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DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO NOS

SÉCULOS XIX E XX
Docente: Suzanna Teixeira Loureiro
APESAR DA DIFUSÃO DOS LIVROS, OUTRO MEIO DE REGISTO E DIVULGAÇÃO
DA INFORMAÇÃO ESCRITA QUE TAMBÉM SE DESENVOLVEU FORAM OS
JORNAIS.
JORNAIS - EVOLUÇÃO

o O primeiro jornal em papel foi publicado como um panfleto manuscrito em 713 d.C. na China.

o Na Europa, na Idade Média, nas cidades, escreviam-se folhas com notícias comerciais e económicas. Contudo, a
primeira publicação impressa periódica regular (semanal), apareceu, em 1605, em Antuérpia: o Nieuwe Tijinghen. Em
contrapartida, a primeira revista, em estilo almanaque, surgiu em 1665, em França : o Journal des Savants (Diário
dos Sábios). Em Portugal, o primeiro jornal publicado, em 1641, foi A Gazeta, de Lisboa.

o Nos séculos XVIII e XIX, os líderes políticos começam a tomar consciência do poder que os jornais podem ter para
influenciar a população. Deste modo, surgem vários jornais associados a grupos e partidos políticos, como foi o caso
do The Daily Universal Register, que começa a circular em 1785, em Londres. Três anos depois passa a ter o nome
de The Times, que ainda mantém na atualidade.

o Por seu lado, os empresários também descobrem que os jornais se poderão tornar negócios lucrativos, passando a
intervir na sua edição.
Samuel Morse inventou, em 1844, o telégrafo, aparelho que revolucionou a
transmissão de informação. Com efeito, o telégrafo permitia o envio de notícias a
longa distância sem ter de recorrer aos meios de transporte tradicionais (estradas,
barcos e mensageiros).

Por outro lado, as técnicas de impressão também são melhoradas. As rotativas


(máquinas de impressão) passam a ser aplicadas na produção de jornais, o que
permite um grande aumento das tiragens. Por exemplo, a rotativa que o Times instala,
em 1848, permitia imprimir 10 mil exemplares por hora.

As técnicas de composição da página também são revolucionadas com a invenção do


linótipo que permitia aos tipógrafos digitarem o texto num teclado. Atualmente, já não é
utilizado após o aparecimento da fotocomposição (reprodução da composição de textos
por meios fotográficos.
o Também no século XIX, surgem as primeiras empresas dedicadas à recolha de informações sobre a atualidade, as quais
eram vendidas aos jornais – agências de notícias ou agências de imprensa. A primeira agência foi fundada, em França,
em 1835: a Agence des Feuilles Politiques, Correspondance Générale, que viria a tornar-se a atual Agence France-
Presse. Em 1848, os jornais de Nova Iorque juntam-se para formar a agência Associated Press e, em 1851, é fundada a
agência Reuters na Alemanha.

o A forma e apresentação dos jornais também se vão transformando. Assim, por exemplo, inventam-se as manchetes, ou
seja, títulos em letras grandes, para chamar a atenção dos leitores, e passa-se a utilizar a fotografia. As primeiras vistas
ilustradas graficamente com fotografias foram produzidas na Alemanha.

o No decurso do século XX, o consumo de jornais continua a aumentar, tendo melhorado as sua técnicas de
produção e de distribuição. Assim, por exemplo:

- as comunicações tornam-se cada vez mais rápidas com a instalação dos satélites de telecomunicação (em 1962, é
instalado o primeiro, específico para os média – Telsat I);
- o linótipo é substituído pela fotocomposição e aparecem os primeiros terminais computorizados para a edição
jornalística (1973);
- o aparecimento dos computadores (década de 80 século XX) permitiu o desenvolvimento da paginação eletrónica,
que consiste na edição de publicações, através da combinação de computador, programa de paginação e impressora.

o A forma e apresentação
o Deste modo, o desenvolvimento da indústria dos meios de comunicação impressos – jornais – foi marcado
por duas tendências principais:

- Crescimento e consolidação da circulação em massa de jornais;


- crescente internacionalização das atividades de recolha e distribuição das notícias (agências de notícias).

o Esta expansão dos jornais deveu-se, nomeadamente:

- à modernização dos métodos de produção com a incorporação de inovações tecnológicas (como vimos);
- à melhoria da distribuição, desenvolvimento dos meios de transporte;
- ao aumento do nível geral de alfabetizados.
TIPOS E CONTEÚDOS
DOS JORNAIS E
REVISTAS
Os jornais diários, para além do caderno principal, apresentam outro tipo de cadernos, designados geralmente por
suplementos. Esses suplementos são fascículos, separados do caderno principal, e que apresentam uma periodicidade
determinada, geralmente semanal.

Por outro lado, muitos deles, também publicam semanalmente revistas, tratando de conteúdos generalistas ou temáticos, o
que tem dado origem ao desaparecimento de muitas revistas de caráter generalista.

o O conteúdo editorial dos jornais costuma estar dividido em diferentes temas que abordam assuntos diferentes,
nomeadamente:
- notícias (nacionais, internacionais, regionais e locais);
- economia;
- desporto;
- cultura (cinema, música, teatro, televisão, etc.);
- educação, ciência e tecnologia;
- moda;
- outros assuntos: sociedade, turismo, informático, etc.
o Os jornais generalistas são aqueles que, para além de divulgarem as notícias de espaços diferentes, incidem
sobre uma pluralidade de assuntos que interessam à população em geral. Contudo, também existem jornais
especializados, como, por exemplo, os de desporto ou de economia. Estes jornais são geralmente diários, mas
também existem alguns com outra periodicidade, por exemplo, semanal.

o Relativamente às revistas, estas também podem ser generalistas com periodicidades diversas, geralmente,
semanais. Contudo, a maior parte das revistas são temáticas e dirigidas a um público específico – para os
jovens, para as mulheres, para os homens, musicais, económicas, de gestão, de negócios, desportivas, etc.

o O aparecimento da rádio, do cinema e da televisão enfraqueceram o poder dos jornais, ou seja, a sua
capacidade de divulgação da informação. Assim, tem-se constatado, em todos os países, uma redução do
número de leitores de jornais.

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