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PROPOSIÇÕES DE AÇÕES,
IMPLEMENTAÇÃO E
ACOMPANHAMENTO
VOLUME 1 – MOBILIZAÇÃO SOCIAL
PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS DE
PERNAMBUCO - PERH/PE
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Paulo Henrique Saraiva Câmara
Governador
Presidência – DP
Suzana Maria Gico Lima Montenegro
Diretora-Presidente
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Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos (CTPPP)
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Consórcio Profill/Alfasigma
Equipe de Coordenação
Antônio Eduardo Lanna
Carlos Bortoli
Mauro Jungblut
Ana Luiza Helfer
Equipe Técnica
Alexandre Carvalho
Ananda Müller Postay de Lima
Anelise Martins de Azevedo
Artur Ferrari
Bruno Reginatti
Christhian Santana Cunha
Fabiana Aymar Lobo Tejo
Fabiane Moretto
Flávio de Paula Silva
Guilherme Joaquim
Henrique Bender Kotzian
Igor Augusto Schneider
Ioná Maria Beltrão Rameh Barbosa
Isabel Cristiane Rekowsky
Juliana Jucélia Tonet
Laura Menezes
Luísa Heineck Neves
Meiri Satomi Michita
Nathália Chittes
Nilson Lopes
Patrícia Cardoso
Pedro Henrique Bof
Rafael Bledow Kayser
Rafael Rebelo
Roberta Guedes Alcoforado
Rodrigo Barreto Menezes
Sidnei Gusmão Agra
Tailana Bubolz Jeske
Vanessa da Silva Cardoso
Victor Hugo Santana
Vinícius Bogo
Vinícius Melgarejo Montenegro
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E RECURSOS HÍDRICOS
SECRETARIA EXECUTIVA DE RECURSOS HÍDRICOS
AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA
RECIFE/PE
2022
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© 2022 Pernambuco. Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos.
CDU 556.18(813.4)
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APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14
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6. OFICINAS DE PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES ............................................................... 74
6.1. Objetivo ................................................................................................................. 74
6.2. Período .................................................................................................................. 75
6.3. Local ...................................................................................................................... 75
6.4. Público-Alvo........................................................................................................... 75
6.5. Intrumentos Mobilizadores ..................................................................................... 75
6.6. Atividades Realizadas ........................................................................................... 75
6.7. Resultados ............................................................................................................ 76
6.7.1. Público participante ....................................................................................................... 76
6.7.2. Contribuições Orais ....................................................................................................... 77
8. ANEXOS ...................................................................................................................... 80
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LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE SIGLAS
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MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
ONG - Organização não governamental
PERH/PE - Plano Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco
PHA - Plano Hidroambiental
PIB - Produto Interno Bruto
RMR - Região Metropolitana do Recife
PISF - Projeto de Integração do Rio São Francisco
PNFC - Programa Nacional de Crédito Fundiário
PNRH - Política Nacional de Recursos Hídricos
PRHSF - Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
PRORURAL - Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural
PSA - Pagamento por Serviços Ambientais
SDA - Secretaria de Desenvolvimento Agrário
SEDUH - Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação
SEINFRA - Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos
SEMAS - Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade
SERH Secretaria Executiva de Recursos Hídricos
SEUC - Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza
SIGRH - Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos
SINDAÇÚCAR - Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco
SISAR - Sistema Integrado de Saneamento Rural
SMAS-PCR - Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura do Recife
SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco
UP - Unidade de Planejamento
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1. INTRODUÇÃO
Ainda nesta primeira fase dos trabalhos, foi realizada uma avaliação sobre a
necessidade de mudança nos limites das Unidades de Planejamento – UPs estabelecidas no
PERH/PE 1998, levando em conta se os limites proporcionam a homogeneidade dos
parâmetros relevantes à gestão hídrica na UP, a alteração de limites estaduais e o cenário
atual do Estado. A avaliação resultou na revisão e atualização das UPs, sendo proposta nova
divisão hidrográfica para Pernambuco, reduzindo as UPs de 29 para 16. Nelas, foram
mantidas as 13 principais bacias hidrográficas, às quais foram incorporados os 9 Grupos de
Pequenos Rios Interiores – GI e os 6 Grupos de Pequenos Rios Litorâneos – GL considerando
uma racionalidade que envolveu a proximidade, as características de solo e geologia comuns,
evitando-se também separar os grandes projetos de irrigação situados no sudoeste do
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Estado. Além disso, entendeu-se não ser adequado alterar a conformação de Comitês de
Bacia Hidrográfica diante do histórico de suas atuações.
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da implementação das ações do PERH/PE; uma proposta de arranjo institucional e a
elaboração de uma matriz de responsabilidades pela implementação de cada ação,
resultando na definição de práticas gerenciais e na proposta de caminhos a serem
percorridos; e por fim, recomendações para os setores usuários e sociedade civil organizada,
como forma de assegurar as suas participações no processo de implantação do PERH/PE,
algo essencial no processo de planejamento participativo que orienta a Política Estadual de
Recursos Hídricos de Pernambuco.
Este produto está dividido em cinco Tomos, que por sua vez são devidos em
Volumes, conforme apresentado no Quadro 1.1.
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2. O PROCESSO PARTICIPATIVO
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Figura 2.1 – Fases da atualização do PERH/PE e atividades participativas associadas.
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Os Seminários Preparatórios ocorreram de forma presencial nas seis regiões
apresentadas na Figura 2.2. Contudo, a pandemia de COVID-19 não só levou à suspensão
temporária das atividades (maio a setembro de 2020), como, após a retomada do contrato, à
necessidade de uma reorientação nos procedimentos de mobilização social e realização das
atividades programadas. O caminho encontrado para a retomada das atividades participativas
foi a utilização de oficinas de diagnóstico, cenários e plano de ações na forma remota.
• Seminários Preparatórios;
• Oficinas de Diagnóstico;
• Oficinas de Cenários; e
• Oficinas de Proposição das Ações
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3. SEMINÁRIOS PREPARATÓRIOS
3.1. OBJETIVO
3.2. PERÍODO
3.3. LOCAL
3.4. PÚBLICO-ALVO
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• Divulgação nas redes sociais.
No primeiro turno foi realizada apresentação sobre o que é, como será feito
(metodologia), quais os pontos principais a serem desenvolvidos no PERH/PE e recolhidas
as contribuições orais. No segundo turno foram formados Grupos de Trabalho, orientados a
produzir contribuições por escrito sobre os principais pontos a serem abordados no PERH/PE,
com o objetivo de verificar questões específicas e relevantes para o Plano.
Alguns dos participantes do primeiro turno não retornavam para a segunda fase.
Isso explica o fato de o número de grupos por seminários não apresentar uma correlação
direta entre os participantes presentes na primeira parte e aqueles que ficaram para segunda
parte. Os seminários encerram-se por volta das 16h30.
3.7. RESULTADOS
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Quadro 3.2 – Número de participantes e Grupos de Trabalhos dos Seminários Preparatórios.
Evento Cidade N. De Participantes Grupos de Trabalho
1 Recife 175 8
2 Palmares 64 4
3 Caruaru 110 4
4 Serra Talhada 80 5
5 Ouricuri 66 3
6 Petrolina 59 2
Total 554 29
Fonte: elaboração própria.
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Quadro 3.3 – Síntese das Contribuições Orais dos Seminários Preparatórios.
Seminários
Temas
Recife Palmares Caruaru Serra Talhada Ouricuri Petrolina
• Existe problema de
gestão, não de falta
de água, mesmo
com COBHs.
• CONSUs devem
• CONSUs são
participar dos
difíceis de organizar
Aperfeiçoamento COBHs
e são fragilizados
do Sistema de • CONSUs devem ter
• Fortalecimento dos por não serem
Gerenciamento melhores condições
- - COBHs e dos acatadas suas -
de Recursos de trabalho e apoio
CONSUs decisões
hídricos de do Estado
• Monitoramento da
Pernambuco • Monitoramento da
implantação do
implantação do
PERH
PERH
• Pactuação de
compromissos de
implementação do
PERH
• Receios de perda de
soberania na
• Necessidade de
Envolvimento da questão hídrica
• COBH Pajeú não se pessoal ligado à
sociedade e • Estimular a • Estimular a
reúne por falta de irrigação e da
Instituições no participação social participação social • Capacitação de
quórum; falta - academia nas
Gerenciamento • Em paralelo ao • Conflito de uso de agricultores
representação da reuniões e na
dos Recursos crescimento água do PISF
sociedade civil elaboração do
Hídricos econômico, incluir
PERH
controle ambiental e
participação social
• Articulação do
• Articulação do
PERH com planos
PERH com Planos
Integração do de outros Estados e
de bacia hidrográfica
Gerenciamento com o PISF
• Diálogo entre rios de
de Recursos • Articulação do
água de domínio • Diálogo Plano São • Diálogo Plano São • Diálogo Plano São • Diálogo Plano São
Hídricos de PERH com o
federais e bacias de Francisco e PERH Francisco e PERH Francisco e PERH Francisco e PERH
Pernambuco com GERCO
rios de água de
interesses • Articulação do
domínio estadual
externos PERH com o SEUC
• Diálogo Plano São
• Diálogo Plano São
Francisco e PERH
Francisco e PERH
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Seminários
Temas
Recife Palmares Caruaru Serra Talhada Ouricuri Petrolina
• Abastecimento dos
aquíferos com a
infiltração de água • Agreste é a região
de chuva com maiores
• Considerar os vazios
• Relevância das conflitos de uso de
hídricos, onde a
cisternas água
água não chega
• Relevância da • Excesso de
• Proteção das águas
dessalinização perfuração de poços
subterrâneas
• Problema de • Regularização da
• Riscos com a
construção e perfuração de poços
construção
manutenção de • Poluição das águas,
desordenada de
grandes fossas especialmente nas
poços • Plano de • Recuperação de
(fossões) barragens
• Problemas de uso reflorestamento do nascentes
• Proteção das UCs • Produção de água:
múltiplo das águas Estado: existem 3,5 • Conservação de
produtoras de água reflorestamento
quando coexiste milhões de mudas mananciais
• Relevância do • Cuidar das
controle de cheias e • Revitalização de • Conceito base zero
reflorestamento para nascentes, rios e • Cisternas de plástico
regularização bacias de
Aperfeiçoamento aumento das matas ciliares. • Operação da
• Garantir vazão a • Revitalização de • conservação de solo
da oferta e disponibilidades • Perenização de rios infraestrutura
jusante dos bacias (Pajeú) e água
aumento da hídricas • Reuso de água hidráulica
reservatórios • Saneamento das • Reuso das águas
eficiência de uso • Reordenamento • Tecnologias • Impacto da
• Contaminação de cidades cinzas.
de água agrário de alternativas agricultura na
água nos eventos de • Ações de • Conceito base zero
população difusa
cheia • Soluções baseadas preservação são
qualidade de água.
de conservação de
nas nascentes e na natureza:
• Preservação de necessárias solo e água
margens de corpos bioágua etc.
mananciais • Conceito base zero • Modernização dos
hídricos com riscos
• Produção de água: • Conceito base zero de conservação de
de degradação sistemas de
reflorestamento de conservação de solo e água irrigação
• Reuso de água solo e água
• Revitalização de
• Conceito base zero • Ineficiência de uso
bacias (Pajeú)
de conservação de de água para
• Soluções baseadas
solo e água abastecimento
na natureza:
• Ineficiência de uso público: perdas
bioágua etc.
de água para hídricas
• Conceito base zero
abastecimento • Tarifa mínima de
de conservação de
público: perdas água estimula
solo e água
hídricas desperdício? 10
• Plano de instalação m³/mês
de termelétrica em
UC
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Seminários
Temas
Recife Palmares Caruaru Serra Talhada Ouricuri Petrolina
• Preço da água do
• Convênio com
PISF
• Atenção ao prefeituras para
• O que será dado em • PL outorga
instrumento de manutenção de
Aperfeiçoamento troca da cobrança agricultura familiar
cobrança pelo uso dessalinizadores
dos instrumentos pelo uso de água? • PSA para agricultor
de água • Barragens para
de • Rever necessidade que preserva 90%
• Pagamento por abastecimento - -
gerenciamento de outorga de poço da caatinga
serviços ambientais público são usadas
de recursos de mais de 20 m de • Divisão da bacia do
hídricos por irrigantes
hídricos profundidade Pajeú para melhor
• Verificar UP Goiana • Controle de uso de
• Pagamento por gerenciamento
que inclui a GL6 água pois população
serviços ambientais
vai aumentar
hídricos
Enfrentamento
da variabilidade/
- - - - - -
mudanças
climáticas
• Agricultores
• Isenção de cobrança • Preocupações com
familiares devem ter
• Atenção à a agricultura familiar Marco Legal do
água em quantidade
segurança alimentar • Agricultores Saneamento
e em qualidade
• Inserir saúde nas familiares devem ter • Agricultores
• Preocupação com
preocupações da água em quantidade familiares devem ter
águas subterrâneas
atualização do e em qualidade água em quantidade
• Problema da
PERH • Ausência de e em qualidade
desertificação
• Qual a demanda de Conselhos • Taquaritinga secou
• Falta a presença do
água para uso Municipais de Meio seus aquíferos • Decisões não
Estado na operação • Estudo de bacias
humano em PE Ambiente em alguns • Abandono de poços acatadas pelos
de reservatórios hidrográficas como
• Relevância da municípios salobros "donos da água"
• Controle da pesca instrumento de vida.
agricultura familiar • Dificuldade de • Possibilidade de uso • Capacitação no uso
• Primeira água • Uso de água do
• Priorização das solicitar outorga: na piscicultura de pesticidas
(cisterna), segunda PISF pela população
Outros demandas hídricas necessidade de • Barragem de • Resíduos sólidos
água (cisterna) difusa à beira do
povo do campo deslocamento à sedimentos contra • Plano Estadual de
terceira água canal
• Agricultores Recife assoreamento: Agricultura Orgânica
(barreiros) • Problemas de
familiares devem ter • Dificuldades de retirada de • Problemas de
obtenção de outorga • Grandes empresas acesso às águas
água em quantidade sedimentos de acesso às águas
degradam das adutoras
e em qualidade • Contaminação de reservatórios das adutoras
• Dificuldade de
• Esgotos a céu água por hormônios • Existem açudes
e pesticidas recuperação de
aberto assoreados e
nascentes por falta
• É compatível com a • Usinas que lançam vazando. Como
de pessoal
segurança hídrica a vinhaça nos corpos resolver isto?
capacitado nas
presença de hídricos • Dificuldade de
prefeituras
frigorífico no • Problemas de colocação dos
• Falta saneamento,
semiárido? acesso às águas rejeitos de
rio cercado pelos
das adutoras dessalinização
proprietários,
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Seminários
Temas
Recife Palmares Caruaru Serra Talhada Ouricuri Petrolina
• Barragem Serra • Dificuldade de barragem de
Azul: usos de água e dessalinização do Serrinha degradada.
impactos ambientais solo • Uso de água do
• Impactos ambientais • Problemas de PISF pela população
e sociais da outorga difusa à beira do
barragem de Serro • Problemas de canal
Azul: eliminação de acesso às águas • Problemas de
balneários e de suas das adutoras acesso às águas
atividades • Bacia do Ipojuca das adutoras
econômicas: como precisa de água; • Barragem de Brotas
compensar a transposição da abandonada, com
população? bacia do Una? baronesas
• Acidente de • Poluição do polo • Plantações
vazamento de óleo têxtil de Toritama irregulares na
na zona costeira • Transposição da barragem de
• Problemas de bacia do rio Serrinha
transposição de Tocantins e do
água da UP Una Maranhão
para o Agreste • Plantio de espécies
invasoras (Nim)
Fonte: elaboração própria.
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3.7.3. Contribuições dos Grupos de Trabalho
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Quadro 3.4 – Contribuições dos Grupos de Trabalho – Seminário Recife
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no • Indisponibilidade de dados.
Estado: (situação atual, necessidade de aperfeiçoamento,
• Monitoramento constante dos reservatórios
articulação com o sistema nacional de informações)
• Incluir os municípios como gestores dos recursos hídricos integrados
• Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do
aos sistemas estaduais e federais de planejamento e gestão dos
Aperfeiçoamento do Estado: (instituições existentes, proposta de
recursos hídricos
Sistema de Gerenciamento aperfeiçoamento, COBH, CONSUs) 11, 12, 13,
• Monitoramento insuficiente da qualidade das águas e pluviométrico
de Recursos hídricos de • Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no 14 e 15
Pernambuco • Definição de parâmetros de outorga
Estado: (lacunas, superposições da legislação existente,
adequação do PERH a legislação atual) • Propor definições para o atendimento do saneamento rural e urbano
com as respectivas atribuições COMPESA, SERH e IPA.
• Articulação do PERH com outras instâncias de
planejamento: (PNRH, Planos Estaduais Vizinhos, Planos • Formação dos membros dos COBHS para o uso dos sistemas de
de Bacia do Estado, PISF) informação
• Arquitetura dos processos participativos e efetividade deles
(articulação e alinhamento entre COBHs e CONSUs, p.e. • Estudos para reserva de água
Envolvimento da sociedade 01, 06, 07,
do Pajeú) • Fomento dos Jovens no envolvimento com a gestão dos recursos
no Gerenciamento dos 08, 13, 14
• Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a hídricos. Como por exemplo a ENJUCA
Recursos Hídricos e 15
outorga não for “funcional” (alocação ou partilha negociada • Fortalecimento dos COBHs
de água; prioridades)
• Integração do SIGRH ao PISF (cobrança da água x
capacidade de pagamento dos usuários, operação dos
Integração do • Onde houver transposição
reservatórios que recebem água)
Gerenciamento de Recursos • UPs com limites com outros estados
• Articulação com os Estados vizinhos para 10, 15
Hídricos de Pernambuco • UPs do Pontal até o Moxotó
compartilhamento dos interesses associados a exploração
com interesses externos • UPs receptoras do PISF e Interestaduais
dos mananciais de água (aquíferos compartilhados, eixos
do PISF - “entradas” e “saídas” de água do PE)
• Sistema de Contingência
• Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos” • Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos
(ampliações da reservação, novas adutoras, arranjo
• Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e demanda
institucional necessário para a implantação e operação)
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de água
• Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e
• Nos sistemas de contingência: tecnológicas:
demanda (eficiência no uso da água, controle por outorga e
• Intensificar e ampliar ações e obras de contenção das inundações
cobrança, campanhas sistemáticas de uso adequado da
Aperfeiçoamento da oferta e
água e outros estímulos) 01, 02, 03 • Nas alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de
aumento da eficiência de água:
• Sistemas de contingência (sistemas de alerta e controle de e 16
uso de água
inundações, gerenciamento de riscos para cursos d’água • Integrar com as premissas do Plano Nacional de Segurança Hídrica
que drenam para outros estados) • No Semiárido: fomentar a criação de sistemas de abastecimentos
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de comunitários em áreas difusas (meio rural, povoados dispersos com
consumo de água (dessalinização, campanhas educativas, baixa densidade)
soluções baseadas na natureza, soluções não- • Em Todas as UPs: realizar cadastro de usuários de captação
convencionais) subterrânea e superficial e avaliar a possibilidade de pequenas
barragens para abastecimento
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Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões
úmidas quando no semiárido, situação dos aquíferos,
resolução CRH 01/2019 sobre o Zoneamento de Aquíferos
• Rever limites físicos para a outorga considerando a intrusão salina.
na Região Metropolitana de Recife, entre outros aspectos)
Aperfeiçoamento dos Áreas sujeitas a restrição de uso nas UPs 02 e 04 prioridades ao
• Cobrança pelo uso de água (implantação dos
instrumentos de abastecimento humano.
aprimoramentos já estudados, articulação da cobrança 01
gerenciamento de recursos • Reduzir a complexidade do processo de outorga
estadual com o custo da água do PISF, articulação da
hídricos • Definir atualização da lei de Águas subterrânea de PE de acordo com os
cobrança com o PSA / alternativas não monetárias para a
estudos da CTAS
cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas
sujeitas a restrição de uso e suas compensações)
• Elaborar Plano de Adaptação e elevação do nível da rua integrando a ao
Plano de Gestão Costeiro
Enfrentamento da • Antecipação das implicações do aumento da variabilidade
• Prever construção de reservatórios de água de chuvas e ampliar a lei de
variabilidade/ mudanças e das mudanças climáticas na disponibilidade hídrica x 01 e 07
Recife para PE
climáticas gestão de recursos hídricos)
• Verificar redes de drenagem
• Legislação ligada a sistemas de mitigação de inundações.
Fonte: elaboração própria.
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Na avaliação dos membros dos grupos, as temáticas apresentadas
contemplam as principais informações e conhecimentos necessários para a realização da
atualização do PERH/PE. A seguir estão listados os temas que na visão dos participantes
precisam ser aprofundados:
• CODEVASF
• Principais prefeituras da RMR
• IBAMA
• UNICAP
• Defesa Civil
• Comunidades quilombolas e indígenas
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• CREA
• CEMADEN
• SUDENE
• Assembleia legislativa
• FUNASA
• Pescadores
• CHESF
• MAPA
• ADAGRO
• Ministério Público
• ANA
• População Ribeirinha
• Atingidos por barragens
• CPRM
• ICMBio
• Secretária de Saúde
• Área de Educação Básica
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Quadro 3.5 – Contribuições dos Grupos de Trabalho - Seminário Palmares
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Comité Jovem o comitê Sirinhaém carece de todos esses
subtemas.
• Comitê em processo de formação
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de
planejamento:
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Estado: (situação atual,
• Com a construção da barragem de Serro Azul, resolveu
necessidade de aperfeiçoamento, articulação com o sistema nacional de
uma parte o problema das cheias. Pois, a jusante o
Aperfeiçoamento do informações)
problema se perpetua a exemplo do rio Jequerem em
Sistema de • Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado: (instituições
05, 06 e Alagoas que é afluente do rio Una. Considerando o
Gerenciamento de existentes, proposta de aperfeiçoamento, COBH, CONSUs)
07 assoreamento do rio Una e as frequentes cheias em áreas
Recursos hídricos de • Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no Estado: (lacunas, ribeirinhas até a sua foz.
Pernambuco superposições da legislação existente, adequação do PERH a legislação atual)
• Geral para a Temática:
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de planejamento: (PNRH,
• Fortalecimento do monitoramento e fiscalização do
Planos Estaduais Vizinhos, Planos de Bacia do Estado, PISF)
lançamento irregulares de usinas e destilarias
• Extração de areia e água irregular
• Saneamento Básico
• Informatização dos processos de outorga com menos
burocracia
• Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a
Envolvimento da • Arquitetura dos processos participativos e efetividade deles (articulação e
outorga não for “funcional”.
sociedade no alinhamento entre COBHs e CONSUs, p.e. do Pajeú)
06 e 07 • Criação de conselhos permanentes visando o uso múltiplo
Gerenciamento dos • Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a outorga não for
dos recursos hídricos com a efetiva participação da
Recursos Hídricos “funcional” (alocação ou partilha negociada de água; prioridades)
sociedade e o poder público.
• Bacia do rio Jacuípe - Articulação com estado de Alagoas
Integração do • Integração do SIGRH ao PISF (cobrança da água x capacidade de pagamento
para a proposição de ações e estudos para mitigar os
Gerenciamento de dos usuários, operação dos reservatórios que recebem água)
05, 06 e problemas relacionados aos eventos extremos.
Recursos Hídricos de • Articulação com os Estados vizinhos para compartilhamento dos interesses
07 • Captação para os COBHS e compartilhamento de
Pernambuco com associados a exploração dos mananciais de água (aquíferos compartilhados,
informações entre os estados.
interesses externos eixos do PISF - “entradas” e “saídas” de água do PE)
• Gerenciamento efetivamente participativo
• Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos” (ampliações da reservação,
novas adutoras, arranjo institucional necessário para a implantação e
operação)
• Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e demanda (eficiência no
Aperfeiçoamento da
uso da água, controle por outorga e cobrança, campanhas sistemáticas de uso
oferta e aumento da 05, 06 e
adequado da água e outros estímulos)
eficiência de uso de 07
• Sistemas de contingência (sistemas de alerta e controle de inundações,
água
gerenciamento de riscos para cursos d’água que drenam para outros estados)
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de água
(dessalinização, campanhas educativas, soluções baseadas na natureza,
soluções não-convencionais)
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Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões úmidas quando no
semiárido, situação dos aquíferos, resolução CRH 01/2019 sobre o
Zoneamento de Aquíferos na Região Metropolitana de Recife, entre outros
Aperfeiçoamento dos
aspectos)
instrumentos de 05, 06 e • Articular cobrança pelo uso da água em troca de insumos
• Cobrança pelo uso de água (implantação dos aprimoramentos já estudados,
gerenciamento de 07 para agricultura familiar.
articulação da cobrança estadual com o custo da água do PISF, articulação da
recursos hídricos
cobrança com o PSA / alternativas não monetárias para a cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas sujeitas a restrição de
uso e suas compensações)
• Manter sistema de informação com sinais de alerta sobre
Enfrentamento da
• Antecipação das implicações do aumento da variabilidade e das mudanças 05, 06 e eventos críticos
variabilidade/ mudanças
climáticas na disponibilidade hídrica x gestão de recursos hídricos) 07 • Priorizar áreas ambientalmente frágeis ou degradadas para
climáticas
restituição dessas e recuperação
Fonte: elaboração própria.
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Na avaliação dos membros dos grupos, as temáticas apresentadas
contemplam as principais informações e conhecimentos necessários para a realização da
atualização do PERH/PE. A seguir estão listados os temas que na visão dos participantes
precisam ser aprofundados:
• IBAMA
• CPRH
• Casa Militar
• Câmaras de Vereadores
• Membros dos COBHs
• Representantes da AMUP
• Assembleia Legislativa
• Consórcio dos Municípios da Mata Sul
• Universidades
• Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável
• Secretaria de Meio Ambiente
• Secretaria de Saúde
• Secretaria de Educação
• MPPE
• Comitê do Rio Una
• Representatividade Religiosa
• Vigilância Sanitária
• Defesa Civil
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• Conselhos Municipais
• CIPOMA
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Quadro 3.6 – Contribuições dos Grupos de Trabalho - Seminário Caruaru
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Estado: (situação atual, Estado
necessidade de aperfeiçoamento, articulação com o sistema nacional de
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de
informações)
Aperfeiçoamento do planejamento
• Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado: (instituições
Sistema de • Revisão do Arcabouço legal pelos próprios consórcios
existentes, proposta de aperfeiçoamento, COBH, CONSUs) 03, 04, 05,
Gerenciamento de • Melhor a disponibilidade de informação sobre
• Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no Estado: (lacunas, 07, 08, 09
Recursos hídricos de qualidade dos recursos hídricos
superposições da legislação existente, adequação do PERH/PE a legislação
Pernambuco • Articulação do PREH|PE com os Planos Diretores
atual)
• Falta de dados, mapeamento e divulgação das
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de planejamento: (PNRH, Planos
informações
Estaduais Vizinhos, Planos de Bacia do Estado, PISF)
• Gestão deficiente dos recursos da COMPESA
Envolvimento da • Arquitetura dos processos participativos e efetividade deles (articulação e
sociedade no alinhamento entre COBHs e CONSUs, p.e. do Pajeú)
03, 05 e 07
Gerenciamento dos • Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a outorga não for “funcional”
Recursos Hídricos (alocação ou partilha negociada de água; prioridades)
Integração do • Integração do SIGRH ao PISF (cobrança da água x capacidade de pagamento
• Integração do SIGRH ao PISF
Gerenciamento de dos usuários, operação dos reservatórios que recebem água) 08, 09, 10,
• Articulação com os Estados vizinhos para
Recursos Hídricos de • Articulação com os Estados vizinhos para compartilhamento dos interesses 12, 13, 14 e
compartilhamento dos interesses associados a
Pernambuco com associados a exploração dos mananciais de água (aquíferos compartilhados, 15
exploração dos mananciais de água
interesses externos eixos do PISF - “entradas” e “saídas” de água do PE)
• Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos” (ampliações da reservação,
novas adutoras, arranjo institucional necessário para a implantação e operação)
• Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e demanda (eficiência no uso
Aperfeiçoamento da da água, controle por outorga e cobrança, campanhas sistemáticas de uso
oferta e aumento da adequado da água e outros estímulos) 03, 05, 07, • Diagnóstico situacional da estrutura física e
eficiência de uso de • Sistemas de contingência (sistemas de alerta e controle de inundações, 08 e 09 instrumental das barragens
água gerenciamento de riscos para cursos d’água que drenam para outros estados)
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de água
(dessalinização, campanhas educativas, soluções baseadas na natureza,
soluções não-convencionais)
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões úmidas quando no
semiárido, situação dos aquíferos, resolução CRH 01/2019 sobre o Zoneamento
Aperfeiçoamento dos de Aquíferos na Região Metropolitana de Recife, entre outros aspectos)
instrumentos de • Cobrança pelo uso de água (implantação dos aprimoramentos já estudados,
• Áreas sujeitas a restrição de uso
gerenciamento de articulação da cobrança estadual com o custo da água do PISF, articulação da
recursos hídricos cobrança com o PSA / alternativas não monetárias para a cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas sujeitas a restrição de uso
e suas compensações)
• Maior integração com outros planos (resíduos sólidos)
Enfrentamento da
• Antecipação das implicações do aumento da variabilidade e das mudanças a fim de melhorar a conscientização para redução de
variabilidade/
climáticas (na disponibilidade hídrica x gestão de recursos hídricos) poluentes
mudanças climáticas
• Incentivos a EA e reflorestamento
Fonte: elaboração própria.
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3.7.3.4 Região de Serra Talhada
• COMPESA
• CODEVASF
• IBAMA
• INCRA
• Comunidades tradicionais
• UFRPE
• IFPE
• Quilombolas
• Indígenas
• IFSertão
• ANA
• CMDR
37/184
Quadro 3.7 – Contribuições dos Grupos de Trabalho - Seminário Serra Talhada
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
38/184
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
educativas, soluções baseadas na natureza, soluções • Campanhas educativas para melhor aproveitamento dos instrumentos de
não-convencionais) irrigação agrícola
• Definição de culturas adequadas a irrigação por região
• Apoio e fortalecimento dos processos de construção do conhecimento para
a convivência com o semiárido na perspectiva agroecológica,
desenvolvidos pelas organizações da sociedade civil e populares
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões
úmidas quando no semiárido, situação dos aquíferos,
resolução CRH 01/2019 sobre o Zoneamento de Aquíferos
na Região Metropolitana de Recife, entre outros aspectos)
Aperfeiçoamento dos
• Cobrança pelo uso de água (implantação dos • Gerenciamento e controle
instrumentos de
aprimoramentos já estudados, articulação da cobrança 10, 11 e 12 • Rede de monitoramento com acesso público das informações
gerenciamento de
estadual com o custo da água do PISF, articulação da
recursos hídricos:
cobrança com o PSA / alternativas não monetárias para a
cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas
sujeitas a restrição de uso e suas compensações)
• Reflorestamento
• Intercâmbio de Informações e assistência técnica
• Criação de um sistema de informação climática
Enfrentamento da • Antecipação das implicações do aumento da variabilidade • Enfrentamento do desmatamento
variabilidade/ mudanças e das mudanças climáticas na disponibilidade hídrica x 10, 11 e 12 • Fortalecer a rede de fiscalização
climáticas gestão de recursos hídricos) • Trabalhar a gestão dos mananciais
• Melhor a eficiência dos sistemas de irrigação
• Controlar os desperdícios na distribuição da COMPESA
• Saneamento básico urbano
Fonte: elaboração própria.
39/184
3.7.3.5 Região de Ouricuri
40/184
Quadro 3.8 – Contribuições dos Grupos de Trabalho - Seminário Ouricuri
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Recursos mal gerenciados
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Estado: • Necessidade de a sociedade do território conhecer sobre a situação
(situação atual, necessidade de aperfeiçoamento, articulação com o de seus mananciais (laudo de potabilidade)
sistema nacional de informações) • Necessidade de aperfeiçoamento do sistema de para órgãos
Aperfeiçoamento do • Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado: interessados no tema
Sistema de (instituições existentes, proposta de aperfeiçoamento, COBH, • Acessibilidade aos dados por parte da sociedade organizada e
Gerenciamento de CONSUs) 13 e 14 órgãos, população em geral e CONSUs.
Recursos hídricos de • Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no Estado: • Criação do COBH da bacia do Brígida
Pernambuco (lacunas, superposições da legislação existente, adequação do • Monitoramento dos barreiros e poços através de leis integradas
PERH/PE a legislação atual) • Regionalização da APAC
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de planejamento: • Proporcionar a mobilização nos municípios
(PNRH, Planos Estaduais Vizinhos, Planos de Bacia do Estado, PISF) • Sistemas simplificados de abastecimento
• Campanhas para conscientização da população sobre o uso da água
Envolvimento da • Arquitetura dos processos participativos e efetividade deles
sociedade no (articulação e alinhamento entre COBHs e CONSUs, p.e. do Pajeú) • Demanda do Campo por água tratada
13 e 14
Gerenciamento dos • Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a outorga não • Proporcionar a sociedade um maior controle sobre o uso da água
Recursos Hídricos for “funcional” (alocação ou partilha negociada de água; prioridades)
• Integração do SIGRH ao PISF (cobrança da água x capacidade de
Integração do pagamento dos usuários, operação dos reservatórios que recebem
• Aquífero do Araripe/Ceará/Pernambuco
Gerenciamento de água)
• Integração com o PISF
Recursos Hídricos de • Articulação com os Estados vizinhos para compartilhamento dos 13 e 14
Pernambuco com • O destino da água dos canais deve observar a realidade local que
interesses associados a exploração dos mananciais de água
precisa água para uso na agricultura e para as famílias
interesses externos (aquíferos compartilhados, eixos do PISF - “entradas” e “saídas” de
água do PE)
• Reutilização da água
• Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos” (ampliações da • Redução de desperdício
reservação, novas adutoras, arranjo institucional necessário para a • Novas adutoras
implantação e operação) • Facilitar a entrada de água do rio São Francisco em localidades com
• Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e demanda maior escassez de água
(eficiência no uso da água, controle por outorga e cobrança, • Perfuração de poços dentro das regularidades
Aperfeiçoamento da
campanhas sistemáticas de uso adequado da água e outros • Irrigação eficiente
oferta e aumento da
estímulos) 13 e 14 • Ampliação dos sistemas simplificados
eficiência de uso de
• Sistemas de contingência (sistemas de alerta e controle de • Avaliar a infraestrutura de açudes existentes
água
inundações, gerenciamento de riscos para cursos d’água que drenam • Ampliação dos pequenos barramentos
para outros estados) • Revitalização dos mananciais esquecidos
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de • Fortalecimento dos conselhos de consumidores
água (dessalinização, campanhas educativas, soluções baseadas na • Criação dos comitês de bacia
natureza, soluções não-convencionais) • Integração entre os órgãos públicos para fomento
• Priorizar cisternas
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Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões úmidas quando
no semiárido, situação dos aquíferos, resolução CRH 01/2019 sobre o
Zoneamento de Aquíferos na Região Metropolitana de Recife, entre
Aperfeiçoamento dos outros aspectos)
• Desburocratização do sistema de outorga
instrumentos de • Cobrança pelo uso de água (implantação dos aprimoramentos já
13 e 14 • Cobrança adequada a agricultura familiar
gerenciamento de estudados, articulação da cobrança estadual com o custo da água do
recursos hídricos • Fiscalização
PISF, articulação da cobrança com o PSA / alternativas não
monetárias para a cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas sujeitas a
restrição de uso e suas compensações)
• Ampliar rede monitoramento meteorológico
Enfrentamento da • Antecipação das implicações do aumento da variabilidade e das
• Educação Ambiental
variabilidade/ mudanças mudanças climáticas na disponibilidade hídrica x gestão de recursos 13 e 14
• Priorizar o uso da água em épocas de cheias
climáticas hídricos)
• Monitorar UPs em áreas suscitavas a desertificação
Fonte: elaboração própria.
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3.7.3.6 Região de Petrolina
• DNOCS
• Secretarias municipais de meio ambiente
• CPRH
• Institutos federais
• COMPESA
• Banco do Brasil
• Executivos e legislativos municipais
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Quadro 3.9 - Contribuições dos Grupos de Trabalho – Seminário Petrolina
Temáticas Sub-temáticas UPs Contribuições
• Formar ou aperfeiçoar a malha
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Estado: (situação atual, necessidade de de estações meteorológicas e
aperfeiçoamento, articulação com o sistema nacional de informações) fluviométricas
Aperfeiçoamento do
• Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado: (instituições existentes, proposta de • Focar também nos afluentes
Sistema de 08, 09, 10,
aperfeiçoamento, COBH, CONSUs) • Trabalhar a superposição de
Gerenciamento de 11, 12, 13,
• Arcabouço legal para a gestão de recursos hídricos no Estado: (lacunas, superposições da legislação legislação existente
Recursos hídricos de 14 e 15
Pernambuco
existente, adequação do PERH/PE a legislação atual) • Precariedade da aplicação da
• Articulação do PERH/PE com outras instâncias de planejamento: (PNRH, Planos Estaduais Vizinhos, legislação existente sobre a
Planos de Bacia do Estado, PISF) perfuração de poços
• Criar comitês de bacia
Envolvimento da • Arquitetura dos processos participativos e efetividade deles (articulação e alinhamento entre COBHs
08, 09, 10,
sociedade no e CONSUs, p.e. do Pajeú)
11, 12, 13,
Gerenciamento dos • Instrumentos de prevenção da crise hídrica - quando a outorga não for “funcional” (alocação ou
14 e 15
Recursos Hídricos partilha negociada de água; prioridades)
Integração do • Integração do SIGRH ao PISF (cobrança da água x capacidade de pagamento dos usuários,
Gerenciamento de operação dos reservatórios que recebem água)
Recursos Hídricos de • Articulação com os Estados vizinhos para compartilhamento dos interesses associados a exploração
Pernambuco com dos mananciais de água (aquíferos compartilhados, eixos do PISF - “entradas” e “saídas” de água do
interesses externos PE)
• Infraestrutura hídrica implantada x “vazios hídricos” (ampliações da reservação, novas adutoras, • Principalmente em Fernando de
arranjo institucional necessário para a implantação e operação) Noronha
Aperfeiçoamento da • Instrumentos para o equilíbrio entre disponibilidade e demanda (eficiência no uso da água, controle • Recuperação das bacias
oferta e aumento da por outorga e cobrança, campanhas sistemáticas de uso adequado da água e outros estímulos) hidrográficas (saneamento
eficiência de uso de • Sistemas de contingência (sistemas de alerta e controle de inundações, gerenciamento de riscos básico, educação
água para cursos d’água que drenam para outros estados) contextualizada e aplicabilidade
• Alternativas tecnológicas para produção e redução de consumo de água (dessalinização, campanhas da legislação sobre o uso da
educativas, soluções baseadas na natureza, soluções não-convencionais) terra
• Outorga de direitos de uso de água (tanto em regiões úmidas quando no semiárido, situação dos
aquíferos, resolução CRH 01/2019 sobre o Zoneamento de Aquíferos na Região Metropolitana de
Aperfeiçoamento dos Recife, entre outros aspectos)
instrumentos de • Cobrança pelo uso de água (implantação dos aprimoramentos já estudados, articulação da cobrança
10 e 13
gerenciamento de estadual com o custo da água do PISF, articulação da cobrança com o PSA / alternativas não
recursos hídricos: monetárias para a cobrança)
• Áreas sujeitas a restrição de uso (redefinição de áreas sujeitas a restrição de uso e suas
compensações)
Enfrentamento da
• Antecipação das implicações do aumento da variabilidade e das mudanças climáticas na
variabilidade/ mudanças
disponibilidade hídrica x gestão de recursos hídricos)
climáticas
Fonte: elaboração própria.
44/184
4. OFICINAS DE DIAGNÓSTICO
1
Videoconferências, audiconferências, webinar, seminários virtuais, entre outras, são denominações utilizadas para se referir a
comunicação remota em grupo, via plataformas que tem na internet ou outras redes de comunicação a interação entre as
pessoas.
45/184
Conceitualmente, uma rede de participação social com conhecimento e
entendimento “do que é....” e “para que é....”, como foi conduzida no caso da atualização do
PERH/PE, potencialmente eliminam, a cada rodada participativa, as retomadas “ponto zero”.
A retomada “ponto zero”, comum em processos participativos sem objetivos bem definidos,
geralmente estão associadas a três aspectos fundamentais: a) alta rotatividade dos
participantes, b) baixo grau de conhecimento prévio do objeto trabalhado e; c)
descontinuidade do processo. Assim quanto mais para o fim do processo (etapas) menor é o
grau de participação.
4.1. OBJETIVO
4.2. PERÍODO
4.3. LOCAL
46/184
Quadro 4.1 – Data e Link das Oficinas de Diagnóstico
Evento Região UPs Data Horário Link
UP15 Pontal; 14:00hs
1 Petrolina 05/10/2020 https://youtu.be/nLs5juXjwNE
UP14 Garças às 17:00hs
UP13 Brígida; 09:00hs
2 Ouricuri 07/10/2020 https://youtu.be/pZZPMKvLC9A
UP12 Terra Nova às 12:00hs
UP11 Pajeú; 14:00hs
3 Serra Talhada 07/10/2020 https://youtu.be/rJHS6r1jn7o
UP10 Moxotó às 17:00hs
UP03 Capibaribe
(Agreste);
UP05 Ipojuca (Agreste); 09:00hs
4 Caruaru 08/10/2020 https://youtu.be/wRTHF3skw0Y
UP07 Una (Agreste); às 12:00hs
UP08 Mundaú;
UP09 Ipanema
UP07 Una (Mata); 14:00hs
5 Palmares 08/10/2020 https://youtu.be/wDN5VSAKoWI
UP06 Sirinhaém às 17:00hs
UP03 Capibaribe (Mata);
UP01 Goiana;
UP02 Metropolitana 09:00hs
6 Recife 09/10/2020 https://youtu.be/PNRof4-RW0w
Norte; às 12:00hs
UP04 Metropolitana Sul;
UP05 Ipojuca (Mata)
Fonte: elaboração própria.
4.4. PÚBLICO-ALVO
47/184
Figura 4.1 – Processo proposto para as oficinas de diagnóstico do PERH/PE.
Os participantes puderam optar por uma das 6 oficinas com datas previamente
definidas. Limitou-se o número de 40 participantes por oficina. Se o número de participantes
para alguma das oficinas fosse superior a 40, a partir do 41 entrava em lista para uma segunda
oficina. Poucos participantes além dos 40 (até 5), avaliou-se forma alternativa de envio do
material.
48/184
Previamente a realização da oficina foi encaminhado aos inscritos o endereço
eletrônico (link) com instruções para participação. Previamente a reunião foi realizado reforço
do convite com vistas a participação.
1. (5 minutos) Abertura;
2. (10 minutos) Combinação das regras de realização: moderação,
situação dos microfones, câmeras, modos de inscrição para a fala;
instruções para preenchimento no “chat” do sistema do nome completo,
instituição de origem e contato, entre outras;
3. (40 minutos) Apresentação do diagnóstico (modelo MS PowerPoint) em
linguagem adequada e com ilustrações de figuras e mapas, enfoque na
região da oficina;
4. (90 minutos) Oitiva dos participantes orientadas pelo mediador;
5. (30 minutos) Apresentação e instruções de como proceder com o
material disponibilizado e contribuições;
6. (5 minutos) Encerramento.
49/184
informações do Diagnóstico do PERH/PE. Além disso, foi disponibilizado um canal para
comunicação em caso de dúvidas acerca do trabalho de contribuição a ser realizado.
4.7. RESULTADOS
50/184
• Fala 1: A região tem uma grande demanda por água subterrânea e nós
estamos no aquífero Cristalino, onde a maioria das nossas águas são
salinas, e como se observas nos gráficos da apresentação a maioria dos
poços a vazão não chega a 1000m³/h. Mas existe uma grande demanda no
Vale do São Francisco como um todo. A preocupação é com alta demanda
de poços na região. Isso causa superexploração do aquífero. Essa água
salobra (salgada) usada na irrigação também causa impactos ambientais.
O participante solicita que a equipe técnica apresente alguma ponderação
sobre essas questões. Na sequência cita estudos da EMBRAPA sobre o
tema: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/1113051/agricultura-biossalina-desafios-e-alternativas-para-o-
uso-deaguas-salobras-e-salinas-no-semiarido-brasileiro.
• Fala 2: Dúvida: a população do distrito de Rajada em Petrolina tem no
abastecimento de água. Informa que conhece relatos de desvio de água no
percurso da adutora e pergunta: existe algum plano para solucionar esse
problema? Na sequência a participante complementa dizendo que existem
casas na ponta da adutora que ficam há mais de trinta dias sem água.
• Fala 3: O plano contempla tecnologias de captação de água de chuvas
como cisternas? Respondido que se trata de assunto mais para a frente no
PERH/PE na fase de programa de ações. Ainda não está definido que
teremos esse programa, mas fica reconhecido que são programas
importantíssimos.
51/184
maior que o dobro deste valor). A indicação que o uso de placas
fotovoltaicas reduzia em até 45% essas perdas pode determinar que sejam
uma opção a ser avaliada, se for realmente tão eficiente, haja visto que teria
efeito de reduziria a evaporação e ainda gerar energia o que também
aumentaria a disponibilidade pela menor necessidade de turbinamento de
água na usina. Acrescentado também que a APAC vem atualizando a curva
cota x volume do reservatório e tem notado que o assoreamento realmente
é muito grande. Neste sentido, mencionado também que certamente o
programa de ações do PERH/PE deverá contemplar ações voltadas a
contenção da erosão e assoreamento, dada a gravidade desta questão.
Sobre a utilização das células fotovoltaicas, levantada a preocupação com
o detalhe de que os reservatórios no semiárido secam completamente o
que deixaria as placas sobre solo e poderia causar problemas operacionais.
Além disso a preocupação relativa ao impacto do sombreamento de
grandes áreas de reservatório o que pode prejudicar a biota aquática, por
isso a solução está sendo vista com muita cautela. Ainda sobre a questão
das células fotovoltaicas foi mencionado em contraponto que a utilização
das placas sobre a água também teria o benefício de não provocar a
retirada de mata.
• Fala 2: Comentário de pessoa associada ao IPA/Cabrobó a respeito da
barragem Nilo Coelho (em Terra Nova). Menciona que depois de um
período grande o reservatório atingiu a sua capacidade máxima o que gerou
expectativa positivas quanto a possibilidade de utilização do reservatório.
No entanto, menciona que no último ano, por problemas de manutenção e
de segurança no barramento o reservatório precisou ser esvaziado ao nível
mínimo. Pergunta então quando a manutenção será feita para que o
reservatório possa ser novamente enchido. Inicia-se a explicação
mencionando que de fato a barragem tem risco de rompimento e que dadas
as intensas chuvas recentes, provavelmente não rompeu pois estava
conservada no nível mínimo. Reconhecido que se trata de um problema
sério que chama atenção, mas não é um problema de planejamento e sim
um problema operacional que o Estado está muito atento. O problema será
atacado em ações paralelas ao PERH/PE e com a maior brevidade. Do
ponto de vista do PERH/PE é possível que se tenha uma ação voltada a
Planos de Segurança de Barragens, mas não diretamente para questões
operacionais como esta, as quais devem ser tratadas em separado e com
urgência.
52/184
• Fala 3: Comentário do professor da faculdade de Ciências Agrárias
Araripina, da disciplina de extensão rural. Menciona que o raio de
atendimento dos reservatórios não pode ser fixo em 5 km de distância do
reservatório e essa definição deve ser realizada com base na situação da
microbacia, na situação de ocupação do entorno e até na condição do
próprio reservatório do ponto de vista de assoreamento. Menciona também
que o plano tem que considerar os volumes armazenados nas cisternas e
demais tecnologias familiares de captação de água de chuva. Pergunta se
o diagnóstico levou em consideração estas questões. Sobre a demanda
hídrica: também deveriam ser considerados sistemas simplificados de
abastecimento de água - poços, cisternas existentes. Menciona também
que a demanda para Irrigação é localizada e próxima ao São Francisco, no
interior, a demanda é abastecimento público.
• Fala 5: perguntado se foi considerada a demanda proveniente das cisternas
no diagnóstico do plano.
• Sobre as duas falas (4 e 5), explicado que: com relação ao raio de
atendimento dos reservatórios há dúvida, especialmente pois os trabalhos
são realizados com base em dados secundários e não temos informação
detalhada de qual é o uso da água específico no entorno de cada
reservatório. Sobre este assunto haverá, certamente, uma indicação no
PERH/PE no sentido de se outorgar e/ou cadastrar os usos nos
reservatórios, incluídos, portanto aqueles usos significantes, passíveis de
outorga e aqueles de pequeno porte considerados insignificantes (que
podem-se tornar expressivos no somatório). Ainda com relação ao raio de
atendimento, mencionado que as primeiras estimativas foram realizadas
com base em 15 km o que pareceu muito, tendo em vista o que é
comentado e por este motivo, para a estimativa final foi adotada a distância
5 km, já utilizada no PISF, ainda assim merece revisão a luz de novos
dados, quando houver. Deverão para tanto ser consultados os CONSUNs
de modo a aprimorar estes dados.
• Sobre a irrigação concordou-se com o comentário de que a concentração
da irrigação é, de fato, nas proximidades do Rio São Francisco onde estão
localizados os perímetros de irrigação e onde também há concentração de
tecnologia de irrigação para produção extensiva enquanto fora destas
regiões a irrigação é simplificada e de menor porte.
• Sobre os sistemas simplificados de abastecimento, são uma solução muito
válida para abastecimento de populações isoladas e tem uma importância
53/184
social grande e por isso são objeto de programas do governo federal
inclusive (Água Boa). Ainda será avaliado se cabe deixar no PERH/PE
alguma ação ou programa voltada a esse tipo de abastecimento assim
como a utilização de água salobra de poços (Biosalina).
• Fala 6: menciona que nesse ano eleitoral a quantidade de perfuração de
poços sobe muito e não tem catalogação (cadastro) alguma. Em resposta
foi dito que a realidade foi reconhecida.
• Fala 7: Fala relativa a convivência das pessoas com o semiárido. Indica que
deve haver muita atenção com a demanda e à disponibilidade difusa, a qual
pode individualmente não ser representativa mas toma proporções
importantes quando somada (da ordem de 15.000 cisternas de 16.000 L, o
que soma milhões e litros acumulados). Famílias que irrigam quintais têm
aumentado consideravelmente e o volume acumulado pode ser alto. Na
zona rural é baixa a cobertura de saneamento e tem sido utilizada o
tratamento das águas cinzas para irrigar quintais. Nos centros urbanos,
pode haver a possibilidade de tratar os esgotos e reutilizar a água. Carro-
pipa (utilizado com mote eleitoral inclusive) tem o risco de se tornar
permanente e o PERH/PE deve considerar o uso mínimo do carro pipa, pois
isso seria uma convivência com a falha do sistema de abastecimento, a alto
custo de realização.
• Fala 8: Mencionada a perda de lavouras de milho e feijão por conta da
chuva que faltou. Águas de reuso poderiam ser utilizadas com
complementação. Os poços e carros-pipas em época eleitoral deverão ser
objeto de planejamento (sendo o carro pipa utilizado em último caso).
Estado deve definir sua política de águas, como de estado, não de governo.
Deve ser trazido o conceito de produção de água.
• Fala 9: Menciona que a efetivação do PERH/PE depende do controle e
monitoramento social da implementação do plano.
• Fala 10: Ações conjuntas para acompanhamento pós-instalação; furaram
poços e não houve acompanhamento no entorno do açude Eng. Camacho.
54/184
• Fala 1: Poderia fazer um comentário sobre a relação entre produção
agrícola e disponibilidade hídrica, especificamente no Alto Pajeú? Uma vez
que são atividades econômicas importantes para a sobrevivência das
populações rurais. Foi explicado que o Alto Pajeú, assim como toda a parte
alta de qualquer bacia, não tem uma quantidade de água adequada. O que
fornece disponibilidade nestas regiões são os reservatórios, os quais
quando secam determinam uma situação crítica de balanço hídrico (o
vermelho toma conta do mapa). A produção agrícola irrigada com água dos
reservatórios, pode ser comprometida em caso de esvaziamento. Na
agricultura não irrigada há risco de não chover o suficiente e culturas de
ciclo curto podem ser mais indicadas. Toda a atividade agrícola não irrigada
é de alto risco (exceto no caso daquelas próximas ao Rio São Francisco) e
aquela irrigada com reservatórios está também sujeita a algum risco por
conta do esvaziamento. O ramal leste é uma opção de abastecimento da
agricultura, mas até o momento a previsão é que seja utilizado apenas para
abastecimento da população, abastecimento humano. O que se tem
comentado é que a 5 km de distância do canal, poderia ser realizado o
abastecimento rural e de pequenas produções agropecuária de
subsistência (função social, em apoio ao povo sertanejo).
• Fala 2: como foram obtidas as demandas totais de água de água para
domicílios rurais no Moxotó e Pajeú? Utilizaram per capita único em todo
estado? Qual o per capita na região do Moxotó e Pajeú? Foram utilizadas
como demandas hídricas, aquelas estimadas pela Agência Nacional de
Águas (e Saneamento Básico) com atualizações e revisões de
consistência. Nestes estudos foram utilizados per capitas para estas
estimativas. Combinado que os dados detalhados destas estimativas
estarão disponíveis nos relatórios.
• Fala 3: A vazão do ramal leste deverá afetar positivamente a disponibilidade
de água nesta UP-11. Com certeza o ramal leste tem a condição de afetar
positivamente a disponibilidade.
• Fala 4: Necessário realmente se pensar em levar água para este tipo de
atividade e população. Respondido que, sem dúvida, deve ser pensada
nessa possibilidade/ necessidade.
• Fala 5: Mencionado que a coordenação da unidade gestora do saneamento
rural da COMPESA é quem capitaneia o projeto de saneamento rural e os
dados serão disponibilizados para o PERH/PE. Em especial da parte de
demandas rurais.
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• Fala 6: Qual preocupação especificamente sobre a limpeza, manutenção e
revitalização do Rio Pajeú? Rio importante no abastecimento da Bacia do
Rio São Francisco que leva água através de Adutora do Pajeú para diversas
cidades do Pajeú. Foi explicado que o Plano Estadual de Recursos Hídricos
é um plano estratégico e de longo prazo, neste sentido, a revitalização de
bacias ou rios, serão objeto de um programa do PERH/PE. Lembrado
também da existência do Programa Nacional de Revitalização de Bacias
Hidrográficas e dito também que haverá oportunidade, adiante, no plano de
ações do PERH/PE que as duas iniciativas (a nacional e a estadual) sejam
alinhadas (o Programa Nacional tem atuação da empresa Profill e da
Empresa TPF na sua elaboração o que facilitará essa aproximação).
• Fala 7: Perguntado sobre a manutenção na Barragem Nilo Coelho que está
atrasada e prejudicando os usuários de montante. Respondido que a
SEINFRA deve fazer a manutenção e para isso foi necessário reduzir o
nível da barragem. Explicado também que este assunto de detalhe pode
ser tratado paralelamente ao PERH/PE que tem uma escala de
planejamento estadual e não alcança os problemas específicos. O
problema operacional da barragem Nilo Coelho deverá ser resolvido no
âmbito da SEINFRA e o mais rápido possível.
• Fala 8: Pergunta sobre o Açude federal Barra do Juá. Também foi explicado
que se trata de um assunto operacional e muito urgente que deverá ser
tratado ainda antes da conclusão do PERH/PE.
• Fala 1: Relata que não entende o conceito de saneamento básico que está
sendo utilizado, especialmente, de água. Entende que a meta 28% de
tratamento dos esgotos rurais é muito baixa. Outro participante responde
dizendo que o Governo está cadastrando 7.022 comunidades rurais para
atendimento com o saneamento básico (Programa de Saneamento Rural
2020-2035). A participante entende que esse cadastramento não abrange
os agricultores difusos, ou seja, aqueles que não residem em vilas ou
povoados. Nesse sentindo são excluídas as comunidades rurais dispersas,
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mais carentes. Nunca sendo beneficiadas com Banheiros rurais
(Sanitários), apenas Cisternas Rurais pelo MDS/ASA/P1MC e PRORURAL.
• Fala 2: A agricultura irrigada em Brejo da Madre de Deus é desenvolvida
ao redor de Barragens (Reservatórios): Oitis, Machado, Poço Fundo,
Tabocas (Gercino Pontes) e outros menores e caracteriza-se pela produção
de Tomate, Cenoura, Beterraba, Coentro, e outras hortaliças / tubérculos,
em escala menor. Aponta ainda que em relação a produção agrícola, além
das culturas citadas no diagnóstico (Cana de Açúcar, Banana etc.) falta
informar a produção da Agricultura Familiar para consumo local: Milho,
Feijão, Mandioca, Hortaliças, Tubérculos, Frutíferas.
• Fala 3: Sabem informar qual é o contexto de Pernambuco sobre os
Municípios que possuem um Plano de Saneamento Básico? Qual é a
condição atual/desafios da APAC de fiscalizar/acompanhar o uso das
águas subterrâneas pelos municípios e população em geral? E sobre o
desmatamento e aterramento de nascentes no Estado devido a expansão
populacional, agricultura, agropecuária etc, como está a relação com os
municípios? Estas informações fazem parte do diagnóstico do saneamento.
• Fala 4: Aqui em Brejo da Madre de Deus, não temos acesso ao Plataforma
do Saneamento Rural para cadastrar as comunidades rurais, apenas
visualizar. Os técnicos da COMPESA não estão respondendo a demanda
do CMDRS/Sec. Agricultura/IPA/STR.
• Fala 5: Relata o Programa de Saneamento Ambiental da COMPESA /
COBH Ipojuca que já investiu U$ 300 milhões em obras de saneamento.
Dentro desse programa foi instalada a Adutora do Serro Azul. O programa
também abrange projetos na área de saneamento e de gestão. Esse
programa incentivou a participação social e institucional trazendo prática
para o comitê que agora pode ser potencializada na realização do
PERH/PE.
• Fala 6: Sugere que o PERH/PE seja apresentado e discutido com os
comitês de bacia.
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4.7.2.6 Região de Recife
58/184
captação de água subterrânea. Assim, na visão do participante, ocorre
aumento na demanda de “água de subsolo” e impermeabilização do solo.
Nesse contexto, mesmo entendendo que talvez não seja uma demanda
para o PERH/PE, sugere como reflexão a necessidade de inverter o
processo de busca de água fora da bacia e passar-se a pensar no
reflorestamento do território e outras ações concretas que preservem a
natureza e produzam água buscando romper o ciclo mais adutora para o
sistema botafogo.
• Fala 3: Está se trabalhando os indicadores apresentados (PIB, IDHM, etc.),
que correspondem aos indicadores dos PHA Capibaribe e Ipojuca, de forma
a correlacionar com os indicadores e metas dos 17 ODS da Agenda 2030?
• Fala 4: As áreas do entorno dos mananciais/reservatórios que são
utilizados para abastecimento público têm como fiscalizadores quais
órgãos? Haja vista desmatamento e invasões; existe algum programa de
fiscalização em que os órgãos possam se ajudar neste sentido?
• Fala 5: Como será tratada a água subterrânea no Assis Ferreira do estado,
no Plano? Será tratada de forma individual ou integrada ao consumo geral?
Merece destaque a elevação do seu uso e quais as medidas de contenção
na superexploração deste aquífero? A outorga é o meio através do qual o
controle da superexporação pode ser controlado. Contudo, é preciso
levantar o problema do órgão fiscalizador. A APAC já teve mais ou menos
180 funcionários hoje não chegam talvez a 100. Isso indica a fragilidade da
APAC. Esse aspecto deveria de ser colocado no trabalho.
• Fala 6: Temos um índice de perda muito grande, qual a proposta para
diminuir esse índice, já que quem mais desperdiça é a COMPESA?
• Fala 7: Foi falado na apresentação que houve grande variação da cobertura
vegetal (diminuição) nas áreas das bacias como um todo. O diagnóstico
contempla quantitativamente essa informação? Quais áreas estão sofrendo
maior pressão e quais são os motivos para isso? Qual a influência dessa
situação sobre os recursos hídricos do Estado?
• Fala 8: Segundo a Lei de Segurança de Barragem, a responsabilidade de
fiscalização e proteção do entorno dos reservatórios é do empreendedor.
• Fala 9: Concordo com a necessidade de contemplar orientação sobre a
importância de aumento de pessoal para fiscalização de recursos hídricos
no sentido amplo (uso, qualidade, quantidade, preservação e conservação).
• Fala 10: Canos e adutores vazando. COMPESA leva tempo para aparecer.
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• Fala 11: O programa de controle de perdas na COMPESA é permanente.
• Fala 12: Creio que as propostas de contenção do desperdício devem ser
lançadas em outra etapa do estudo.
• Fala 13: Na apresentação foi abordado apenas o diagnóstico da qualidade
da água dos principais reservatórios das UPs dos últimos 3 anos. O
diagnóstico abrangerá o histórico de qualidade da água dos rios
monitorados pela CPRH desde 1984?
• Fala 14: Considerando a importância dos dados compatibilizados nesse
trabalho para a gestão hídrica pergunto: será disponibilizado o banco de
dados espacial com todos os dados apresentados em formato de mapas?
• Fala 15: Dentro da fase de diagnóstico hídrico, especificamente no território
do COBH Metropolitano Norte, qual a contribuição que a COMPESA pode
dar para proteção e melhoria da conservação do lago do reservatório
Botafogo. Porque a COMPESA não desenvolve iniciativa de
reflorestamento das matas ciliares do lago, abandonando-o ao impacto da
evaporação e morte de nascentes?
• Fala 16: O diagnóstico aborda aspectos qualitativos e quantitativos dos
recursos hídricos. Foi feito algum diagnóstico referente a gestão
(fortalecimento institucional, legal, participação social etc.)?
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5. OFICINAS DE CENÁRIOS
5.1. OBJETIVO
5.2. PERÍODO
5.3. LOCAL
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A divisão regional para a elaboração dos cenários buscou manter a distribuição
regional das atividades anteriores. Desse modo, mantem-se o fluxo estrutural do trabalho
requerendo baixos esforços dos participantes das oficinas para as apresentações de suas
percepções. Nessa etapa, as UPs em si, ao contrário do que aconteceu com as Oficinas de
Diagnóstico, não possuem tanta centralidade e sim a ideia de regionalização territorial e quais
são os principais aspectos e tendências socioeconômico e ambiental que estruturam e
direcionam o desenvolvimento regional atual e futuro.
5.4. PÚBLICO-ALVO
1) (5 minutos) Abertura;
2) (10 minutos) Combinação das regras de realização: moderação,
situação dos microfones, câmeras, modos de inscrição para a fala;
instruções para preenchimento no “chat” do sistema do nome completo,
instituição de origem e contato, entre outras;
3) (30 minutos) Apresentação dos cenários (modelo MS PowerPoint) em
linguagem adequada e com ilustrações de figuras e mapas;
4) (40 minutos) Oitiva dos participantes orientadas pelo mediador;
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5) (60 minutos) Questões sugestivas para incentivar o debate;
6) (10 minutos) Encerramento.
A dinâmica das Oficinas de Cenários foi estruturada com uma apresentação dos
cenários, incertezas críticas e riscos prospectados, e, na sequência, foi realizado um debate
entre os participantes e a equipe técnica do Consórcio Profill/AlfaSigma e da APAC. Foi
utilizado um roteiro de questões sugestivas para incentivar o debate:
5.7. RESULTADOS
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5.7.2. Contribuições Orais
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sequência cita que, também, o PERH/PE deve se ater ao potencial da
região para produção de energias limpas através da matriz eólica e solar.
• Fala 4: As questões da produção rural nas áreas de sequeiro não podem,
pelas características dessa região, ser pensadas exclusivamente pela ideia
de sistemas de irrigação. Isso não é possível. Então é preciso pensar em
outras políticas públicas adequadas as características dessa região.
• Fala 5: Para o desenvolvimento regional é importante também considerar o
turismo, inclusive incentivando o turismo rural. Outro fator, importante para
o desenvolvimento da região, que ainda é incipiente, é o incentivo a
agroindústria. Atualmente a produção frutífera é muito centrada na
exportação de produtos in natura.
• Fala 6: refere-se, após questionamento da equipe técnica, sobre a
perspectiva de materialização do canal de irrigação do sertão. Na ótica do
participante após a conclusão dos canais ponta norte e sul a realização
desse canal é inevitável. O participante entende que esse canal, dadas as
características da região para o qual se destina, é de fundamental
importância para o desenvolvimento da mesma.
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• Fala 3: Reforça a importância da agricultura familiar e externa uma
preocupação com o futuro dos agricultores diante da possibilidade da
chegada do Canal do Sertão. No entendimento da participante a chegada
de água valoriza as terras e pode expulsar, por questões de mercado, os
pequenos agricultores. Resume perguntando: o que fazer?
• Fala 4: Discorre sobre planos de recursos hídricos regionais realizados nos
de 1970 para o sertão, especialmente, para o Araripe. A partir desse plano
foram construídos grandes mananciais (açudes). Entretanto, essa água não
está sendo utilizada pela agricultura familiar. Pois falta infraestrutura para
distribuição da água. Uma das reivindicações dos agricultores é a
construção de pequenas adutoras nesses mananciais que permitam o uso
dessa água para irrigação e consumo animal. Outro ponto referido pelo
participante é o potencial produtivo do setor agrícola (mel, caprinocultura,
leite) que não conta com a tradição da agroindústria com base na produção
familiar. O incentivo a agroindústria criaria muitos empregos na região.
• Fala 5: Reforça a fala do participante anterior. Mas, acrescenta uma
questão relativa a interferência da agricultura familiar na bacia, por conta
do acesso do pequeno produtor familiar a projetos de financiamento que
permitem a abertura de barreiros que podem influência negativamente no
ciclo hidrológico. Uma das questões associadas aos barreiros refere-se a
outorga para o uso da água. Esses barreiros são importantes para
agricultura familiar. Mas, precisam ser contabilizados (cálculos
hidrológicos).
• Fala 6: Refere-se ao deslocamento das gesseiras da proximidade das
jazidas para a caatinga. A justificativa para o deslocamento é dada pela
busca na diminuição de custos, pois aproximam-se da principal fonte de
energia utilizada na produção dessas fábricas. Esse deslocamento acentua
os impactos ambientais ao bioma caatinga e no futuro podem levar ao
deslocamento populacional para o entorno dessas unidades produtivas o
que agravaria ainda mais os impactos a essas áreas remanescente de
caatinga. O deslocamento das unidades produtivas mais os assentamentos
no entorno provocariam impactos diretos na relação
vegetação/precipitação/disponibilidade hídrica. Dentre a soluções estão a
energia solar no cenário do futuro (fala complementar).
• Fala 7 (anotação no chat): Recomenda para um melhor entendimento da
região a leitura do Plano de Desenvolvimento Territorial do Araripe.
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5.7.2.3 Reunião de Serra Talhada
• Fala 1: Com base na leitura dos cenários o participante indica que para
elaboração dos cenários as seguintes questões/temáticas regionais devem
ser consideradas (inclusas nos cenários): a) A existência do polo moveleiro
região do Pajeú; b) Potencial agroecológico no sistema de produção da
agricultura familiar precisa ser incentivado com o avanço das tecnologias e
disponibilidade de água; c) após sete anos de seca no corrente ano
aconteceu chuvas intensas na região produzindo destruições de açudes e
cheias. Na visão do participante é preciso haver estudos sobre a construção
dos barramentos que muitas vezes são construídos sem uma técnica
engenharia adequada; d) Sugere estudos de poços para subsidiar a
agricultura irrigada; e) O cenário de desmatamento na região do Pajeú é
visto como preocupante. Esse desmatamento que serve para produzir
energia em outras regiões e, também, renda para alguns agricultores,
precisa ser fiscalizado para evitar que a caatinga continue sendo decimada;
f) dentro do PERH/PE o saneamento precário é outra questão que precisa
ser considerada. A precariedade do saneamento faz com o Pajeú seja
poluído das nascentes até a foz; g) A manutenção dos reservatórios, como
por exemplo Brotas e Rosário, são questões que precisam ser
consideradas no PERH/PE; h) o esvaziamento do campo, 80% da
população da região vive nas cidades. As cidades não estão preparadas
para receber essas populações de migrantes na velocidade que elas
acontecem. O resultado é o aumento da área urbana com crescimento
desordenado e com baixa infraestrutura de serviços públicos, e; g) apoiar a
atividade turística que apresenta alto potencial na região com o turismo
religioso, histórico (sítios arqueológicos) e, mesmo, o rural. A água é
importante para todas essas atividades de desenvolvimento.
• Fala 2: Entende que os cenários estão bem elaborados. Porém, dada a
dificuldade de produção agrícola na região é preciso considerar a principal
vocação agrícola da região que é a produção pecuária e não agrícola.
Mesmo assim diante da pressão do mercado interno e não do externo que
força um modelo de produção com baixa sustentabilidade no campo é
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preciso considerar, que em qualquer um dos cenários, a região vai ter
problema com a questão ambiental. Nesse sentido é preciso aumentar a
fiscalização e treinar o homem do campo para a produção sustentável.
Outro aspecto relevante é a pressão constante sobre os reservatórios, o
déficit hídrico na região é constante. Assim os reservatórios vão estar
sempre com pouca água e sob efeito de contaminação por dejetos. No final
da fala é reforçada a visão do participante anterior e acrescenta a
importância do comércio e serviços de turismo que tendem a pressionar na
demanda por alimentos.
• Fala 3: O município de Solidão tem terras férteis. Porém, precisa de
incentivos voltados para exploração sustentável do solo. A água e a
questão de saneamento são outras situações que precisam de
infraestrutura para desenvolver os potenciais locais.
• Fala 4: É preciso destacar o potencial de energia solar fotovoltaica no sertão
de Pernambuco. Áreas significativas do sertão estão sendo destinadas para
esta produção, e várias dessas estão próximas a córregos que desaguam
para os principais reservatórios do sertão.
• Fala 5: Indica que a caprinocultura e ovinocultura deve ser incentivada na
região e que percebeu a ausência desses segmentos na elaboração dos
cenários. Um dos principais problemas da região, principalmente nos
períodos de estiagem, é a falta de água. Mas, o participante entende que o
problema não é a falta de água e sim de gestão da água. Cita como um dos
grandes problemas a falta de tratamento de esgotos que permitiriam o
reuso da água na irrigação. Volta a citar, a exemplo de outras falas, a
precariedade da manutenção dos açudes. No tocante aos recursos
energéticos cita o Nim. Aqui a questão de fundo é o reflorestamento como
meio para buscar o desenvolvimento sustentável e produção de água. Na
sequência o participante reforça a importância das fontes de energia
sustentáveis como a eólica e solar. Essas tecnologias precisam chegar no
pequeno produtor, inclusive, produzindo renda de forma direta e indireta
para os produtores rurais.
• Fala 7: Triunfo cidade turística com um potencial muito grande ainda a ser
explorado em várias áreas rurais.
• Fala 8: Sugere visita da equipe a localidade de Solidão, que fica a 35 km
de Afogados da Ingazeira. Temos águas no subsolo e precisamos de
projetos voltados a exploração sustentável. Também estamos na rota da
adutora do Pajeú. Precisamos que as obras avancem e cheguem à Solidão.
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Sou contra a algaroba, devemos preservar a jurema preta, árvore nativa
que não traz danos as outras espécies.
• Fala 9: Pegando as palavras de um participante, também não entendo este
problema do Nim indiano com as abelhas de nossa região, comparando
com a Índia (esse aspecto foi citado em uma das falas anteriores. Que não
foram trazidas pare esse relatório de falas). Lógico que existem tipos e tipos
de abelhas, mas acredito que o Nim de nossa região sofreu mutação e hoje
passou a ser um Nim brasileiro. Mesmo assim, acredito que esta madeira
pode ser utilizada para confecção de móveis, visto que o que prejudica as
abelhas são suas flores. Usando com manejo adequado, estas árvores não
chegariam a seu tempo de floração. Aqui cabe uma observação passou a
ocorrer um debate sobre os aspectos ambientais positivos e negativos de
reflorestamento da caatinga com espécies exóticas. Esse debate é
tangencial a atualização do PERH/PE.
• Fala 10: Algaroba invadiu a calha do Rio Pajeú, está sem controle.
• Fala 11: Quanto a plantação de eucaliptos, sabemos que esta árvore
necessita de bastante água, podendo prejudicar até os nossos lençóis
freáticos. Por isso acredito que é inviável para nossa região. A não ser que
fosse utilizada a água proveniente do tratamento de esgotos, que também
serve de fertilizante.
• Fala 12: Precisamos plantar acácia obliquifolia. Vamos adicionar no plano
o plantio de um milhão de plantas na caatinga. Reforço aqui os potenciais
da nossa região, apicultura, caprino ovino cultura, turismo, fruticultura e
agroindústrias, energia solar e eólica. Grandes impactos: usina nuclear.
• Fala 13: Entende que a questão do reflorestamento precisa olhar para a
Caatinga como um todo e que agricultura familiar e fundamental. Percebe
que o debate está muito concentrado na parte alta do Pajeú é que é preciso
ver/incluir também o baixo Pajeú.
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da seca a região fica fragilizada. A situação da água tanto para atividade
agrícola quanto para o abastecimento humano apresenta problemas.
• Fala 2: Complementa a fala do participante anterior reforçando a
importância da agricultura familiar e da disponibilidade de água para esse
setor. Aborda também a questão das migrações do campo para a cidade.
A região sofre muito com a ausência de um grande reservatório.
• Fala 3 (no chat): Creio que o investimento no cinturão agrícola de Caruaru
e região, porque baixaria o custo de alimento e seria a segurança alimentar
da região. Sendo a água o fundamental para o projeto; assim, temos a água
cinza como base de equilíbrio com a possível mistura com água salobra. A
mistura das águas cinzas com a água salobra possibilitaria o uso da mesma
para irrigação. Lembrando que o pequeno produtor usa água da chuva
armazenada em cisternas. Essa mistura seria mais para o médio produtor.
• Fala 4: Sugere que a questão do uso de água seja abordada também com
uma visão social.
• Fala 5: Após um conjunto de estudos a conclusão é de que a
sustentabilidade hídrica na região só é possível com um reforço do São
Francisco para os reservatórios e adutoras. Essa a razão para a adutora do
agreste está sendo construída. A conjugação da água das adutoras com o
uso racional dos cursos e reservas locais vão melhorar a qualidade hídrica
da região. Questões relativas ao reuso de águas cinzas, PSA Ipojuca -
sistemas de Esgoto poderão no futuro possibilitar o reuso da água de
esgotos tratados.
• Fala 6: Retoma a fala do participante anterior a partir do PSA Ipojuca que
tende a melhorar bastante a situação do Agreste. O Sistema Integrado de
Saneamento Rural – SISAR – também vai impactar positivamente na
qualidade e disponibilidade de recursos hídricos. Cita, na visão dele, que
nos cenários percebeu a ausência do polo moveleiro de Gravatá;
• Fala 7: Entende que o PERH/PE é importante para cuidar dos rios, das
bacias e fontes de água e para construir adutoras previstas para o agreste
e que é preciso trabalhar a gestão hídrica das bacias e na sequência o
desenvolvimento.
• Fala 8: PSA ajuda esgoto e destrói a cidade (devido às obras que
promovem escavações nas ruas que não são recuperadas).
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• Fala 9: No agreste Setentrional, mais precisamente, em Santa Cruz do
Capibaribe a cidade sofre muito sem água, pois, o polo de confecções,
precisa muito desta água, e os poços em nossa região têm a água salgada.
• Fala 10: Israel já usa água cinza pré tratada, assim nós temos muita água
cinza e podemos misturar com água salobra que é comum em muitas
propriedades. Lembrando que a agricultura familiar pequena usa água da
chuva em cisternas. Más a agricultura de médio e grande porte na
fruticultura, pastagem e produção de milho irrigado podem usar na irrigação
de pivô.
• Fala 11: Refere as obras de saneamento básico (tratamento de esgoto) nas
bacias do Ipojuca e do Capibaribe. O projeto da COMPESA visa mais
saneamento apenas em vilas rurais e não para a população rural dispersa.
Necessidade de incentivos para proteção de nascentes na região brejeira,
na bacia do Capibaribe (Brejo da Madre de Deus), para garantir a captação
de água nos reservatórios para a população urbana.
• Fala 12: No agreste meridional já usamos o bioágua a partir do seu reuso.
E aqui em Belo Jardim em Ibimirim estamos fazendo esse trabalho. E uso
de fossas ecológicas nas zonas rurais.
• Fala 13: O programa de saneamento rural do governo é para vilas rurais, e
não para a população rural dispersa. Obra de saneamento básico, incentivo
para Brejo Mãe de Deus; Incentivo à proteção de nascentes em Brejo da
Mãe de Deus para garantir captação de água dos reservatórios;
• Fala 14: O SISAR cadastra apenas usuários das vilas e não considera a
população rural dispersa - haverá neste caso a autogestão? Nos municípios
do vale do Ipojuca a empresa faz saneamento. Mas, prejudicou as ruas. De
quem é a atribuição para recuperação da COMPESA ou do município?
• Fala 15: refere que acredita que o investimento no cinturão agrícola de
Caruaru e região é importante porque baixaria o custo de alimento e seria
segurança alimentar da região. Sendo a água o fundamental para o projeto
dar certo. Assim temos a água cinza como base de equilíbrio com a possível
mistura com água salobra;
• Fala 16: Menciona que a situação colocada a respeito dos reservatórios é
a maior preocupação, isso porque em Belo Jardim temos várias cidades
que usam os reservatórios;
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5.7.2.5 Reunião de Palmares
• Fala 1: Quais são as Unidades onde mais cresce a população rural? Qual
o índice de crescimento? Quais as duas áreas que mais decrescem? Qual
o índice de redução?
• Fala 2: Em relação ao Cenário Includente sobre a área ambiental da região
da bacia hidrográfica do rio Una. A consideração prioritária é sobre o
saneamento básico, porém estamos inclusos na foz do rio Una e temos
constantes problemas de assoreamento do rio e, devido a isso, constantes
enchentes durante os últimos 10 anos. Por que isso não foi incluso?
Problema esse que se agravara após a construção da barragem de Serro
Azul e a não construção do segundo barramento.
• Fala 3: UPs Moxotó, Garças e Pontal. É onde há crescimento da população
rural.
• Fala 4: Há uma grande discussão sobre a metodologia de medição do que
seja população rural e urbana. Na verdade, há 2 razões para o crescimento
urbano: 1 - as pessoas migram do sítio para as vilas ou povoados; 2 - A
mera atualização do plano urbano do município (quando existe) e a abertura
de loteamentos em áreas de características rurais, ou seja, esses fatores
não representam migrações de fato.
• Fala 1: Fala que os cenários estão bem elaborados. Mas, percebe ausência
do uso da energia solar, principalmente no Sertão.
• Fala 2: De onde foram retirados os cenários utilizados no trabalho? Vocês
utilizaram os cenários para o ano de 2035 ou fizeram cenários específicos
para PERH/PE?
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• Fala 3: É importante atentar para a preservação do que já existe, como por
exemplo os fragmentos que abrigam as nascentes que estão secando. O
assoreamento dos pequenos rios também deve ser trabalhado no
PERH/PE. Abordar as questões de água subterrânea é outra questão
importante para o PERH/PE.
• Fala 4: Menciona que deve-se introduzir a participação dos munícipios
nesse processo (de construção do PERH/PE) para que se tenha sucesso
nos trabalhos. A principal sugestão é a formação de consórcios municipais
para gestão dos recursos hídricos em parceria com os comitês de bacia.
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6. OFICINAS DE PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES
6.1. OBJETIVO
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6.2. PERÍODO
6.3. LOCAL
6.4. PÚBLICO-ALVO
1) (5 minutos) Abertura;
2) (10 minutos) Combinação das regras de realização: moderação,
situação dos microfones, câmeras, modos de inscrição para a fala;
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instruções para preenchimento no “chat” do sistema do nome completo,
instituição de origem e contato, entre outras;
3) (60 minutos) Apresentação do Plano de Ações (modelo MS PowerPoint)
em linguagem adequada e com ilustrações de figuras e mapas;
4) (60 minutos) Oitiva dos participantes orientadas pelo mediador;
5) (10 minutos) Encerramento.
A dinâmica das Oficinas de Proposição das Ações foi estruturada com uma
apresentação das ações, e, na sequência, foi realizado um debate entre os participantes e a
equipe técnica do Consórcio Profill/AlfaSigma e da APAC. Foi utilizado um roteiro de questões
sugestivas para incentivar o debate:
O processo participativo nessa fase do plano, assim como nas fases anteriores,
não se esgotou na realização das oficinas. Após as oficinas foi aberto um prazo até o dia 15
de dezembro para o recolhimento de contribuições via e-mail. As questões ou contribuições
recebidas foram tratadas e inseridas no Plano de Ações, quando pertinentes.
6.7. RESULTADOS
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Quadro 6.2 – Número de participantes das Oficinas de Proposição das Ações.
Evento Data N. De Convidados N. De Participantes
1 06/12/2021 58
700
2 10/12/2021 56
Total 700 114
Fonte: elaboração própria.
Destaca-se que não foram encaminhadas contribuições via e-mail até o dia 15
de dezembro de 2021.
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7. CONCLUSÃO SOBRE O PROCESSO PARTICIPATIVO
Antes de apresentar as conclusões, cabe uma breve nota sobre o padrão das
contribuições. A maior parte delas, nas quatro atividades – Seminário Preparatório, Oficinas
de Diagnóstico, de Cenários e Plano de Ações, apresentaram uma tendência de debater as
políticas públicas, setoriais, e as ações ambientais necessárias para a garantia do acesso aos
recursos hídricos, e não propriamente os aspectos relativos à atualização do PERH/PE. Esse
traço decorre da necessidade de uma curva de aprendizado social sobre o que é e como é
feito um plano de recursos hídricos. E, também, da necessidade dos movimentos sociais (aqui
como um termo amplo que inclui organizações de representação setorial) utilizarem os
espaços institucionais que possibilitam participação social na condução das políticas públicas,
para assim, colocar suas demandas na estrutura decisória estatal, via de regra, com uma
relação verticalizada estado-sociedade.
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• Observa-se que ocorre desinformação sobre o PISF e o uso dessa
infraestrutura. Muitos entendem que essa água é para usos múltiplos.
Curiosamente, os que sabem que não é para uso múltiplo, exigem que seja
usada, notadamente, para os pequenos agricultores localizados as
margens dos canais de transposição;
• A importância da reservação de água e a utilização de novas tecnologias
de irrigação apareceram como uma das principais questões a ser
trabalhada na atualização do PERH/PE;
• Apontamento da necessidade de um diagnóstico das relações institucionais
e do fortalecimento da participação social no planejamento e gestão dos
recursos hídricos;
• No tocante às oficinas de cenários, as principais contribuições foram em
relação à percepção de ausência de alguns setores econômicos na
dinâmica regional.
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8. ANEXOS
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ANEXO 1: CONVITES, REGISTOS FOTOGRÁFICOS E
LISTAS DE PRESENÇAS DOS SEMINÁRIOS PREPARATÓRIOS
Instrumentos de Divulgação:
Reuniões de divulgação:
Processo de mobilização in loco nos municípios de Recife, Palmares, Escada e
Caruaru:
Divulgação dos seminários preparatórios referente a atualização do PERH/PE por
meio de outros canais de comunicação:
Registros Fotográficos Região Recife:
Lista de Presenças Região Recife:
Registros Fotográficos Região Palmares:
Lista de Presença Região Palmares:
Registros Fotográficos Região Caruaru:
Lista de Presenças Região Caruaru:
Registros Fotográficos Região Serra Talhada:
Lista de Presenças Região Serra Talhada:
Registros Fotográficos Região Ouricuri:
Lista de Presenças Região Ouricuri:
Registros Fotográficos Região Petrolina:
Lista de Presenças Região Petrolina:
ANEXO 2: CONVITES, REGISTOS FOTOGRÁFICOS E
LISTAS DE PRESENÇAS DAS OFICINAS DE DIAGNÓSTICO
Instrumentos de Divulgação:
Registros fotográficos da Região de Petrolina:
STTR Serra
6 Flaviano Marcos Da Silva fmsfabinho@yahoo.com.br (87)99156-9365
Talhada
Pref. AF da
7 Gilmar Aguiar De Arruda gilmar.engpesca@yahoo.com (87)99603-4921
Ingazeira
SEMARH / Serra
8 Hernan Sales Barreiro hernanssa@hotmail.com (71)99115-1934
Talhada
21 Fernando Nogueira
22 Leandro Almeida
23 Wellingda Siqueira
24 Normanda Cpr Alto Pajeu
Éverton Renan De Andrade
25 everton.melo@apac.pe.gov.br
Melo
26 Luiz Felipe Maia Ávila luizfelipe.avila@apac.pe.gov.br
27 Lorenzza Leite lorenzza.leite@apac.pe.gov.br
28 Nilson Lopes PROFILL datapresspesquisas@gmail.com
29 Eduardo Lanna AlfaSigma edulanna@gmail.com
30 Tatiani Coletto PROFILL tatiani.coletto@profill.com.br
Registro fotográfico Região Caruaru: