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Portugal e o alargamento da UE

Inês Minnemann Pereira Lima Nº13 11ºI

Introdução
Neste trabalho vou abordar os seguintes temas:

 As principais etapas da criação da União Europeia


 Portugal e o alargamento da UE
 As principais ameaças ambientais em Portugal
 Os impactos das políticas ambientais europeias e a realidade portuguesa
 A Rede Natura 2000
 Os instrumentos de ordenamento do território

As principais etapas da criação da União Europeia

A União Europeia foi criada após a segunda guerra mundial, numa altura em que a europa
se encontrava dividida, completamente destruída e numa grande crise social e económica.
A União Europeia foi criada com o objetivo de manter a paz na europa e no mundo para
evitar assim uma terceira guerra mundial, também para reconstruir a europa
economicamente livrando-a assim da miséria que esta estava a passar.

Em 1952, a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) une-se económica e


politicamente, assinando o Tratado de Paris, com seis países fundadores: Alemanha,
Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.

No ano de 1957, foi assinado o Tratado de Roma, tendo o objetivo de criar um mercado
comum (CEE). Acordou-se que durante um período (12 anos), os países membros deveriam
anular as suas taxas alfandegárias, para assim haver uma maior fluência económica.

O Tratado de Roma também incluía a criação


da Política Agrícola Comum (PAC), que tem
como objetivo a livre circulação de produtos
agrícolas na CEE, como na adoção de políticas
protecionistas, permitindo assim aos
agricultores livrarem-se da concorrência de
produtos de outros países que não eram
membros da CEE, incentivando assim a
produção agrícola.
1960-1969
Entre 1960 e 1969 registou-se um período de crescimento económico, devido aos países da
UE terem baixado as taxas alfandegarias, estes países também decidem gerir a produção
alimentar de forma a assegurar alimentação para toda a população. No entanto começam
a haver excedentes de produtos e são necessárias medidas contra a produção agrícola.

1970-1979
Em 1973 deu-se o primeiro alargamento da União Europeia com a entrada da Dinamarca,
Irlanda e do Reino Unido.

No ano de 1975 ocorre a primeira reunião do Concelho Europeu, em Dublin.

No
âmbito
da
política
regional
da UE, os
países
mais
pobres
começam a beneficiar da transferência de capital para fomentar a criação de emprego de
infraestruturas mais

1980-1989
Em 1981 dá-se o segundo alargamento com a
entrada da Grécia e em 1986 a adesão de
Portugal e de Espanha.

O Acordo de Schengen é assinado em 1985,


tendo o objetivo de extinguir o controlo de
fronteiras entre os países-membros, é assinado
pela Bélgica, Alemanha, França, Luxemburgo e
Países Baixos.

Com este acordo no futuro poder-se-á viajar sem controlo de passaportes nas fronteiras
internas.

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O Ato Único Europeu é assinado em 1987, um tratado que prevê um vasto programa para
seis anos, criando um mercado comum que permitirá a livre circulação de bens, pessoas,
serviços e capitais.

1990-1999
Neste período de tempo é concluído o mercado comum que tem como objetivo a livre
circulação de mercadorias, serviços, pessoas e capitais.

Em 1993 é assinado o Tratado de Maastricht que consiste na transformação da CEE


(Comunidade económica europeia), para a CE (Comunidade europeia).

O principal ponto do tratado foi que este


aprofundou as reformas realizadas para a
criação da União Europeia (UE). Isso
resultou numa dimensão fortemente
política, na medida em que reforçou a
legitimidade democrática dos estados-
membros, além de abordar assuntos
bastante importante como a educação, a
energia, a produção agrícola, o ambiente e
a saúde da comunidade europeia.

A criação da união económica e monetária também tem um grande destaque neste tratado
com a criação da União Economia e Monetária (UEM) e da moeda única, o Euro, que
facilitou as atividades económicas dos países membros.

No ano de 1995 dá-se o terceiro alargamento com a entrada da Áustria, Finlândia e da


Suécia.

O Tratado de Amesterdão é assinado em 1999 com a finalidade de reformar o tratado da


União Europeia, fortalecendo o poder da UE a nível internacional. Este tratado trouxe
outras inovações no campo económico e social, abrindo assim a porta para a moeda única
o Euro. É reforçada a importância dos Direitos Humanos, sendo criada a área de
“liberdade, segurança e justiça”.

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2000-2009
O Euro começou a sua circulação no dia
1 de janeiro de 2002 em doze países da
União Europeia (Bélgica, Alemanha,
Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália,
Luxemburgo, Países Baixos, Áustria,
Portugal e Finlândia), tornando-se a
maior mudança de moeda de sempre.

O Tratado de Nice é assinado em 2003


tendo a finalidade de reformar as
instituições da UE, para preparar uma União Europeia de vinte e sete estados-membros. A
reforma consiste no alargamento da votação por maioria qualificada estabelecendo o
princípio da cooperação reforçada ente os estados-membros.

Em 2004 acontece o quarto alargamento e o maior com a entrada de dez nos países para a
União Europeia: Chipre, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polonia e a
República Checa.

O quinto alargamento acontece em 2007 com a entrada de mais dois países, a Bulgária e a
Roménia, passando a ser 27 estados-membros.

O Tratado de Lisboa entra em


vigor, no ano de 2009 com o
propósito de reformas a
estrutura da UE e o seu modo de
funcionamento. Com este
tratado é alargada a votação

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para a maioria qualificada do Conselho e o Concelho Europeu passa a ser uma instituição
com um presidente próprio.

Antes do tratado as funções de Presidente eram desempenhadas pelo Chefe de Estado,


que exercia uma presidência rotativa do Conselho da UE.

O Tratado de Lisboa também tem como objetivo a modernização de instituições e de


métodos de trabalho mais eficientes.

2010-2019
Nesta década a Europa e mundo passam por uma grande crise económica. A União
Europeia para ajudar vários países a enfrentar as suas dificuldades, cria a União Bancária,
garantindo assim bancos mais seguros e fiáveis.

Em 2012 a UE recebe o Prémio Nobel da


Paz, devido ao seu papel fundamental
defendendo as causas da Paz,
reconciliação, democracia e dos Direitos
Humanos. Tornando a Europa num
continente de paz e civilizado, enquanto
que no passado era um continente cheio de
tensões e conflitos.

No ano de 2013 é a entrada do último país na União Europeia até aos dias de hoje, a
Croácia, fazendo assim com que a UE passe a ter 28 estados-membros.

Em 17 de outubro de 2019, com Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido, o


Reino Unido e a União Europeia concordam na saída do Reino Unido da UE com uma
mudança de proteção.

2020
No dia 31 de janeiro de 2020 ocorreu a saída oficial do Reino Unido da União Europeia
(Brexit).

Após a saída do Reino Unido, iniciou-se um


período de negociação entre a UE e o RU que
acabou no dia 31 de dezembro de 2020,
atingindo um acordo entre os mesmos.

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Com a saída do Reino Unido da União Europeia, a União Europeia passa a ser constituída
por 27 estados-membros.

O alargamento da UE
Com o alargamento da União Europeia para leste, surgiram várias oportunidades para a
UE, como por exemplo, a unificação da europa, a extensão da estabilidade e da
prosperidade para um maior número de países-membros. Também podendo consolidar a
transição política e económica aos países do centro e leste europeu, alargar o mercado
comum, favorecendo o investimento e a criação de emprego e assim aumentar a sua
influência no contexto mundial.

No entanto estas não são as únicas vantagens do alargamento da UE para leste, com o
alargamento UE também se pode beneficiar do aumento da sua influência nos assuntos
mundiais, adquirindo uma maior importância no mundo dos negócios, maior poder nas
organizações internacionais, como a OMC ou a OCDE, e tendo maior controlo nos mercados
mundiais.

A promoção do crescimento económico proporcionara novas oportunidades às empresas e


assim permitira a criação de mais postos de trabalho, devido ao aumento do número de
consumidores.

Permitira um aumento na qualidade de vida dos habitantes dos estados-membros, devido à


adoção de políticas comunitárias nos novos estados-membros, no que toca em assuntos
bastante importantes, como o ambiente, a luta contra a criminalidade, o consumo de
drogas e a imigração ilegal. O aumento da multiculturalidade permitirá aos habitantes
terem uma mente mais aberta e serem mais tolerantes, promovendo assim a paz e a
pacificidade, a permanência da democracia e a valorização dos Direitos Humanos.

Com o alargamento a UE terá uma maior aproximação ao mar Negro que intensificará as
suas ligações com os países do Cáucaso e da Ásia Central. Também permitirá a
consistência das relações da UE com os países mediterrânicos.

O processo de alargamento constitui uma das principais componentes estratégicas da


União Europeia, atingindo o seu maior alargamento em 2004, que tem um grande

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significado, tanto a nível dimensional como em número de países envolvidos. Devido a isso
foi necessário criar um processo preparado com grande rigor e antecedência,
nomeadamente devido às repercussões políticas, económicas e sociais.

Critérios de adesão
O concelho europeu, reuniu-se em Copenhaga, em 1993, anunciou pela primeira vez as
condições de adesão países da Europa central e oriental (PECO), que ficaram conhecidas
per critérios de Copenhaga. Os países candidatos à UE deveriam estar inseridos no
seguinte critério:

 Critério político: os países candidatos têm que possuir instituições estáveis que
garantam a democracia, têm que respeitar os Direitos Humanos e proteger as
minorias
 Critério económico: os países candidatos devem ter uma economia de mercado em
funcionamento e capacidade para enfrentar a pressão da concorrência e as forçar
do mercado no interior da União Europeia.
 Critério do acervo comunitário: os países candidatos devem possuir a capacidade
de assumir as obrigações decorrentes da adesão, incluindo a adesão aos objetivos
de união política, económica e monetária. Isto quer dizer que os países candidatos
devem adotar o corpo legislativo da UE- o acervo comunitário.

Os impactos do alargamento em Portugal


O alargamento da União Europeia trás muitos desafios para Portugal como:

 O aumento do caráter periférico, deixando-nos mais isolados do resto da Europa.


 O desvio de fluxos de investimento estrangeiro, devido à maioria dos novos
estados-membros terem uma economia emergente, atraindo assim os países mais
desenvolvidos economicamente.
 A deslocalização de algumas empresas, algumas empresas vão se ver obrigadas a
deslocarem-se para outros países, pois estes terão uma mão-de-obra mais
qualificada e mais barata que a mão-de-obra portuguesa.
 O aumento da concorrência das exportações portuguesas, os novos países têm
uma economia emergente e uma mão-de-obra mais qualificada que a portuguesa, e
como consequência os seus produtos terão uma melhor qualidade que os produtos
portugueses atraindo assim mais mercados.
 Redução dos fundos estruturais, baixando assim as possibilidades de Portugal se
desenvolver economicamente, tenha uma maior coesão territorial e concretize os
objetivos da estratégia europa 2020.

No entanto o alargamento também trás algumas vantagens para Portugal como:

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 A criação de novas oportunidades para as empresas e para os grupos económicos
financeiros, podendo assim dinamizar a economia nacional.
 O aumento do investimento português nestes países, na medida em que os novos
Estados-membros possuem economias emergentes, ajudando na dinamização
económica nacional.

O alargamento da UE trás poucos aspetos positivos, apesar de se criarem novas


oportunidades para o país. Assim Portugal terá que enfrentar os novos desafios e criar
medidas incentivadoras de forma a reverter a sua situação, como:

 Incentivar empresários com iniciativa e prestar os apoios necessários para a


internacionalização, como benefícios fiscais
 Aproveitar todas as vantagens proporcionadas pelo alargamento do mercado, com o
aumento da concorrência, Portugal vê se obrigado a melhorar a qualidade dos seus
produtos e em apostar em mão-de-obra mais qualificada, desenvolvendo assim o
seu mercado e consequentemente a sua economia.
 Modernizar e aumentar a competitividade dos setores produtivos, aumentando a
sua capacidade de exportação.

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A valorização ambiental em Portugal e a Política Ambiental
Comunitária
O ambiente e a sua qualidade são pontos bastante importantes, para a União Europeia e
para Portugal, tendo como objetivo um desenvolvimento sustentável.

Ter um desenvolvimento sustentável implica uma gestão sustentável, de forma a resolver


vários problemas, como por exemplo as alterações climáticas, a poluição atmosférica,
águas, a gestão de resíduos e preservar os recursos naturais.

Na UE esteve em vigor, a nível ambiental, o sétimo Programa Geral de Ação, até 2020.
Este programa aborda quatro pontos fundamentais:

 A resolução de grandes problemas ambientais e oportunidades para tornar o


ambiente mais resistente a riscos e a alterações.
 Orientações de políticas em torno da Estratégia Europa 2020, para um crescimento
inteligente e sustentável.
 A necessidade de reformas estruturais e a criação de novas oportunidades para o
avanço da UE proporcionando uma economia verde inclusiva.
 O destaque da Cimeira Rio mais 20 para a dimensão das preocupações ambientais a
nível mundial.

Os seus principais objetivos são:

 Proteger, conservar e reforçar o capital natural da UE;


 Tornar a União Europeia numa economia Hipo carbónica, eficiente na utilização de
recursos, amiga do ambiente e mais competitiva;
 Proteger os cidadãos da União das pressões de caráter ambiental e riscos para a
saúde e o bem-estar, proporcionado assim uma melhor qualidade de vida aos
cidadãos;
 Melhorar a integração e a coerência das políticas ambientais;
 Aumentar a sustentabilidade dos estados-membros;
 Melhorar a fundamentação da política do ambiente.

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Os impactos das políticas ambientais europeias e a realidade
portuguesa
Como estado-membro da União Europeia, Portugal de que cumprir as diretivas europeias
na matéria ambiental. Após à sua adesão, Portugal publicou em 1987 a sua Lei de Bases do
Ambiente, que se encontra em vigor até aos dias de hoje.

As prioridades em termos ambientais em Portugal têm sido:

 O tratamento de resíduos sólidos urbanos e industriais;


 A gestão e conservação dos recursos hídricos;
 A requalificação da orla costeira;
 A preservação da biodiversidade.

Portugal 2020

Este acordo tem como objetivo preservar e proteger o ambiente, promovendo a utilização
eficiente dos recursos naturais, os seus objetivos são:

 Assegurar a qualidade e a sustentabilidade dos serviços públicos de abastecimento


de água e saneamento de águas residuais;
 Melhorar a gestão dos resíduos existentes;
 Valorizar os resíduos, diminuindo a produção e deposição em aterro, aumentando
assim a recolha seletiva, a reciclagem e a sua valorização;
 Valorizar o património cultural e natural enquanto instrumentos de afirmação dos
territórios;
 Promover a conservação das espécies e dos seus habitats com estudo jurídico de
proteção e consolidação do conhecimento e monotorização dos valores naturais;
 Regenerar os passivos ambientais, principalmente as instalações industriais e
mineiras, passando pela descontaminação dos solos à regeneração e reutilização
dos mesmos, diminuindo os efeitos sobre o ambiente; nomeadamente no meio
hídrico e na qualidade do ar e a nível da saúde publica;
 A promoção da qualidade ambiental urbanística e paisagística dos aglomerados
urbanos.

A nível de recursos hídricos


O Plano Nacional da Água (PNA) e os Planos da Bacia Hidrográfica (PBH) são planos de
enquadramento que integram a política de planeamento e de gestão dos recursos hídricos
nacionais, principalmente porque a água é um bem escasso, propicio a uma grande
irregularidade e com uma distribuição no nosso país. Nestes contratos estão propostas, as
seguintes medidas:

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 A garantia dos caudais ambientais permanentes;
 A reabilitação e conservação dos ecossistemas;
 A eficiência da rega e o controlo das perdas;
 A proteção das origens da água destinada ao consumo doméstico;
 Minimizar os efeitos das secas e da poluição da água.

A nível da Orla Costeira


O Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) é um plano que procura, reduzir as
situações de risco numa costa submetida a um forte processo de erosão e de articulação
de valores, ecológicos e patrimoniais com o crescimento de uma atividade económica
sustentável orientada principalmente para o turismo e para o lazer.

A nível de resíduos
A produção nacional de resíduos urbanos dá lugar a processos de sinal contrário, a
produção de resíduos tem sido encarada como um indicador de desenvolvimento e esse
desenvolvimento exige a redução da produção de resíduos, focando-se na importância da
reutilização e da reciclagem.

O Plano Estratégico Setorial de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) tem como
objetivo a harmonização com uma norma comunitária, visando a redução, a reutilização, a
reciclagem e o confinamento seguro.

A rede natura 2000


A rede natura é uma rede ecológica no âmbito europeu que tem como objetivo contribuir
para assegurar a biodiversidade através da conservação dos habitats naturais e da fauna e
da flora, no território da União Europeia. A rede natura é composta por áreas de
importância comunitárias para a conservação de específicos habitats e espécies, nas quais
as atividades humanas deveram contribuir para a preservação desses valores naturais,
procurando uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico e visando
simultaneamente, em consideração as exigências económicas, sociais, culturais, bem
como as particulares regionais e locais.

A Rede Natura 2000 inclui:

 As regiões estabelecidas a partir dos critérios das áreas classificadas como Zonas
Especiais de Conservação (ZEC);
 E as Zonas de Proteção Especial (ZPE)

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As regiões portuguesas no contexto das políticas regionais
da União Europeia

O desenvolvimento harmonioso do espaço comunitário é um dos objetivos que está na


União Europeia desde a sua criação.

No entanto numa Europa com 28 estados-membros, todos com diferenças económicas,


sociais, demográficas e territoriais, aumentando o fosso entre o centro e a periferia, e as
regiões mais ricas das mais pobres.

As assimetrias regionais são uma das características mais evidentes da União Europeia.
Através de vários indicadores toram-se cada vez mais claros os diversos desequilíbrios e a
forte heterogeneidade presente UE, tanto entre estados-membros, mas principalmente
entre regiões, umas mais desenvolvidas que as outras, como também entre territórios
centrais e periféricos.

A Política Regional da União Europeia procura reduzir estas desigualdades, presentes na


UE, promovendo a coesão económica e social do território. Os meios utilizados passam
pela criação do Comité das Regiões, que contribui para a consolidação das políticas da UE,
e pela criação de apoios comunitários agrupados nos fundos estruturais. Os mecanismos de
apoio encontram-se organizados em três fundos:

 Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)


 Fundo Social Europeu (FSE)
 Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA)

Devido ao mais recente alargamento, os países que aderiram à UE apresentam um menor


índice de desenvolvimento, fizeram baixar os valores médios da UE, como são mais amplos
os territórios incluídos nos objetivos estruturais, isto quer dizer que as áreas prioritárias
para apoio preferencial em processos designados por discriminação positiva.

As assimetrias identificam-se através de vários indicadores, como a densidade


populacional, o PIB per capita, o nível de instrução ou até mesmo o nível da saúde. Estes

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são indicadores que revelam as grandes diferenças entre uma Europa Central, com uma
maior densidade populacional, em contraste com o norte e o sul mais despovoados, por
exemplo.

A europa sempre foi um espaço com diferenças a nível económico, social e cultural. Os
maiores contrastes na comunidade europeia existem, principalmente, no Norte-Sul e
também no Oeste-Este, da europa.

Estas assimetrias regionais têm sido combatidas através de diversos fundos estruturais
que, apesar do esforço da comunidade, não têm tido grandes efeitos. Isto deve-se à
incapacidade das regiões do Sul se conseguirem desenvolver e também devido aos
constantes alargamentos a Este, onde existem economias que necessitam de apoios
comunitários.

Como podemos ver no mapa ao lado


podemos concluir que os países com
melhores situações económicas
encontram-se no Norte e Ocidente da
Europa, nomeadamente o
Luxemburgo, a Dinamarca, a Suécia, a
Irlanda e a Holanda. Apesar do fraco
desenvolvimento dos países de Leste,
estes apresentam uma grande
potencialidade a nível de crescimento
socioeconómico, devido à
competitividade da sua mão-de-obra.
Os países menos desenvolvidos são, a
Bulgária, a Roménia e a Letónia.

Os fundos comunitários são


distribuídos de maneira a incentivam
a equidade, não sendo distribuídos
nem recolhidos de forma igualitária.
Desta forma a Áustria, a Dinamarca, a
Finlândia, a Alemanha, a Suécia e o
Reino Unido são países que
contribuem mais do que recebem fundos. Portugal, contribui cerca de 30% em relação a
cerca de 60% de ajudas que recebeu, tendo por isso, um saldo positivo.

A partir de 1989 Portugal começou a receber ajudas da comunidade europeia, que foram
até 2006, três fases de Quadros Comunitários de Apoio, entre 2007 e 2013 esteve em vigor
o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e, a partir de 2014, podemos
encontrar em prática o Portugal 2020.

No entanto, atualmente existe um modelo mais atual, desenvolvido pela ESPON, que
espelha melhor os contrastes do desenvolvimento na Europa. Este modelo defende deve

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existir uma efetiva cooperação entre todas as áreas metropolitanas, de modo a criar uma
integração global mais desenvolvida.

Para melhorar as assimetrias entre os estados-membros foi criada uma estratégia, a


Europa 2020, esta estratégia foi criada pela União Europeia de modo a incentivar a
crescimento económico e o emprego. É um conjunto de objetivos, que para além de
querem retirar a União Europeia da crise, querem também, diminuir as diferenças do
modelo de crescimento europeu e criar condições para um novo crescimento mais
inteligente e sustentável. Ou seja, esta estratégia quer assegurar a coesão social e
territorial.

Portugal falhou na Europa 2020 essencialmente no investimento na investigação e


desenvolvimento tecnológico, que em 2020 ficou por volta de 3,3%, e na formação já que
apenas 27% da população entre os 30 e 34 anos completou o ensino superior, e a Europa
2020 requer que sejam 40%. Acredito que se Portugal tivesse investido mais nestas áreas,
Portugal estaria mais perto de atingir os objetivos da Estratégia Europa 2020.

Os contrastes a nível do desenvolvimento regional são maioritariamente norte-sul e litoral-


interior. A densidade populacional é um dos indicadores que mais retrata as assimetrias
regionais. Há uma grande concentração no litoral, mais especificamente nas áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto, devido ao facto do emprego e das atividades
económicas se concentrarem naquelas áreas. Contudo este indicador não é o único que
reflete o nível de desenvolvimento de cada região. O poder de compra é um excelente
ilustrador, e este existe em grande força nas áreas metropolitanas, principalmente na
área metropolitana de Lisboa. No entanto o interior e o sul são quem têm menor poder de
compra, mostrando assim o enorme atraso e as gigantescas assimetrias no
desenvolvimento presentes em Portugal.

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