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LauraDR4 CP1 PROF PATRÍCIA Cidadania Europeia
LauraDR4 CP1 PROF PATRÍCIA Cidadania Europeia
LauraDR4 CP1 PROF PATRÍCIA Cidadania Europeia
LAURA AYRES
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 1
Turma: EFA-NS - B
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Índice
Introdução …………………………………………………………………….……….…..……
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I - Cidadania europeia ………………………………………………………………….……….
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1.1. Contexto da criação da Comunidade Económica Europeia (CEE) …………………… 4
1.1.1. Tratado de Roma …………………………………………………………….. 4
1.1.2. Espaço Schengen ……………………………………………..……………… 5
1.1.3. Tratado de Maastricht …………………………………………….…………. 5
1.1.4. Tratado de Lisboa ……………………………………………………….…… 6
1.2. Direitos dos cidadãos europeus ……………………………………………………….. 8
II – Direitos Fundamentais do Homem ………………………………………………………. 10
2.1. Declaração Universal dos Direitos do Homem ……………………..…………………
10
III – Webgrafia …………………………………………………………………….…………..
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INTRODUÇÃO
Há sessenta anos, em Roma, foram lançadas as bases da Europa tal como a conhecemos
hoje.
Num cenário de grande destruição por toda a Europa por causa da 2.ª Grande Guerra, o
primeiro grande objetivo após a mesma, visava terminar com os conflitos sangrentos entre
países vizinhos, em especial os do centro da Europa devastados e completamente destruídos.
Este apelo à união pretendia pôr fim às hostilidades e conflitos.
Assim, em 1957, através do Tratado de Roma, seis países uniram-se, pretendendo
contribuir para o crescimento económico das nações europeias, e dada a urgência da sua
reconstrução, alargar e aprofundar o mercado comum, pela união aduaneira entre eles.
Seguiram-se vários alargamentos e tratados, instituiu-se a livre circulação de mercadorias, de
serviços, pessoas e capitais, distribuíram-se verbas para fomentar a criação de empregos e de
todas as infraestruturas necessárias às regiões mais pobres. Acompanhado em termos
históricos, pela queda do muro de Berlim, o derrube de ditaduras levou ao fim da divisão
política, entre a Europa Ocidental e Europa Oriental. Um dos acordos que viria a ser também
muito importante foi o Acordo de Schengen, em 1985, que criou um espaço sem fronteiras,
designado por Espaço Schengen, assim como os Tratados seguintes, o de Maastricht – será ele
a definir as políticas institucionais e a cidadania europeia - e o de Lisboa – que veio reforçar e
alargar as competências legislativas do Parlamento Europeu.
Os pontos seguintes deste trabalho abordam, de seguida, os direitos dos cidadãos europeus
e ainda, nesse sentido, os Direitos Fundamentais do Homem/Carta dos Direitos Fundamentais
da União Europeia.
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I – Cidadania europeia
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Dinamarca, Reino Unido e Irlanda (1973, Comunidade dos Nove); Grécia (1981); Portugal e
Espanha (1986); Finlândia, Suécia e Áustria (1995).
O Acordo Schengen é um tratado de livre circulação de pessoas, criado por cinco dos
estados membros da União Europeia em 1985. Com a abolição de todos os controlos
fronteiriços internos foram eliminadas as barreiras físicas e criada uma única fronteira externa.
Passou a haver livre circulação de pessoas e bens nestes países que assinaram o acordo.
Atualmente, o Espaço Schengen abrange 26 países europeus (22 dos quais são
Estados-Membros da União Europeia): Bélgica, República Checa, Dinamarca, Alemanha,
Estónia, Grécia, Espanha, França, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta,
Países Baixos, Áustria, Polónia, Portugal, Eslovénia, Eslováquia, Finlândia e Suécia, assim
como a Islândia, o Listenstaine, a Noruega e a Suíça. Consequentemente, tanto os cidadãos da
UE como os nacionais de países terceiros podem viajar livremente dentro do Espaço Schengen,
só sendo objeto de controlo quando atravessem as suas fronteiras externas. A Bulgária, a
Croácia, o Chipre, a Irlanda, a Roménia e o Reino Unido são os Estados-Membros da União
Europeia que não fazem parte do Espaço Schengen. Isto significa que um voo proveniente de
um desses Estados com destino a um Estado Schengen é considerado um voo externo e está
sujeito a controlos fronteiriços. No entanto, os cidadãos da UE têm o direito de livre circulação
quando viajam, independentemente de o país fazer ou não parte de Schengen. Quando chegam
a um Estado da União Europeia não pertencente ao Espaço Schengen, os cidadãos da UE, em
princípio, só são sujeitos a controlos mínimos para a verificação da sua identidade, com base
nos documentos de viagem, passaporte ou CC.
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“O Tratado instituiu a União Europeia e a cidadania europeia. Trata-se de um ambicioso
programa para os estados-membros: cumprir os critérios propostos em Maastricht para
chegar em 1999 à união económica e monetária, implementar novas políticas comuns e
realizar a união política que inclui a política externa e de segurança comum (PESC). (…)
Os compromissos assumidos em Maastricht reforçaram a ligação entre as instituições e os
mecanismos comunitários, por um lado, e as políticas de cooperação diplomática por outro. Uma
das grandes novidades do Tratado é que o Parlamento Europeu exerce de forma plena o direito
de codecisão.
A assinatura deste tratado representou para a União um marco fundamental no processo de
integração das nações. Mas este não foi um tratado pacífico. Motivou fortes discussões. Em
França, por exemplo, a sua aprovação foi submetida a referendo e passou por muito pouco,
enquanto o Reino Unido e a Dinamarca exigiram condições especiais. (…)”
Disponível em https://www.infopedia.pt/$tratado-de-maastricht,
consultado a 10.02.2018
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http://www.europarl.europa.eu/aboutparliament/pt/20150201PVL00008/O-Tratado-de-Lisboa
Atualmente, a UE enfrenta
desafios sem precedentes,
tanto a nível mundial como
a nível interno: conflitos
regionais, terrorismo,
pressões migratórias
crescentes, protecionismo
e desigualdades sociais e
económicas. A unidade é uma
necessidade e, ao mesmo tempo,
uma escolha livre.
Individualmente, cada um de
nós seria ultrapassado.
Estar juntos é a melhor
hipótese de influenciar essas dinâmicas em consonância com os Tratados e mantendo a porta
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aberta àqueles que se queiram juntar e ter um papel fundamental no mundo e moldar a
globalização.
Num continente onde anteriormente as nações derramavam sangue para defender os seus
territórios, hoje as fronteiras só existem nos mapas. Todos os anos, os europeus fazem mais de
1,25 mil milhões de viagens dentro do Espaço Schengen. Uma Europa sem fronteiras internas
representa igualmente enormes benefícios para a economia, o que demonstra o quanto a
concretização de Schengen é tangível, popular e bem-sucedida, assim como a sua importância
para a nossa vida quotidiana e para as nossas sociedades. Precisamos de preservar e de reforçar
este feito comum. Suprimir as fronteiras, garantir a segurança e criar um clima de confiança
demorou muitos anos após duas guerras mundiais devastadoras. A criação do Espaço Schengen
é um dos maiores feitos da União Europeia e é irreversível. Atualmente, a livre circulação
torna a Europa mais pequena e contribui para a nossa união.
Sobre o ensino, o aspeto mais falado no que diz respeito ao ensino superior, é o Processo
de Bolonha. Foi um movimento que teve inícios em 1998, quando quatro ministros da
educação da Alemanha, da França, da Itália e do Reino Unido assinaram a declaração de
Sorbonne, com uma série de objetivos a cumprir gradualmente, tendo como meta final criar um
espaço europeu de ensino superior, em que os diferentes sistemas nacionais partilhassem
intrinsecamente muitos dos mesmos critérios e princípios formais de educação.
A este movimento seguiu-se a Declaração de Bolonha, assinada em 1999 por 30 países
(que mais tarde viriam a ascender a 45), a fim de uniformizar os sistemas de educação e
formação na Europa e facilitar a mobilidade dos estudantes e dos candidatos a emprego na EU.
Implementou-se então um sistema de créditos ECTS (European Credit Transfer and
Accumulation System); outra das medidas adotadas, foi a organização do ensino superior em
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três ciclos de estudos, com durações mais reduzidas, mas mantendo as designações anteriores -
a licenciatura, o mestrado e o doutoramento.
De acordo com estas determinações, todos os cursos em Portugal tinham que adequar os
seus planos de ensino a Bolonha até ao ano letivo de 2008/2009 e alinhar os ciclos de estudo de
acordo com a lei até 2009/2010, num processo que, com maior ou menor resistência, foi
cumprido.
Ainda assim, há quem considere que as novas licenciaturas acabam por equivaler aos
antigos bacharelatos (que eram de três anos) pelo que, para contornar esta imagem, cada vez
mais cursos se apresentam com mestrados integrados, para perfazerem os cinco anos, num
mecanismo previsto pelo Processo de Bolonha.
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2.1. Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é uma carta de princípios onde se
estabelecem e defendem quais os direitos do individuo que são inalienáveis.
Esta declaração, proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas a
10 de dezembro de 1948, é o resultado direto do conhecimento das atrocidades cometidas
durante a 2ª Guerra Mundial, especialmente, pelos nazis. Neste documento são enunciados os
direitos considerados fundamentais para a vida do ser humano. São referidos os direitos
individuais e coletivos, sem discriminação de raça, género ou nacionalidade.
Os Governos signatários, membros do Conselho da Europa, reafirmando o seu profundo
apego a estas liberdades fundamentais, que constituem as verdadeiras bases da justiça e da paz
no mundo, numa conceção comum e no comum respeito dos direitos do Homem assinaram esta
Declaração que, embora não sendo obrigatória, deve ser respeitada por todos. Apesar disso, os
países da Organização das Nações Unidas todos os anos apresentam uma lista de denúncias e
violações cometidas tanto por países subscritores como não-subscritores.
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Traduzido em centenas de línguas e dialetos do Abkhaz para Zulu, a DUDH estabeleceu
um recorde mundial em 1999 por ser o documento mais traduzido do mundo. No momento,
existem 508 traduções (disponível em
http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Introduction.aspx, consultado em 11.02.2018).
Fome aumentou
no mundo pela
primeira vez em
dez anos
Havia 815 milhões de
pessoas a passarem
fome em 2016, mais
38 milhões do que no
ano anterior.
LUSA e PÚBLICO
15 de setembro de 2017, 16:48
Uma criança que passa fome num hospital no Iémen em 2016 REUTERS/ABDULJABBAR ZEYAD
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A fome no mundo aumentou pela primeira vez em dez anos. Em
Por sua vez, esta
2016, a fome crónica atingiu 815 milhões de pessoas, 11% da população
segunda notícia, é a
mundial e mais 38 milhões de pessoas do que em 2015, indica um relatório que mais me choca e
das Nações Unidas divulgado esta sexta-feira com os dados de 2016. Esta que é uma realidade
subida põe o número de pessoas com fome crónica ao nível de 2009. atual e intemporal, a
O estudo sobre a segurança alimentar mundial refere que este mais flagrante das
aumento se deve “em grande parte à proliferação dos conflitos violentos e violações dos direitos
aos desastres climáticos”. Das 815 milhões de pessoas que viviam em 2016 do Homem: Art.º 1.º,
numa situação crónica de fome, 489 milhões viviam em países com Dignidade do ser
conflitos. Durante o último ano, a situação de fome atingiu um nível humano.
"extremo" em vários países, com zonas do Sudão do Sul, Iémen, Somália e A miséria é a violação
Nordeste da Nigéria a serem consideradas em crise profunda. mais flagrante de
O relatório é publicado por três agências da ONU — a Organização todos os direitos
para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o humanos, pois ela
atenta contra o Homem
Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Alimentar Mundial (PAM)
não apenas num direito
— a que se juntaram pela primeira vez o Fundo das Nações Unidas para a
em particular mas na
Infância (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
globalidade dos seus
“Este relatório faz as campainhas soarem e não podemos ignorar: não direitos.
vamos acabar com a fome e com todas as formas de malnutrição em 2030 a
não ser que encaremos os fatores que minam a segurança alimentar e a A miséria/a pobreza/a
nutrição”, lê-se no documento assinado pelas cinco organizações. fome não são apenas
a negação deste ou
“A situação da segurança alimentar piorou visivelmente em partes da daquele direito, mas a
África subsariana, no Sudeste asiático e na região ocidental da Ásia. Isto foi negação da natureza
mais notável no caso de situações de conflito, em particular quando os do próprio Homem e
impactos do conflito na segurança alimentar eram somados às secas e as dos seus direitos no
cheias ligadas em parte ao fenómeno do El Niño e a catástrofes relacionadas seu conjunto: direitos
com o clima”, avança o comunicado publicado no site da FAO. sociais, económicos,
No total, cerca de 155 milhões de crianças menores de cinco anos culturais, espirituais e
registaram atrasos de crescimento devido à fome, segundo o relatório. A políticos.
maior proporção de crianças com fome ou desnutridas concentra-se em
zonas de conflito. Por outro lado, há 41 milhões de crianças menores de cinco
anos com excesso de peso, o que aumenta o risco de obesidade e de doenças
na idade adulta.
“Estas tendências são uma consequência não apenas dos conflitos e das
alterações climáticas, mas também das mudanças profundas dos hábitos
alimentares” e da pobreza ligada à “desaceleração económica”, refere um
comunicado.
Estes números são como “um apontar o dedo à humanidade”, disse
ainda David Beasley, líder do PAM, citado pela agência Reuters. “Com todos
os sucessos da tecnologia e com o aumento da riqueza nós deveríamos
estar a ir com toda a força na direcção oposta”, acrescentou. “Pedimos a
todos os líderes do mundo para fazerem a pressão necessária para pôr fim a
estes conflitos para que possamos atingir o número zero de pessoas com
fome.”
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Segundo as agências da ONU, 520 milhões de pessoas com fome encontram-se na Ásia, 243
milhões em África e 42 milhões na América Latina e Caraíbas. De acordo com aqueles números, 11,7%
da população asiática passa fome, assim como 20% da africana e 6,6% da população que vive na
América Latina e Caraíbas.
Cindy Holleman, uma economista sénior da FAO explica que é difícil para já determinar se esta
subida é uma anomalia ou o início de uma nova tendência. No entanto, o aumento de conflitos e as
alterações climáticas são causas de preocupação. “Estamos a enviar sinais de aviso”, diz Cindy
Holleman, citada pelo jornal britânico The Guardian. “Algo está a passar-se.”
In: ://www.publico.pt/2017/09/15/mundo/noticia/fome-aumentou-novamente-no-mundo-pela-primeira-vez-
em-dez-anos-1785560
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III - Webgrafia
http://www.novas-notas-de-euro.eu/Notas-de-euro/HISTORIAL, consultado a 12.02.2018
http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Introduction.aspx, consultado a 10.02.2018
http://expresso.sapo.pt/queroestudarmelhor/qemnoticias/o-que-significa-realmente-o-processo-de-
bolonha=f752512, consultado a 10.02.2018
https://www.infopedia.pt/$tratado-de-roma, consultado a 10.02.2018
https://www.elondres.com/o-que-e-o-espaco-schengen/, consultado a 08.02.2018
https://www.infopedia.pt/$tratado-de-maastricht, consultado a 08.02.2018
https://ec.europa.eu/home-affairs/sites/homeaffairs/files/e-library/docs/schengen_brochure/
schengen_brochure_dr3111126_pt.pdf, consultado a 07.02.2018
http://www.europarl.europa.eu/aboutparliament/pt/20150201PVL00008/O-Tratado-de-Lisboa,
consultado a 10.02.2018
https://www.publico.pt/2017/09/15/mundo/noticia/fome-aumentou-novamente-no-mundo-pela-
primeira-vez-em-dez-anos-1785560, consultado a 12.02.2018
http://pt.euronews.com/2018/02/08/parlamento-europeu-critica-turquia-por-causa-dos-
direitos-humanos,consultado a 12.02.18
wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Roma (1957), consultado a 07.02.2018
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