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Sebenta / Módulo
Turma: ESPE - CP Técnico/a Receção - 1º Ano - 2019/2020
Disciplina: Área de Integração
Módulo: 1 - O Homem e a Terra / A região e o espaço nacional / Um desafio global: o desenvolvimento
sustentável
Docente: Suzanna Loureiro e Eduardo Óscar Alves Pedrosa
Modelo 154-DP
Objetivos
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Bibliografia
Webgrafia
http://europa.globe-images.info/mapas/europa.jpg
http://www.cceseb.ipbeja.pt/netdays2003/sitenetdays/index.htm
http://europa.eu.int/comm/eurostat/Public/datashop/print-
catalogue/EN?catalogue=Eurostat
http://www.meteo.pt/InformacaoClimatica/AltClimaP.htm
http://ecosfera.publico.pt/index.asp
www.portal.icnb.pt
www.presidencia.pt
www.igespar.pt
www.visitportugal.com
www.unesco.pt
http://www.meteo.pt/InformacaoClimatica/AltClimaP.html
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Índice de Conteúdos
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Tema/problema – O Homem e a Terra
Alguns pensadores gregos não aceitavam a teoria de Aristóteles, como Aristarco de Samos, que
acreditava ser o Sol e não a Terra, o centro do Universo.
O Século XVI marca o início de uma nova era na Astronomia. Nicolau Copérnico, médico e
astrónomo concebeu a teoria que mostrava, no centro do Sistema Solar o Sol e não a Terra e
que todos os planetas se comportavam da mesma maneira, executando uma órbita circular à
volta do Sol.
Giordano Bruno iniciou a conceção moderna do espaço cósmico, suprimindo a esfera fixa e
considerando que todos os corpos celestes se encontram em movimento. Procedeu por intuição
e não por raciocínio matemático, afirmando que a Terra não estava no centro do Universo, mas
que girava em volta do sol, tal como todos os planetas. Mais ainda, considerou que o Sol era
mais uma estrela entre muitas outras, e que girava sobre si mesmo, assim como todas as
estrelas.
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Kepler afirmou que as órbitas dos planetas não eram circulares, mas sim elípticas, reforçando a
teoria heliocêntrica de Copérnico e destruindo a noção aristotélica de que havia algo de
significado cósmico no círculo em que a Terra ocupava o centro do Universo.
Mais tarde Edwin Hubble descobriu que o Universo estava em expansão, determinando que as
galáxias se afastavam umas das outras. Foi a descoberta-chave que originou a teoria do Big
Bang.
2. O Universo em expansão
Surgindo de uma violenta explosão, segundo a teoria do Big Bang, o Universo formou-se há
perto de 14 mil milhões de anos e tem dimensões inimagináveis.
3. Olhar o Universo
Desde épocas remotas que os povos observaram o céu noturno e a partir dos pontos mais
brilhantes (as estrelas) desenhavam personagens mitológicas, objetos e animais – as
constelações.
A partir do século XVI, com o aperfeiçoamento dos instrumentos de observação, foi possível
reconhecer outros planetas do sistema solar e mais tarde as galáxias.
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3.1. O Sistema Solar
O Sistema Solar localiza-se num dos braços da Via Láctea. Este sistema planetário é constituído
pelo Sol, oito planetas conhecidos e inúmeros outros asteroides, luas, cometas e corpos
rochosos.
Os quatro planetas (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) mais perto do Sol, denominam-se de
planetas interiores, enquanto os outros quatro (Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno) chamam-se
de exteriores. Entre este s dois grupos existe uma cintura de asteroides.
A atração gravitacional do Sol sobre os planetas faz com que estes se mantenham em órbita,
mas também os influencia na velocidade de translação. Os planetas quanto mais próximos do
Sol estão, mais depressa descrevem a sua órbita.
A Terra foi formada há mais de 4,8 milhões de anos, segundo estimativas dos cientistas,
considerando as rochas mais antigas, já que antes não existia superfície sólida. A formação da
crosta terreste foi sofrendo muitas alterações ao longo de milhares de anos.
Em 1910, Alfred Wegener (geofísico alemão) sugeriu que os continentes se moviam. Meio século
depois foi possível confirmar que o movimento das placas tectónicas produz deformações e
ruturas na crosta terrestre e a expansão do fundo oceânico.
1. Formação da pangeia
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2. O supercontinente começa a dividir-se: Laurásia e Gondwana
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5. A América do sul começa a separar-se da África
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8. Formação dos Himalaias (a Índia colidiu com a Ásia, empurrando rochas para
cima e formando o planalto do Tibete e a cordilheira dos Himalaias)
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5. Os tempos e ritmos de evolução dos fenómenos terrestres
Toda a evolução da
Terra foi
acompanhada por um
conjunto de
movimentos da
mesma. Assim,
também todos os
planetas do Sistema
Solar efetuam dois
movimentos
principais: o de rotação em torno de um eixo e o de translação em redor do Sol.
A Terra está dividida em 24 áreas de fusos horários – cada fuso corresponde a uma hora.
A Terra ocupa diferentes posições em relação ao Sol: Formação das estações do ano.
Na sua órbita, a Terra ocupa quatro pontos importantes, que marcam o ritmo do movimento de
translação – os pontos equinociais e os pontos solsticiais, que correspondem a: Equinócio da
primavera; equinócio de outono; solstício de verão e o solstício de Inverno.
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Ao longo do ano, devido à inclinação do eixo da Terra, partes diferentes do Globo vão recebendo
quantidades variáveis de luz solar, o que provoca dias e noites mis curtos e mais longos.
A Terra gira no seu eixo num sentido contrário aos ponteiros do relógio. Isto faz com que durante
metade do ano, os raios solares caem mais diretamente sobre o hemisfério sul e durante a outra
metade sobre o hemisfério norte. Quando o eixo da Terra se inclina para o lado oposto do Sol,
em dezembro, o hemisfério norte recebe menos luz solar e ocorre o inverno, ao posso que o
hemisfério sul desfruta o verão.
A Lua gira em torno da Terra com uma duração de 28/29 dias, movimento
que também coincide com o movimento de rotação da própria Lua.
Assim, a Lua apresenta sempre a mesma face virada para a Terra.
O ciclo lunar começa com a Lua Nova, quando a Lua está entre a Terra
e o Sol.
5.5. As marés
Quando uma massa de água está mais próxima da Lua temos uma maré alta ou maré cheia.
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A influência da Lua é bastante superior à do Sol, pois embora a sua massa seja muito menor que
a do Sol, esse facto é compensado pela menor distância à Terra.
Quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham, a atração gravitacional exercida pelos dois astros
sobre os oceanos aumenta, gerando correntes marítimas que causam uma elevação máxima do
nível do mar na direção dessa linha.
A lua cheia ocorre quando a lua e o sol, vistos da terra, estão em direções opostas, separados a
180°. A luz solar ilumina metade da lua, originando a imagem de lua cheia.
Nestas fases lunares, diminui a influência do Sol e da Lua nas marés oceânicas.
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6. A origem da vida na Terra
A Terra é o único Planeta do Sistema Solar onde existe vida porque reúne um conjunto de
condições necessárias:
O nosso planeta é o 3º mais próximo do Sol e encontra-se a uma distância aceitável para
que exista vida na Terra já que apresenta uma temperatura moderada;
Apresenta uma camada de água que ocupa perto de ¾ do planeta, estando a maior parte
no estado líquido e uma pequena parte em estado sólido;
A origem da vida e da Terra será quase tão velha como a própria Terra, mas o problema da sua
origem é um tema fundamental que foi e ainda é discutido a nível científico e tecnológico.
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Tema/problema – A Região e o espaço nacional
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7.1. Relevo
Desta forma, pode-se considerar que o Norte do país é mais acidentado e com altitudes médias
mais elevadas. Pelo contrário, o sul apresenta um relevo mais suave e altitudes médias mais
baixas, com raras serras, apresentando suaves ondulações.
No litoral do País predominam extensas planícies, das quais se podem destacar as bacias do
Tejo e do Sado. Por sua vez, o interior, apresenta-se mais acidentado, predominando as serras
e os planaltos.
7.2. A vegetação
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Em Portugal podemos encontrar duas regiões de vegetação
natural. A primeira localiza-se a norte e tem características
atlânticas, no que se refere às espécies de folhagem caduca. A sul
predominam as espécies de folhas persistentes, resultantes de um
clima mais mediterrânico. As diferenças entre estas duas regiões
resultam, essencialmente, da latitude a que se encontra o território
continental e da distribuição da temperatura e da chuva.
7.3. O clima
O clima em Portugal apresenta algumas diferenças significativas de região para região. Estas
diferenças são influenciadas pelo relevo, latitude e proximidade do mar.
Pode-se verificar que na zona Norte do país, os Invernos são mais frios, apesar das temperaturas
serem moderadas, se comparadas com o resto da Europa.
O ponto mais alto de Portugal é a Serra da Estrela e, como tal, regista-se alguma queda de neve.
No interior do País verificam-se verões bastante quentes e secos e no litoral o calor é moderado
pela influência marítima. Mesmo durante o Outono, é frequente se verem dias com temperaturas
amenas.
O oceano Atlântico exerce a sua influência como regulador da temperatura, tanto sobre os
valores mínimos durante o Inverno como sobre os valores máximos durante o Verão.
Concluindo, o nosso País caracteriza-se por ser um país com um clima ameno, que não
apresenta temperaturas demasiadamente altas, nem demasiadamente baixas.
7.4. A hidrografia
A rede hidrográfica da Região Norte caracteriza-se por uma elevada densidade de drenagem
fortemente dependente da morfologia do terreno, que lhe confere uma grande importância no
contexto nacional.
A rede hidrográfica é constituída por seis grandes bacias hidrográficas com os seus subsistemas
associados, nomeadamente a bacia do Rio Douro, Minho, Lima, Cávado, Ave e Leça.
Este mapa permite-nos visualizar a localização das respectivas bacias da Região Norte:
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Os maiores rios de Portugal são o Tejo, o Douro e o Guadiana, todos eles nascidos em Espanha.
Os maiores rios que nascem em Portugal são o Mondego e o Sado.
Portugal Continental;
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NUT I: Continente e regiões autónomas
9. REDE DE TRANSPORTES
Rodoviários
Ferroviários
Aéreos
Marítimos
O transporte marítimo assume uma grande importância nas trocas comerciais. Esta relevância
prende-se com a capacidade de transportar a baixo custo e grandes capacidades de mercadorias
a longas distâncias. Atualmente, são numerosos os progressos alcançados na navegação, com
destaque para o aumento da velocidade, o aumento da capacidade de carga e a crescente
especialização.
Todas estas melhorias técnicas permitem que o transporte marítimo assegure grande parte do
comércio internacional de mercadorias. Em contrapartida, devido à relativa lentidão e à
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necessidade de transbordo, este transporte tem atualmente pouca importância na deslocação
de pessoas, quase só efetua viagens turísticas.
Relativamente ao transporte de pessoas, o autocarro cada vez mais cómodo e rápido entra
também em concorrência com o comboio.
Por outro lado, o automóvel ligeiro constitui o meio de transporte mais adequado para viagens
particulares de curta e média distância. Oferece uma grande mobilidade individual, uma vez que
não está condicionado por horários e itinerários fixos. Com efeito, é o meio de transporte
preferido na deslocação dos indivíduos entre as áreas residenciais e os locais de trabalho e nas
viagens de tempos livres.
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9.4. O transporte aéreo
Assim, qualquer lugar, ainda que distante fica apenas a algumas horas de qualquer outro.
Rede de Autoestradas
Estradas nacionais
Itinerários principais
Itinerários complementares.
Todos sabemos que os indivíduos necessitam de bens e serviços para o seu quotidiano. São os
bens alimentares que a natureza fornece; o vestuário que exige fibras naturais e sintéticas feitas
à base de derivados dos produtos naturais, como o petróleo; os bens para tratar da nossa saúde;
a habitação indispensável à nossa segurança, também ela incorporando produtos naturais, como
a madeira, a pedra ou a areia; os transportes que necessitam de combustível, etc. A produção
destes bens e serviços para a satisfação das necessidades é, portanto, indispensável. Por outro
lado, cada vez mais os indivíduos desejam novos bens e serviços, pretendendo alcançar novos
patamares de bem-estar.
Isto significa que a natureza terá de fornecer constantemente os recursos que a produção exige.
Até que ponto? Os recursos são inesgotáveis? Sabemos que não. Se, por um lado, a natureza
disponibiliza recursos naturais, como os bens agrícolas, por outro lado, existem recursos não
renováveis, alguns deles já em vias de extinção, como o carvão ou o petróleo. Há, portanto, que
ter em conta essa relação entre o crescimento económico, indispensável ao bem-estar
humano, e os limites que a natureza impõe devido ao esgotamento dos seus recursos.
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os conhecimentos e tecnologia de que hoje dispomos, ainda não sabemos utilizar. A utilização
do sol como fonte de energia só foi possível quando se descobriu como a utilizar.
Não renováveis, se após o seu uso não podem voltar a estar disponíveis.
É o caso dos recursos energéticos fósseis, como o petróleo e o gás natural.
O fluxo de combustíveis fósseis é limitado, não só porque as suas reservas não são ilimitadas,
mas também a capacidade da natureza em absorver os resultados da sua combustão
De facto, é necessário que se faça um uso racional dos recursos não renováveis, pois corremos
o risco de num futuro próximo eles se esgotarem.
Por outro lado, os efeitos poluidores que o uso destes combustíveis provoca sobre o ambiente
são também elevados, pondo em risco o frágil equilíbrio ambiental do nosso planeta.
Temos ainda de ter em conta a forma como se processa esse crescimento económico. Faz-se
tendo em conta a poluição? E o desgaste excessivo, mesmo dos recursos renováveis, como a
floresta ou o peixe? Pensando nos lucros? Ou pensando também nos outros povos que podem
ser prejudicados com a poluição no nosso país? E os mais jovens?
Temos também conhecimento de que o ser humano, mais informado e preparado científica e
tecnologicamente, tem conseguido soluções para combater as excessivas exigências sobre a
natureza. Já se produz em terrenos que antes eram estéreis, como nos desertos de Israel; já se
fabricam carros com menor consumo de gasolina ou híbridos; já se produz energia com pouco
ou nenhum impacto ambiental, como a energia do vento ou das marés, etc.
A atenção que todos os povos e governos têm dado às questões ambientais assume, assim,
uma dupla preocupação:
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Como produzir respeitando os outros povos e os limites da natureza?
Como proceder para que, de futuro, as novas gerações não herdem um planeta
esgotado?
Falar do crescimento das economias obriga-nos a ter em conta as alterações climáticas que esse
crescimento tem implicado sobre o ambiente e sobre as populações, o seu modo de vida e o seu
bem-estar. Assim sendo, coloca-se uma questão óbvia – pode o Homem resolver tal problema?
Quais as causas destas mudanças? Conseguimos sozinhos pôr um plano em marcha ou o
problema é mais vasto, exigindo uma atuação mais alargada e conjunta? Primeiro vejamos como
tudo terá começado.
Embora se saiba que existem alterações cíclicas de mudança de temperatura na Terra, não há
dúvida de que o aumento de temperatura da atmosfera e os fenómenos que lhe estão associados
têm origem humana. Ora, se a causa é da responsabilidade de todos, porque todos
produzimos, consumimos e poluímos, então a procura de uma solução terá de ser
igualmente global.
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10.3. As desigualdades de desenvolvimento
A maior parte dos países ditos subdesenvolvidos (em desenvolvimento) situa-se no hemisfério
sul, sendo, por isso, designados de países do sul ou do Terceiro Mundo.
Etc.
Para romper com tais situações é necessária a colaboração a nível global, com mais correção a
nível das trocas, preços mais justos e mais ajudas ao desenvolvimento.
Há mais de cinquenta anos que a ajuda aos países em desenvolvimento está institucionalizada,
mas os resultados têm sido fracos. A enorme dívida destes países, os seus poucos qualificados
recursos humanos, a falta de uma séria orientação interna e a ausência de uma ajuda eficaz por
parte dos países mais ricos têm prejudicado a resolução do problema. Este é, cada vez mais,
um problema global.
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O crescimento económico a que todos os povos têm direito tem produzido resultados negativos
para o ambiente, como o buraco na camada do ozono, as alterações climáticas e as
perturbações do efeito de estufa.
A camada do ozono é uma camada que cobre a Terra e protege-a dos raios ultravioletas,
prejudiciais à saúde.
A emissão de gases com efeito de estufa, resultante de indústrias poluentes, da agricultura, dos
transportes e dos consumos domésticos tem contribuído para a destruição desta camada
protetora. A inversão desta situação torna-se imperiosa e diz
respeito a todas as populações – é, portanto, global -, visto
que a poluição não fica contida dentro das fronteiras dos
países poluidores.
Destruição de habitats;
Períodos de seca;
Inundações;
Etc.
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12. O desenvolvimento sustentável
Como referimos, o crescimento económico dos países tem permitido progressos e algum bem-
estar, no imediato; mas se for mal conduzido trará, a médio ou longo prazo, consequências
negativas sobre o ambiente e, inevitavelmente sobre os seres humanos.
Na verdade, julgou resolver-se um problema e acabou por se criar um outro maior. A questão é
então: como orientar o crescimento e o consequente desenvolvimento, sem pôr em risco a vida
das populações vindouras? Aqui nasce um novo conceito de desenvolvimento – o
desenvolvimento sustentável.
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Estimular a criação de eco-empresas, ou seja, de empresas cuja função principal é o
desenvolvimento de atividades ligadas a proteção ambiental. Em 1996 existiam em
Portugal 290 eco-empresas. A eco-indústria abrange atividades como a reciclagem e a
sua comercialização, a gestão, o tratamento de resíduos e limpeza pública, o
aproveitamento de energias renováveis, tratamento da água e controlo da poluição do
ar.
Desenvolver uma agricultura biológica que utiliza diferentes técnicas que contribuem
para o equilíbrio do ecossistema e para a redução da poluição. A agricultura biológica
respeita os mecanismos ambientais naturais, como no caso do controlo de pragas e
doenças na produção vegetal e animal ou ainda a não utilização de herbicidas,
pesticidas, fertilizantes e hormonas de crescimento.
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