracterizar as principais instituições da EU.

 Conhecer símbolos da EU.

 Indicar objetivos da adesão de Portugal à EU.

 Estimular a participação cívica no contexto Europeu.

 Identificar etapas da internacionalização da economia e da produção;

 Analisar exemplos da globalização da economia no mundo atual;

 Analisar exemplos da importância das empresas multinacionais e transnacionais


na economia atual;

 Reconhecer as diferenças de desenvolvimento no mundo atual;

 Identificar situações de exclusão económica e social em relação à economia atual.

2
Bibliografia

 Declaração Universal dos Direitos Humanos (1998),

 Castells, Manuel (2002), A era da informação: economia, sociedade e cultura, Vol 2. - O


poder da identidade, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

 Gresh, Alain (dir.) (2003), Atlas da Globalização. Lisboa, Campo da Comunicação.


Santos, Boaventura de Sousa (2001), Globalização, Fatalidade ou utopia? Porto,
Edições Afrontamento.

 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2004), Relatório do


desenvolvimento humano 2004: Liberdade Cultural num Mundo Diversificado, Queluz,
Mensagem -Serviço de Recursos Editoriais.

Webgrafia

 Conselho da Europa http://www.coe.int

 Centro de Informação das Nações Unidas *

 http://www.onuportugal.pt/index.html

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Índice

Tema 5.1 A Integração europeia

1. A União Europeia…………………………………………………………………………………..5

2. História e marcos históricos…………………………………………………………………….6

3. Símbolos………………………………………………………………………………………….....7

4. Alargamentos………...……………………………………………………………………..………7

5. Cidadania Europeia………………………………………………………………………….….....9

6. Portugal e a União Europeia…………………………………………………………….....…....9

7. Tratados Europeus: Roma. Maastricht, Amesterdão, Nice e Lisboa……………….……11

8. Principais Instituições Europeias: órgãos e competências …………………………...…12

Tema 8.1 – Das Economias-mundo à economia global

1. A internacionalização da economia e a globalização económica ………………….…14

1.1.A desigual distribuição dos recursos no mundo e as trocas entre paíseS..14

1.2.O processo de globalização – a Expansão e as Revoluções Industriais ....16

2. A Globalização da economia no mundo atual …………………………………………17

2.1.A circulação de capitais e a deslocalização das empresas …………17

2.2.Os movimentos internacionais de população ………………………………18

3. A Globalização e os atores do comércio mundial ………………………………18

3.1.A polarização regional do comércio mundial ………………………….…18

4. A desigual distribuição dos benefícios da internacionalização da economia …..19

4.1.Os benefícios da integração dos países na economia-mundo .............21

4.2.Os efeitos desiguais da globalização ……………………………..22

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5.1 A INTEGRAÇÃO EUROPEIA

1. A UNIÃO EUROPEIA - INTRODUÇÃO

LEMA: In varietate concordia (Latim) / Unidade na diversidade (Português)

A União Europeia, anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE) e


Comunidade Europeia (CE), é uma organização internacional constituída atualmente por 28
Estados-Membros. Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia
(normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspetos desta união
já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.

Enquanto instituição, passou a dispor de personalidade jurídica após o início da vigência do


Tratado de Lisboa. Possui competências próprias, tais como a Política Agrícola Comum, as
pescas, entre outros. Estas competências são partilhadas com todos os Estados-membros da
União Europeia. Trata-se de uma organização que combina o nível supranacional e o nível
institucional num campo geográfico restrito com o papel político próprio sobre os seus Estados-
membros.

O Continente europeu

Mapa político da Europa

A União Europeia 7

2. HISTÓRIA E MARCOS HISTÓRICOS

1951

Na Primavera de 1950, a Europa encontra-se à beira do abismo. A Guerra Fria faz pesar a
ameaça de um conflito entre as partes Leste e Oeste do continente. Cinco anos após o término
da Segunda Guerra Mundial, os antigos adversários estão longe da reconciliação.

Jean Monnet, negociador e construtor da paz, propõe ao Ministro dos Negócios Estrangeiros
francês, Robert Schumann, e ao Chanceler alemão Konrad Adenauer criar um interesse comum
entre os seus países: a gestão, sob o controlo de uma autoridade independente, do mercado do
carvão e do aço. A proposta é formulada oficialmente em 9 de Maio de 1950 pela França e
fervorosamente acolhida pela Alemanha, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.

O Tratado que institui a primeira Comunidade Europeia, a Comunidade Europeia do Carvão e do


Aço (CECA), foi assinado em Abril de 1951, abrindo as portas à Europa das realizações
concretas.

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1957

O Tratado de Roma de 25 de Março de 1957, institui a CEE – Comunidade Económica Europeia


-, cria instruções e mecanismos de tomada de decisão que permitem dar expressão tanto aos
interesses nacionais como a uma visão comunitária. A Comunidade Europeia constitui doravante
o eixo principal em torno do qual se vai organizar a construção europeia.

Assinaram o Tratado de Roma: Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

2ª GUERRA MUNDIAL

Conflito militar que decorreu entre 1939 – 1945 e teve como principais intervenientes a
Alemanha, Itália e o Japão designados de Eixo e do lado dos Aliados a Inglaterra, os Estados
Unidos da América, a U.R.S.S. e a França. Teve o seu início a 1 de Setembro com a invasão da
Polónia pela Alemanha Nazi. Provocou cerca 72 milhões de mortos

GUERRA FRIA

Conflito político, económico, social e ideológico entre os Estados Unidos da América e a U.R.S.S.
– as duas potências Mundiais saídos da 2ª Guerra Mundial – que se prolonga até 1991 com a
extinção da U.R.S.S. Atingiu o ponto mais crítico em 1962 com a tentativa de instalar em Cuba
mísseis Soviéticos. 8

Europa dos Seis

1962

Lançamento da política agrícola comum (PAC)

1979

Primeira eleição por sufrágio universal direto do Parlamento Europeu.

1986

A bandeira europeia começou a ser utilizada pela Comunidade.

1992

Assinatura do Tratado de Maastricht.

1993

Criação do Mercado Único.

1995

O Acordo de Schengen abriu caminho para a criação de uma Europa sem fronteiras, permitindo
que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar passaportes em sete Estados-
Membros: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal.

2002

6
Entrada em circulação do euro.

2009

Os 27 Estados-Membros da UE assinaram o Tratado de Lisboa, que modifica os Tratados


anteriores.

3. SÍMBOLOS

Bandeira

O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a harmonia entre os povos da


Europa.

O número de estrelas nada tem a ver com o número de Estados – Membros.

As estrelas são doze porque tradicionalmente este número representa a perfeição e a unidade.

Assim, a bandeira mantém-se inalterada independentemente dos países aderentes.

Hino

O Hino à Alegria, ou Ode à Alegria (em alemão Ode an die Freude), é o nome do poema cantado
no quarto movimento da 9.ª sinfonia de Beethoven, conhecida também como Hino Europeu ou
Hino da União Europeia.

Moeda

O euro (€) é a moeda oficial de 17 dos 27 países da União Europeia. O euro existe na forma de
notas e moedas desde 1 de Janeiro de 2002. A Zona Euro é composta pelos seguintes países
da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Estónia e Portugal.

4. ALARGAMENTOS

1973

Entrada da Dinamarca, Irlanda e o Reino Unido. A Noruega tinha negociado também a sua
entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão
em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade.

Europa dos Nove 9

1981

7
Em 1981 a Grécia adere á Comunidade Europeia.

Europa dos Dez

1986

Portugal e Espanha aderem á Comunidade Europeia.

Europa dos doze

1995

Entram a Áustria, Suécia e Finlândia.

Europa dos quinze 15

2004 UE alarga-se a Malta, Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia,


República Checa, Eslováquia e Hungria.

Europa dos vinte e cinco

2007

A Roménia e Bulgária tornaram-se nos mais novos membros da EU.

Europa dos vinte e sete

8
2013 Croácia tornou-se 28º membro da União Europeia. 12

5. CIDADANIA EUROPEIA

A cidadania europeia possibilita certos direitos e privilégios no seio da União Europeia; em muitas
áreas os cidadãos europeus têm os mesmos ou similares direitos que os cidadãos nativos de
outro Estado-membro. Entre os direitos de que gozam os cidadãos europeus destacam-se:

O direito da liberdade de movimento e residência em qualquer país membro da União e o direito


de pleitear postos de trabalho em qualquer esfera (incluindo serviço civil à exceção de posições
delicadas como a Defesa) (artigo 18).

O direito de voto e o direito de se candidatar às eleições locais (municipais) e europeias em


qualquer Estado-membro sob as mesmas condições que os nacionais do Estado em que reside
(artigo 19).

O direito de proteção pelas autoridades diplomáticas ou consulares de outro Estado-membro


em um país extracomunitário, no caso de não haver representação diplomática ou consular do
Estado do qual o cidadão é nacional (artigo 20).

Os Estados-membros também emitem passaportes com um mesmo desenho estético, de cor


bordeaux com o nome do Estado-membro, símbolo nacional e o título "União Europeia" em suas
línguas oficiais.

6. PORTUGAL E A UNIÃO EUROPEIA

Antecedentes

Portugal embora não tenha participado na IIª. Guerra Mundial (1939-1945), não deixou de estar
envolvido nos movimentos que lhe sucederam no sentido de se criarem na Europa organizações
de cooperação entre os vários Estados. A manutenção das suas colónias de Portugal em África,
Ásia e Oceânia rapidamente se tornaram num obstáculo a esta cooperação, acabando por isolar
progressivamente o país no contexto internacional. A partir dos anos 60 a situação tornou-se
insustentável. A manutenção das colónias, com tudo o que elas implicaram, representou um
obstáculo brutal ao desenvolvimento numa fase de expansão económica do mundo ocidental.

A Opção Europeia (1974-1985)

O derrube da ditadura, a 25 de Abril de 1974, marcou uma profunda mudança em todo o país,
um dos mais pobres em toda a Europa. A longa guerra colonial (1961-1974), absorveu a maior
parte dos recursos económicos e humanos do país condicionando de forma brutal o seu
desenvolvimento. Foi por isso que o fim do "Império Colonial" (1974/75) só por si implicou uma
verdadeira revolução.

Economia: Estava dependente das colónias, o seu fim implicava uma completa reorganização
da economia. Muitas das grandes empresas do país encerraram, sectores económicos inteiros
entraram em rutura. O desemprego não tardou a subir.

População: O fim das colónias implicou o regresso de cerca de um milhão de pessoas. As


guerras civis que depois se desencadearam em Angola, Moçambique, Timor e Guiné-Bissau
trouxeram para Portugal até aos anos 90, centenas de milhares de refugiados. A população
tornou-se mais heterogénea, contribuindo para agravar os problemas sociais já existentes.

Estado: O aparelho de Estado, com uma vasta organização para dirigir o Império Colonial, entrou
em colapso. Não tardou em ser assaltado vários grupos profissionais que se apropriaram das

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suas estruturas para manterem privilégios ou criarem outros. A cultura parasitária, típica do
Estado colonial, persistiu embora sob novas formas. 13

Finanças Públicas: A inflação neste período chegou a atingir valores superiores a 29%. O escudo
foi desvalorizado várias vezes. As finanças públicas estiveram à beira da bancarrota. Por duas
vezes Portugal foi obrigado a negociar um acordo com o FMI (1977 e 1983).

A conflitualidade social neste período foi sempre muito intensa. É neste quadro que surge a
opção Europeia e em particular o pedido de adesão à CEE (1977). Tinha em vista atingir três
objetivos: a) Evitar o isolamento do país; b) Obter apoios externos para consolidar o regime
democrático; c) Conseguir ajudas económicas para relançar a economia e fazer as reformas
necessárias no país;

Embora a situação do país fosse pouco favorável, em dez anos de democracia registaram-se
enormes progressos em todos os indicadores sociais e nas infraestruturas. O balanço era
francamente positivo.

Adesão à CEE (1986-1992)

No dia 1 de Janeiro de 1986 Portugal entrava na CEE. A entrada representou uma efetiva
abertura económica e um aumento na confiança interna da população. O Estado pouco ou quase
nada se reformou, as clientelas do costume continuaram a engordar. Apesar de tudo avançou-
se bastante em termos da concretização de muitos direitos sociais (habitação, saúde, educação,
etc.) as infraestruturas começaram a renovar-se a bom um ritmo.

O crescimento económico atingiu valores surpreendentes, impulsionada pelas obras públicas e


o aumento de consumo interno.

Adesão revelou-se catastrófica para o sector exportador português. Entre todos os países da
CCE foi de longe o mais penalizado. As cotas de mercado de produtos portugueses caíram
abruptamente nos seus mercados tradicionais, como Inglaterra, Alemanha e França.

Graças a uma política económica conduzida por iberistas, as empresas espanholas tiveram uma
entrada facilitada em sectores estratégicos de Portugal, o que contribuiu para o colapso das
exportações nacionais.

União Europeia

A CEE, em 1992, dá origem à União Europeia. No horizonte está agora a criação de uma moeda
única, uma política externa comum, e a longo prazo a união política (federação de estados).
Portugal acompanha todo o processo. Portugal adere ao Euro que, em 2002, substituiu a moeda
nacional - o escudo. Este facto que só por si implicou a curto prazo uma revolução na economia
portuguesa.

O país:

A) Passava a ter uma moeda forte, mas deixava de a poder desvalorizar para tornar competitivos
os seus produtos;

B) O simples fabrico de artigos de baixo valor acrescentado, como os têxteis ou o calçado, deixou
de ser competitivo;

C) O crédito tornou-se mais barato, provocando desde logo o aumentando do consumo interno,
fazendo subir o endividamento das famílias; As poupanças das famílias desceram a pique.

D) As importações começaram a crescer mais do que as exportações.

Os resultados não se fizeram esperar. Entre 1986 e 1998, o PIB português crescia a uma média
de 5% ao ano, depois baixou para zero. O desemprego, em 1998, estava nos 5% subiu para 8%

10
em 2005. A divida pública era 55% do PIB subiu para 64%. O rendimento "per capita", em 1998,
era 71% da média europeia desceu para 66% em 2005. Apenas a inflação estabilizou entre 1998
e 2005 (2,2 e 2,3, respetivamente).

Perspetivas

A União Europeia (UE), tal como a CEE trouxeram para Portugal enormes benefícios, permitindo
melhorar as condições de vida da maior parte da população.

Devido a uma incrível sucessão de políticos incompetentes, sustentados em aparelhos


partidários que se alimentam da corrupção que grassa no Estado, autarquias e empresas

públicas, os resultados globais não tem sido os melhores para o país. Portugal não para de
divergir no seu desenvolvimento da média europeia.

A moeda forte, adotada em 2002, implicava e implica uma revolução completa na economia
portuguesa:

A) Uma aposta em indústrias exportadoras de maior valor acrescentado, e com grande inovação
tecnológica e mão-de-obra altamente qualificada. Apesar dos progressos realizados, os avanços
continuam a ser muito lentos.

B) Uma aposta em serviços qualificados - turismo, congressos, comércio internacional, logística,


transportes aéreos e marítimos, etc. Portugal tem nestes sectores importantes vantagens
competitivas.

C) Uma aposta numa agricultura e silvicultura especializada, em empresas competitivas com


produtos de elevado valor acrescentado. Alguns sectores, como o vinho ou a cortiça, têm-se
revelado muito dinâmicos a nível mundial.

E) A criação de uma administração publica (central, regional e local), eficiente, desburocratizada


e participada, pondo fim aos inúmeros bandos de mafiosos que continuam a viver à custa dos
cidadãos, escudados nos aparelhos partidários. É preciso que a justiça em Portugal funcione, o
que não acontece.

A atual insatisfação em relação à UE, comum à maioria dos outros estados membros, está ligada
aos problemas económicos que Portugal atravessa, mas também em relação à falta de
democraticidade no funcionamento da UE e a enorme incerteza quanto ao seu futuro.

7. TRATADOS EUROPEUS

Tratado de Roma

O Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), foi assinado em
Roma em 25 de Março de 1957 e entrou em vigor em 1 de Janeiro de 1958

Tratado de Maastricht

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Assinado em 1992. A CEE ultrapassa uma etapa importante ao estabelecer regras claras para a
futura moeda única, a política externa e de segurança e o reforço da cooperação em matéria de
justiça e de assuntos internos. A "Comunidade Europeia" é formalmente substituída pela "União
Europeia".

Tratado de Amesterdão

O Tratado de Amesterdão entrou em vigor a 1 de Maio de 1999. Teve como objetivos:

Fazer do emprego e dos direitos dos cidadãos o ponto central da União;

Aumentar a eficácia da estrutura da União, tendo em vista um alargamento próximo.

Tratado de Nice

O Tratado de Nice foi assinado em 26 de Fevereiro de 2001 e entrou em vigor em 1 de Fevereiro


de 2003. Incidiu principalmente na reforma das Instituições a fim de assegurar o funcionamento
eficaz da União Europeia na sequência do seu alargamento em 2004 para 25 Estados-Membros
e em 2007 para 27 Estados-Membros.

Tratado de Lisboa

O Tratado de Lisboa entrou em vigor em 2009. Os seus principais objetivos são aumentar a
democracia na UE - em resposta às grandes expectativas dos cidadãos europeus em matéria de
responsabilidade, de abertura, de transparência e de participação - e aumentar a eficácia da
atuação da UE e a sua capacidade para enfrentar os atuais desafios globais, tais como as
alterações climáticas, a segurança e o desenvolvimento sustentável.

8. INSTITUIÇÕES EUROPEIAS – ÓRGÃOS E COMPETÊNCIAS

Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu é a instituição parlamentar da União Europeia. Eleito por um período de


5 anos por sufrágio universal direto pelos cidadãos dos estados-membros, o Parlamento Europeu
é a expressão democrática de 374 milhões de cidadãos europeus. No Parlamento Europeu estão
representadas, a nível de formações políticas pan-europeias, as grandes tendências políticas
existentes nos países membros. Tem sede em Estrasburgo, na França.

O Parlamento tem três funções essenciais:

Partilha com o Conselho da União Europeia a função legislativa, ou seja, adota a legislação
europeia (diretivas, regulamentos, decisões). A sua participação contribui para garantir a
legitimidade democrática dos textos adotados.

Partilha com o Conselho da União Europeia a função orçamental, ou seja, pode alterar as
despesas comunitárias. Em última instância, adota o orçamento na sua integralidade.

Exerce um controlo democrático sobre a Comissão Europeia. Aprova a designação dos seus
membros e dispõe do direito de votar uma moção de censura.

Conselho da União Europeia ou Conselho de ministros

O Conselho da União Europeia, constitui a principal instância de decisão da União Europeia. É


a expressão da vontade dos Estados-Membros, cujos representantes se reúnem regularmente a

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nível ministerial. Em função das questões a analisar, o Conselho reúne-se em diferentes
formações: política externa, economia e finanças, agricultura, educação, telecomunicações, etc.

O Conselho assume várias funções essenciais:

É o órgão legislativo da União; em relação a um grande conjunto de competências comunitárias,


exerce este poder legislativo em codecisão com o Parlamento Europeu.

Assegura a coordenação das políticas económicas gerais dos Estados-Membros.

Celebra, em nome da Comunidade, os acordos internacionais entre esta e um ou vários Estados


ou organizações internacionais.

Partilha a autoridade orçamental com o Parlamento Europeu.

Aprova as decisões necessárias à definição e à execução da política externa e de segurança


comum com base em orientações gerais definidas pelo Conselho Europeu.

Assegura a coordenação da Acão dos Estados-Membros e adota as medidas no domínio da


cooperação policial e judiciária em matéria penal.

Comissão Europeia

A Comissão Europeia é a instituição politicamente independente que representa e defende os


interesses da União Europeia (UE) na sua globalidade, propõe a legislação, política e programas
de ação e é responsável por aplicar as decisões do Parlamento Europeu (PE) e o Conselho da
União Europeia.

A Comissão Europeia materializa e defende o interesse geral da Comunidade Europeia. O


presidente e os membros da Comissão são nomeados pelo Conselho da União Europeia, por
maioria qualificada, após aprovação pelo Parlamento Europeu.

O termo "Comissão" faz referência aos membros da Comissão (Comissários) designados pelos
Estados membros e aprovados pelo Parlamento, mas também se refere à própria instituição e
ao seu pessoal.

A Comissão é o motor do sistema institucional comunitário. São diversas as suas principais


funções:

Propor legislação ao Parlamento e ao Conselho (segundo o direito de iniciativa legislativa).

Gerir e aplicar as políticas da UE, assegurando a execução das normas emanadas do Conselho,
ou do Conselho e do Parlamento Europeu (diretivas, regulamentos, decisões), do orçamento e
dos programas adotados pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia.

Fazer cumprir a legislação Europeia, zelando

pelo respeito do direito comunitário, juntamente com o Tribunal de Justiça.

Representar a União a nível internacional, negociando acordos internacionais, essencialmente


em matéria comercial e de cooperação.

Tribunal de Justiça

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O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, sedeado no Luxemburgo, é composto por
um juiz por cada Estado-Membro e assistido por oito advogados-gerais, designados por comum
acordo entre os governos dos Estados Membros. Os seus mandatos iniciais são de seis anos,
podendo ser renovados. Atuam com total independência.

O Tribunal de Justiça é igualmente a única instituição competente para decidir, a pedido dos
tribunais nacionais, sobre a interpretação dos tratados e sobre a validade e a interpretação da
legislação comunitária. Assim, quando uma questão deste tipo é suscitada perante um tribunal
de um dos Estados Membros, este pode – e, em alguns casos, deve – solicitar ao Tribunal de
Justiça que se pronuncie sobre a questão.

Este sistema garante que o direito comunitário é interpretado e aplicado de forma homogénea
em toda a União Europeia.

O Tribunal de Primeira Instância foi criado em 1989 e é composto por um juiz de cada Estado
Membro, é competente para se pronunciar em certos tipos de processos, nomeadamente ações
intentadas por empresas ou pessoas singulares e processos relacionados com o direito da
concorrência.

Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu (BCE), sedeado em Frankfurt, é responsável pela gestão do euro e da
política monetária da União.

Tema 8.1 – Das Economias-mundo à economia global

1. A internacionalização da economia e a globalização económica

1.1.A desigual distribuição dos recursos no mundo e as trocas entre países

Os recursos naturais, humanos e tecnológicos necessários à


produção de bens encontram-se desigualmente distribuídos
pelo mundo. Existem países com grande riqueza em
matérias-primas, com população trabalhadora qualificada e
tecnologia avançada. Contudo, outros apresentam uma
grande escassez dos mesmos.

Destas desigualdades resultam atividades produtivas


diferenciadas entre os países e a necessidade de fazer
trocas, de forma a obter os recursos e os bens que um país
não possui ou não produz na quantidade suficiente.

Fruto dos desenvolvimentos a nível dos transportes e das comunicações, as trocas de serviços
e capitais entre países e a instalação de segmentos de empresas sedeadas num determinado
país cresceram em vários pontos do mundo, intensificando-se, desta forma, as relações
económicas internacionais.

Com o crescimento das trocas entre países, regiões e continentes, as economias vão-se
progressivamente internacionalizando, num processo designado por globalização económica.

14
A internacionalização das economias e a consequente globalização económica cria
interdependências entre as economias, pois todas necessitam umas das outras, ficando
expostas aos efeitos de acontecimentos que ocorram em qualquer uma delas.

1.2. O processo de globalização – a Expansão e as Revoluções Industriais

A globalização económica não nasceu nos dias de hoje, tendo uma história muito anterior que
remonta ao século XVI e à época da Expansão e que se caracterizou pelo desenvolvimento das
trocas comerciais e dos movimentos migratórios que se seguiram, atingindo as várias partes do
mundo.

O crescimento das trocas à escala mundial foi,


posteriormente, incentivado pelas inovações introduzidas
pela Revolução Industrial nas atividades produzidas e nos
transportes e, mais recentemente, pelo desenvolvimento das
novas tecnologias de informação e comunicação.

A globalização foi assim um processo que se foi


desenvolvendo ao longo do tempo, associado a certos
períodos históricos.

O século XVI marca o consolidar da Expansão da Europa para novos espaços: a economia
europeia expande-se para além do Mediterrâneo já que a navegação nos oceanos Atlântico e
Índico veio permitir integrar novas regiões do mundo no sistema produtivo e de trocas existentes.

O comércio mundial é, neste período controlado pela Europa, que se torna o centro da economia
mundial. É a procura europeia de produtos e matérias-primas que está na origem do aumento
comercial, é a Europa que controla esse comércio mundial e o impulsiona, devido aos capitais
provenientes do tráfego de escravos, e é a Europa que aplica os capitais acumulados nas suas
manufaturas, transformando as matérias-primas vindas de outras regiões.

O comércio entre a Europa, a África e a América contribui decisivamente para o desencadear da


Revolução Industrial, em meados do século XVIII, ao proporcionar as condições necessárias ao
desenvolvimento das indústrias: capitais, matérias-primas e mercados para colocar os produtos
manufaturados.

A Revolução Industrial está, deste modo, associada ao


processo de globalização económica através do qual
as matérias-primas, os capitais e os produtos
passaram a circular no espaço internacional. A
circulação de bens alargou-se também à mão-de-obra,
numa primeira fase com o tráfego de escravos e, mais
tarde, com as migrações.

A segunda metade do século XIX, marcada,


essencialmente, pela introdução de uma nova fonte de
energia (a eletricidade) e por um novo material (o aço),
assistiu a uma revolução nos transportes e nas comunicações.

O desenvolvimento dos caminhos-de-ferro e das frotas marítimas e a abertura de novas rotas


comerciais originaram uma intensificação das trocas à escala mundial.

15
Neste período, verifica-se igualmente um aumento das migrações com a saída de europeus, em
especial, para o EUA, Canadá, África, Brasil, Austrália e Nova Zelândia, em consequência do
desemprego resultante da modernização das indústrias.

Por sua vez, a II Guerra Mundial, com as suas necessidades a nível de armamento e de
comunicações, incentivou a pesquisa e o aparecimento de inovações como a tecnologia nuclear
e a informática. A aplicação destas duas inovações
rapidamente se alargou das indústrias militares a outras
atividades industriais e aos serviços. Nos finais dos anos 70,
a sociedade entra na era da informação, baseada na
eletrónica e na aplicação maciça dos seus produtos nas
atividades económicas. Os atores principais neste período
são, para além da Europa, os EUA e o Japão.

Vejamos este texto:

As notícias de todo o mundo são divulgadas pelos jornais, rádio, TV, internet e outros
meios de comunicação. O mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, ao
atentado ao WorldTradeCenter, bem como, à invasão americana ao Iraque. Podemos
também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim têm sofrido
influência direta da Globalização.

Hoje em dia, uma empresa produz um mesmo produto em vários países e exporta-os para
outros. Também podemos observar a fusão de empresas, cujo objetivo consiste em baixar
os custos de produção e aumentar a produtividade.

O mundo torna-se cada vez mais um todo. Cada parte do mundo faz cada vez mais parte
do mundo e o mundo, enquanto um todo, está cada vez mais presente em cada uma das
suas partes. Doravante cada indivíduo recebe em si ou consome as informações e as
substâncias vindas de todo o universo. Assim, o europeu por exemplo, acorda todas as
manhãs e toma o seu chá da Índia ou da China e enfia a sua camisola de algodão da
Austrália. Pode encontrar na sua mesa de Inverno os morangos e as cerejas da Argentina
e do Chile, os feijões-verdes do Senegal, os abacates ou ananases de África e os melões
de Guadalupe.

Enquanto o europeu está neste circuito planetário de conforto, um número muito grande
de africanos, de asiáticos, de sul-americanos estão num circuito planetário da miséria.
Sofrem no seu quotidiano as consequências do mercado mundial que afetam os preços
do cacau, do açúcar, do café, das matérias-primas que os seus países produzem.

Assim, para o melhor e para o pior, cada homem, rico ou pobre, do sul ou do norte, do
leste ou do oeste, traz consigo, sem o saber, o planeta inteiro”

Edgar Morin, “Os sete saberes necessários à educação do futuro” (adaptado

16
2. A Globalização da economia no Mundo Atual

2.1. A circulação de capitais e a deslocalização das empresas

Investimentos diretos

Os investimentos diretos constituem uma forma de circulação de capitais no mundo, que se


traduz na aquisição de empresas e abertura de filiais em vários países. Entre os principais
investidores destacam-se o Japão, a Alemanha, a Grã-Bretanha e os EUA. Estes países
localizam a sua atividade produtiva em países que possuem facilidade de acesso às materias-
primas e a outros recursos naturais, e que apresentam baixos custos salariais ou que oferecem
políticas de apoio ao investimento, entre outros fatores atrativos.

As empresas multinacionais

As empresas multinacionais são um exemplo da localização dos


investimentos diretos em diversos países e regiões onde os recursos
naturais e o trabalho são baratos, através da abertura de filiais ou da
subcontratação de empresas locais, com a finalidade de produzir com
custos mais baixos e assim colocar produtos competitivos no mercado. A presença de
multinacionais em vastas zonas do mundo e demonstram a sua importância no movimento da
globalização.

As maiores empresas multinacionais têm as suas sedes localizadas nos EUA, Europa e Japão.

As empresas transnacionais

No período mais recente da globalização, as multinacionais foram


dando lugar a empresas transnacionais que se caracterizam pela
instalação de segmentos (partes) da produção em vários países, com
o objetivo de aproveitar os baixos preços dos fatores produtivos.

Desta forma, uma empresa de calçado com sede nos EUA pode localizar a unidade fabril na
China, o serviço de informática na Índia e os serviços de contabilidade no México, cabendo à
“empresa mãe” (sedeada nos EUA) a coordenação das atividades das várias unidades, utilizando
para o efeito, as novas TIC. As empresas transnacionais são, assim, verdadeiras empresas
globais.

Analisemos este texto que nos fala sobre a globalização económica:

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“Da próxima vez que entrar num supermercado, preste atenção à vasta gama de produtos ao
seu dispor. A diversidade de bens de que dispomos no Ocidente, e que se encontram ao alcance
de quem tiver dinheiro para os comprar, está dependente de uma rede económica
surpreendentemente complexa que se estende pelo mundo inteiro. Os produtos que verá
expostos terão sido feitos em centenas de países diferentes…Todos eles têm de ser
transportados regularmente pelo mundo inteiro, sendo necessário constantes trocas de
informação para coordenar milhões de transações diárias.

Globalização é a designação corrente dada a esta crescente interdependência entre as


sociedades do mundo.

Hoje em dia, já nenhuma sociedade humana vive em total isolamento umas das outras, e mesmo
nos países ricos toda a gente está dependente de bens importados no estrangeiro.

(…) O processo de globalização trouxe inúmeros benefícios para muita gente das sociedades
industrializadas: uma maior variedade de bens de consumo e produtos alimentares do que
alguma vez existira. Ao mesmo tempo, o facto de toda a gente estar envolvida num mundo cada
vez mais abrangente ajudou a criar alguns dos mais sérios problemas que enfrentamos hoje em
dia…tal como lidar com a degradação ambiental ou impedir guerras militares em larga escala,
que são necessariamente uma preocupação mundial.”

2.2. Os movimentos internacionais de população

A liberalização da circulação de bens, serviços e capitais


tem-se estendido aos movimentos da população pelo
mundo. A circulação de pessoas, facilitada pela
modernização dos meios de transporte e das vias de
comunicação, constituiu outro aspeto da globalização.

Na história do processo de globalização, de que a Europa


foi protagonista, estes movimentos iniciaram-se no século
XVI, com a Expansão e a colonização. Na segunda metade
do século XIX, verifica-se novamente a saída de
populações europeias em direção às antigas colónias.

Na segunda metade do século XX e início do século XXI, os movimentos migratórios têm-se


caracterizado pela saída de populações dos países em desenvolvimento em direção aos países
desenvolvidos, à procura de melhores condições de vida.

Atualmente, regista-se também um movimento inverso de saída de trabalhadores com


qualificação dos países desenvolvidos, onde a criação de emprego não tem sido suficiente para
compensar o aumento do desemprego, para países que oferecem oportunidade de emprego e
remunerações elevadas.

3. A Globalização e os atores do comércio mundial

3.1. A polarização regional do comércio mundial

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Na primeira fase da globalização, a Europa dominava economicamente o mundo, pois o comércio
mundial estava nela centrado e o arranque da industrialização foi da sua iniciativa. Com o fim da
II Guerra Mundial, os EUA entraram em posição dominante, acompanhados mais tarde pelo
japão. De um único centro, o comércio mundial passou a estar concentrado em três grandes
polos regionais, Europa ocidental, América do Norte e Japão formam a chamada «tríade».

Os três grandes polos económicos no mundo (EUA, Europa Ocidental e Japão) criaram zonas
de influência específica em seu redor: a América Latina juntamente com os EUA, os países da
Ásia Oriental e do Sul com o Japão e os países da Europa de Leste, do Norte de África e do
Próximo Oriente com a Europa. Dentro de cada zona verifica-se uma intensificação das trocas e
dos movimentos de capital, o que reforça o poder económico dos três grandes polos da economia
mundial que representam cerca de 75% das trocas internacionais, verificando-se uma grande
desigualdade relativamente ao resto do mundo.

As trocas dentro da mesma região constituem uma outra característica da globalização


económica atual, onde se destaca a União Europeia – cujas trocas efetuadas dentro do seu
espaço representam cerca de 60% das trocas internacionais -, seguida do Japão– em que as
trocas realizadas entre si valem 50% das trocas mundiais – e da América do Norte – cujas trocas
dentro da região representam à volta de 40% das trocas internacionais.

4. A desigual distribuição dos benefícios da internacionalização da economia

4.1. Os benefícios da integração dos países na economia-mundo

A crescente circulação de produtos, serviços, capitais e pessoas


pelo mundo conduz a uma maior interdependência entre os
países, produzindo efeitos nas economias enas vidas das
populações que, de uma forma geral, se podem considerar como
benéficos: acesso a uma multiplicidade de bens e serviços,
crescimento dos rendimentos em resultado das exportações,
possibilidade de encontrar trabalho remunerado noutros países,
entre outros.

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4.2. Os efeitos desiguais da globalização

Nem todos os países beneficiam de igual modo da globalização. A difusão das novas tecnologias,
por exemplo, não tem o mesmo efeitos sobre o emprego em todas as economias: nos países
com baixas taxas de crescimento a destruição de alguns empregos, em resultado das novas
tecnologias, não é compensada pela criação de novos empregos.

Outro exemplo da desigual distribuição dos benefícios da


globalização prende-se com o fenómeno da transnacionalização
da produção, na medida em que a deslocalização da atividade
produtiva para regiões onde o baixo custo dos fatortes produtivo
proporciona preços mais competitivos, beneficia, por um lado, as
economias destas regiões mas, por outro lado, prejudica o
crescimento das economias que viram as empresas encerrar e o
desemprego aumenta.

Nos países desenvolvidos, a globalização tem conduzido ao aumento da desigualdade entre os


grupos sociais, particularmente nos setores da população com menor grau de qualificação.

Vejamos este texto sobre alguns aspetos positivos e negativos da globalização:

“Do ponto de vista cultural a partilha de informação foi melhorada, no entanto, a aldeia global
teve um impacto negativo, pois verifica-se que tal poderá levar a uma massificação,
estandardização e a um mundo cada vez uniformizado. As tecnologias pelo mundo estão mal
“divididas”. Existem zonas onde estas ainda não chegaram, outras onde só as pessoas de maior
importância lhe têm acesso e outras ainda onde embora existindo, grande parte da população
não tem conhecimento disso. No entanto, existem países que pelo facto de serem muitos
desenvolvidos no que diz respeito às tecnologias, a maioria da sua população e também em
termos de informação e comunicação têm fácil acesso às mesmas. Outro aspecto negativo da
globalização é a dependência que temos dos “gigantes” americanos, pois se para estes a crise
chegar, por arrastamento, todos os outros sofrerão também.”

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