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Brasília, DF
2022
Resumo
Esse trabalho é um relatório técnico realizado como avaliação na disciplina
de Mecânica do Voo Espacial no segundo semestre letivo de 2021 pela Uni-
versidade de Brasília para a formação do curso de Engenharia Aeroespacial.
O conteúdo refere-se ao estudo das características dos lançadores existen-
tes e suas aplicações, assim como relação com trajetória ótima, bases de
lançamento e janelas de lançamento.
1 VEÍCULOS LANÇADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 Classificação dos Veículos Lançadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2 Referência de Veículos Lançadores em Operação . . . . . . . . . . . 9
1.2.1 Veículos da SpaceX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2.2 Veículos da ArianeSpace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2.3 Veículos da RocketLab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Comparativo dos veículos lançadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2 TRAJETÓRIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1 Ascensão Direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2 Órbita de Espera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.1 Transferência de Hohmann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.2 Propulsão química de baixo empuxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.3 Propulsão elétrica de baixo empuxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3 ÓRBITAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.1 Low-Earth Orbit – LEO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.2 Medium Earth Orbit – MEO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.3 Geosynchronous Equatorial Orbit – GEO . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4 Geostationary Orbit – GSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.5 Sol-síncrona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.6 Highly Elliptical Orbit – HEO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4 BASES DE LANÇAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.1 Classificação das Bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2 Listagem dos Centros de Lançamento em Operação . . . . . . . . . 30
5 JANELA DE LANÇAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6
1 Veículos Lançadores
Figura 2 – Classificação geral dos países por categoria de lançadores (Coelho 2013).
Capítulo 1. Veículos Lançadores 9
Falcon Heavy
Figura 5 – (a) Lançamento do Falcon Heavy no Complexo 39A do Centro Espacial Ken-
nedy.
(b) Missão de inserção GTO do Arabsat-6A pelo Falcon Heavy.
(c) Aterrizagem dos propulsores laterais LZ-1 e LZ-2 do Falcon Heavy em Cabo
Canaveral. (SpaceX).
Starship
Soyuz
O Soyuz (Figura 11) é um foguete de quatro estágios, projetado para alta confiabi-
lidade em missões tripuladas. Evolução da arquitetura do R-7A/Sputnik, responsável por
inserir o primeiro satélite em orbita (Sputinik, 1957) e o primeiro homem no espaço (Yuri
Gagarin, 1961), sendo relevante tecnologia da Agencia Espacial Russa (Roskosmos). Ali-
mentado por propelentes líquidos Tetróxido de Nitrogênio + dimetil-hidrazina assimétrica
(N2O4|NTO + UDMH) no veículo autônomo (Fregat), e LOX + RP-1 nos três estágios
iniciais. Utilizado em missões de inserção LEO, SSO, MEO, GTO, GEO e de escape. Os
parâmetros podem ser analisados na Figura 12 (Arianespace 2018).
Vega
Ariane 6
Vega-C
O Electron (Figura 20) é o único foguete pequeno de dois estágios reutilizável para
lançamento orbital. É equipado com o Rutherford, primeiro motor de foguete fabricado por
impressão 3D que é alimentado através de bombas elétricas com LOX e RP-1. Utilizado
em uma variedade de missões, sendo projetado para inserir 200kg a 500m de altitude na
SSO e capacidade máxima de inserção para Elíptica Orbital com 39º de inclinação. Os
parâmetros podem ser analisados na Figura 21 (Lab); (Lab 2020).
Neutron
Figura 25 – Gráfico de comparação relativa dos parâmetros dos lançadores referência (Ela-
boração própria).
20
2 Trajetórias
transferência, que coincide com o raio da orbita final, o propulsor é acionado novamente
para fazer a circularização da órbita (Mota e Hinckel).
3 Órbitas
Apesar da primeira espaçonave construída pelo ser humano ter sido lançada apenas
em 1957, órbitas de satélites foram estudadas durante dois séculos antes disso. Desde a
formulação da Lei da Gravidade de Newton, houve uma intensa busca para desenvolver
e refinar teorias analíticas que pudessem descrever o movimento do único satélite natural
da Terra, a Lua. Em astrodinâmica, há uma preocupação em descrever matemática e
fisicamente as órbitas de satélites artificiais, assim como seu controle. Aqui, o termo órbita
se refere a um movimento que é essencialmente periódico em natureza ao redor de um
corpo celeste maior, sem entrar em espaços interplanetários (Montenbruck et al. 2002).
A Figura 31 evidencia que a maioria dos objetos mantém uma órbita baixa apre-
sentando altitudes menores que 1500 km, muitos satélites ocupam o anel geoestacionário
a 36000 km e os satélites do hemisfério norte são majoritariamente para navegação e
estudos (Montenbruck et al. 2002).
O tipo de órbita na qual um satélite é colocado é definido principalmente em função
da sua inclinação e do seu período de revolução (tempo de um giro completo em torno da
Capítulo 3. Órbitas 25
Terra), o qual está diretamente relacionado com a sua altitude. Além de baixas ou altas,
as órbitas podem ser de dois tipos básicos: polar e equatorial, ilustrados na Figura 32.
Existem, no entanto, vários satélites com órbitas inclinadas entre os pólos e o equador. A
órbita polar, paralela ao eixo da Terra, tem uma inclinação de 90∘ que permite a passagem
do satélite sobre todo o planeta e de forma sincronizada com o movimento da Terra em
torno do Sol. Por isso, é chamada também de sol-síncrona. Nessa órbita, o satélite cruza
o equador sempre na mesma hora local (Florenzano 2008).
Terra seja global ou amplo; ou o combustível para o controle do satélite na direção Norte-
Sul esteja se esgotando. Essa órbita também pode ser usada para o armazenamento de
satélites antes de colocá-los em serviço (órbita de transferência) (Protzek 2001).
3.5 Sol-síncrona
Órbitas polares, de alta inclinação, conseguem obter máxima cobertura da super-
fície terrestre. Satélites de sensoriamento remoto buscam alcançar essas órbitas para um
alcance global ou quase global, de forma que seu movimento garanta passar várias vezes
sobre o mesmo ponto na superfície de forma repetitiva e sem lacunas, em momentos de
iluminação adequada, com movimento preferencialmente circular para garantir a mesma
altitude sempre que passar pelo local visado. A órbita que garante todos esses aspec-
tos e otimiza a coleta de dados para um satélite de sensoriamento remoto é chamada
sol-síncrona, com inclinação orbital de 97∘ a 102∘ e altitudes entre 500 km e 1500 km
(Montenbruck et al. 2002).
4 Bases de Lançamento
(Coelho 2013) conclui que: “ [...] essas classificações corroboram com a existência
de uma forte correlação entre os diversos segmentos que compõem um sistema espacial, e
passa a constituir um ponto de partida consistente ao definir critérios quantitativos que
possibilitam o gerenciamento de áreas físicas de interesse da infraestrutura aeroespacial
para as atividades que envolvem a exploração do espaço, constituindo um fator essencial
para o planejamento da expansão da infraestrutura espacial de um país ou mesmo a
implantação de um novo centro de lançamento”.
5 Janela de lançamento
Referências
ARIANESPACE. Ariane 6 - Access to space for all applications under the best condi-
tions! Arianegroup. Disponível em: <https://www.arianespace.com/vehicle/ariane-6/>.
Citado 2 vezes nas páginas 3 e 15.
PLASS, S. et al. Current situation and future innovations in arctic communications. In:
. [S.l.: s.n.], 2015. Citado 2 vezes nas páginas 3 e 25.
SPACEX. Starship Users Guide Revision 1.0. [S.l.]: Space Exploration Technologies Cor-
poration, 2020. Citado 2 vezes nas páginas 2 e 11.
WERTZ, J. R. et al. Space mission analysis and design. [S.l.]: Springer, 1999. v. 8. Citado
na página 22.
Referências 36
WILDE, M. et al. Arise: Sounding rocket instrument for the verification of a novel wire
repair method in microgravity. In: . [S.l.: s.n.], 2018. Citado 2 vezes nas páginas 3 e 21.
ZHAO, J. et al. The first result of relative positioning and velocity estimation based on
caps. Sensors, v. 18, p. 1528, 05 2018. Citado 2 vezes nas páginas 4 e 28.