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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE


DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

RELATÓRIO ANUAL SOBRE A SITUAÇÃO DOS RECURSOS


HÍDRICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EDIÇÃO 2007/2008

Porto Alegre, dezembro de 2008


APOIO INSTITUCIONAL

Eng. Paulo Renato Paim


Diretor do Departamento de Recursos Hídricos

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Geogr. Elaine Regina Oliveira dos Santos
Divisão de Planejamento e Gestão/DRH

EQUIPE TÉCNICA EXECUTIVA

Geogr. João Manoel S. O. Trindade Silva – DIPLA/DRH


Pedro Paulo Ferreira de Souza - Estagiário de Geografia - DIPLA/DRH
Zoraida Helena Gomes da Silva – Estagiária de Geografia/DRH

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO

Eng. Agrícola André Luís Silva Coutinho - Bolsista do CTHIDRO/CNPq


Eng. Civil Diego Polacchini Carrillo - DIOUT/DRH
Eng. Civil Graziela Zim – Bolsista do CTHIDRO/CNPq
Eng. Civil Leonardo dos Santos Tavares - Bolsista do CTHIDRO/CNPq
Eng. Civil Letícia Coradini Frantz – Bolsista do CTHIDRO/CNPq
Eng. Minas José Maria Furtado Lima – Assessor técnico Gabinete/DRH
Carmem Lúcia Silveira da Silva – Secretária-Executiva Adjunta/CRH
Vania Mara Dutra de Oliveira – Agente Administrativo/CRH
ÍNDICE

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 5


LISTA DE TABELAS............................................................................................................ 9
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 18
1 O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS................................................... 19
1.1 O QUADRO ATUAL DOS COMITÊS DE BACIA ................................................................... 20
1.2 FORMAS ESPECIAIS DE GESTÃO ................................................................................... 24
1.2.1 As bacias compartilhadas .................................................................................. 24
1.2.2 O Comitê Gestor da Laguna dos Patos ............................................................. 28
1.3 A IMPLANTAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ............................... 29
1.3.1 O Plano Estadual de RH .................................................................................... 30
1.3.2 Os comitês e o processo de planejamento por bacia ........................................ 32
1.3.3 Programas, projetos e convênios ...................................................................... 34
1.3.4 O PROÁGUA ..................................................................................................... 37
1.3.5 As Câmaras Técnicas........................................................................................ 38
2 METODOLOGIA.............................................................................................................. 40
3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO ............................................................... 46
3.1 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA............................................................................. 46
3.1.1 Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí ........................................................................ 48
3.1.2 Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí ..................................................................... 56
3.1.3 Bacia Hidrográfica do Rio Caí............................................................................ 65
3.1.4 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí.................................................................... 74
3.1.5 Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba ................................................................... 83
3.1.6 Bacia Hidrográfica do Rio Pardo........................................................................ 92
3.1.7 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ............................................................... 100
3.1.8 Bacia Hidrográfica Taquari-Antas .................................................................... 109
3.1.9 Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí Mirim ..................................... 121
3.2 REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS ..................................................... 129
3.2.1 Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã................................................................ 131
3.2.2 Bacia Hidrográfica do Litoral Médio ................................................................. 139
3.2.3 Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba.............................................................. 147
3.2.4 Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo ............................................................ 154
3.2.5 Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí .............................................................. 163
3.3 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI ........................................................................ 172
3.3.1 Bacia Hidrográfica do Apuaê-Inhandava ......................................................... 174
3.3.2 Bacia Hidrográfica Butuí-Icamaquã ................................................................. 183
3.3.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí....................................................................... 191
3.3.4 Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí .......................................................................... 199
3.3.5 Bacia Hidrográfica do Rio Negro ..................................................................... 207
3.3.6 Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo .......................................................... 214
3.3.7 Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim ................................................................. 222
3.3.8 Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí .................................................................... 229
3.3.9 Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria ............................................................ 236
3.3.10 Bacia Hidrográfica do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo.................................. 243
3.3.11 Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea ............................................................. 252
3.4 ESPACIALIZAÇÃO CONSUMOS HÍDRICOS E CARGAS DE DBO PARA O ESTADO .............. 261
3.5 O CONTROLE HÍDRICO EM EVENTOS CRÍTICOS............................................................ 275
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 279
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 281
GLOSSÁRIO .................................................................................................................... 282
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul ..................................... 23


Figura 2 – Proposta ajuste institucional para gestão de bacias transfronteiriças ............... 26
Figura 3 – Mapa da distribuição espacial dos Programas Pró-Guaíba, Pró-Mar-de-Dentro e
Pró-Uruguai ........................................................................................................................ 35
Figura 4 - Região Hidrográfica do Guaíba .......................................................................... 47
Figura 5 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí......................................................... 50
Figura 6 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia do Alto Jacuí ............................................................................................................. 54
Figura 7 – Gráfico do percentual estimado para as principais demandas hídricas
subterrâneas, Bacia do Alto Jacuí ...................................................................................... 55
Figura 8 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí...................................................... 58
Figura 9 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia do Baixo Jacuí .......................................................................................................... 63
Figura 10 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas
anuais, Bacia do Baixo Jacuí.............................................................................................. 64
Figura 11 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Caí .......................................................... 67
Figura 12 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Caí............................................................................................. 72
Figura 13 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Caí............................................................................................. 73
Figura 14 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí .................................................. 76
Figura 15 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí .................................................................................... 81
Figura 16 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí .................................................................................... 82
Figura 17 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba.................................................. 85
Figura 18 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia do Lago Guaíba ........................................................................................................ 90
Figura 19 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia do Lago Guaíba ........................................................................................................ 91
Figura 20 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo ...................................................... 94
Figura 21 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Pardo......................................................................................... 98
Figura 22 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Pardo......................................................................................... 99
Figura 23 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos .............................................. 102
Figura 24 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Sinos ....................................................................................... 107
Figura 25 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ................................................................................ 108
Figura 26 – Mapa da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas................................................... 112
Figura 27 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Taquari-Antas ......................................................................................................... 119
Figura 28 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Taquari-Antas ......................................................................................................... 120
Figura 29 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim....................... 123
Figura 30 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim ............................................................................. 127
Figura 31 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim ............................................................................. 128
Figura 32 - Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas ................................................... 130
Figura 33 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Camaquã..................................................... 133
Figura 34 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã................................................................................. 137
Figura 35 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã................................................................................. 138
Figura 36 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio................................................ 141
Figura 37 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia do Litoral Médio ...................................................................................................... 144
Figura 38 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia do Litoral Médio ...................................................................................................... 145
Figura 39 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba ............................................ 150
Figura 40 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba .............................................................................. 152
Figura 41 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba .............................................................................. 153
Figura 42 – Mapa da Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo........................................... 156
Figura 43- Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Mirim-São Gonçalo ................................................................................................. 161
Figura 44 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Mirim-São Gonçalo ................................................................................................. 162
Figura 45 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí............................................. 165
Figura 46 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí............................................................................... 170
Figura 47 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí............................................................................... 171
Figura 48: Região Hidrográfica do Uruguai ...................................................................... 173
Figura 49 – Mapa da Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava ............................................. 176
Figura 50 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Apuaê-Inhandava ................................................................................................... 181
Figura 51 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Apuaê-Inhandava ................................................................................................... 182
Figura 52 – Mapa da Bacia Hidrográfica Butuí-Icamaquã ................................................ 186
Figura 53 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Butuí-Icamaquã ...................................................................................................... 189
Figura 54 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Butuí-Icamaquã ...................................................................................................... 190
Figura 55 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí ..................................................... 193
Figura 56 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí........................................................................................ 197
Figura 57 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí........................................................................................ 198
Figura 58 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí. ........................................................ 201
Figura 59 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ........................................................................................... 205
Figura 60 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ........................................................................................... 206
Figura 61 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Negro .................................................... 209
Figura 62– Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Negro ...................................................................................... 212
Figura 63 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Negro ...................................................................................... 213
Figura 64 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo......................................... 216
Figura 65 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ........................................................................... 220
Figura 66 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ........................................................................... 221
Figura 67 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim ................................................ 224
Figura 68 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim .................................................................................. 227
Figura 69 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim .................................................................................. 228
Figura 70 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ................................................... 231
Figura 71 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ..................................................................................... 234
Figura 72 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ..................................................................................... 235
Figura 73 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria........................................... 238
Figura 74 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria............................................................................. 241
Figura 75 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria............................................................................. 242
Figura 76 – Mapa da Bacia Hidrográfica Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo ....................... 245
Figura 77 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo.............................................................................. 250
Figura 78 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo......................................................................... 251
Figura 79 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea.............................................. 254
Figura 80 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia do Rio da Várzea .................................................................................................... 259
Figura 81 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,
Bacia do Rio Várzea ......................................................................................................... 260
Figura 82 - Percentual consumido pela irrigação em relação ao total estimado para este
uso (hm3/ano), para o RS................................................................................................. 262
Figura 83 - percentual do consumo de irrigação dentre os demais usos considerados para
cada bacia hidrográfica..................................................................................................... 263
Figura 84 - Percentual consumido pela população, em relação ao total estimado para este
uso (hm3/ano), para o RS................................................................................................. 264
Figura 85 - Percentual do consumo hídrico para a população dentre os demais usos
considerados, por bacia hidrográfica ................................................................................ 265
Figura 86 – Percentual consumido pela indústria, em relação ao total estimado para este
uso (hm3/ano), para o RS................................................................................................. 267
Figura 87 - Percentual do consumo indústria dentre os demais usos considerados, por
bacia hidrográfica ............................................................................................................. 268
Figura 88 - Percentual dos consumos para a dessedentação animal, em relação ao total
estimado para este uso (hm3/ano) – Rio Grande do Sul.................................................. 269
Figura 89 – Percentual do consumo dessedentação animal dentre os demais usos
considerados para cada bacia hidrográfica ...................................................................... 270
Figura 90 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de fonte
doméstica ......................................................................................................................... 272
Figura 91 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de fonte
industrial ........................................................................................................................... 273
Figura 92 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de suinocultura
.......................................................................................................................................... 274
Figura 93 – Gráficos dos níveis de água do Rio Gravataí ................................................ 276
Figura 94 - Gráficos dos níveis de água do Rio dos Sinos............................................... 278
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comitês de Bacias Hidrográficas e Comissões Provisórias - RS ..................... 21


Tabela 2 – Normatização do processo de gestão de bacias compartilhadas..................... 27
Tabela 3 – As atividades previstas para a elaboração do Plano Estadual de Recursos
Hídricos............................................................................................................................... 30
Tabela 4 – Instrumentos de gestão de recursos hídricos nas bacias hidrográficas do
Estado................................................................................................................................. 33
Tabela 5 – Metas, atividades e produtos previstos para o CTHidro ................................... 36
Tabela 6 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do Alto
Jacuí ................................................................................................................................... 49
Tabela 7 – Dados de área e demografia - Bacia do Alto Jacuí .......................................... 49
Tabela 8 – Composição atual do Comitê Alto Jacuí ........................................................... 51
Tabela 9 – População urbana e rural por município - Bacia do Alto Jacuí ......................... 52
Tabela 10 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia do Alto Jacuí . 53
Tabela 11 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia do Alto
Jacuí ................................................................................................................................... 54
Tabela 12 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia do
Alto Jacuí ............................................................................................................................ 54
Tabela 13 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Alto Jacuí ............................................................................................................. 55
Tabela 14 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Alto Jacuí , ............................................................ 55
Tabela 15 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Baixo Jacuí ......................................................................................................................... 57
Tabela 16 – Dados de área e demografia – Bacia do Baixo Jacuí..................................... 57
Tabela 17 – Unidades de conservação na Bacia do Baixo Jacuí....................................... 57
Tabela 18 – Composição atual do Comitê Baixo Jacuí ...................................................... 59
Tabela 19 – População urbana e rural por município - Bacia do Baixo Jacuí .................... 60
Tabela 20 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia do Baixo Jacuí
............................................................................................................................................ 61
Tabela 21 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia do Baixo
Jacuí ................................................................................................................................... 62
Tabela 22 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia do
Baixo Jacuí ......................................................................................................................... 62
Tabela 23 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Baixo Jacuí .......................................................................................................... 63
Tabela 24 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Baixo Jacuí............................................................ 64
Tabela 25 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do Rio
Caí ...................................................................................................................................... 66
Tabela 26 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Caí ........................................... 66
Tabela 27 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Caí ......................... 66
Tabela 28 – Composição atual do Comitê do Rio Caí........................................................ 68
Tabela 29 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Caí ...... 69
Tabela 30 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Caí ................................................................................................................................ 71
Tabela 31 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Caí....................................................................................................... 71
Tabela 32 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Caí....................................................................................................... 71
Tabela 33 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Rio Caí ................................................................................................................. 72
Tabela 34 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Caí .................................................................. 73
Tabela 35 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do Rio
Gravataí .............................................................................................................................. 75
Tabela 36 - Dados de área e demografia – Bacia do Rio Gravataí .................................... 75
Tabela 37 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí................. 77
Tabela 38 – Composição atual do Comitê do Rio Gravataí................................................ 77
Tabela 39 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí
............................................................................................................................................ 79
Tabela 40 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Gravataí........................................................................................................................ 79
Tabela 41 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Gravataí .............................................................................................. 80
Tabela 42 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Gravataí .............................................................................................. 80
Tabela 43 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí .................................................................................... 81
Tabela 44 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Gravataí .......................................................... 82
Tabela 45 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais - Bacia do Lago
Guaíba ................................................................................................................................ 84
Tabela 46 – Dados de área e demografia – Bacia do Lago Guaíba................................... 84
Tabela 47 – Unidades de conservação na Bacia do Lago Guaíba..................................... 86
Tabela 48 – Composição atual do Comitê do Lago Guaíba ............................................... 87
Tabela 49 – População urbana e rural por município - Bacia do Lago Guaíba .................. 88
Tabela 50 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia do Lago Guaíba
............................................................................................................................................ 89
Tabela 51 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia do Lago
Guaíba ................................................................................................................................ 89
Tabela 52 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia do
Lago Guaíba ....................................................................................................................... 90
Tabela 53 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Lago Guaíba ........................................................................................................ 90
Tabela 54 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Lago Guaíba ......................................................... 91
Tabela 55 – Altitude e localização dos corpos de água principais - Bacia do Rio Pardo ... 93
Tabela 56 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Pardo ....................................... 93
Tabela 57 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo ..................... 93
Tabela 58 - Composição atual do Comitê do Rio Pardo..................................................... 95
Tabela 59 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Pardo .. 96
Tabela 60 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Pardo ............................................................................................................................ 97
Tabela 61 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Pardo................................................................................................... 97
Tabela 62 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Pardo................................................................................................... 97
Tabela 63 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Pardo......................................................................................... 98
Tabela 64 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Pardo .............................................................. 99
Tabela 65 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do Rio
dos Sinos .......................................................................................................................... 101
Tabela 66 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio dos Sinos ............................... 101
Tabela 67 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos............. 103
Tabela 68 – Composição atual do Comitê do Rio dos Sinos............................................ 103
Tabela 69 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos
.......................................................................................................................................... 105
Tabela 70 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio dos Sinos.................................................................................................................... 106
Tabela 71 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio dos Sinos .......................................................................................... 106
Tabela 72 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio dos Sinos .......................................................................................... 106
Tabela 73 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ................................................................................ 107
Tabela 74 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio dos Sinos ...................................................... 108
Tabela 75 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia
Taquari-Antas ................................................................................................................... 110
Tabela 76 – Dados de área e demografia – Bacia Taquari-Antas.................................... 110
Tabela 77 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas ...... 111
Tabela 78 – Composição atual do Comitê Taquari-Antas ................................................ 113
Tabela 79 – População urbana e rural por município - Bacia do Taquari – Antas ........... 114
Tabela 80 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Taquari-Antas:
.......................................................................................................................................... 117
Tabela 81 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia Taquari-
Antas................................................................................................................................. 118
Tabela 82 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Taquari-Antas ................................................................................................................... 118
Tabela 83 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Taquari-Antas ......................................................................................................... 119
Tabela 84 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Taquari-Antas...................................................... 120
Tabela 85 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia
Vacacaí-Vacacaí Mirim ..................................................................................................... 122
Tabela 86 – Dados de área e demografia ........................................................................ 122
Tabela 87 – Composição atual do Comitê Vacacaí-Vacacaí Mirim.................................. 124
Tabela 88 – População urbana e rural por município - Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí
Mirim ................................................................................................................................. 125
Tabela 89 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia dos rios
Vacacaí-Vacacaí Mirim ..................................................................................................... 126
Tabela 90 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia dos rios
Vacacaí-Vacacaí Mirim ..................................................................................................... 126
Tabela 91 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia dos
rios Vacacaí-Vacacaí Mirim .............................................................................................. 126
Tabela 92 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim ............................................................................. 127
Tabela 93 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Vacacaí-Vacacaí Mirim ....................................... 128
Tabela 94 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do Rio
Camaquã .......................................................................................................................... 132
Tabela 95 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Camaquã ............................... 132
Tabela 96 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã ............. 132
Tabela 97 – Composição atual do Comitê Camaquã ....................................................... 134
Tabela 98 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
.......................................................................................................................................... 135
Tabela 99 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Camaquã .................................................................................................................... 136
Tabela 100 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Camaquã........................................................................................... 136
Tabela 101 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Camaquã........................................................................................... 137
Tabela 102 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã................................................................................. 138
Tabela 103 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Camaquã ...................................................... 138
Tabela 104 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Litoral Médio ..................................................................................................................... 139
Tabela 105 – Dados de área e demografia – Bacia do Litoral Médio............................... 140
Tabela 106 – Unidades de conservação na Bacia do Litoral Médio................................. 140
Tabela 107 – Composição do Comitê do Litoral Médio .................................................... 142
Tabela 108 – População urbana e rural por município - Bacia do Litoral Médio .............. 143
Tabela 109 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia do
Litoral Médio ..................................................................................................................... 144
Tabela 110 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia do
Litoral Médio ..................................................................................................................... 144
Tabela 111 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Litoral Médio ...................................................................................................... 145
Tabela 112 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Litoral Médio........................................................ 146
Tabela 113 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Mampituba.................................................................................................................. 148
Tabela 114 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Mampituba ........................... 149
Tabela 115 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba......... 149
Tabela 116 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio
Mampituba ........................................................................................................................ 151
Tabela 117 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Mampituba ........................................................................................ 151
Tabela 118 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Mampituba ........................................................................................ 152
Tabela 119 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba .............................................................................. 152
Tabela 120 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Mampituba .................................................... 153
Tabela 121 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia Mirim-
São Gonçalo ..................................................................................................................... 155
Tabela 122 – Dados de área e demografia – Bacia Mirim-São Gonçalo.......................... 155
Tabela 123 – Unidades de conservação na Bacia Mirim-São Gonçalo............................ 157
Tabela 124 – Composição do Comitê Mirim-São Gonçalo............................................... 157
Tabela 125 – População urbana e rural por município - Bacia Mirim-São Gonçalo ......... 158
Tabela 126 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Mirim-São
Gonçalo ............................................................................................................................ 159
Tabela 127 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia Mirim-
São Gonçalo ..................................................................................................................... 160
Tabela 128 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Mirim-São Gonçalo ........................................................................................................... 160
Tabela 129 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Mirim-São Gonçalo ................................................................................................. 161
Tabela 130 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia Mirim-São Gonçalo .................................................. 162
Tabela 131 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Tramandaí .................................................................................................................. 164
Tabela 132 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Tramandaí............................ 164
Tabela 133 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí ......... 166
Tabela 134 – Composição atual do Comitê Tramandaí ................................................... 167
Tabela 135 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio
Tramandaí ........................................................................................................................ 168
Tabela 136 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Tramandaí .................................................................................................................. 169
Tabela 137 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Tramandaí......................................................................................... 169
Tabela 138 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Tramandaí......................................................................................... 170
Tabela 139 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí............................................................................... 170
Tabela 140 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Tramandaí .................................................... 171
Tabela 141 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia
Apuaê-Inhandava ............................................................................................................. 175
Tabela 142 – Dados de área e demografia – Bacia Apuaê-Inhandava ............................ 175
Tabela 143 – Unidades de conservação na Bacia Apuaê-Inhandava .............................. 175
Tabela 144 – Composição atual do Comitê Apuaê-Inhandava ........................................ 177
Tabela 145 – População urbana e rural por município - Bacia Apuaê-Inhandava ........... 178
Tabela 146 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Apuaê-
Inhandava ......................................................................................................................... 180
Tabela 147 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia Apuaê-
Inhandava ......................................................................................................................... 180
Tabela 148 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Apuaê-Inhandava ............................................................................................................. 180
Tabela 149 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Apuaê-Inhandava ................................................................................................... 181
Tabela 150 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Apuaê-Inhandava................................................ 182
Tabela 151 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia Butuí-
Icamaquã .......................................................................................................................... 184
Tabela 152 – Dados de área e demografia – Bacia Butuí-Icamaquã ............................... 185
Tabela 153 – Unidades de conservação na Bacia Butuí-Icamaquã ................................. 185
Tabela 154 – Composição atual do Comitê Butuí-Icamaquã ........................................... 187
Tabela 155 – População urbana e rural por município - Bacia Butuí-Icamaquã .............. 188
Tabela 156 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Butuí-
Icamaquã .......................................................................................................................... 188
Tabela 157 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia Butuí-
Icamaquã .......................................................................................................................... 189
Tabela 158 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Butuí-Icamaquã ................................................................................................................ 189
Tabela 159 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Butuí-Icamaquã ...................................................................................................... 190
Tabela 160 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia Butuí-Icamaquã........................................................ 190
Tabela 161 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Ibicuí........................................................................................................................... 192
Tabela 162 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Ibicuí .................................... 192
Tabela 163 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí .................. 192
Tabela 164 – Composição atual do Comitê Ibicuí ............................................................ 194
Tabela 165 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí 195
Tabela 166 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Ibicuí........................................................................................................................... 196
Tabela 167 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Ibicuí.................................................................................................. 196
Tabela 168 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Ibicuí.................................................................................................. 197
Tabela 169 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí........................................................................................ 198
Tabela 170 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Ibicuí ............................................................. 198
Tabela 171 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Ijuí............................................................................................................................... 200
Tabela 172- Dados de área e demografia – Bacia do Rio Ijuí .......................................... 200
Tabela 173 – Composição atual do Comitê do Rio Ijuí..................................................... 202
Tabela 174 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ... 203
Tabela 175 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Ijuí............................................................................................................................... 204
Tabela 176 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Ijuí ..................................................................................................... 204
Tabela 177 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Ijuí ..................................................................................................... 205
Tabela 178 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ........................................................................................... 206
Tabela 179 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Ijuí ................................................................. 206
Tabela 180 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Negro.......................................................................................................................... 208
Tabela 181 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Negro ................................... 208
Tabela 182 - Composição atual do Comitê do Rio Negro ................................................ 210
Tabela 183 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Negro
.......................................................................................................................................... 211
Tabela 184 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Negro.......................................................................................................................... 211
Tabela 185 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Negro ................................................................................................ 211
Tabela 186 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Negro ................................................................................................ 212
Tabela 187 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Negro ...................................................................................... 213
Tabela 188 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Negro ............................................................ 213
Tabela 189 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Passo Fundo .............................................................................................................. 215
Tabela 190 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Passo Fundo........................ 215
Tabela 191 – Composição atual do Comitê Passo Fundo................................................ 217
Tabela 192 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Passo
Fundo................................................................................................................................ 218
Tabela 193 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Passo Fundo .............................................................................................................. 219
Tabela 194 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Passo Fundo ..................................................................................... 219
Tabela 195 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Passo Fundo ..................................................................................... 220
Tabela 196 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ........................................................................... 221
Tabela 197 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Passo Fundo................................................. 221
Tabela 198 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Piratinim ..................................................................................................................... 223
Tabela 199 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Piratinim ............................... 223
Tabela 200 – Composição atual do Comitê Piratinim....................................................... 225
Tabela 201 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim
.......................................................................................................................................... 226
Tabela 202 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Piratinim ..................................................................................................................... 226
Tabela 203 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Piratinim ............................................................................................ 227
Tabela 204 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Piratinim ............................................................................................ 227
Tabela 205 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim .................................................................................. 228
Tabela 206 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Piratinim........................................................ 228
Tabela 207 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Quaraí ........................................................................................................................ 230
Tabela 208 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Quaraí .................................. 230
Tabela 209 – Composição atual do Comitê Quaraí.......................................................... 232
Tabela 210 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí
.......................................................................................................................................... 233
Tabela 211 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Quaraí ........................................................................................................................ 233
Tabela 212 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Quaraí ............................................................................................... 233
Tabela 213 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Quaraí ............................................................................................... 234
Tabela 214 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ..................................................................................... 235
Tabela 215 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Quaraí........................................................... 235
Tabela 216 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio Santa Maria ................................................................................................................ 237
Tabela 217 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Santa Maria.......................... 237
Tabela 218 – Composição atual do Comitê do Rio Santa Maria ...................................... 239
Tabela 219 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do Rio Santa
Maria ................................................................................................................................. 240
Tabela 220 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Hidrográfica do
Rio Santa Maria ................................................................................................................ 240
Tabela 221 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia
Hidrográfica do Rio Santa Maria....................................................................................... 240
Tabela 222 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Hidrográfica do Rio Santa Maria....................................................................................... 241
Tabela 223 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria............................................................................. 242
Tabela 224 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Santa Maria .................................................. 242
Tabela 225 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo........................................................................................ 244
Tabela 226 – Dados de área e demografia – Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo ...... 244
Tabela 227 – Unidades de conservação na Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo ........ 244
Tabela 228 – Composição atual do Comitê Turvo-Santa Rosa Santo Cristo................... 246
Tabela 229 – População urbana e rural por município - Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo
Cristo ................................................................................................................................ 247
Tabela 230 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia Turvo-Santa
Rosa-Santo Cristo ............................................................................................................ 249
Tabela 231 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia Turvo-
Santa Rosa-Santo Cristo .................................................................................................. 249
Tabela 232 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia
Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo........................................................................................ 249
Tabela 233 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo.............................................................................. 250
Tabela 234 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo .......................... 251
Tabela 235 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia do
Rio da Várzea ................................................................................................................... 253
Tabela 236 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio da Várzea............................. 253
Tabela 237 – Unidades de conservação na Bacia do Rio da Várzea............................... 253
Tabela 238 – Composição atual do Comitê Várzea ......................................................... 255
Tabela 239 – População urbana e rural por município - Bacia do Rio da Várzea ............ 256
Tabela 240 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia do Rio da
Várzea .............................................................................................................................. 258
Tabela 241 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na Bacia do Rio
da Várzea ......................................................................................................................... 258
Tabela 242 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano, na Bacia do
Rio da Várzea ................................................................................................................... 258
Tabela 243 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário, em hm3/ano, na
Bacia do Rio da Várzea .................................................................................................... 259
Tabela 244 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica, industrial e da
suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Várzea .......................................................... 260
APRESENTAÇÃO

O presente relatório tem por objetivo disponibilizar aos comitês, aos usuários
da água e à sociedade em geral informações relativas à disponibilidade hídrica do
conjunto das 25 bacias hidrográficas, distribuídas ao longo do território rio-
grandense. A divulgação destas informações, além de ser uma exigência prevista
na Lei 10.350/1994, a chamada Lei das Águas do Rio Grande do Sul, é uma
condição básica para a viabilização de um processo integrado de gestão deste
bem cada vez mais escasso.

Para tanto, o documento foi dividido em quatro capítulos. O primeiro


apresenta uma visão geral da implementação do Sistema Estadual de Recursos
Hídricos, delineando o quadro de comitês, o modelo de gestão para as bacias
compartilhadas e o status de aplicação dos instrumentos legais de planejamento e
gestão das águas. O segundo descreve a metodologia utilizada e destaca que os
dados de oferta, demanda e consumo da água foram obtidos do Relatório-Síntese
da Fase A, do Plano Estadual de Recursos Hídricos. O terceiro capítulo sistematiza
as informações para cada bacia hidrográfica, exibe a distribuição espacial dos
consumos e do potencial poluidor estimado e avalia a necessidade de controle do
uso da água em bacias mais suscetíveis a eventos climáticos críticos. O último
capítulo tece as considerações finais, resgatando os pontos de maior
vulnerabilidade identificados, bem como as ações desenvolvidas e em andamento
que visam à implementação de um modelo sistêmico e participativo para a gestão
das águas do Estado.

Acreditamos que este documento contribui para ampliar o conhecimento da


realidade hídrica de nossas bacias hidrográficas. Além disto, esperamos que as
informações disponibilizadas subsidiem a adoção de estratégias mais eficientes
para o uso e para a manutenção deste valioso bem natural, a água.
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 19

1 O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

O Sistema Estadual de Recursos Hídricos, instituído pela Lei 10.350, de 30


de dezembro de 1994, representa um modelo descentralizado e participativo de
gestão da água. Os seus objetivos abrangem desde a execução e atualização da
Política Estadual de Recursos Hídricos; a proposição, a efetivação e a atualização
do Plano Estadual e dos Planos de Bacias Hidrográficas; a instituição de
mecanismos que coordenem e integrem atividades públicas e privadas, no setor
hídrico; até a compatibilização da política gaúcha com a federal, com vistas à
utilização e proteção das águas do Estado.

Ao longo de mais de treze anos de atividades, o Sistema Estadual de


Recursos Hídricos alcançou conquistas importantes para a viabilização de seus
objetivos. Neste sentido, merece destaque a criação e instalação de dezenove
novos comitês de bacias, que se somaram aos três já existentes antes da
promulgação da lei; a formação de câmaras técnicas no âmbito do Conselho
Estadual de Recursos Hídricos, que debatem e deliberam sobre temas
importantes; o avanço no processo de planejamento das bacias hidrográficas, com
o enquadramento discutido e aprovado com a comunidade local em pelo menos
sete delas; e a consolidação da Fase A - Diagnóstico e Prognóstico Hídrico - do
Primeiro Plano Estado de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul.

Este capítulo fornece um panorama geral do estágio de implementação do


sistema. Para tanto, estão retratados o quadro atual dos comitês, as formas
especiais de gestão e a situação presente de efetivação dos instrumentos legais de
planejamento e gestão do uso das águas rio-grandenses.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 20

1.1 O QUADRO ATUAL DOS COMITÊS DE BACIA

O processo de criação de comitês no Estado está praticamente concluído.


Isto não significa a inexistência de futuros ajustes nos limites das bacias
hidrográficas, a exemplo do ocorrido com o limite sul da Bacia Hidrográfica do Rio
Tramandaí. O aprimoramento de informações sobre o comportamento hidráulico
das bacias e a própria consolidação do processo de participação de usuários da
água e população local, avaliados nas instâncias técnicas do sistema e aprovados
no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, possibilitam este procedimento, que
tem por fim facilitar a gestão integrada e participativa dos recursos hídricos do Rio
Grande do Sul.

Atualmente, o território gaúcho está dividido em 25 unidades espaciais para


a gestão das águas. Deste conjunto, fazem parte do Sistema Estadual de
Recursos Hídricos vinte e duas (22) bacias hidrográficas: nove (09) situadas na
Região Hidrográfica do Guaíba, quatro (04) na Região Hidrográfica das Bacias
Litorâneas e nove (09) na Região Hidrográfica do Uruguai. Neste contexto foram
criados e instalados vinte e um (21) comitês: todos os situados na Região
Hidrográfica do Guaíba, três (03) na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas e
nove (09) na Região Hidrográfica do Uruguai.

As três unidades espaciais restantes compreendem as áreas drenadas por


águas definidas como de domínio da União, sendo duas (02) localizadas na Região
Hidrográfica do Uruguai e uma (01) na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas.
Os critérios para a gestão destas áreas estão discriminados no item 1.2.

Na tabela 1 as 25 unidades espaciais para a gestão das águas do Estado


estão classificadas por Região Hidrográfica e pelos seus respectivos códigos no
Sistema Estadual de Recursos Hídricos. A sua distribuição espacial no contexto
rio-grandense está ilustrada na figura 1.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 21

Tabela 1 – Comitês de Bacias Hidrográficas e Comissões Provisórias - RS

DECRETO DE CRIAÇÃO/COMISSÃO ENDEREÇO ELETRÔNICO/PÁGINA


UNIDADE ESPACIAL CÓDIGO
PROVISÓRIA INTERNET

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA – 09 BACIAS

33.125 de 15/02/1989;
GRAVATAI G 010 Comitegravatai@metroplan.rs.gov.br
Alterado pelo 43.425, de 28/10/2004.

32.774 de 17/03/1988; cmtsinos@unisinos.br


SINOS G 020
Alterado pelo 43.625, de17/02/2005. www.comitesinos.com.br

38.903 de 28/09/1998
CAÍ G 030 comitecai@terra.com.br
Alterado pelo 45.349, de 17/09/2004.

38.558 de 08/061998; taquariantas@univates.br


TAQUARI-ANTAS G 040
Alterado pelo 43.520, de 27/12/2004. www.taquariantas.com.br

ALTO JACUI G 050 40.822 de 11/06/2001 coaju@upf.br

39.639 de 28/07/1999;
VACACAI E VACACAI- comite.vacacai@corsan.com.br
G 060 Alterado pelo 44.015, de
MIRIM www.comitevacacai.com
13/09/2005

40.225 de 07/08/00; baixojacui@yahoo.com.br


BAIXO JACUI G 070
Alterado pelo 43.866, de 01/06/2005. www.comitebaixojacui.rs.gov.br

38.989 de 29/10/1998;
LAGO GUAIBA G 080 lagoguaiba@cpovo.net
Alterado pelo 43.418, de 22/10/2004.

39.116 de 08/12/1998;
comitepardo@unisc.br
PARDO G 090 Alterado pelo 43.553, de 05/01/2005 e
www.comitepardo.com.br
pelo 45.608 de 14/04/2008

REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS – 05 BACIAS

comitetramandai@yahoo.com.br
TRAMANDAI L 010 39.637 de 08/07/1999;
www.comitetramandai.com.br
Alterado pelo 43.283, de 03/10/2004.

LITORAL MEDIO L 020 45.460 de 25/01/2008 Não possui

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 22

39.638 de 28/07/1999; comite@terra.com.br


CAMAQUÃ L 030
Alterado pelo 43.993, de 31/08/2005. comite@comitecamaqua.com

Comitê.mirimsaogoncalo@yahoo.com.b
MIRIM-SÃO GONÇALO L 040 44.327 de 06.03.2006.
r

MAMPITUBA L 050 Compartilhada naborguazzelli@terra.com.br

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI – 11 BACIAS

41.490 de 18/03/2002; www.comiteapuae.com.br


APUAÊ-INHANDAVA U 010
Alterado pelo 43.524, de 27.12.2004. comiteapuae@creral.com.br

42.961 de 23/03/2004; cbhpf@upf.br


PASSO FUNDO U 020
Alterado pelo 43.225, de 13/04/2004. www,upf.br/cbhpf

TURVO-SANTA ROSA- 41.325 de 14/01/2002;


U 030
SANTO CRISTO Alterado pelo 43.226, de 13/07/2004 comiteturvo@unijui.edu..br

PIRATINIM U 040 44.270 23.01.06 comitepiratinim@hotmail.com

IBICUI 40.226 de 07/08/2000;


U 050 comiteibicui@via-rs.net
Alterado pelo 43.521, de 27/12/2004.

QUARAI U 060 45.606 de 14/04/2008 bergallo@uol.com.br

35.103 de 01/02/1994; comitesantamaria@rusulonline.com.br


SANTA MARIA U 070
Alterado pelo 43.523, de 27/12/2004. www.comitesantamaria.com.br

NEGRO U 080 45.531 de 06/03/2008 Nereu-luiz@saude.rs.gov.br

40.916 de 30/07/2001;
IJUI U 090 comiteijui@urisan.tche.br
Alterado pelo 44.271, de 23.01.2006.

VARZEA U 100 43.488 de 08/12/2004. aldoghisolfi@tcheturbo.com

BUTUI-ICAMAQUÃ U 110 44.401 de 18.04.2006. srural@gpsnet.com.br

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 23

Figura 1 – Mapa das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008

1.2 FORMAS ESPECIAIS DE GESTÃO

No conjunto dos corpos de água do Estado, há pelo menos duas situações


peculiares: uma a das bacias compartilhadas com o estado catarinense ou com as
repúblicas argentina e uruguaia; outra a da Laguna dos Patos, que compreende o
corpo hídrico receptor da Região Hidrográfica do Guaíba e da maior parte da
Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas. Para propiciar a gestão integrada
destas águas, o Departamento de Recursos Hídricos (DRH/SEMA), o Conselho
Estadual de Recursos Hídricos (CRH/SEMA) e a Agência Nacional de Águas
(ANA) estão construindo metodologias apropriadas, conforme se verifica a seguir.

1.2.1 As bacias compartilhadas


Na atual divisão do Rio grande do Sul em bacias hidrográficas são
identificados os seguintes corpos hídricos cujas águas são de domínio da União:

Rio Mampituba, que representa o limite natural com o Estado de


Santa Catarina;

Rio Uruguai, que limita o território rio-grandense a norte e noroeste


com Santa Catarina e noroeste e oeste com a Argentina;

Lagoa Mirim e os rios Jaguarão, Negro e Quaraí, que são


compartilhados com a República Oriental do Uruguai. No caso
específico da Lagoa Mirim, é importante referir que as águas do
Canal São Gonçalo, ligação natural com a Laguna dos Patos,
também estão sob a dominialidade da União.

A gestão das bacias hidrográficas transfronteiriças se caracteriza por uma


maior complexidade do ponto de vista institucional. Isto implica incorporar o
estabelecido nos acordos binacionais existentes e obedecer ao ordenamento
jurídico dos países signatários. Além do mais, a gestão de recursos hídricos
transfronteiriças precisa integrar o planejamento e as ações de ambos os países
sem interferir em seus assuntos internos e em sua soberania. De outra parte,
Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 25

necessita ser objetiva e funcional, a fim de tornar possível a sua implementação na


totalidade da bacia hidrográfica (CTGRHT, 2003) 1.

As bacias hidrográficas da Lagoa Mirim e do Rio Quaraí apresentam


décadas de experiências na formulação de estratégias binacionais para a gestão
de seus recursos hídricos. Em dezembro de 2003, na Agência de Desenvolvimento
da Bacia da Lagoa Mirim, Pelotas, RS, ocorreu a 20ª Reunião da Câmara Técnica
de Recursos Hídricos Transfronteiriços. O resultado das discussões realizadas
nesse evento culminou com a elaboração de uma proposta de Projeto Piloto de
Gestão Integrada e Sustentável de Recursos Hídricos e Ambiental nas Bacias
Transfronteiriças da Lagoa Mirim e do Rio Quaraí. O ajuste institucional proposto
baseou-se na criação de Comitês de Coordenação Local de Bacia Hidrográfica. O
seu objetivo foi o de promover a articulação entre as instituições responsáveis pela
gestão dos acordos bilaterais na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai, de um
lado, e as instituições integrantes dos Sistemas Nacional e Estadual de Recursos
Hídricos (CTGRHT, 2003). A proposta foi elaborada tendo a Lagoa Mirim como
referencial, em virtude da sua maior complexidade. O modelo sugerido, no entanto,
aplica-se às demais bacias análogas, ou seja, transfronteiriças com a República
Oriental do Uruguai, como as dos rios Jaguarão e Quaraí, visto que incorpora os
marcos institucionais e legais inerentes à gestão de águas compartilhadas (figura
2).

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), através da Moção 29,


de 29 de outubro de 2004, recomendou a implantação do Projeto. Como
desdobramento deste processo, em 2007 o Conselho Estadual de Recursos
Hídricos, mediante a Resolução 38, de 13 de setembro, aprovou a proposta de
composição do Comitê de Gerenciamento das Águas de Domínio do Estado da
Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí. No mesmo ano, o CRH também aprovou
proposta de composição do Comitê de Gerenciamento das Águas de Domínio do
1
CTGRHT. Proposta de Projeto Piloto de Gestão Integrada e Sustentável de Recursos Hídricos e
Ambiental nas Bacias Transfronteiriças da Lagoa Mirim e do Rio Quarai. 20ª Reunião da Câmara
Técnica de Recursos Hídricos Transfronteiriços - CTGRHT Pelotas, RS, 2003.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 26

Estado da Bacia Hidrográfica do Rio Negro, através da Resolução 47, de 19 de


setembro. A tabela 2 sintetiza os principais documentos que regulamentaram a
gestão das águas das bacias compartilhadas do Rio Grande do Sul.

Figura 2 – Proposta ajuste institucional para gestão de bacias transfronteiriças


Fonte: CTGRHT (2003, p. 10)

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 27

Tabela 2 – Normatização do processo de gestão de bacias compartilhadas

TRATADO/ACORDO INTERNACIONAL MOÇÃO CNRH RESOLUÇÃO CRH


BACIAS
DATA EXECUTOR OBJETIVO DATA NÚMERO OBJETIVO DATA NÚMERO OBJETIVO

Aproveitamento dos
recursos naturais e Recomenda implantação
LAGOA MIRIM 1977 CLM - - -
desenvolvimento da de Projeto Piloto de
Bacia. Gestão Integrada e
Sustentável de Recursos
2004 29 Hídricos e Ambiental nas
Bacias
Aproveitamento dos Transfronteiriças da Lagoa
recursos naturais e Mirim e do Rio
QUARAÍ 1991 CRQ 38
desenvolvimento da Quaraí.
Aprova a proposta
Bacia.
de composição do
Comitê de
2007
Gerenciamento das
Águas de Domínio
do Estado.
NEGRO - - 47

Obs.: CLM: Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim; CRQ: Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia para o
Desenvolvimento da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 28

1.2.2 O Comitê Gestor da Laguna dos Patos


O Comitê Gestor da Laguna dos Patos (CGLP) foi criado pela Resolução N°
05/2002, do CRH. No mesmo ano foi constituído um grupo de trabalho (GT) para a
estruturação do CGLP (Resolução N° 09 do CRH), o qual foi oficializado por meio
da Portaria SEMA N° 041/2005.

A proposta deste grupo está sintetizada abaixo:

1. Objetivos e Funções do CGLP: definir linhas de gestão comuns aos


comitês e órgãos envolvidos, bem como discutir e encaminhar ações que
possam interferir na atuação dos referidos comitês.

2. Área de Atuação do CGLP: calha do corpo lagunar.

3. Número de Membros do CGLP: proporcionalidade entre as três


categorias representadas, tomando por base o número de Comitês de
Gerenciamento de Bacias Hidrográficas diretamente relacionadas com
as águas da Laguna dos Patos (quatro comitês); o CGLP deverá ser
composto por doze membros titulares, sendo os suplentes da mesma
entidade titular.

4. Composição do CGLP:

a) Categoria 1: Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas


diretamente relacionadas com as águas da Laguna dos Patos (quatro
membros): um representante do Comitê Lago Guaíba, um
representante do Comitê Camaquã, um representante do Comitê
Litoral Médio; e um representante do Comitê Mirim-São Gonçalo.

b) Categoria 3: Usuários representantes dos usos


preponderantes (quatro membros): o GT sugeriu: um
representante da Navegação, um representante da Pesca, um
representante da Agricultura Irrigável e um representante do
Turismo e Lazer, a ser submetido aos conselheiros do CRH.

5. Coordenação e Secretaria Executiva do CGLP: eleita dentre os


representantes das Categorias 1 (Comitês) e 3 (Usuários), membros

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 29

titulares do CGLP. A Secretaria Executiva do CGLP deve ser exercida


pela própria Secretaria Executiva do CRH-RS.

6. Câmaras Técnicas (CT) do CGLP: proposta a criação da CT Permanente


de Políticas Públicas, que deverá ser integrada por representantes dos
Programas Governamentais que tiverem como objetivo o
desenvolvimento de ações que influenciem na gestão das águas da
Laguna dos Patos. Exemplos: Programa Pró-Mar-de-Dentro, Programa
Pró-Guaíba, Programa de Gerenciamento Costeiro (GERCO), Projeto
Conservação da Biodiversidade / RS, Projeto Conservação da Mata
Atlântica no RS e Processo de Participação Popular (PPP).

Por fim, o GT considerou que o CGLP deverá contar, para suas


deliberações, com o apoio técnico da Agência de Região Hidrográfica. A proposta
de Regimento Interno do CGLP e de suas Câmaras Técnicas Permanentes deverá
ser submetida ao CRH-RS. Em 2006, por meio da Resolução 20, o CRH aprovou a
proposta resultante deste GT. A criação do CGLP, no entanto, ainda não foi
ultimada.

1.3 A IMPLANTAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

A Lei 10.350/1994 estabelece no seu capítulo III que os objetivos, princípios


e diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos serão discriminados no
Plano Estadual de Recursos Hídricos, bem como nos planos de bacias
hidrográficas. Estes são, pois, os instrumentos para o planejamento das águas
gaúchas explicitados na lei. No seu cerne, outros instrumentos estão contemplados
como o enquadramento das águas e o inventário dos programas de intervenções
estruturais (sistema de tratamento de esgoto, construção de barragens,
reflorestamento de matas ciliares, etc.) e não estruturais (capacitação técnica dos
membros do comitê, cursos de educação ambiental formal e não formal e etc.).

A referida lei, no seu capítulo IV, preconiza como instrumentos de gestão a


outorga e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, assim como o rateio de
custos de obras de uso e proteção dos recursos hídricos. A legislação também

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 30

previu no capítulo VI, artigo 40, que o processo de implantação da cobrança pelo
uso da água será gradativo e deverá atender às seguintes providências:

1. Desenvolvimento de programa de comunicação social que enfoque a


importância do uso racional da água com destaque para a educação
ambiental;

2. Implantação de um sistema de informações hidrometeorológicas e


cadastro de usuários;

3. Implantação de um sistema integrado de outorga compatibilizado com


o sistema de licenciamento ambiental.

O panorama geral do estágio de implementação destes instrumentos pode


ser conferido no item 1.2.3. O detalhamento por bacia será apresentado no
capítulo 4 deste relatório.

1.3.1 O Plano Estadual de RH


O primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos começou a ser elaborado
em maio de 2006. Na sua concepção foram previstas seis fases, sendo uma
considerada preliminar destinada à preparação da base de informações para o
início dos trabalhos.

Na tabela 3 estão discriminadas as cinco fases principais do Plano Estadual.


A parte hachurada em verde demarca a situação atual do processo.

Tabela 3 – As atividades previstas para a elaboração do Plano Estadual de


Recursos Hídricos

ETAPAS ATIVIDADES PRODUTOS

FASE A – DIAGNÓSTICO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

A1 Levantamento, inventário e estudo dos recursos Diagnóstico das disponibilidades hídricas


hídricos superficiais e subterrâneos.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 31

Análise e evolução atividades produtivas e


polarização regional; Diagnóstico e prognóstico das demandas
A2
Levantamento uso do solo e cobertura vegetal; hídricas
Levantamento usos múltiplos da água.

Elaboração balanço hídrico em cada bacia;


A3 Identificação áreas críticas demandadoras de Cenário de tendências
água.

Análise institucional e legal;


Caracterização dos padrões culturais e
A4 antropológicos; Diagnóstico da dinâmica social
Identificação e caracterização dos sistemas de
educação, comunicação e dos atores sociais
estratégicos.

Formulação e implantação do Programa de


Mobilização Social; Organização e condução do processo de
A5
Realização das atividades de mobilização social mobilização social
e manutenção do processo.

Relatório Síntese do Diagnóstico e


A6 Elaboração do Relatório Síntese Prognóstico Hídrico

FASE B - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVAS COMPATIBILIZAR DISPONIBILIDADES E DEMANDAS HÍDRICAS

Elaboração cenários alternativos de


disponibilidade hídrica por bacia;
Elaboração denários alternativos de demandas Proposição alternativas de
B1 hídricas por bacia; compatibilidade das disponibilidades e
Balanço hídrico para os cenários alternativos; demandas hídricas por bacia
Seleção do cenário estratégico do Plano;
Proposição de alternativas de intervenção.

Análise processo gestão bacias compartilhadas Articulação e compatibilização dos


B2 em SC; interesses do RS e SC e países
Análise processo gestão bacias transfronteiriças. fronteiriços

B3 Elaboração do relatório com as metas do Plano Relatório Síntese das atividades


Estadual

FASE C – ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 32

Definição das metas;


Análise viabilidade intervenções propostas;
Proposição Programa de Ações do Plano;
C1 Proposição esquema de financiamento ações do Plano Estadual
plano e diretrizes para cobrança;
Proposição diretrizes consolidação outorga;
Proposição estrutura organizacional
implementação do Plano.

C2 Elaboração relatório Relatório síntese das atividades

Relatório final do Plano Estadual de


C3 Elaboração relatório final Recursos Hídricos

FASE D – ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI DO PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS


Projeto de Lei do Plano Estadual de
D1 Elaboração projeto de lei. Recursos Hídricos

1.3.2 Os comitês e o processo de planejamento por bacia


Os comitês de gerenciamento de bacias hidrográficas são colegiados
instituídos oficialmente pelo Governo do Estado que representam a instância
básica de participação da sociedade no Sistema Estadual de Recursos Hídricos. A
Lei 10.350/1994 estabelece’ a seguinte proporção de representatividade nos
comitês: 40% aos representantes dos usuários da água, 40% aos representantes
da população e 20% aos representantes de órgãos públicos da administração
direta estadual e federal.

As atribuições previstas pela legislação de recursos hídricos concedem


poder aos comitês para deliberarem sobre o processo de planejamento de suas
respectivas bacias, bem como opinarem sobre o Plano Estadual de Recursos
Hídricos, entre outras atribuições (art. 19, Lei 10.350/1994). Com base nisto,
destacou-se na tabela 4 a situação atual do quadro de comitês instalados no
Estado, bem como dos instrumentos de gestão de águas por bacia hidrográfica.
Verifica-se, assim, que atualmente o Estado conta com vinte (21) comitês
instalados; dois (02) com decreto de criação; seis (06) bacias com o
enquadramento definido; e uma (01) com um plano de ação concluído.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 33

Tabela 4 – Instrumentos de gestão de recursos hídricos nas bacias


hidrográficas do Estado

PROCESSOS DE PLANEJAMENTO
REGIÃO/BACIAS COMITÊ
HIDROGRÁFICAS ENQUADRAMENTO PLANO DE AÇÃO COBRANÇA

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA


ALTO JACUÍ
BAIXO JACUÍ
CAÍ
GRAVATAÍ
LAGO GUAÍBA
PARDO
SINOS
TAQUARI-ANTAS
VACACAÍ-VACACAÍ MIRIM
REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS
CAMAQUÃ
LITORAL MÉDIO
MAMPITUBA
MIRIM-SÃO GONÇALO
TRAMANDAÍ
REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI
APUAÊ-INHANDAVA
BUTUÍ-ICAMAQUÃ
IBICUÍ
IJUÍ
NEGRO
PASSO FUNDO
PIRATINIM
QUARAÍ
SANTA MARIA
TURVO-SANTA ROSA-
SANTO CRISTO
VÁRZEA

Legenda: Bacia Hidrográfica não possui o instrumento de gestão


Bacia Hidrográfica possui o instrumento de gestão
Decreto de criação
Comitê instalado

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 34

1.3.3 Programas, projetos e convênios


O Estado desenvolve e mantém importantes programas, projetos e
convênios relacionados aos recursos hídricos. Além de convênios firmados com
vários comitês de bacias, através do Fundo de Investimento em Recursos Hídricos,
programas como o Pró-Guaíba, o Pró-Mar-de-Dentro e o Pró-Uruguai já resultaram
em ações concretas para a gestão das águas gaúchas (Figura 3). Há ainda a
responsabilidade de viabilizar a gestão de um dos mais importantes mananciais
transfronteiriços de água doce subterrânea do planeta, o Sistema Aqüífero Guarani
(SAG), compartilhado com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No contexto rio-
grandense, a coordenação da Unidade Estadual de Execução do Projeto é
realizada pelo DRH/SEMA. Uma atividade importante que está sendo realizada no
âmbito do SAG é a elaboração de projetos pilotos, cujo objetivo é motivar
experiências concretas de gestão em áreas caracterizadas por conflitos. O Rio
Grande do Sul está contemplado no Projeto Rivera (Uruguai)/Santana do
Livramento (Brasil), que se diferencia por ser uma área de recarga com pouca
profundidade e com concentração de usos e atividades potencialmente poluidoras
(SG-GUARANI, 2008).

Outro projeto relevante é o de “Capacitação Técnica do Departamento de


Recursos Hídricos – DRH – da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA - do
Estado do Rio Grande do Sul”; firmado entre o DRH/SEMA e o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ministério da Ciência e Tecnologia e
que iniciou suas atividades em janeiro do corrente ano. Na Tabela 5 estão
descritas as metas, as atividades e os respectivos produtos esperados ao longo da
execução deste projeto. As bacias definidas pela Agência Nacional de Águas como
prioritárias neste projeto são as seguintes: Santa Maria, Ibicuí e Quaraí (RH do
Uruguai), Mampituba e Lagoa Mirim (RH das Bacias Litorâneas) e Sinos, Gravataí
e Vacacaí (RH do Guaíba).

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 35

Figura 3 – Mapa da distribuição espacial dos Programas Pró-Guaíba, Pró-Mar-de-Dentro e Pró-Uruguai

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 36

Tabela 5 – Metas, atividades e produtos previstos para o CTHidro

Meta Atividade Produto

1 – Estruturação do Sistema Estadual de


1 - Preparação de hidrorreferenciamento para estudos das bacias dos rios: Santa
Informações sobre RH (SEIRH) com o Sistema 1 – Estruturação do SEIRH.
Maria, dos Sinos, Gravataí, Vacacaí e Ibicuí.
Nacional.

2 – Preparação de base de dados de 1 – Levantamento das disponibilidades hídricas para as bacias dos rios: dos 1 – Dados de disponibilidade hídrica sistematizados
disponibilidade hídrica para inserção no SEIRH. Sinos, Ibicuí, Vacacaí, Taquari-Antas, Mampituba, Quarai e da Lagoa Mirim. no SEIRH para 7 bacias.

3 – Preparação de outros planos de informações


1 – Obtenção de dados pertinentes ao estudo.Como: Unidades de Conservação,
necessários à aplicação de instrumentos de 1 – Inserção de outros planos de gestão no SEIRH.
áreas irrigadas, dados de planos de bacias.
gestão e sua inserção no SEIRH.

1 – Dados e estudos para suporte a decisões da


1 – Preparação de suporte à decisão para fins de outorga.
outorga.
2 – Estudos de metodologias para subsídio de outorga de captação e 2 – Dados de metodologias para auxílio à outorga em
licenciamento do lançamento de efluentes. relação de lançamento de efluentes.
4 – Preparação de estudos específicos para apoio 3 – Estudos de otimização de 7 bacias e da operação do sistema de reservatórios
3 – Dados de otimização e operação de 7 bacias e do
à decisão da outorga nas bacias em questão. na Bacia Hidrográfica do Rio Vacacaí (sistema VAC) para atendimento de uso
sistema VAC.
agrícola, abastecimento humano e preservação ambiental.

4 – Estudo de critérios e procedimentos de outorga harmonizados com a ANA e 4 – Estabelecimento de critérios e procedimentos de
demais órgãos gestores nas bacias dos rios: Quarai, Negro e Mampituba. outorga junto à ANA e demais órgãos gestores.

5 – Otimização e reavaliação de procedimentos 1 – Definição de metodologias, mecanismos, fluxo de processos e 1 – Definição de metodologias e desburocratização de
de outorga. desburocratização. outorga.

1 – Padronização e informatização dos cadastros de usuários de recursos 1 – Cadastramento informatizado dos usuários de
6 – Padronização do cadastro de usuários de hídricos. recursos hídricos no Estado.
recursos hídricos no Estado e adequação do
CNARH no SEIRH para apoio à outorga.
2 – Adequação do CNARH no SEIRH. 2 – Adequação do CNARH no SEIRH.

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 37

1.3.4 O PROÁGUA
De acordo com ANA (2007), o Programa Nacional de Desenvolvimento dos
Recursos Hídricos - PROÁGUA Nacional é um programa do Governo Brasileiro
financiado pelo Banco Mundial, através do Acordo de Empréstimo 7420-BR. O
Programa originou-se da experiência do PROÁGUA/Semi-árido e mantém sua
missão estruturante, com ênfase no fortalecimento institucional de todos os atores
envolvidos com a gestão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de infra-
estruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico,
ambiental e social.

O PROÁGUA Nacional terá duração de 3 (três) anos e recursos


equivalentes a US$ 200 milhões, dos quais 25% serão financiados pelo Banco
Mundial e os 75% restantes a título de contrapartida nacional (União e Estados).
Para o Estado do Rio Grande do Sul, o valor aprovado é de R$ 1.200.000,00 (ANA,
2007).

Está estruturado em três componentes: a gestão de recursos hídricos, obras


prioritárias e o gerenciamento e monitoria do programa. O componente de gestão é
o de investimento direto para o Estado do Rio Grande do Sul. Ele é gerenciado e
conduzido pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pela SIH/MI (Secretaria de
Infra-estrutura Hídrica, Ministério da Integração). Este componente tem como
objetivo a consolidação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos e o apoio à União e aos Estados para criação, aperfeiçoamento,
modernização e qualificação dos arranjos e dos instrumentos de gestão, bem como
preparação de planos, estudos e projetos (ANA, 2007).

Plano de Aquisições do PROAGUA para o Estado do Rio Grande do Sul são


os seguintes:

1) Base Legal e Modelo Institucional:


Estudo para criação / reestruturação do órgão gestor
Estudo para operacionalização do FERH
Revisão do arcabouço legal
Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 38

Plano Estratégico Institucional

2) Infra-estrutura e Pessoal
Capacitação em Recursos Hídricos
Mobiliário e equipamentos
Equipamentos para fiscalização (medidores)

3) Planos e Estudos sobre recursos hídricos


Estudos sobre vazões ecológicas e vazões de referência
Atlas Sul

4) Sistematização técnica e processual (outorga, cadastro e


fiscalização)
CNARH - campanha de cadastro nacional
Campanhas de cadastramento estadual
Campanha de cadastro - Quaraí
Diagnóstico e análise de procedimentos para outorga e
fiscalização

5) Ações de apoio ao sistema de gestão


Plano de Comunicação
Apoio a Comitês

6) Informação e Suporte - Monitoramento


Diagnóstico das redes hidrometeorológica
PNQA - Diagnóstico das redes de qualidade
Aquisição de equipamentos para rede

7) Sistema de Informações
Atualização da base cartográfica
CNARH - aperfeiçoamento e adequações aos Estados

1.3.5 As Câmaras Técnicas


A existência de Câmaras Técnicas (CTs) para assessorar o CRH-RS estava
prevista no seu Regimento Interno (artigos 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21), publicado
no Diário Oficial de 14 de novembro de 2001. Em 2007, através da Resolução 36,
o Conselho autorizou a criação destes organismos. A necessidade de
aprimoramento das atividades, notadamente às relacionadas com a formulação

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 39

das políticas para a gestão dos recursos hídricos do Estado, fez com que, naquele
mesmo ano, fossem instituídas as CTs no âmbito do CRH (Resolução 43).

Assim as seguintes Câmaras Técnicas foram instituídas: Assuntos


Institucionais e Jurídicos (CTIJ), a de Gestão da Região Hidrográfica do Guaíba
(CTG), Gestão da Região Hidrográfica do Uruguai (CTU), Gestão da Região
Hidrográfica das Bacias Litorâneas (CTL), Águas Subterrâneas (CTAS) e
Programação e Orçamento e Acompanhamento de Projetos Fundo de
Investimentos em Recursos Hídricos (CTPA).

Capítulo 1 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 40

2 METODOLOGIA

A terceira edição do Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos


do Rio Grande do Sul foi estruturada, basicamente, a partir da sistematização das
informações constantes no acervo do DRH, no banco de dados da Divisão de
Outorga e Fiscalização (DIOUT/DRH) e no Relatório Síntese da Fase A -
Diagnóstico e Prognóstico Hídrico das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul,
do Plano Estadual de Recursos Hídricos, realizado por Ecoplan Engenharia Ltda.
(2007). A maior parte da base cartográfica digital utilizada pertence ao DRH e tem
como referência o Sistema de Coordenadas SAD 1969 - UTM - Zona 22S e a
Projeção Transversa de Mercator.

Assim sendo, foram definidas as seguintes informações como as mais


relevantes para compor o atual relatório:

1) Dados gerais das bacias: incluiu a localização geográfica, as províncias


geomorfológicas abrangidas, principais corpos de água, área e
demografia, as Unidades de Conservação (UCs) existentes e a situação
no Sistema Estadual de Recursos Hídricos. Os corpos hídricos foram
identificados a partir das Cartas Topográficas da Divisão do Serviço
Geográfico do Exército, escala 1:50.000, tendo-se como critério a altitude
mais elevada. Uma novidade nesta edição foi o ajuste feito em todas as
áreas das bacias para adequar ao estabelecido pela Resolução no
05/2002 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isto foi
realizado com base nos percentuais de áreas dos respectivos municípios
que, total ou parcialmente, estão inseridos no âmbito de cada bacia
hidrográfica. A população por bacia, de outra parte, foi estimada tendo
como critérios a área municipal, a área urbana, a população rural e a
população urbana de cada um dos 496 municípios do Estado. As
informações sobre a ocorrência de Unidades de Conservação foram
Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 41

atualizadas a partir de BiodiversidadeRS (2008) e do Sistema Estadual


de Unidades de Conservação (SEUC). Quanto às bacias que
apresentam comitê instalado, a atualização das categorias de cada
grupo, com o respectivo número de vagas, foi obtida junto à Secretaria-
Executiva do Conselho de Recursos Hídricos (CRH). Os mapas das
bacias hidrográficas foram elaborados na base digital 1:250.000. A
hidrografia, cedida por Geofepam, foi obtida das Cartas da Divisão do
Serviço Geográfico do Exército que datam das décadas de 1970 e 1980.
Assim, em algumas bacias se percebe a defasagem da informação com
referência a condição atual. Isto é destacado nas bacias do Baixo Jacuí e
do Rio Mampituba, por exemplo, nas quais a hidrografia apresenta
lacunas.

2) Caracterização por município: compreendeu o percentual de área do


município na bacia, os totais de população urbana e rural de cada
município e as estimativas dos totais de população urbana e rural, por
município, que estão inseridas na área da bacia, chegando-se, enfim, ao
total de população estimada por bacia hidrográfica. Os cálculos foram
feitos com base nas informações georreferenciadas dos limites e das
manchas urbanas municipais e das bacias hidrográficas, escala
1:250.000. Os arquivos vetoriais dos limites municipais procedem da
Divisão de Geografia e Cartografia da Secretaria da Agricultura, Pecuária
e Agronegócio, tendo sido cedidos pelo setor de Geoprocessamento da
FEPAM (Geofepam). Estes arquivos juntamente com o das respectivas
áreas urbanas foram sobrepostos aos das bacias hidrográficas, a fim de
se estimar a população urbana e rural pertencente a cada bacia. Os
dados populacionais foram obtidos do IBGE. Para os municípios com
população menor que 100 mil habitantes, foram utilizados os dados da
contagem populacional realizada em 2007. Para aqueles que
apresentam um efetivo demográfico igual ou superior foram definidas as

Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 42

estimativas de população para 2007. Importante esclarecer que as


estimativas disponibilizadas pelo IBGE referem-se somente à população
total de cada município. Sendo assim, para os municípios com 100 mil
habitantes ou mais foi mantida a mesma proporção entre população rural
e urbana existente em 2000 (Censo Demográfico 2000). A população
rural foi considerada como igualmente distribuída em todo o território
municipal e agregada por bacia, com base na proporção de área inserida
na bacia. A população urbana, a seu turno, foi considerada como
concentrada na sede municipal e distribuída nas bacias de acordo com a
posição da sede. Assim, para sedes localizadas em divisores de água, a
população urbana foi dividida proporcionalmente à parcela da área
urbana inserida em cada bacia.

3) Disponibilidade hídrica: constou de dados de disponibilidade superficial


e subterrânea. O cálculo da disponibilidade hídrica superficial foi obtido
de Ecoplan Engenharia Ltda. (2007) e foi realizado a partir de um roteiro
metodológico baseado na seleção de postos fluviométricos; na avaliação
das suas séries históricas de vazões e na sua repartição por bacia
hidrográfica; nos preenchimentos das falhas existentes, através de
estudos anteriores, nas bacias sem dados; e na transferência das
informações dos postos para a bacia, por meio do método da relação
entre áreas ou vazão específica. Assim, para compor o presente
relatório, foram selecionadas as vazões específicas (Qlp) e os valores da
Curva de Permanência para 30%, 50%, 70%, 90%, 95% e 99% do
tempo, em L/s/Km2, obtidos por este método para cada conjunto de
bacias pertencentes às três regiões hidrográficas. É necessário enfatizar,
no entanto, que estes dados foram produzidos a partir das áreas das
bacias calculadas para uma escala 1:250.000. Estas informações
diferem do dado oficial estabelecido pela Resolução 05/2002 do IBGE,
que define as áreas estaduais e municipais no território nacional. Outra

Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 43

questão a ser esclarecida é quanto à área incorporada à Bacia


Hidrográfica do Rio Tramandaí (aproximadamente 30 mil hectares).
Estes dados ainda ficaram inclusos na Bacia do Litoral Médio, uma vez
que esta alteração foi ultimada após a elaboração do Relatório Síntese
da Fase A do Plano Estadual. Mesmo assim, os dados são considerados
úteis como uma estimativa da oferta de água superficial para as bacias
hidrográficas gaúchas. Este item não foi gerado para as bacias do Litoral
Médio e Mampituba, uma vez que não dispunham de dados de vazões
específicas. Para a avaliação da disponibilidade hídrica subterrânea
foram aproveitados os dados dos percentuais de ocorrência dos
principais sistemas aqüíferos, as médias de vazão disponíveis (m³/h) e
as reservas reguladoras (hm3/ano). Estes dados foram elaborados com
base nas capacidades específicas dos referidos sistemas aqüíferos e
estimativas das reservas reguladoras, obtidas por métodos hidrológicos.
As vazões, a seu turno, foram estimadas a partir da análise do banco de
dados do SIAGAS/CPRM (ECOPLAN ENGENHARIA LTDA., 2007).

4) Demandas hídricas: compreendeu dados calculados para águas


superficiais e subterrâneas para os usos: abastecimento humano e
industrial, irrigação e dessedentação animal. A metodologia para o
cálculo das demandas hídricas para abastecimento humano, descrita por
Ecoplan Engenharia Ltda. (op. cit.), considerou as populações urbanas e
rurais residentes nas bacias, de acordo com as estimativas municipais do
IBGE para o ano de 2006, as demandas hídricas per capita variaram de
125 a 250 L/hab/dia, de acordo com o porte populacional urbano e 125
L/hab/dia no caso do abastecimento rural. A demanda hídrica para
irrigação de arroz levou em conta as áreas cultivadas referentes à safra
2004/2005, nas bacias, conforme levantamento municipal do IRGA e
demanda hídrica por unidade de área irrigada de 12.000 m3/ha/safra.
Quanto às demandas hídricas para criação animal, o mencionado estudo

Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 44

considerou os dados da Pesquisa Pecuária Municipal de 2004,


referentes aos principais rebanhos (bovino, suíno, eqüino, ovino e aves),
bem como as demandas unitárias por tipo de rebanho, obtidas da
literatura. Para a estimativa da demanda hídrica industrial, o método
adotado consistiu em identificar o número de indústrias por município
constantes em FEPAM (2003 apud ECOPLAN ENGENHARIA LTDA.,
2007). Estes dados, originalmente gerados em m3/s, foram
transformados em hm3/ano, a fim de se apreciar a magnitude dos
volumes demandados em cada bacia.

5) Potencial poluidor: a avaliação do potencial poluidor em cada bacia foi


também obtido de Ecoplan Engenharia Ltda. (2007) através dos dados
de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) remanescente. No trabalho
em foco, a DBO de origem doméstica foi calculada a partir dos dados de
população por município e dos respectivos sistemas de esgotamento
sanitário, sendo posteriormente agrupados por bacias hidrográficas. A
metodologia de cálculo utilizada foi fundamentada no estudo “Atualização
do Diagnóstico da Região Hidrográfica do Guaíba” (Pró-Guaíba – SEMA,
2003). A estimativa das cargas orgânicas oriundas da atividade industrial
foi feita com base no estudo “Diagnóstico da Poluição Hídrica Industrial
na Região Hidrográfica do Guaíba”, realizado por FEPAM (2001 apud
ECOPLAN ENGENHARIA LTDA., 2007). As cargas de DBO foram
atualizadas para o ano de 2004, em cada município, através da
aplicação da taxa de crescimento do Valor Adicionado Bruto do setor
industrial do Rio Grande do Sul, entre 2000 e 2004. A determinação das
cargas de DBO pertinentes à suinocultura foi realizada com base na
estimativa da população de suínos por bacia hidrográfica e na
quantificação da DBO gerada nesta atividade. Os dados foram obtidos
da Pesquisa Pecuária Municipal (2004 apud ECOPLAN ENGENHARIA
LTDA., 2007). Para tanto, foi adotada a produção média de dejetos por

Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 45

animal de 8,6 L/dia sugeridos por EMBRAPA e EMATER (1998 apud


ECOPLAN ENGENHARIA LTDA., 2007). Foi ainda adotado um valor
único de DBO por litro de dejeto de 21.000 mg/L também obtido da fonte
citada.

6) Espacialização consumos hídricos e DBO: para se visualizar no


âmbito do território rio-grandense a expressão dos consumos hídricos
estimados, foram elaborados mapas que ilustram a importância, em
percentual, de cada consumo (irrigação, abastecimento público,
abastecimento industrial e dessedentação animal) entre os demais
consumos, por bacia hidrográfica. Estes mapas foram gerados no
programa ArcView. Também foram elaborados mapas que espacializam
o percentual de cada consumo, em relação ao seu total estimado em
hm3/ano, para o Estado. Para tanto, foi utilizada a ferramenta normalized
– percentual of total, do referido programa.

7) Controle hídrico em eventos críticos: avaliado para as bacias dos rios


Gravataí, dos Sinos e Santa Maria, a partir das Resoluções emitidas pelo
CRH e dos níveis de água fornecidos pela Companhia Riograndense de
Saneamento (CORSAN). Com os dados existentes foram gerados
gráficos que ilustram a variabilidade temporal nos níveis de água nas
estações monitoradas.

É preciso salientar que tanto os dados de disponibilidade quanto os de


demandas hídricas foram estimados a partir de dados existentes ou de referencial
teórico encontrado na literatura. Isto significa que, naquelas bacias hidrográficas
carentes de estudos e de informações hidrometeorológicas consistentes, as
informações geradas são uma aproximação da realidade.

Capítulo 2 – Metodologia
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 46

3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO

Neste capítulo estão sistematizadas as informações compiladas por bacia


hidrográfica em cada uma das três regiões hidrográficas. Após uma breve
caracterização da Região Hidrográfica, foram reunidos os dados gerais das bacias
hidrográficas, a sua situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos, os dados
de disponibilidade e demandas hídricas para águas superficiais e subterrâneas e
de Potencial poluidor, estimados por Ecoplan Engenharia Ltda. (2007). Estes
dados foram espacializados, com o objetivo de Para facilitar a consulta, as bacias
foram incluídas segundo a ordem alfabética.

3.1 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA

A Região Hidrográfica do Guaíba situa-se na porção centro-leste do Rio


Grande do Sul, abrangendo as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional,
da Depressão Central e, em menor área, da Planície Costeira Interior e do Escudo
Sul-Rio-Grandense. Possui uma área aproximada de 84.751,48 Km2, que
corresponde a cerca de 30% da área do Estado. A sua população total foi estimada
em 6.884.253 habitantes, distribuída em 257 municípios, incluindo os pertencentes
à Região Metropolitana de Porto Alegre. Está Região é dividida em nove bacias
hidrográficas, que drenam direta ou indiretamente para o Lago Guaíba e este para
a Laguna dos Patos, quais sejam: Alto Jacuí, Baixo Jacuí, Caí, Gravataí, Lago
Guaíba, Pardo, Sinos, Taquari-Antas e Vacacaí e Vacacaí-Mirim (figura 4).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 47

Figura 4 - Região Hidrográfica do Guaíba

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 48

3.1.1 Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

Barragem Passo Real – Fonte: Prefeitura Municipal de Quinze de Novembro

I. Dados gerais
1) Localização: porção centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre
as coordenadas geográficas 28°08’ a 29°55’ de latitude Sul e 52°15’ a
53°50’ de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios Jacuí, Jacuí-mirim e Jacuízinho (Tabela


6).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 49

Tabela 6 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Alto Jacuí

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Jacuí 740 m Passo Fundo

Rio Jacuí-Mirim 580 m Chapada

Rio Jacuizinho 680 m Espumoso

O mapa da Bacia do Alto Jacuí está ilustrado na Figura 5.

4) Área e população total (Tabela 7):

Tabela 7 – Dados de área e demografia - Bacia do Alto Jacuí

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

12.985,44 284.210 82.418 366.628

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 50

Figura 5 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 51

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 8).

Tabela 8 – Composição atual do Comitê Alto Jacuí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Agrossilvopastoril 04

Abastecimento Público 03

Geração e distribuição de energia 03

Diluição de despejos e drenagem urbana 03

Indústria e mineração 02

Lazer e turismo 01

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Câmaras municipais 03

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Sindicais 03

Organizações comunitárias e clubes de serviço 03

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02

Associações Técnico-Científicas 02

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 52

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 43 municípios (Tabela 9).

Tabela 9 – População urbana e rural por município - Bacia do Alto Jacuí

Área do
Pop
município Pop Pop Rural Pop Total
Município Pop Rural Urbana
na bacia Urbana (Bacia) (Bacia)
(Bacia)
(%)

Alto Alegre 100,00 733 1.207 733 1.207 1.940


Arroio do Tigre 100,00 5.860 6.778 5.860 6.778 12.638
Barros Cassal 0,28 3.560 7.890 0 22 22
Boa Vista do Incra 100,00 680 1.767 680 1.767 2.447
Campos Borges 100,00 1.931 1.633 1.931 1.633 3.564
Carazinho 49,02 56.823 1.373 18.022 673 18.695
Chapada 21,16 5.173 4.267 0 903 903
Colorado 100,00 1.919 1.825 1.919 1.825 3.744
Cruz Alta 60,45 61.412 2.038 20.452 1.232 21.684
Ernestina 100,00 1.219 1.791 1.219 1.791 3.010
Espumoso 100,00 10.649 4.342 10.649 4.342 14.991
Estrela Velha 100,00 1.004 2.655 1.004 2.655 3.659
Fortaleza dos Valos 100,00 2.891 1.706 2.891 1.706 4.597
Ibarama 22,04 1.041 3.290 0 725 725
Ibirapuitã 81,99 2.231 1.951 2.231 1.600 3.831
Ibirubá 100,00 14.388 4.302 14.388 4.302 18.690
Jacuizinho 100,00 588 2.031 588 2.031 2.619
Júlio de Castilhos 37,40 16.200 3.341 11.117 1.250 12.367
Lagoa Bonita do Sul 1,89 317 2.300 0 43 43
Lagoa Três Cantos 100,00 783 807 783 807 1.590
Lagoão 52,46 1.159 5.230 0 2.744 2.744
Marau 38,87 28.729 5.049 0 1.963 1.963
Mato Castelhano 7,97 471 2.137 0 170 170
Mormaço 100,00 471 2.107 471 2.107 2.578
Não-Me-Toque 100,00 13.096 2.132 13.096 2.132 15.228
Nicolau Vergueiro 100,00 607 1.152 607 1.152 1.759

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 53

Área do
Pop
município Pop Pop Rural Pop Total
Município Pop Rural Urbana
na bacia Urbana (Bacia) (Bacia)
(Bacia)
(%)

Passa Sete 14,45 501 4.495 0 650 650


Passo Fundo 46,14 178.186 5.114 101.347 2.360 103.707
Pinhal Grande 77,92 1.765 2.731 673 2.128 2.801
Quinze de Novembro 100,00 1.866 1.695 1.866 1.695 3.561
Saldanha Marinho 100,00 1.898 1.084 1.898 1.084 2.982
Salto do Jacuí 100,00 10.230 1.924 10.230 1.924 12.154
Santa Bárbara do Sul 62,60 7.125 1.997 3.388 1.250 4.638
Santo Antônio do
93,28 1.155 874 1.155 815 1.970
Planalto
Segredo 99,60 1.842 5.180 1.842 5.159 7.001
Selbach 100,00 3.005 1.768 3.005 1.768 4.773
Sobradinho 93,84 11.272 2.890 11.272 2.712 13.984
Soledade 66,40 23.663 6.263 13.468 4.159 17.627
Tapera 100,00 8.645 1.812 8.645 1.812 10.457
Tio Hugo 100,00 1.008 1.585 1.008 1.585 2.593
Tunas 100,00 1.319 3.059 1.319 3.059 4.378
Tupanciretã 18,37 17.787 4.769 13.195 876 14.071
Victor Graeff 100,00 1.257 1.823 1.257 1.823 3.080
Bacia - - - 284.210 82.418 366.628

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 24,27 L/s/Km2

Tabela 10 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


do Alto Jacuí

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

27.22 16.24 9.85 3.46 1.87 0.59

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 54

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 11).

Tabela 11 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia do Alto Jacuí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 87,12 17,68
Serra Geral II 12,88 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 12) e em percentual (Figura 6).

Tabela 12 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em


hm3/ano, na Bacia do Alto Jacuí

Abastecimento Abastecimento Dessedentação


Irrigação
Público Industrial animal

30.84 4.10 40.05 16.08

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim ativa dem andas hídricas superfíciais anuais -


Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

Dessedentação
animal Abast ecimento
17,66% Público
33,87%

Abast ecimento
Irrigação Industrial
43,97% 4,50%

Figura 6 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia do Alto Jacuí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 55

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em


volume/ano (Tabela 13) e em percentual (Figura 7).

Tabela 13 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Alto Jacuí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.12 0.22

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estimativas demandas hídricas subterrâneas


anuais - Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

Abastecimento
Industrial
3%

Abastecimento
Público
97%

Figura 7 – Gráfico do percentual estimado para as principais demandas hídricas


subterrâneas, Bacia do Alto Jacuí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 14).

Tabela 14 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Alto Jacuí ,

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,40 0,05 0,12 0,57

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 56

3.1.2 Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí

Rio Jacuí – Fonte: Comitê do Baixo Jacuí

I. Dados gerais
1) Localização: porção centro-leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29°26’ a 30°47’ de latitude Sul e 51°16’ a 53°35’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional, Depressão


Central, Escudo Sul-Rio-grandense e Planície Costeira (Interior).

3) Principais corpos hídricos: Rio Botucaraí, Arroio Irapuã e Rio Jacuí (Tabela
15).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 57

Tabela 15 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Baixo Jacuí

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Botucaraí 580 m Passa Sete, Lagoa Bonita do Sul

Rio Jacuí – trecho baixo 90 m Pinhal Grande, Ibarama

Arroio Irapuã 300 m Caçapava do Sul

O mapa da Bacia do Baixo Jacuí está ilustrado na Figura 8.

4) Área e população total (Tabela 16):

Tabela 16 – Dados de área e demografia – Bacia do Baixo Jacuí

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

17.345,15 270.090 115.406 385.496

5) Unidades de conservação existentes: duas unidades administradas pelo


estado (Tabela 17).

Tabela 17 – Unidades de conservação na Bacia do Baixo Jacuí

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Canoas,
Charqueadas,
Parque Estadual Eldorado do Sul,
Proteção Integral 17.245,00 estadual
do Delta do Jacuí Nova Santa Rita,
Porto Alegre,
Triunfo

Parque Estadual
Proteção Integral Agudo e Ibarama 1.847,90 estadual
Quarta Colônia

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 58

Figura 8 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 59

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros (Tabela 18).

Tabela 18 – Composição atual do Comitê Baixo Jacuí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 02

Indústria e Agroindústria 03

Agrossilvopastoril 07

Turismo, Esporte e Lazer 01

Pesca e Aqüicultura 01

Navegação 01

Geração de Energia 01

Mineração 01

Total 20

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Municipal 06

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias e Clubes de Serviço 04

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 03

Associações Técnicas, Científicas e Classistas 03

Organizações Sindicais 02

Total 20

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 60

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Transportes 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 10

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 40 municípios (Tabela 19).

Tabela 19 – População urbana e rural por município - Bacia do Baixo Jacuí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Agudo 100,00 6.626 10.088 6.626 10.088 16.714


Arroio dos Ratos 100,00 12.954 665 12.954 665 13.619
Barão do Triunfo 74,50 714 6.210 714 4.626 5.340
Butiá 100,00 18.480 1.237 18.480 1.237 19.717
Caçapava do Sul 40,80 19.017 13.557 16.903 5.531 22.435
Cachoeira do Sul 91,45 71.878 12.751 71.878 11.661 83.539
Candelária 47,06 14.372 15.072 0 7.093 7.093
Cerro Branco 100,00 1.281 3.184 1.281 3.184 4.465
Charqueadas 100,00 32.786 919 32.786 919 33.705
Dom Feliciano 27,12 3.115 11.389 0 3.089 3.089
Dona Francisca 100,00 2.200 1.372 2.200 1.372 3.572
Eldorado do Sul 73,70 22.653 8.663 22.653 6.385 29.038
Encruzilhada do Sul 40,29 16.174 7.978 13.482 3.214 16.697
Faxinal do Soturno 100,00 3.747 2.596 3.747 2.596 6.343
General Câmara 42,64 5.242 3.540 0 1.509 1.509
Ibarama 77,96 1.041 3.290 1.041 2.565 3.606
Ivorá 99,46 763 1.615 763 1.606 2.369
Júlio de Castilhos 24,81 16.200 3.341 0 829 829
Lagoa Bonita do Sul 98,11 317 2.300 317 2.257 2.574

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 61

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Mariana Pimentel 54,33 671 3.293 0 1.789 1.789


Minas do Leão 100,00 7.412 316 7.412 316 7.728
Montenegro 5,08 50.470 6.320 0 321 321
Nova Palma 100,00 2.898 3.534 2.898 3.534 6.432
Novo Cabrais 100,00 451 3.315 451 3.315 3.766
Pantano Grande 100,00 8.231 1.585 8.231 1.585 9.816
Paraíso do Sul 100,00 1.735 5.611 1.735 5.611 7.346
Passa Sete 9,44 501 4.495 0 424 424
Passo do Sobrado 38,19 1.356 4.611 0 1.761 1.761
Pinhal Grande 22,08 1.765 2.731 1.092 603 1.695
Restinga Seca 27,66 8.797 6.798 0 1.880 1.880
Rio Pardo 73,82 25.934 11.770 17.224 8.689 25.913
Santa Cruz do Sul 1,97 101.844 14.013 0 276 276
Santana da Boa Vista 23,25 3.856 4.743 0 1.103 1.103
São Jerônimo 86,89 15.705 4.801 15.705 4.172 19.877
São João do Polêsine 50,47 1.132 1.570 1.132 792 1.924
Sertão Santana 9,16 1.179 4.612 0 422 422
Silveira Martins 31,83 1.089 1.390 0 442 442
Sobradinho 6,16 11.272 2.890 0 178 178
Triunfo 69,67 14.644 9.332 7.539 6.502 14.040
Vale Verde 53,08 845 2.382 845 1.264 2.109
Bacia - - - 270.090 115.406 385.496

III. Disponibilidade hídrica


1) Superficial: vazão específica de longo período: 22,62 L/s/Km2

Tabela 20 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


do Baixo Jacuí

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

5.22 4.04 2.66 2.25 1.99 1.78

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 62

3) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 21).

Tabela 21 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia do Baixo Jacuí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos permeanos 9,01 -
Botucatu/Pirambóia 1,20 14,5
Botucatu 1,63 -
Embasamento Cristalino II 22,77 -
Embasamento Cristalino III 7,57 -
Aquiclude Eo-Paleozóico 8,40 -
Palermo/Rio Bonito 8,60 -
Quaternário Costeiro II 2,65 -
Sedimentos Deltáicos 0,29 -
Serra Geral I 0,07 11,5
Serra Geral II 10,35 -
Santa Maria 8,99 10
Sanga do Cabral/Pirambóia 18,47 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial

Tabela 22 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia do Baixo Jacuí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

18.13 67.01 1289.82 21.10

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 63

Es tim ativa das de m andas hídr icas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Baixo Jacuí

A bas tec im ento


D es s edentaç ão P úblico A bas tec im ento
anim al 1.30% Indus trial
1.51% 4.80%

Irrigaç ão
92.39%

Figura 9 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia do Baixo Jacuí

2) Subterrânea

Tabela 23 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Baixo Jacuí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.18 0.76

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 64

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Ba ix o Ja cuí

A bas tec im ento


Indus trial
10.91%

A bas tec im ento


P úblic o
89.09%

Figura 10 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas anuais,


Bacia do Baixo Jacuí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 24).

Tabela 24 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Baixo Jacuí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,28 0,01 0,05 5,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 65

3.1.3 Bacia Hidrográfica do Rio Caí

Rio Caí – Fonte: Comitê Caí

I. Dados gerais
1) Localização: a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29°06’ a 30°00’ de latitude Sul e 50°24’ a 51°40’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios Caí e Piaí (Tabela 25).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 66

Tabela 25 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Rio Caí

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Arroio São Jorge 1000 m


Rio Santa Cruz 965 m
Rio Caí São Francisco de Paula
Arroio do Junco 1000 m
Rio do Pinto 960 m

Rio Piaí 940 m Caxias do Sul

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Caí está ilustrado na Figura 11 .

4) Área e população total (Tabela 26):

Tabela 26 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Caí

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

4.945,70 405.084 84.663 489.746

5) Unidades de conservação existentes: três unidades, duas administradas


pelo Estado e uma pela União (Tabela 27).

Tabela 27 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Caí

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Canoas,
Charqueadas,
Parque Estadual do Eldorado do Sul,
Proteção Integral 17.245,00 Estadual
Delta do Jacuí Nova Santa Rita,
Porto Alegre,
Triunfo

Floresta Nacional
Uso Sustentável Canela 557,64 Federal
de Canela

Parque Turístico do
Proteção Integral Canela, Gramado 100,00 Estadual
Caracol

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 67

Figura 11 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Caí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 68

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 45 membros (Tabela 28).

Tabela 28 – Composição atual do Comitê do Rio Caí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Agrossilvopastoril 03

Indústria e agroindústria 04

Esgotamento sanitário e drenagem 03

Esporte, turismo e lazer 01

Geração de Energia 01

Mineração 01

Transporte Hidroviário Interno 01

Total 18

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Municipal 06

Instituições de Ensino e Pesquisa 03

Organizações Técnico-Científicas 03

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Comunitárias 03

Total 18

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria da Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 69

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 09

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 48 municípios (Tabela 29).

Tabela 29 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Caí

Área do
município Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município Pop Urbana Pop Rural
na bacia (Bacia) (Bacia) (Bacia)
(%)

Alto Feliz 100,00 746 2.188 746 2.188 2.934


Araricá 1,00 4.263 518 0 5 5
Barão 51,11 2.563 2.730 0 1.395 1.395
Bom Princípio 100,00 8.207 2.703 8.207 2.703 10.910
Brochier 66,26 1.902 2.799 0 1.855 1.855
Canela 40,97 34.961 3.357 15.148 1.375 16.524
Capela de Santana 98,58 6.626 4.324 6.626 4.263 10.889
Carlos Barbosa 42,72 18.803 5.157 18.803 2.203 21.006
Caxias do Sul 47,94 369.110 29.928 138.304 14.347 152.652
Dois Irmãos 91,08 24.645 170 24.645 155 24.800
Estância Velha 6,47 39.695 1.045 0 68 68
Farroupilha 40,05 47.909 11.962 8.636 4.791 13.427
Feliz 100,00 8.826 2.853 8.826 2.853 11.679
Gramado 68,39 28.080 3.572 18.443 2.443 20.886
Harmonia 100,00 2.086 1.572 2.086 1.572 3.658
Igrejinha 6,83 29.860 1.253 0 86 86
Ivoti 93,72 16.572 1.945 16.572 1.823 18.395
Lindolfo Collor 100,00 4.425 854 4.425 854 5.279
Linha Nova 100,00 393 1.095 393 1.095 1.488
Maratá 99,37 719 1.725 719 1.714 2.433
Montenegro 86,71 50.470 6.320 50.470 5.480 55.950

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 70

Área do
município Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município Pop Urbana Pop Rural
na bacia (Bacia) (Bacia) (Bacia)
(%)

Morro Reuter 100,00 4.741 858 4.741 858 5.599


Nova Hartz 1,96 14.039 2.649 0 52 52
Nova Petrópolis 100,00 12.846 4.901 12.846 4.901 17.747
Nova Santa Rita 55,36 16.941 3.650 16.941 2.021 18.962
Pareci Novo 100,00 870 2.281 870 2.281 3.151
Picada Café 100,00 4.444 380 4.444 380 4.824
Poço das Antas 0,64 737 1.239 0 8 8
Portão 14,01 23.334 5.249 0 735 735
Presidente Lucena 100,00 1.135 1.220 1.135 1.220 2.355
Salvador do Sul 63,10 3.697 2.947 3.697 1.860 5.557
Santa Maria do Herval 97,40 4.420 1.753 4.420 1.707 6.127
São Francisco de Paula 28,15 13.221 8.057 4.529 2.268 6.797
São José do Hortêncio 100,00 2.395 1.488 2.395 1.488 3.883
São José do Sul 100,00 538 1.361 538 1.361 1.899
São Pedro da Serra 65,11 1.437 1.680 1.437 1.094 2.531
São Sebastião do Caí 96,43 16.295 4.064 16.295 3.919 20.214
São Vendelino 100,00 1.164 630 1.164 630 1.794
Sapiranga 41,05 68.962 5.017 0 2.059 2.059
Três Coroas 5,84 20.338 2.567 0 150 150
Triunfo 6,86 14.644 9.332 0 640 640
Tupandi 100,00 2.452 1.152 2.452 1.152 3.604
Vale Real 100,00 4.130 611 4.130 611 4.741
Bacia - - - - 405.084 84.663

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 71

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 20,07 L/s/Km2

Tabela 30 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Hidrográfica do Rio Caí

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

18.64 9.94 6.13 2.33 1.37 0.61

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

4) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 31).

Tabela 31 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Caí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu/Pirambóia 17,74 13,5
Aquitardos permeanos 3,92 -
Botucatu 0,90 -
Quaternário Costeiro II 0,36 -
Serra Geral II 77,09 10,8

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 32) e em percentual (Figura 12).

Tabela 32 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Caí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

26.49 46.26 41.83 9.52

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 72

Figura 12 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Hidrográfica do Rio Caí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 33) e em percentual (Figura 13).

Tabela 33 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Rio Caí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

9.02 2.30

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 73

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Ca í

A bas tec im ento


Indus trial
20.33%

A bas tecim ento


P úblic o
79.67%

Figura 13 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Caí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 34).

Tabela 34 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Caí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

1,14 0,22 0,17 1,53

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 74

3.1.4 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Rio Gravataí – Autor: Enio Hausen; Fonte: Comitê Gravataí

I. Dados gerais
1) Localização: a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas 29º45’ a 30º12’ de latitude Sul e 50º27’a 51º12’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central, Planalto


Meridional, Escudo Sul-Rio-Grandense e Planície Costeira interior.

3) Principais corpos hídricos: Rio Gravataí, Banhado Grande e Arroio Veadinho


(Tabela 35).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 75

Tabela 35 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Rio Gravataí

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Gravataí 15 m Glorinha e Viamão

Arroio Veadinho 35 m Santo Antonio da Patrulha

Santo Antônio da Patrulha,


Banhado Grande 15 m
Glorinha, Gravataí e Viamão

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí está ilustrado na Figura 14.

4) Área e população total (Tabela 36):

Tabela 36 - Dados de área e demografia – Bacia do Rio Gravataí

2
Área (Km ) População Urbana (hab) População Rural (hab) População Total (hab)

1.977,39 1.253.564 44.482 1.298.046

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 76

Figura 14 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 77

5) Unidades de conservação existentes: duas unidades administradas pelo


Estado e uma administrada pelo município de Cachoeirinha (Tabela 37).

Tabela 37 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio


Gravataí

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Gravataí, Glorinha,
APA do Banhado
Uso Sustentável Santo Antônio da 7.340,00 estadual
Grande
Patrulha, Viamão

Refúgio de Vida
Silvestre Banhado Proteção Integral Viamão 2.543,47 estadual
dos Pachecos

Classificada pelo
Parque Municipal Sistema Estadual
Cachoeirinha 17,70 Municipal
Dr. Tancredo Neves de Unidades de
Conservação

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 38).

Tabela 38 – Composição atual do Comitê do Rio Gravataí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 06

Efluentes Líquidos de Resíduos Sólidos 01

Indústria 02

Agricultura 02

Mineração/Navegação 01

Pesca/Recreação 01

Total 16

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 78

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Organizações Comunitárias 03

Organizações Civis de Recursos Hídricos e Entidades


04
Ambientalistas

Associações Técnico-Científicas 02

Instituições de Ensino Superior 02

Sindicais de Trabalhadores Rurais e Urbanos 01

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 8

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 11 municípios (Tabela 39).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 79

Tabela 39 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Gravataí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Alvorada 100,00 206.458 684 206.458 684 207.142


Cachoeirinha 80,83 112.603 0 112.603 0 112.603
Canoas 17,31 326.458 0 78.762 0 78.762
Glorinha 99,90 1.906 5.002 1.906 4.997 6.903
Gravataí 84,00 238.143 23.007 238.143 19.326 257.469
Porto Alegre 17,51 1.379.041 41.626 386.132 7.289 393.420
Santo Antônio da Patrulha 43,06 26.510 11.400 26.510 4.909 31.419
Taquara 6,74 44.394 9.034 0 609 609
Viamão 37,89 235.662 17.602 203.050 6.669 209.720
Bacia - - - 1.253.564 44.482 1.298.046

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 14,57 L/s/Km2

Tabela 40 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Hidrográfica do Rio Gravataí

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

16.43 8.45 4.31 2.34 1.83 1.12

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 80

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 41).

Tabela 41 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Barreira Marinha 8,27 >50
Botucatu/Pirambóia 7,21 6,9
Aquitardos permeanos 32,03 -
Basalto/Botucatu 2,09 -
Embasamento Cristalino I 6,78 -
Embasamento Cristalino II 6,61 -
Embasamento Cristalino III 0,43 -
Quaternário Costeiro II 34,80 -
Serra Geral 1,78 27,5

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 42) e em percentual (Figura 15).

Tabela 42 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Abastecimento Abastecimento
Irrigação Dessedentação animal
Público Industrial

103.85 11.54 203.11 2.84

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 81

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Gr avataí

D es s edentaç ão
anim al A bas tec im ento
1% P úblic o
32%

Irrigaç ão A bas tec im ento


63.21% Indus trial
4%

Figura 15 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 43) e em percentual (Figura 16).

Tabela 43 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

14.63 1.45

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 82

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Gra va ta ì

A bas tec im ento


Indus trial
9.02%

A bas tec im ento


P úblic o
90.98%

Figura 16 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Gravataí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 44).

Tabela 44 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Gravataí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

6,91 0,32 0,07 7,30

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 83

3.1.5 Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

Lago Guaíba – Fonte: Comitê Lago Guaíba

I. Dados gerais
1) Localização: a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas de 29°55’ a 30°37’ de latitude Sul e 50°56’ a 51°46’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Escudo Sul-Rio-Grandense e


Planície Costeira interior.

3) Principais corpos hídricos: Lago Guaíba e os arroios Araçá, do Petim, do


Ribeiro e Capivara (Tabela 45).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 84

Tabela 45 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais - Bacia do Lago Guaíba

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Arroio Araçá 240 m Cerro Grande do Sul

Arroio do Petim 250 m Guaíba


Sertão Santana, Cerro Grande do
Arroio do Ribeiro 200 m
Sul
Arroio Capivara 110 m Guaíba

O mapa da Bacia do Lago Guaíba está ilustrado na Figura 17.

4) Área e população total (Tabela 46):

Tabela 46 – Dados de área e demografia – Bacia do Lago Guaíba

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

2.523,62 1.242.184 51.697 1.293.880

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 85

Figura 17 –
Mapa da
Bacia

Hidrográfica do Lago Guaíba

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 86

5) Unidades de conservação existentes: três unidades administradas pelo


Estado, três unidades administradas pelo município de Porto Alegre (Tabela
47).

Tabela 47 – Unidades de conservação na Bacia do Lago Guaíba

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Canoas, Charqueadas,
Parque Estadual Eldorado do Sul, Nova
Proteção Integral 17.245,00 estadual
do Delta do Jacuí Santa Rita, Porto
Alegre, Triunfo

Parque Estadual
Proteção Integral Viamão 5.566,50 estadual
de Itapuã

Jardim Botânico de
- Porto Alegre 43 estadual
Porto Alegre

Classificada pelo
Parque Municipal Sistema Estadual
Porto Alegre 1.143,00 Municipal
Sain´t Hilare de Unidades de
Conservação
Parque Natural
Municipal Morro do Reserva Biológica Porto Alegre 127,00 Municipal
Osso

Reserva Biológica
do Lami José Reserva Biológica Porto Alegre 179,77 Municipal
Lutzenberger

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 48).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 87

Tabela 48 – Composição atual do Comitê do Lago Guaíba

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 4

Esgotamento sanitário 2

Drenagem urbana 2

Indústria 02

Agropecuária 02

Efluentes líquidos provenientes de resíduos sólidos 01

Turismo, esporte e lazer 01

Pesca artesanal, comercial e aqüicultura 01

Navegação 01

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo 04

Organizações ambientalistas 04

Organizações comunitárias e clubes de serviço 03

Instituições de ensino superior e pesquisa 02

Associações técnicas, científicas e classistas 02

Organizações sindicais 01

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria de Obras Públicas e Saneamento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 88

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Ciência e Tecnologia 01

Ministério do Meio Ambiente 01

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 14 municípios (Tabela 49).

Tabela 49 – População urbana e rural por município - Bacia do Lago Guaíba

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Barão do Triunfo 2,59 714 6.210 0 161 161

Barra do Ribeiro 98,82 8.907 2.571 8.907 2.541 11.448

Canoas 26,75 326.458 0 116.694 0 116.694

Cerro Grande do Sul 15,10 2.144 7.089 0 1.070 1.070

Eldorado do Sul 26,30 22.653 8.663 0 2.278 2.278

Guaíba 100,00 91.400 2.178 91.400 2.178 93.578

Mariana Pimentel 45,67 671 3.293 671 1.504 2.175

Nova Santa Rita 2,70 16.941 3.650 0 99 99

Porto Alegre 82,49 1.379.041 41.626 992.910 34.337 1.027.247

Sentinela do Sul 33,74 1.290 4.000 0 1.350 1.350

Sertão Santana 90,84 1.179 4.612 1.179 4.190 5.369

Tapes 20,35 14.731 1.826 0 372 372

Triunfo 0,46 14.644 9.332 0 43 43

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 89

Viamão 8,95 235.662 17.602 30.422 1.575 31.998

Bacia - - - 1.242.184 51.697 1.293.880

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 17,25 L/s/Km2

Tabela 50 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


do Lago Guaíba
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

23.47 16.43 10.56 5.87 4.53 3.35

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

5) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 51).

Tabela 51 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia do Lago Guaíba
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos permeanos 0,26 -
Barreira Marinha 5,03 38
Embasamento Cristalino I 3,37 5,2
Embasamento Cristalino II 25,70 -
Embasamento Cristalino III 22,61 -
Quaternário Costeiro II 40,73 -
Sedimentos Deltáicos 2,27 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 52) e em percentual (Figura 18).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 90

Tabela 52 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia do Lago Guaíba

Abastecimento Abastecimento
Irrigação Dessedentação animal
Público Industrial

111.07 150.24 306.94 2.49

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Lago Guaíba

D es s edentaç ão
anim al A bas tec im ento
0.44% P úblic o
19.46%

Irrigaç ão
53.78%
A bas tec im ento
Indus trial
26.32%

Figura 18 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia do Lago Guaíba

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 53) e em percentual (Figura 19).

Tabela 53 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Lago Guaíba

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 91

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

3.03 3.72

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia hidrográ fica do La go Gua íba

A bastecimento
P úblico
44.86%

A bastecimento
Industrial
55.14%

Figura 19 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


do Lago Guaíba

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 54).

Tabela 54 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Lago Guaíba

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

4,99 0,13 0,05 5,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 92

3.1.6 Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Rio Pardo – Fonte: Comitê Pardo

I. Dados gerais
1) Localização: na porção central do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 28º50’ a 30º 00’ de latitude Sul e 52º 15’ a 53º 00’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Planalto


Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Pardo, Pardinho e Pequeno e Arroio


Francisco Alves (Tabela 55).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 93

Tabela 55 – Altitude e localização dos corpos de água principais - Bacia


do Rio Pardo

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Pardo 710 m Barros Cassal

Gramado Xavier, Barros Cassal


Rio Pardinho 685 m
e Boqueirão do Leão

Arroio Francisco Alves 600 m Vale do Sol e Herveiras

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo está ilustrado na Figura 20.

4) Área e população total (Tabela 56):

Tabela 56 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Pardo

2 População Urbana População Rural


Área (Km ) População Total (hab)
(hab) (hab)

3.658,34 144.666 64.394 209.060

5) Unidades de Conservação existentes: uma unidade administrada pelo


município de Vera Cruz (Tabela 57).

Tabela 57 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Unidade de
Classificação no SNUC Localização Área (ha) Administração
Conservação
Classificada pelo Sistema
Parque Natural Municipal
Estadual de Unidades de Vera Cruz 15,85 Municipal
de Vera Cruz
Conservação

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 94

Figura 20 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 95

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros (Tabela 58).

Tabela 58 - Composição atual do Comitê do Rio Pardo

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 05

Drenagem Urbana, Esgotamento Sanitário e Efluentes


03
Líquidos de Resíduos Sólidos

Indústria e Agroindústria 04

Agricultura 05

Pecuária 01

Turismo, Esporte e Lazer 01

Mineração 01

Total 20

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 05

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias 05

Instituições de Ensino Superior 01

Associações Técnico-Científicas 03

Organizações Sindicais 04

Total 20

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 96

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 10

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 15 municípios (Tabela 59).

Tabela 59 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Pardo

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Barros Cassal 48,03 3.560 7.890 2.550 3.790 6.340


Boqueirão do Leão 43,07 1.634 6.191 0 2.666 2.666
Candelária 52,94 14.372 15.072 14.372 7.979 22.351
Gramado Xavier 100,00 418 3.493 418 3.493 3.911
Herveiras 100,00 356 2.469 356 2.469 2.825
Lagoão 47,54 1.159 5.230 1.159 2.486 3.645
Passa Sete 76,11 501 4.495 501 3.421 3.922
Rio Pardo 26,18 25.934 11.770 8.710 3.081 11.791
Santa Cruz do Sul 40,67 101.844 14.013 101.844 5.699 107.543
Segredo 0,40 1.842 5.180 0 21 21
Sinimbu 95,80 1.449 8.866 1.449 8.494 9.943
Soledade 0,11 23.663 6.263 0 7 7
Vale do Sol 100,00 1.140 9.677 1.140 9.677 10.817
Venâncio Aires 2,40 40.441 24.001 0 576 576
Vera Cruz 100,00 12.167 10.535 12.167 10.535 22.702
Bacia - - - 144.666 64.394 209.060

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 97

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 30,34 L/s/Km2

Tabela 60 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Hidrográfica do Rio Pardo
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

25.50 13.57 8.22 2.86 1.52 0.45

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 61).

Tabela 61 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu 4,43 -
Serra Geral I 9,57 9,7
Serra Geral II 50,62 -
Santa Maria 24,73 13,5
Sanga do Cabral/Pirambóia 10,65 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 62) e em percentual (Figura 21).

Tabela 62 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

11.89 - 121.11 5.83

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 98

Es tim ativas d as d e m an d as h íd r icas s u p e r fíciais


an u ais , n a Bacia Hid r o g r áfica d o Rio Par do *

D es s edentaç ão
A bas tec im ento
anim al
P úblic o
4.20%
8.56%

Irrigaç ão
87.23%

Figura 21 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 63) e em percentual (Figura 22).

Tabela 63 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

3.19 2.55

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 99

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio P a rdo

A bas tec im ento


Indus trial
44.51%

A bas tec im ento


P úblic o
55.49%

Figura 22 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Pardo

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 64).

Tabela 64 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Pardo

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,80 0,06 0,16 1,02

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 100

3.1.7 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Rio dos Sinos – Fonte: Comitê Sinos

I. Dados gerais
1) Localização: a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas de 29°20’ a 30°10’ de latitude Sul e 50°15’ a
51°20’ de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios Rolante, Paranhana e dos Sinos (Tabela 65).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 101

Tabela 65 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio dos Sinos

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio dos Sinos 920 m Caraá

Rio Rolante 1000 m São Francisco de Paula

Rio Paranhana 890 m Canela

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos está ilustrado na Figura 23.

4) Área e população total (Tabela 66):

Tabela 66 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio dos Sinos

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

3.746,68 1.186.917 62.183 1.249.100

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 102

Figura 23 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 103

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades, uma administrada


pelo Estado e outra pela União (Tabela 67).

Tabela 67 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio dos


Sinos

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Floresta Nacional São Francisco de


Uso Sustentável 1.138,64 federal
de São Francisco Paula
de Paula
Classificada pelo
Sistema Estadual Sapucaia do Sul,
Parque Zoológico 822,00 estadual
de Unidades de São Leopoldo
Conservação
Classificada pelo
Área de Proteção
Sistema Estadual
Ambiental Canoas 558,46 Municipal
de Unidades de
Guajuviras
Conservação
Classificada pelo
Parque Municipal Sistema Estadual São Francisco de
1.200,00 Municipal
da Ronda de Unidades de Paula
Conservação
Classificada pelo
Parque Natural
Sistema Estadual
Municipal Imperatriz São Leopoldo 151,80 Municipal
de Unidades de
Leopoldina
Conservação

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 68).

Tabela 68 – Composição atual do Comitê do Rio dos Sinos

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 06

Efluentes Líquidos de Resíduos Sólidos 01

Indústria 02

Agricultura 02

Mineração/Navegação 01

Pesca/Recreação 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 104

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Organizações Comunitárias 03

Organizações Civis de Recursos Hídricos e Entidades


04
Ambientalistas

Associações Técnico-Científicas 02

Instituições de Ensino Superior 02

Entidades Sindicais de Trabalhadores Rurais e


01
Urbanos

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 33 municípios (Tabela 69).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 105

Tabela 69 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio dos Sinos

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Araricá 99,00 4.263 518 4.263 513 4.776


Cachoeirinha 19,17 112.603 0 0 0 0
Campo Bom 100,00 52.181 4.414 52.181 4.414 56.595
Canela 59,03 34.961 3.357 19.813 1.982 21.794
Canoas 55,94 326.458 0 131.002 0 131.002
Capela de Santana 1,42 6.626 4.324 0 61 61
Caraá 99,67 938 6.193 938 6.173 7.111
Dois Irmãos 8,92 24.645 170 0 15 15
Estância Velha 93,53 39.695 1.045 39.695 977 40.672
Esteio 100,00 78.728 88 78.728 88 78.816
Glorinha 0,10 1.906 5.002 0 5 5
Gramado 31,61 28.080 3.572 9.637 1.129 10.766
Gravataí 16,00 238.143 23.007 0 3.681 3.681
Igrejinha 93,17 29.860 1.253 29.860 1.167 31.027
Ivoti 6,28 16.572 1.945 0 122 122
Maquiné 0,36 2.206 5.168 0 19 19
Nova Hartz 98,04 14.039 2.649 14.039 2.597 16.636
Nova Santa Rita 41,94 16.941 3.650 0 1.531 1.531
Novo Hamburgo 100,00 248.562 4.505 248.562 4.505 253.067
Osório 5,01 33.819 5.471 0 274 274
Parobé 100,00 46.179 2.534 46.179 2.534 48.713
Portão 85,99 23.334 5.249 23.334 4.514 27.848
Riozinho 99,13 2.748 1.658 2.748 1.644 4.392
Rolante 100,00 14.738 4.475 14.738 4.475 19.213
Santa Maria do Herval 2,60 4.420 1.753 0 46 46
Santo Antônio da 32,58 26.510 11.400 0 3.714 3.714
São Francisco de Paula 11,43 13.221 8.057 8.692 921 9.613
São Leopoldo 100,00 207.015 706 207.015 706 207.721
São Sebastião do Caí 3,57 16.295 4.064 0 145 145
Sapiranga 58,95 68.962 5.017 68.962 2.958 71.920
Sapucaia do Sul 100,00 121.799 432 121.799 432 122.231
Taquara 93,26 44.394 9.034 44.394 8.425 52.819
Três Coroas 94,16 20.338 2.567 20.338 2.417 22.755
Bacia - - - 1.186.917 62.183 1.249.100

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 106

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 23,89 L/s/Km2

Tabela 70 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Hidrográfica do Rio dos Sinos

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

25.54 14.78 8.62 3.39 2.04 0.96

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 71).

Tabela 71 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu/Pirambóia 39,72 10
Aquitardos permeanos 6,88 -
Basalto/Botucatu 2,81 -
Botucatu 0,27 -
Quaternário Costeiro II 1,23 -
Serra Geral II 41,22 -
Serra Geral II 7,87 6,7

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 72) e em percentual (Figura 24).

Tabela 72 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

84.74 104.16 96.95 3.31

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 107

Es tim ativa das de m andas hídr icas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio dos Sinos

D es s edentaç ão
anim al
1% A bas tec im ento
Irrigaç ão P úblic o
34% 29%

A bas tec im ento


Indus trial
36%

Figura 24 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Sinos

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 73) e em percentual (Figura 25).

Tabela 73 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

22.64 3.75

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 108

Estima tiva s da s de manda s hídrica s subte rrâ ne a s


anua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio dos Sinos

A bastecim ento
Industrial
14.22%

A bastecim ento
P úblico
85.78%

Figura 25 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 74).

Tabela 74 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio dos Sinos

DBO suinocultura DBO remanescente


DBO doméstica DBO industrial
total

4,02 0,30 0,04 4,36

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 109

3.1.8 Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

Rio Taquari – Fonte: Comitê Taquari-Antas

I. Dados gerais
1) Localização: a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas de 28°10’ a 29°57’ de latitude Sul e 49°56’ a
52°38’ de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios das Antas, Tainhas e Carreiro (Tabela 75).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 110

Tabela 75 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais – Bacia


Taquari-Antas

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio das Antas 1260 m São José dos Ausentes

Rio Tainhas 940 m São Francisco de Paula

Rio Carreiro 800 m Ibiraiaras

O mapa da Bacia Taquari-Antas está ilustrado na Figura 26.

4) Área e população total (Tabela 76):

Tabela 76 – Dados de área e demografia – Bacia Taquari-Antas

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

26.491,82 900.498 307.141 1.207.640

5) Unidades de Conservação existentes: seis unidades, sendo duas


administradas pelo Estado e as demais pela União (Tabela 77).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 111

Tabela 77 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio


Taquari-Antas

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

São Francisco de
Parque Estadual de
Proteção Integral Paula, Cambará do 4.924,80 estadual
Tainhas
Sul, Jaquirana

São Francisco de
Paula, Cambará do
APA Rota do Sol Uso Sustentável 52.355,00 estadual
Sul, Itati, Três
Forquilhas

Estação Ecológica
de Aracuri- Proteção Integral Muitos Capões 272,63 federal
Esmeralda

Cambará do Sul,
Parque Nacional da
Proteção Integral São Francisco de 17.300,00 federal
Serra Geral
Paula

Parque Nacional de
Proteção Integral Cambará do Sul 10.250,00 federal
Aparados da Serra

Floresta Nacional
Uso Sustentável Mato Castelhano 1.328,00 federal
de Passo Fundo

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 112

Figura 26 – Mapa da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 113

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros (Tabela 78).

Tabela 78 – Composição atual do Comitê Taquari-Antas

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Indústria e Agroindústria 04

Agropecuário 04

Esgotamento Sanitário e Drenagem 04

Geração de Energia 02

Navegação e Mineração 01

Esporte, Lazer e Turismo 01

Total 20

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 06

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 03

Associações Técnico-Científicas 03

Organizações Comunitárias 03

Organizações Ambientalistas 03

Organizações Sindicais 02

Total 20

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretária das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria da Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 114

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Transporte 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

Total 10

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 119 municípios (Tabela 79).

Tabela 79 – População urbana e rural por município - Bacia do Taquari –


Antas

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Água Santa 1,31 1.242 2.323 0 30 30


André da Rocha 100,00 428 778 428 778 1.206
Anta Gorda 100,00 2.244 3.919 2.244 3.919 6.163
Antônio Prado 100,00 9.502 4.089 9.502 4.089 13.591
Arroio do Meio 100,00 13.985 4.094 13.985 4.094 18.079
Arvorezinha 100,00 5.860 4.350 5.860 4.350 10.210
Barão 48,89 2.563 2.730 2.563 1.335 3.898
Barros Cassal 51,69 3.560 7.890 1.010 4.078 5.088
Bento Gonçalves 100,00 90.756 9.887 90.756 9.887 100.643
Boa Vista do Sul 100,00 352 2.311 352 2.311 2.663
Bom Jesus 30,57 8.832 3.011 8.832 920 9.752
Bom Retiro do Sul 100,00 8.707 2.423 8.707 2.423 11.130
Boqueirão do Leão 56,93 1.634 6.191 1.634 3.525 5.159
Brochier 33,74 1.902 2.799 1.902 944 2.846
Camargo 100,00 1.056 1.415 1.056 1.415 2.471
Cambará do Sul 87,00 3.490 3.469 3.490 3.018 6.508
Campestre da Serra 100,00 1.022 2.183 1.022 2.183 3.205
Canudos do Vale 100,00 445 1.496 445 1.496 1.941
Capão Bonito do Sul 3,85 534 1.303 0 50 50
Capitão 100,00 1.059 1.536 1.059 1.536 2.595
Carlos Barbosa 57,28 18.803 5.157 0 2.954 2.954

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 115

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Casca 100,00 4.647 3.734 4.647 3.734 8.381


Caseiros 10,01 1.407 1.582 0 158 158
Caxias do Sul 52,06 369.110 29.928 230.806 15.580 246.386
Ciríaco 74,37 2.407 2.538 2.407 1.888 4.295
Colinas 100,00 1.120 1.284 1.120 1.284 2.404
Coqueiro Baixo 100,00 247 1.319 247 1.319 1.566
Coronel Pilar 100,00 173 1.485 173 1.485 1.658
Cotiporã 100,00 2.139 2.438 2.139 2.438 4.577
Cruzeiro do Sul 100,00 7.074 5.097 7.074 5.097 12.171
David Canabarro 100,00 1.845 2.859 1.845 2.859 4.704
Dois Lajeados 100,00 1.431 1.903 1.431 1.903 3.334
Doutor Ricardo 100,00 590 1.463 590 1.463 2.053
Encantado 100,00 16.967 2.569 16.967 2.569 19.536
Esmeralda 0,61 2.141 1.093 0 7 7
Estrela 100,00 24.538 4.533 24.538 4.533 29.071
Fagundes Varela 100,00 1.223 1.285 1.223 1.285 2.508
Farroupilha 59,95 47.909 11.962 39.273 7.171 46.444
Fazenda Vilanova 100,00 1.420 1.648 1.420 1.648 3.068
Flores da Cunha 100,00 16.410 8.897 16.410 8.897 25.307
Fontoura Xavier 100,00 3.836 7.238 3.836 7.238 11.074
Forquetinha 100,00 465 2.083 465 2.083 2.548
Garibaldi 100,00 25.589 3.202 25.589 3.202 28.791
General Câmara 57,36 5.242 3.540 5.242 2.031 7.273
Gentil 98,76 571 1.008 571 996 1.567
Guabiju 100,00 702 967 702 967 1.669
Guaporé 100,00 19.426 1.995 19.426 1.995 21.421
Ibiraiaras 96,18 3.432 3.662 0 3.522 3.522
Ibirapuitã 18,01 2.231 1.951 0 351 351
Ilópolis 100,00 2.122 2.080 2.122 2.080 4.202
Imigrante 100,00 1.422 1.591 1.422 1.591 3.013
Ipê 100,00 2.731 3.144 2.731 3.144 5.875
Itapuca 100,00 506 1.948 506 1.948 2.454
Jaquirana 100,00 2.569 1.835 2.569 1.835 4.404
Lagoa Vermelha 39,27 23.645 3.789 0 1.488 1.488
Lajeado 100,00 67.239 235 67.239 235 67.474
Maratá 0,63 719 1.725 0 11 11
Marau 61,13 28.729 5.049 28.729 3.086 31.815
Marques de Souza 100,00 1.492 2.551 1.492 2.551 4.043
Mato Castelhano 46,34 471 2.137 471 990 1.461
Mato Leitão 100,00 1.524 2.061 1.524 2.061 3.585
Montauri 100,00 620 963 620 963 1.583

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 116

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Monte Alegre dos 96,67 152 2.970 152 2.871 3.023


Monte Belo do Sul 100,00 689 2.077 689 2.077 2.766
Montenegro 8,21 50.470 6.320 0 519 519
Muçum 100,00 3.789 785 3.789 785 4.574
Muitos Capões 97,57 947 2.022 947 1.973 2.920
Muliterno 87,58 459 1.341 459 1.174 1.633
Nova Alvorada 100,00 1.147 1.911 1.147 1.911 3.058
Nova Araçá 100,00 2.577 1.198 2.577 1.198 3.775
Nova Bassano 100,00 5.210 3.473 5.210 3.473 8.683
Nova Bréscia 100,00 1.428 1.734 1.428 1.734 3.162
Nova Pádua 100,00 739 1.745 739 1.745 2.484
Nova Prata 100,00 18.204 4.053 18.204 4.053 22.257
Nova Roma do Sul 100,00 1.777 1.713 1.777 1.713 3.490
Paraí 100,00 3.547 3.030 3.547 3.030 6.577
Passo do Sobrado 61,81 1.356 4.611 1.356 2.850 4.206
Passo Fundo 2,41 178.186 5.114 0 123 123
Paverama 100,00 3.893 3.723 3.893 3.723 7.616
Poço das Antas 99,36 737 1.239 737 1.231 1.968
Pouso Novo 100,00 582 1.410 582 1.410 1.992
Progresso 100,00 1.803 4.407 1.803 4.407 6.210
Protásio Alves 100,00 418 1.696 418 1.696 2.114
Putinga 100,00 1.467 2.725 1.467 2.725 4.192
Relvado 100,00 708 1.488 708 1.488 2.196
Roca Sales 100,00 5.995 3.927 5.995 3.927 9.922
Salvador do Sul 36,90 3.697 2.947 0 1.087 1.087
Santa Clara do Sul 100,00 2.509 2.962 2.509 2.962 5.471
Santa Cruz do Sul 57,36 101.844 14.013 0 8.038 8.038
Santa Tereza 100,00 659 1.156 659 1.156 1.815
Santo Antônio do Palma 100,00 629 1.587 629 1.587 2.216
São Domingos do Sul 100,00 1.608 1.246 1.608 1.246 2.854
São Francisco de Paula 53,43 13.221 8.057 0 4.305 4.305
São Jorge 100,00 1.350 1.414 1.350 1.414 2.764
São José do Herval 100,00 814 1.665 814 1.665 2.479
São José dos Ausentes 24,10 1.749 1.431 0 345 345
São Marcos 100,00 16.741 2.900 16.741 2.900 19.641
São Pedro da Serra 34,89 1.437 1.680 0 586 586
São Valentim do Sul 100,00 644 1.586 644 1.586 2.230
Serafina Corrêa 100,00 11.139 2.324 11.139 2.324 13.463
Sério 100,00 525 1.874 525 1.874 2.399
Sinimbu 4,20 1.449 8.866 0 372 372
Soledade 33,49 23.663 6.263 10.195 2.097 12.292

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 117

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Tabaí 100,00 1.198 2.848 1.198 2.848 4.046


Taquari 100,00 21.393 4.375 21.393 4.375 25.768
Teutônia 100,00 21.292 3.813 21.292 3.813 25.105
Travesseiro 100,00 896 1.483 896 1.483 2.379
Triunfo 23,01 14.644 9.332 7.105 2.147 9.253
União da Serra 100,00 283 1.383 283 1.383 1.666
Vacaria 34,14 55.851 4.087 4.422 1.395 5.817
Vale Verde 46,92 845 2.382 0 1.118 1.118
Vanini 100,00 904 1.052 904 1.052 1.956
Venâncio Aires 97,60 40.441 24.001 40.441 23.425 63.866
Veranópolis 100,00 20.712 3.192 20.712 3.192 23.904
Vespasiano Correa 100,00 369 1.604 369 1.604 1.973
Vila Flores 100,00 1.280 1.889 1.280 1.889 3.169
Vila Maria 100,00 1.989 2.170 1.989 2.170 4.159
Vista Alegre do Prata 100,00 393 1.099 393 1.099 1.492
Westfalia 100,00 972 1.744 972 1.744 2.716
Bacia - - - 900.498 307.141 1.207.640

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 23,02 L/s/Km2

Tabela 80 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Taquari-Antas:
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

22.65 12.59 7.73 2.86 1.65 0.68

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 118

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 81).

Tabela 81 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Taquari-Antas
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu/Pirambóia 1,28 16,52
Aquitardos permeanos 0,78 -
Botucatu 0,50 -
Serra Geral I 4,88 15,1
Serra Geral II 88,14 -
Santa Maria 4,06 18
Sanga do Cabral/Pirambóia 0,37 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 82) e em percentual (Figura 27).

Tabela 82 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Taquari-Antas

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

67.14 51.40 109.29 76.29

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 119

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica Taquar i-Antas

A bastecimento
Dessedentação P úblico
animal 22%
25%

A bastecimento
Industrial
17%
Irrigação
36%

Figura 27 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Taquari-Antas

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 83) e em percentual (Figura 28).

Tabela 83 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Taquari-Antas

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

16.93 15.14

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 120

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica Ta qua ri-Anta s

A bastecim ento
Industrial
47.20%

A bastecim ento
P úblic o
52.80%

Figura 28 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Taquari-Antas

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 84).

Tabela 84 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Taquari-Antas

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,59 0,09 0,33 1,01

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 121

3.1.9 Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí Mirim

Rio Vacacaí – Fonte: Comitê Vacacaí-Vacacaí Mirim

I. Dados gerais
1) Localização: porção centro-ocidental do Estado, entre as coordenadas
geográficas 29°35’ a 30°45’ de latitude Sul e 53°04’ a 54°34’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Escudo Sul


Rio-Grandense.

3) Principais corpos hídricos: rios Vacacaí, Vacacaí-Mirim e dos Corvos


(Tabela 85).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 122

Tabela 85 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia Vacacaí-Vacacaí Mirim

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Vacacaí 320 m São Gabriel

Rio Vacacaí-Mirim 460 m Itaara, Santa Maria

Rio dos Corvos 120 m Dilermando de Aguiar

O mapa da Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim está ilustrado na Figura


29.

4) Área e população total (Tabela 86):

Tabela 86 – Dados de área e demografia

2 População Urbana População Rural


Área (Km ) População Total (hab)
(hab) (hab)

11.077,34 340.783 43.874 384.657

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 123

Figura 29 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 124

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros (Tabela 87).

Tabela 87 – Composição atual do Comitê Vacacaí-Vacacaí Mirim

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 03

Agricultura e Pecuária 05

Indústria e Mineração 01

Abastecimento Público 03

Pesca, Esporte e Lazer 02

Total 14

Grupo II – População

Categoria Vagas

Associações Comunitárias e Clubes de Serviços 04

Organizações Ambientalistas 02

Associações Técnico-Científicas 02

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02

Legislativos Municipais 03

Organizações Sindicais 01

Total 14

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Coordenação e Planejamento 01

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria da Educação 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 125

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 07

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 16 municípios (Tabela 88).

Tabela 88 – População urbana e rural por município - Bacia dos rios


Vacacaí-Vacacaí Mirim

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Caçapava do Sul 30,38 19.017 13.557 2.114 4.119 6.232


Cachoeira do Sul 8,55 71.878 12.751 0 1.090 1.090
Dilermando de Aguiar 70,08 975 2.154 975 1.510 2.485
Formigueiro 100,00 2.385 4.731 2.385 4.731 7.116
Itaara 59,90 3.505 1.128 3.505 676 4.181
Ivorá 0,54 763 1.615 0 9 9
Júlio de Castilhos 1,17 16.200 3.341 0 39 39
Lavras do Sul 0,16 4.738 3.377 0 5 5
Restinga Seca 72,34 8.797 6.798 8.797 4.918 13.715
Santa Margarida do 100,00 556 1.607 556 1.607 2.163
Santa Maria 89,92 249.443 13.960 249.443 12.553 261.995
São Gabriel 52,00 51.297 6.681 51.297 3.474 54.771
São João do Polêsine 49,53 1.132 1.570 0 778 778
São Sepé 100,00 18.544 5.243 18.544 5.243 23.787
Silveira Martins 68,17 1.089 1.390 1.089 948 2.037
Vila Nova do Sul 100,00 2.079 2.176 2.079 2.176 4.255
Bacia - - - 340.783 43.874 384.657

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 126

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 17,16 L/s/Km2

Tabela 89 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

18.10 7.25 3.40 1.15 0.58 0.13

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 90).

Tabela 90 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos permeanos 14,49 -
Basalto/Botucatu 0,41 -
Botucatu 0,25 -
Embasamento Cristalino II 12,44 3,8
Embasamento Cristalino III 0,81 -
Aquiclude Eo-Paleozóico 14,80 -
Palermo/Rio Bonito 19,41 3
Serra Geral II 2,33 -
Santa Maria 5,50 -
Sanga do Cabral/Pirambóia 29,55 8,7

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 91) e em percentual (Figura 30).

Tabela 91 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

28.45 2.08 927.55 15.36

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 127

Es tim ativa d e m an d as h íd r icas s u p e r fíciais an u ais -


Bacia Hid r o g r áfica V acacaí-V acacaí M ir im

A b ast eciment o
Púb lico
D essed ent ação 2 .9 2 % A b ast eciment o
animal Ind ust rial
1.58 % 0 .2 1%

Irrig ação
9 5.2 9 %

Figura 30 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 92) e em percentual (Figura 31).

Tabela 92 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

3.69 0.50

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 128

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica Va ca ca í-Va ca ca í
M irim

A bas tec im ento


Indus trial
12.03%

A bas tec im ento


P úblic o
87.97%

Figura 31 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas


subterrâneas, Bacia dos rios Vacacaí-Vacacaí Mirim

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 93).

Tabela 93 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Vacacaí-Vacacaí
Mirim

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,33 0,02 0,02 0,37

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 129

3.2 REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS

A Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas se localiza na porção leste e


sul do território gaúcho, compreendendo as províncias geomorfológicas do Planalto
Meridional, Planície Costeira e Escudo Sul-Rio-Grandense. Sua superfície total é
de aproximadamente de 57.171,67, correspondendo a 20,3% da área do Estado. A
população total foi estimada em 1.296.756 habitantes, estando distribuída em 72
municípios. Está dividida em cinco bacias hidrográficas: Camaquã, Litoral Médio,
Mampituba, Mirim–São Gonçalo e Tramandaí (Figura 32).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 130

Figura 32 - Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 131

3.2.1 Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

Rio Camaquã – Autor: Airton Madeira; Fonte: Comitê Camaquã

I. Dados gerais
1) Localização: região central do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 28º50’ a 30º 00’ de latitude Sul e 52º 15’ a 53º 00’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Escudo Sul-Rio-Grandense e


Planície Costeira.

3) Principais corpos hídricos: O rio Camaquã é formado pelos arroios


Camaquã e do Hilário. Este último é formado pelos arroios dos Carros e
Teixeira (Tabela 94).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 132

Tabela 94 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Rio Camaquã

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Arroio dos Carros 420 m


Lavras do Sul
Arroio Teixeira 440 m

Arroio Camaquã 360 m Dom Pedrito

O mapa da Bacia do Camaquã está ilustrado na Figura 33 .

4) Área e população total (Tabela 95):

Tabela 95 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Camaquã

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

21.259,11 112.151 124.137 236.287

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades administradas pelo


Estado (Tabela 96).

Tabela 96 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio


Camaquã

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque estadual do São Lourenço,


Proteção Integral 7.992,50 estadual
Camaquã Camaquã

Parque Estadual do
Proteção Integral Encruzilhada do Sul 3.645,00 estadual
Podocarpus

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 133

Figura 33 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Camaquã.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 134

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 45 membros (Tabela 97).

Tabela 97 – Composição atual do Comitê Camaquã

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 04

Agricultura 04

Pecuária 02

Indústria 02

Turismo e Lazer 01

Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana 02

Pesca e Piscicultura 01

Mineração 02

Total 18

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Municipal 05

Organizações Ambientais 04

Organizações Comunitárias e Sindicais 04

Instituições de Ensino Superior e Pesquisa 02

Organizações Civis de Recursos Hídricos 01

Associações Técnico-Científicas 02

Total 18

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 135

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Turismo 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 09

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 26 municípios (Tabela 98).

Tabela 98 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Camaquã

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Amaral Ferrador 100,00 1.408 4.824 1.408 4.824 6.232


Arambaré 100,00 2.923 902 2.923 902 3.825
Arroio do Padre 39,42 463 2.271 463 895 1.358
Bagé 50,36 94.398 18.152 0 9.141 9.141
Barão do Triunfo 22,91 714 6.210 0 1.423 1.423
Barra do Ribeiro 1,18 8.907 2.571 0 30 30
Caçapava do Sul 28,82 19.017 13.557 0 3.907 3.907
Camaquã 100,00 47.455 13.108 47.455 13.108 60.563
Canguçu 72,16 18.817 34.730 0 25.061 25.061
Cerro Grande do Sul 84,90 2.144 7.089 2.144 6.019 8.163
Chuvisca 100,00 259 4.615 259 4.615 4.874
Cristal 100,00 3.912 3.114 3.912 3.114 7.026
Dom Feliciano 72,88 3.115 11.389 3.115 8.300 11.415
Dom Pedrito 4,76 34.759 3.389 0 161 161
Encruzilhada do Sul 59,71 16.174 7.978 2.692 4.764 7.455

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 136

Hulha Negra 9,72 2.625 3.405 0 331 331


Lavras do Sul 50,50 4.738 3.377 4.738 1.705 6.443
Pelotas 8,90 316.717 23.217 0 2.066 2.066
Pinheiro Machado 56,99 9.635 3.304 0 1.883 1.883
Piratini 43,82 11.710 8.515 0 3.731 3.731
Santana da Boa Vista 76,75 3.856 4.743 3.856 3.640 7.496
São Jerônimo 13,11 15.705 4.801 0 629 629
São Lourenço do Sul 100,00 23.165 19.174 23.165 19.174 42.339
Sentinela do Sul 66,26 1.290 4.000 1.290 2.650 3.940
Tapes 79,65 14.731 1.826 14.731 1.454 16.185
Turuçu 29,00 1.735 2.094 0 607 607
Bacia - - - 112.151 124.137 236.287

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 22,46 L/s/Km2

Tabela 99 - Disponibilidades hídricas superficiais características da Bacia


Hidrográfica do Rio Camaquã

Vazão de permanência (L/s/Km2)


30% 50% 70% 90% 95% 99%

20.78 10.94 5.78 2.12 1.20 0.47

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 100).

Tabela 100 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na


Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Barreira Marinha 0,19 -
Embasamento Cristalino II 44,42 5
Embasamento Cristalino III 26,41 -
Aquiclude Eo-Paleozóico 12,61 -
Palermo/ Rio Bonito 1,40 -
Quaternário Costeiro I 3,78 -
Quaternário Costeiro II 11,36 34,1
Quaternário Indiferenciado 1,62 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 137

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 101) e em percentual (Figura 34).

Tabela 101 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

Abastecimento Abastecimento
Irrigação Dessedentação animal
Público Industrial

8.58 1.07 1125.45 27.03

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Cam aquã

A bas tec im ento


P úblic o
D es s edentaç ão A bas tec im ento
0.74%
anim al Indus trial
2.33% 0.09%

Irrigaç ão
96.84%

Figura 34 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 102) e em percentual (Figura 35).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 138

Tabela 102 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.15 0.06

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Ca m a quã

A bas t ec im ento
Indus t rial
1.02%

A bas t ec im ent o
P úblic o
98.98%

Figura 35 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Camaquã

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 103).

Tabela 103 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Camaquã

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,13 0,01 0,03 0,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 139

3.2.2 Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

Lagoa do Peixe – Fonte: Prefeitura Municipal de Tavares

I. Dados gerais
1) Localização: leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas de 29°51’ a 32°11’ de latitude Sul e 50°15’ a 52°05’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planície Costeira.

3) Principais corpos hídricos: Lagoa dos Barros e Lagoa do Peixe (Tabela


104).

Tabela 104 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia do Litoral Médio

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Lagoa dos Barros - Santo Antonio da Patrulha, Osório

Mostardas, Tavares, São José do


Lagoa do Peixe - Norte

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 140

O mapa da Bacia do Litoral Médio está ilustrado na Figura 36.

4) Área e população total (Tabela 105):

Tabela 105 – Dados de área e demografia – Bacia do Litoral Médio

2
Área (Km ) População Urbana (hab) População Rural (hab) População Total (hab)

6.108,03 39.247 28.592 67.838

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades, uma administrada


pelo Estado e outra pela União (Tabela 106).

Tabela 106 – Unidades de conservação na Bacia do Litoral Médio

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual de
Proteção Integral Viamão 5.566,50 estadual
Itapuã

Parque Nacional da
Proteção Integral Mostardas, Tavares 34.400,00 federal
Lagoa do Peixe

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 141

Figura 36 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 142

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 30 membros; eleição a ser realizada. Os membros do grupo III
serão indicados entre os órgãos públicos atuantes na região e que
desenvolvam atividades relativas aos recursos hídricos, sendo cinco de
órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal (Tabela
107).

Tabela 107 – Composição do Comitê do Litoral Médio

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 01

Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 01

Produção rural 04

Indústria 02

Turismo e Lazer 01

Gestão urbana e ambiental 01

Pesca e Piscicultura 02

Total 12

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 02

Associações comunitárias 02

Clubes de serviços comunitários 02

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 02

Organizações ambientais 02

Associações de profissionais 02

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 143

Total 12

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 06

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 11 municípios (Tabela 108).

Tabela 108 – População urbana e rural por município - Bacia do Litoral


Médio

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Balneário Pinhal 15,29 10.062 455 0 70 70


Capivari do Sul 100,00 2.493 846 2.493 846 3.339
Cidreira 25,86 10.447 436 0 113 113
Mostardas 98,19 7.875 4.028 7.875 3.955 11.830
Osório 30,43 33.819 5.471 0 1.665 1.665
Palmares do Sul 68,41 9.918 1.505 5.103 1.030 6.133
Santo Antônio da Patrulha 24,36 26.510 11.400 0 2.777 2.777
São José do Norte 100,00 18.696 6.209 18.696 6.209 24.905
Tavares 100,00 2.890 2.270 2.890 2.270 5.160
Tramandaí 29,52 38.872 1.019 0 301 301
Viamão 53,16 235.662 17.602 2.189 9.357 11.547
Bacia - - - 39.247 28.592 67.838

III. Disponibilidade hídrica subterrânea

Reservas reguladoras (Tabela 109).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 144

Tabela 109 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas na


Bacia do Litoral Médio
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Barreira Marinha 4,31 -
Embasamento Cristalino III 0,26 -
Quaternário Costeiro I 81,61 55
Quaternário Costeiro II 13,46 -
Serra Geral II 0,37 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 110) e em percentual (Figura 37).

Tabela 110 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia do Litoral Médio

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

1.99 0.91 1202.08 5.77

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim a tiva s da s de m a nda s hídric a s s upe rfíc ia is


a nua is , na Ba c ia Hidrográ fic a do Litora l M é dio

A bastecimento
P úblico
Dessedentação 0.16% A bastecimento
animal Industrial
0.48% 0.08%

Irrigação
99.28%

Figura 37 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia do Litoral Médio

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 145

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 111) e em percentual (Figura 38).

Tabela 111 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Litoral Médio

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

2.93 0.98

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Litora l M é dio

A bas t ec im ento
Indus t rial
25.00%

A bas t ec im ento
P úblic o
75.00%

Figura 38 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas


subterrâneas, Bacia do Litoral Médio

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 112).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 146

Tabela 112 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Litoral Médio

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,14 0,01 0,02 0,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 147

3.2.3 Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

Rio Mampituba – Fonte: Prefeitura Municipal de Torres

I. Dados gerais
1) Localização: nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29°11’ a 29°26’ de latitude Sul e 49°42’ a 50°12’
de longitude Oeste e abrange área no extremo sul de Santa Catarina.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Planície


Costeira.

3) Principais corpos hídricos: Rio Mampituba, Rio Pavão, Rio do Mengue e


Arroio Paraíso (Tabela 113).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 148

Tabela 113 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


Bacia do Rio Mampituba

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Mampituba 1050 m Cambará do Sul

Rio Pavão 950 m Cambará do Sul

Rio do Mengue 900 m Morrinhos do Sul

Arroio Paraíso 950 m Morrinhos do Sul

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba está ilustrado na

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 149

Figura 39.

4) Área e população total (Tabela 114):

Tabela 114 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Mampituba

2
Área (Km ) População Urbana (hab) População Rural (hab) População Total (hab)

698,65 19.199 9.115 28.314

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades administradas pelo


Estado e uma unidade administrada pela união (Tabela 115).

Tabela 115 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio


Mampituba

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual
Proteção Integral Torres 1.000,00 estadual
de Itapeva

Parque Estadual
Proteção Integral Torres 28,23 estadual
da Guarita
Refúgio de Vida
Refúgio de Vida
silvestre da Ilha Torres 142,00 federal
Silvestre
dos Lobos

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 150

Figura 39 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 151

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 7 municípios (Tabela 116).

Tabela 116 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Mampituba

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Cambará do Sul 13,00 3.490 3.469 0 451 451


Dom Pedro de Alcântara 62,50 755 1.973 0 1.233 1.233
Mampituba 100,00 464 2.462 464 2.462 2.926
Morrinhos do Sul 99,62 1.345 1.896 1.345 1.889 3.234
Torres 70,61 29.042 3.316 17.390 2.341 19.732
Três Cachoeiras 18,48 7.003 3.387 0 626 626
Três Forquilhas 4,01 269 2.804 0 112 112
Bacia - - - 19.199 9.115 28.314

III. Disponibilidade hídrica subterrânea

Reservas reguladoras (Tabela 117).

Tabela 117 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu 2,41 9
Quaternário Costeiro I 4,50 -
Quaternário Costeiro II 31,11 -
Serra Geral II 43,12 -
Serra Geral III 18,86 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 118) e em percentual (Figura 41).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 152

Tabela 118 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

0.09 0.00 62.94 0.76

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídricas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio M am pituba

Dessedentação Abastecimento
animal Público
1.19% 0.15%

Irrigação
98.67%

Figura 40 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 119) e em percentual (Figura 42).

Tabela 119 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

0.45 0.00

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 153

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia hidrográ fica do Rio Ma m pituba

A bas tec im ento


Indus trial
0.00%

A bas tec im ento


P úblic o
100.00%

Figura 41 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Mampituba

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 120).

Tabela 120 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Mampituba

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,04 0,05 0,11 0,20

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 154

3.2.4 Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo

Rio Jaguarão – Fonte: Prefeitura Municipal de Jaguarão

I. Dados gerais
1) Localização: sudeste do Estado do Rio Grande do Sul entre as coordenadas
geográficas 31º30’ a 34º35’ de latitude Sul e 53º31’a 55º15’de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planície Costeira e Escudo Sul-Rio-


Grandense.

3) Principais corpos hídricos: Lagoa Mirim, Lagoa da Mangueira, Rio Jaguarão,


Rio Piratini e Arroio Pelotas (Tabela 121).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 155

Tabela 121 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia Mirim-São Gonçalo

Altitude/nascente
Principais corpos de água Localização
principal

Rio Grande, Santa Vitória do Palmar,


Lagoa Mirim -
Arroio Grande, Jaguarão

Lagoa da Mangueira - Santa Vitória do Palmar

Rio Jaguarão 360 m Candiota, Bagé

Rio Piratini 460 m Piratini

Arroio Pelotas 440 m Morro Redondo, Canguçu

O mapa da Bacia Mirim-São Gonçalo está ilustrado na Figura 43 .

4) Área e população total (Tabela 122):

Tabela 122 – Dados de área e demografia – Bacia Mirim-São Gonçalo

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

25.961,04 664.767 79.255 744.021

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 156

Figura 42 – Mapa da Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 157

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades, sendo uma


administrada pelo Estado e outra pela União (Tabela 123).

Tabela 123 – Unidades de conservação na Bacia Mirim-São Gonçalo

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Estação Ecológica Rio Grande, Santa


Proteção Integral 33,40 federal
do Taim Vitória do Palmar

Reserva Biológica
Proteção Integral Arroio Grande 5.161,00 estadual
do Mato Grande

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros; eleição a ser realizada. Os membros do grupo III
serão indicados entre os órgãos públicos atuantes na região e que
desenvolvam atividades relativas aos recursos hídricos, sendo nove de
órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal (Tabela
124).

Tabela 124 – Composição do Comitê Mirim-São Gonçalo

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 02

Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 02

Drenagem 01

Produção rural 07

Industrial 02

Mineração 01

Lazer e turismo 02

Pesca 02

Gestão urbana e ambiental 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 158

Total 20

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 04

Associações comunitárias 02

Clubes de serviços comunitários 02

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 04

Organizações ambientais 03

Associações de profissionais 02

Organizações sindicais 02

Comunicação 01

Total 20

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 10

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 21 municípios (Tabela 125).

Tabela 125 – População urbana e rural por município - Bacia Mirim-São


Gonçalo

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Aceguá 55,93 988 3.150 0 1.762 1.762


Arroio do Padre 60,58 463 2.271 0 1.376 1.376
Arroio Grande 100,00 15.772 2.586 15.772 2.586 18.358
Bagé 0,73 94.398 18.152 0 133 133
Candiota 100,00 2.538 5.698 2.538 5.698 8.236
Canguçu 27,84 18.817 34.730 18.817 9.669 28.486

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 159

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Capão do Leão 100,00 21.704 1.951 21.704 1.951 23.655


Cerrito 100,00 3.844 2.785 3.844 2.785 6.629
Chuí 100,00 4.986 292 4.986 292 5.278
Herval 100,00 4.460 2.413 4.460 2.413 6.873
Hulha Negra 50,22 2.625 3.405 2.625 1.710 4.335
Jaguarão 100,00 25.580 2.364 25.580 2.364 27.944
Morro Redondo 100,00 2.623 3.576 2.623 3.576 6.199
Pedras Altas 100,00 840 1.706 840 1.706 2.546
Pedro Osório 100,00 7.303 736 7.303 736 8.039
Pelotas 91,10 316.717 23.217 316.717 21.151 337.868
Pinheiro Machado 43,01 9.635 3.304 9.635 1.421 11.056
Piratini 56,18 11.710 8.515 11.710 4.784 16.494
Rio Grande 100,00 186.713 7.638 186.713 7.638 194.351
Santa Vitória do Palmar 100,00 27.165 4.018 27.165 4.018 31.183
Turuçu 71,00 1.735 2.094 1.735 1.487 3.222
Bacia - - - 664.767 79.255 744.021

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 15,37 L/s/Km2

Tabela 126 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Mirim-São Gonçalo
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

13.65 6.73 2.56 1.24 0.89 0.32

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 160

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 127).

Tabela 127 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Mirim-São Gonçalo
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos Permeanos 9,39 -
Embasamento Cristalino I 13,26 4
Embasamento Cristalino II 17,27 -
Embasamento Cristalino III 14,64 -
Aquiclude Eo-Paleozóico 0,13 -
Palermo/ Rio Bonito 2,38 6,4
Quaternário Costeiro I 16,56 21,2
Quaternário Costeiro II 26,36 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa da demanda de água superficial em volume/ano


(Tabela 128) e em percentual (Figura 44).

Tabela 128 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Mirim-São Gonçalo

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

53.26 2.40 2341.22 28.51

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 161

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica M ir im -São Gonçalo

A bas tec im ento


D es s edentaç ão P úblic o
anim al A bas tec im ento
2.20%
1.18% Indus trial
0.10%

Irrigaç ão
96.53%

Figura 43- Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,
Bacia Mirim-São Gonçalo

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 129) e em percentual (Figura 45).

Tabela 129 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Mirim-São Gonçalo

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.09 2.18

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 162

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica M irim -S ã o Gonça lo

A bas tec im ento


Indus trial
26.34%

A bas tec im ento


P úblic o
73.66%

Figura 44 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Mirim-São Gonçalo

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 130).

Tabela 130 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia Mirim-São Gonçalo

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,32 0,02 0,01 0,35

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 163

3.2.5 Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Rio Tramandaí – Fonte: Comitê Tramandaí

I. Dados gerais
1) Localização: nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29º17’ a 30º18’ de latitude Sul e 49º’44’ a 50º24’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e planície


costeira.

3) Principais corpos hídricos: rios Três Forquilhas, Maquiné e Tramandaí


(Tabela 131).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 164

Tabela 131 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio Tramandaí

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio Três Forquilhas 1060 m São Francisco de Paula

Rio Maquiné 940 m São Francisco de Paula

Rio Tramandaí - Osório

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí está ilustrado na Figura


46.

4) Área e população total (Tabela 132):

Tabela 132 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Tramandaí

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

3.144,84 194.464 25.832 220.296

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 165

Figura 45 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 166

5) Unidades de Conservação existentes: seis unidades administradas pelo


Estado e três administradas pelo Poder Municipal (Tabela 133).

Tabela 133 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio


Tramandaí

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Estação Ecológica São Francisco de


Proteção Integral 5.582,00 Estadual
Estadual Aratinga Paula, Itati

Reserva Biológica Maquine, Terra de


Proteção Integral 4.845,70 Estadual
da Serra Geral Areia, Itati

São Francisco de
Paula, Cambará do
APA Rota do Sol Sustentável 52.355,00 Estadual
Sul, Itati, Três
Forquilhas

Parque Estadual de
Proteção Integral Torres 1.000,00 Estadual
Itapeva

Reserva Biológica
Proteção Integral Itati 113,00 Estadual
da Mata Paludosa

Classificada pelo
Parque Municipal Sistema Estadual
Arroio do Sal 21,07 Municipal
Tupancy de Unidades de
Conservação

Classificada pelo
Área de Proteção
Sistema Estadual
Ambiental Lagoa Torres 436,99 Municipal
de Unidades de
Itapeva
Conservação

Classificada pelo
Horto Florestal do Sistema Estadual
Tramandaí 45,87 Estadual
Litoral Norte de Unidades de
Conservação

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 167

Classificada pelo
Área de Proteção
Sistema Estadual
Ambiental do Morro Osório 6.896,75 Municipal
de Unidades de
de Osório
Conservação

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros (Tabela 134).

Tabela 134 – Composição atual do Comitê Tramandaí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 05

Agropecuária 03

Turismo e Lazer 02

Diluição de Despejos e Drenagem 02

Pesca 01

Mineração 01

Total 14

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos Municipais 04

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias, Clubes de Serviço e


04
Organizações de Trabalhadores

Instituição de Ensino Superior e Pesquisa 02

Associações Técnico-Científicas 02

Total 14

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 168

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria da Ciência e Tecnologia 01

Secretaria de Turismo 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 07

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 21 municípios (Tabela 135).

Tabela 135 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Tramandaí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Arroio do Sal 100,00 6.404 231 6.404 231 6.635


Balneário Pinhal 84,71 10.062 455 10.062 385 10.447
Capão da Canoa 100,00 37.201 204 37.201 204 37.405
Caraá 0,33 938 6.193 0 20 20
Cidreira 74,14 10.447 436 10.447 323 10.770
Dom Pedro de 37,50 755 1.973 755 740 1.495
Imbé 100,00 14.898 42 14.898 42 14.940
Itati 100,00 239 2.438 239 2.438 2.677
Maquiné 99,64 2.206 5.168 2.206 5.149 7.355
Morrinhos do Sul 0,38 1.345 1.896 0 7 7
Mostardas 1,81 7.875 4.028 0 73 73
Osório 64,56 33.819 5.471 33.819 3.532 37.351
Palmares do Sul 31,59 9.918 1.505 4.815 475 5.290
Riozinho 0,87 2.748 1.658 0 14 14
São Francisco de 6,99 13.221 8.057 0 563 563
Terra de Areia 100,00 5.288 4.421 5.288 4.421 9.709
Torres 29,39 29.042 3.316 11.652 975 12.626
Tramandaí 70,48 38.872 1.019 38.872 718 39.590
Três Cachoeiras 81,52 7.003 3.387 7.003 2.761 9.764
Três Forquilhas 95,99 269 2.804 269 2.692 2.961
Xangri-lá 100,00 10.535 67 10.535 67 10.602

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 169

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Bacia - - - 194.464 25.832 220.296

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 12,78 L/s/Km2

Tabela 136 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

15.83 11.63 8.29 6.29 6.19 4.31

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 137).

Tabela 137 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu 0,42 15,6
Quaternário Costeiro I 37,04 71,8
Quaternário Costeiro II 14,02 -
Serra Geral II 33,93 20,7
Serra Geral III 14,59 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 138) e em percentual (Figura 47).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 170

Tabela 138 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

7.38 10.06 97.66 1.83

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídricas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Tram andaí

A bas tec im ento


D es sedentaç ão P úblic o
anim al 6.31% A bas tec im ento
1.56% Industrial
8.60%

Irrigaç ão
83.52%

Figura 46 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 139) e em percentual (Figura 48).

Tabela 139 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

2.18 0.06

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 171

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Tra m a nda í

A bas tec im ento


Indus t rial
2.82%

A bas t ec im ent o
P úblic o
97.18%

Figura 47 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Tramandaí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 140).

Tabela 140 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Tramandaí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,72 0,04 0,03 0,79

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 172

3.3 REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI

A Região Hidrográfica do Uruguai (Figura 49) abrange a porção norte,


noroeste e oeste do território gaúcho, com uma área de aproximadamente
126.964,24 Km2, equivalente a cerca de 45% da área do Estado. Sua população
total está estimada em 2.448.778 habitantes, distribuídos em 228 municípios, com
uma densidade demográfica em torno de 19,29 hab/Km2.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 173

Figura 48: Região Hidrográfica do Uruguai

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 174

3.3.1 Bacia Hidrográfica do Apuaê-Inhandava

Rio Pelotas – Fonte: Comitê Apuaê-Inhandava

I. Dados gerais
1) Localização: norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 27°14' a 28°45' de latitude Sul e 50°42' a 52°26'
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: Rio Apuaê, Rio Inhandava e Arroio Poatã,


constituído a partir dos arroios Rincão da Cruz e Cigana (Tabela 141).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 175

Tabela 141 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia Apuaê-Inhandava

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio Apuaê (Rio Ligeiro) 880 m Caseiros, Muliterno

Rio Inhandava (Rio Forquilha) 880 m Caseiros

Arroio Rincão da Cruz 920 m


Capão Bonito do Sul, Esmeralda
Arroio Cigana 960 m

O mapa da Bacia Apuaê-Inhandava está ilustrado na Figura 50.

4) Área e população total (Tabela 142):

Tabela 142 – Dados de área e demografia – Bacia Apuaê-Inhandava

2
Área (Km ) População Urbana (hab) População Rural (hab) População Total (hab)

14.599,12 262.765 92.756 355.521

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades administradas pelo


Estado (Tabela 143).

Tabela 143 – Unidades de conservação na Bacia Apuaê-Inhandava

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual
Proteção Integral Barracão 1.331,90 estadual
do Espigão Alto

Parque Estadual Vacaria, Bom


Proteção Integral 415,00 estadual
do Ibitiriá Jesus.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 176

Figura 49 – Mapa da Bacia Hidrográfica Apuaê-Inhandava

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 177

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros (Tabela 144).

Tabela 144 – Composição atual do Comitê Apuaê-Inhandava

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Drenagem urbana 01

Esgotamento sanitário 01

Agropecuária 04

Indústria 02

Geração de energia 01

Silvicultura 01

Lazer e turismo 01

Total 14

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 02

Organizações comunitárias e clubes de serviço 02

Organizações sindicais 04

Organizações ambientalistas 01

Associações técnico- científicas 03

Instituições de ensino superior e pesquisa 02

Total 14

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretarias das Obras públicas e saneamento 01

Secretaria de saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 178

Secretaria da educação 01

Secretaria estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

Total 07

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 52 municípios (Tabela 145).

Tabela 145 – População urbana e rural por município - Bacia Apuaê-


Inhandava

Área do
município Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município Pop Urbana Pop Rural
na bacia (Bacia) (Bacia) (Bacia)
(%)

Água Santa 98,69 1.242 2.323 1.242 2.293 3.535


Aratiba 100,00 2.994 3.622 2.994 3.622 6.616
Áurea 100,00 1.362 2.353 1.362 2.353 3.715
Barão de Cotegipe 32,59 3.697 2.822 0 920 920
Barra do Rio Azul 98,34 383 1.645 383 1.618 2.001
Barracão 100,00 2.853 2.453 2.853 2.453 5.306
Bom Jesus 69,43 8.832 3.011 0 2.091 2.091
Cacique Doble 100,00 1.566 3.258 1.566 3.258 4.824
Capão Bonito do Sul 96,15 534 1.303 534 1.253 1.787
Carlos Gomes 100,00 379 1.340 379 1.340 1.719
Caseiros 89,99 1.407 1.582 1.407 1.424 2.831
Centenário 100,00 863 2.163 863 2.163 3.026
Charrua 100,00 555 3.026 555 3.026 3.581
Ciríaco 25,63 2.407 2.538 0 650 650
Coxilha 40,29 1.741 1.175 0 473 473
Erebango 18,26 1.906 975 70 178 248
Erechim 84,34 87.562 5.383 87.562 4.540 92.102
Esmeralda 99,39 2.141 1.093 2.141 1.086 3.227
Estação 29,89 5.192 894 5.192 267 5.459
Floriano Peixoto 100,00 250 1.898 250 1.898 2.148
Gaurama 100,00 3.247 2.861 3.247 2.861 6.108
Gentil 1,24 571 1.008 0 12 12
Getúlio Vargas 100,00 13.356 2.605 13.356 2.605 15.961

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 179

Área do
município Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município Pop Urbana Pop Rural
na bacia (Bacia) (Bacia) (Bacia)
(%)

Ibiaçá 100,00 2.777 1.904 2.777 1.904 4.681


Ibiraiaras 3,82 3.432 3.662 3.432 140 3.572
Itatiba do Sul 15,84 1.633 2.941 1.633 466 2.099
Lagoa Vermelha 60,73 23.645 3.789 23.645 2.301 25.946
Machadinho 100,00 3.081 2.422 3.081 2.422 5.503
Marcelino Ramos 100,00 2.783 2.589 2.783 2.589 5.372
Mariano Moro 100,00 1.066 1.218 1.066 1.218 2.284
Mato Castelhano 45,69 471 2.137 0 976 976
Maximiliano de Almeida 100,00 2.934 2.125 2.934 2.125 5.059
Monte Alegre dos Campos 3,33 152 2.970 0 99 99
Muitos Capões 2,43 947 2.022 0 49 49
Muliterno 12,42 459 1.341 0 167 167
Paim Filho 100,00 2.178 2.302 2.178 2.302 4.480
Passo Fundo 0,08 178.186 5.114 0 4 4
Pinhal da Serra 100,00 448 1.610 448 1.610 2.058
Sananduva 100,00 9.722 4.992 9.722 4.992 14.714
Santa Cecília do Sul 100,00 448 1.268 448 1.268 1.716
Santo Expedito do Sul 100,00 807 1.807 807 1.807 2.614
São João da Urtiga 100,00 2.133 2.813 2.133 2.813 4.946
São José do Ouro 100,00 4.377 2.596 4.377 2.596 6.973
São José dos Ausentes 75,90 1.749 1.431 1.749 1.086 2.835
Sertão 44,55 3.453 3.210 1.445 1.430 2.875
Severiano de Almeida 100,00 1.251 2.656 1.251 2.656 3.907
Tapejara 100,00 15.162 2.338 15.162 2.338 17.500
Três Arroios 100,00 948 2.067 948 2.067 3.015
Tupanci do Sul 100,00 495 1.228 495 1.228 1.723
Vacaria 65,86 55.851 4.087 51.429 2.692 54.121
Viadutos 100,00 2.570 3.093 2.570 3.093 5.663
Vila Lângaro 100,00 296 1.934 296 1.934 2.230
Bacia - - - 262.765 92.756 355.521

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 180

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 26,59 L/s/Km2 (Tabela


146)

Tabela 146 - Disponibilidades hídricas superficiais características


da Bacia Apuaê-Inhandava
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

24.93 15.90 9.22 3.33 1.86 0.68

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 147)

Tabela 147 - Estimativa das reservas reguladoras de águas


subterrâneas na Bacia Apuaê-Inhandava
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 31,06 13,7
Serra Geral II 68,94 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em


volume/ano (Tabela 148) e em percentual (Figura 51).

Tabela 148 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em


hm3/ano, na Bacia Apuaê-Inhandava

Abastecimento Dessedentação
Abastecimento Público Irrigação
Industrial animal

17.72 2.37 2.41 24.35

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 181

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica Apuaê -Inhandava

A bastecimento
P úblico
37.83%
Dessedentação
animal
51.97%

A bastecimento
Irrigação Industrial
5.14% 5.05%

Figura 50 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Apuaê-Inhandava

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em


volume/ano (Tabela 149) e em percentual (Figura 52).

Tabela 149 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor


usuário, em hm3/ano, na Bacia Apuaê-Inhandava

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.94 2.27

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 182

Estim a tiva s da s de m a nda s a nua is subte rrâ ne a s,


na Ba cia Hidrográ fica Apua ê -Inha nda va

A bas tec im ento


Indus trial
24.66%

A bas tec im ento


P úblic o
75.34%

Figura 51 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Apuaê-Inhandava

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 150).

Tabela 150 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Apuaê-Inhandava

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,35 0,02 0,17 0,54

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 183

3.3.2 Bacia Hidrográfica Butuí-Icamaquã

Rio Icamaquã – Fonte: Pró-Urugua

I. Dados gerais
1) Localização: nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 28°30’ a 29°15’ de latitude Sul e 54°40’ a 56°30’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Butuí e Icamaquã (Tabela 151).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 184

Tabela 151 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia Butuí-Icamaquã

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Butuí 160 m Maçambará

Rio Icamaquã 360 m Santiago, Capão do Cipó

O mapa da Bacia Butuí-Icamaquã está ilustrado na

Figura 53.

4) Área e população total (tabela):

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 185

Tabela 152 – Dados de área e demografia – Bacia Butuí-Icamaquã

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

8.144,81 57.815 16.840 74.656

5) Unidades de Conservação existentes: uma administrada pelo Estado


(Tabela 153).

Tabela 153 – Unidades de conservação na Bacia Butuí-Icamaquã

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Reserva Biológica
Proteção Integral Itaqui, Maçambará 4.392,00 estadual
de São Donato

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 186

Figura 52 – Mapa da Bacia Hidrográfica Butuí-Icamaquã

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 187

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros. Os membros do grupo III serão indicados entre os
órgãos públicos atuantes na região e que desenvolvam atividades relativas
aos recursos hídricos, sendo seis de órgãos públicos estaduais e um
membro de órgão público federal (Tabela 154).

Tabela 154 – Composição atual do Comitê Butuí-Icamaquã

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 03

Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 01

Produção rural 06

Industrial 01

Lazer e turismo 01

Pesca 01

Gestão urbana e ambiental 01

Total 14

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 03

Associações comunitárias e Clubes de serviços


02
comunitários

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 03

Organizações ambientais 02

Associações de profissionais 02

Organizações sindicais 02

Total 14

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 188

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 07

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 9 municípios (Tabela 155).

Tabela 155 – População urbana e rural por município - Bacia Butuí-


Icamaquã

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Bossoroca 42,27 3.937 3.715 0 1.570 1.570


Capão do Cipó 14,41 431 2.749 0 396 396
Itacurubi 100,00 1.168 2.400 1.168 2.400 3.568
Itaqui 11,52 31.794 4.567 0 526 526
Maçambara 68,59 1.264 3.151 1.264 2.161 3.425
Santiago 33,40 44.993 4.565 0 1.525 1.525
Santo Antônio das Missões 32,48 6.875 4.988 0 1.620 1.620
São Borja 83,51 54.738 7.096 54.738 5.926 60.664
Unistalda 45,80 829 1.563 645 716 1.361
Bacia - - - 57.815 16.840 74.656

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 24,67 L/s/Km2 (Tabela 156).

Tabela 156 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Butuí-Icamaquã
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

24.63 17.69 10.75 3.81 2.07 0.68

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 189

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 157).

Tabela 157 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Butuí-Icamaquã
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Basalto/Botucatu 5,90 -
Serra Geral I 10,31 -
Serra Geral II 83,46 6
Sanga do Cabral/Pirambóia 0,33 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 158) e em percentual (Figura 55).

Tabela 158 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Butuí-Icamaquã

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

5.01 - 1406.80 10.97

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim ativas das dem andas hídricas superfíciais


anuais, na Bacia Hidrográfica Butuí-Icam aquã

Dessedentação A bastecimento
animal P úblico
0.77% 0.35%

Irrigação
98.88%

Figura 53 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais anuais,


Bacia Butuí-Icamaquã

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 190

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 159) e em percentual (Figura 56).

Tabela 159 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Butuí-Icamaquã

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

2.59 0.00

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica Butuí-Ica m a quã

A bas tec im ento


Indus trial
0.00%

A bas tec im ento


P úblic o
100.00%

Figura 54 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas


subterrâneas, Bacia Butuí-Icamaquã

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 160).

Tabela 160 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia Butuí-Icamaquã

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,16 0,01 0,01 0,18

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 191

3.3.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Rio Ibicuí – Fonte: Comitê Ibicuí

I. Dados gerais
1) Localização: oeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas 28°53’ a 30°51’ de latitude Sul e 53°39’ a 57°36’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios Ibicuí-Mirim e Toropi (formadores do Rio


Ibicuí) e os rios Ibirapuitã e Jaguari (Tabela 161).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 192

Tabela 161 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia do Rio Ibicuí

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio Toropi 500 m Julio de Castilhos, Tupanciretã

Rio Ibicuí-mirim 500 m São Martinho da Serra, Itaara

Rio Ibirapuitã 340 m Santana do Livramento

Rio Jaguari 520 m Tupanciretã

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí está ilustrado na Figura 57 .

4) Área e população total (Tabela 162):

Tabela 162 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Ibicuí

2 População Urbana População Rural População Total


Área (Km )
(hab) (hab) (hab)

35.495,38 324.297 69.732 394.030

5) Unidades de Conservação existentes: quatro, sendo três administradas pelo


Estado e uma pela União (Tabela 163).

Tabela 163 – Unidades de conservação na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual
Proteção Integral Barra do Quaraí 1.617,14 estadual
do Espinilho

Reserva Biológica
Proteção Integral Alegrete 351,42 estadual
do Ibirapuitã
Alegrete, Quaraí,
APA do Rio Rosário do Sul,
Uso Sustentável 318.000,00 federal
Ibirapuitã Santana do
Livramento

Reserva Biológica Itaara, São Martinho


Proteção Integral 598,48 estadual
do Ibicuí Mirim da Serra

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 193

Figura 55 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 194

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 164).

Tabela 164 – Composição atual do Comitê Ibicuí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 03

Esgotamento sanitário e drenagem urbana 02

Indústria 01

Navegação e mineração 01

Agropecuária 02

Pesca Turismo e lazer 02

Agricultura irrigada 05

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 04

Organizações ambientalistas 03

Organizações comunitárias e clubes de serviço 03

Instituições de ensino ou pesquisa 03

Associações técnico-científicas 03

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 195

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 30 municípios (Tabela 165).

Tabela 165 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Ibicuí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Alegrete 100,00 69.871 8.317 69.871 8.317 78.188


Barra do Quaraí 56,93 2.725 1.051 0 598 598
Cacequi 54,49 11.900 1.729 0 942 942
Capão do Cipó 16,14 431 2.749 0 444 444
Dilermando de Aguiar 29,92 975 2.154 0 644 644
Itaara 40,10 3.505 1.128 0 452 452
Itaqui 88,48 31.794 4.567 31.794 4.041 35.835
Jaguari 100,00 6.425 5.201 6.425 5.201 11.626
Jari 100,00 563 3.129 563 3.129 3.692
Jóia 0,27 1.959 6.320 0 17 17
Júlio de Castilhos 36,63 16.200 3.341 5.083 1.224 6.307
Maçambara 31,41 1.264 3.151 0 990 990
Manoel Viana 100,00 5.103 1.681 5.103 1.681 6.784
Mata 100,00 2.728 2.563 2.728 2.563 5.291
Nova Esperança do
100,00 3.634 1.141 3.634 1.141 4.775
Sul
Quaraí 31,65 20.658 1.894 0 599 599
Quevedos 100,00 736 1.996 736 1.996 2.732
Rosário do Sul 32,23 35.787 4.722 0 1.522 1.522
Santa Maria 10,08 249.443 13.960 0 1.407 1.407
Santana do
25,84 75.338 8.141 0 2.104 2.104
Livramento
Santiago 66,08 44.993 4.565 44.993 3.017 48.010
São Borja 1,43 54.738 7.096 0 101 101
São Francisco de
100,00 13.453 6.070 13.453 6.070 19.523
Assis
São Martinho da Serra 100,00 900 2.509 900 2.509 3.409
São Pedro do Sul 100,00 11.865 4.748 11.865 4.748 16.613

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 196

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

São Vicente do Sul 100,00 5.545 2.816 5.545 2.816 8.361


Toropi 100,00 568 2.502 568 2.502 3.070
Tupanciretã 58,42 17.787 4.769 4.592 2.786 7.378
Unistalda 54,20 829 1.563 184 847 1.031
Uruguaiana 71,15 116.261 7.482 116.261 5.323 121.584
Bacia - - - 324.297 69.732 394.030

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 20,91 L/s/Km2 (Tabela 166).

Tabela 166 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

23.84 11.29 5.70 1.88 0.96 0.23

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 167).

Tabela 167 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Basalto/Botucatu 2,81 -
Botucatu/Guará I 10,23 27,2
Botucatu 0,13 -
Serra Geral I 4,14 17
Serra Geral II 62,35 -
Santa Maria 5,04 12
Sanga do Cabral/Pirambóia 15,31 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 197

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 168) e em percentual (Figura 58).

Tabela 168 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

26.58 - 2615.24 50.90

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim ativas das dem andas hídricas superfíciais


anuais, na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Dessedentação Abastecimento
animal Público
1.89% 0.99%

Irrigação
97.12%

Figura 56 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 169) e em percentual (Figura 59).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 198

Tabela 169 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

4.92 0.47

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Ibicuí

A bas t ec im ent o
Indus t rial
8.77%

A bas tec im ento


P úblic o
91.23%

Figura 57 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Ibicuí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 170).

Tabela 170 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Ibicuí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,15 0,01 0,02 0,18

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 199

3.3.4 Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

Rio Ijuí – Fonte: Prefeitura Municipal de Ijuí

I. Dados gerais
1) Localização: norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 28º 00' a 29º 05' de latitude Sul e 53º 11' a 55º 21'
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Ijuí, Ijuizinho e Caxambú (Tabela 171).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 200

Tabela 171 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais –


Bacia do Rio Ijuí

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio Ijuí 560 m Panambi, Condor

Rio Ijuizinho 500 m Tupanciretã

Rio Caxambú 520 m Santa Bárbara do Sul

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí está ilustrado na Figura 60.

4) Área e população total (Tabela 172):

Tabela 172- Dados de área e demografia – Bacia do Rio Ijuí

2 População Urbana População Rural População Total


Área (Km )
(hab) (hab) (hab)

10.703,78 261.828 79.740 341.569

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 201

Figura 58 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 202

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 173).

Tabela 173 – Composição atual do Comitê do Rio Ijuí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 03

Indústria e agroindústria 02

Agrossilvopastoril e aqüicultura 04

Esgotamento sanitário e drenagem urbana 02

Geração de energia 02

Mineração e navegação 01

Recreação, esporte, lazer e turismo 02

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativos municipais 03

Instituições de ensino superior e pesquisa 03

Associações técnico- científicas 02

Organizações ambientalistas 02

Organizações comunitária e clubes de serviço 03

Organizações sindicais 03

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 02

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 203

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério do Meio Ambiente 01

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 38 municípios (Tabela 174).

Tabela 174 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Ijuí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
na bacia (%)

Ajuricaba 99,16 3.937 3.324 3.937 3.296 7.233


Augusto Pestana 100,00 3.455 3.818 3.455 3.818 7.273
Boa Vista do Cadeado 100,00 433 2.014 433 2.014 2.447
Bozano 100,00 544 1.752 544 1.752 2.296
Caibaté 100,00 2.650 2.430 2.650 2.430 5.080
Catuípe 64,06 5.907 3.592 5.907 2.301 8.208
Cerro Largo 49,00 9.547 2.937 9.547 1.439 10.986
Chapada 3,03 5.173 4.267 0 129 129
Condor 99,79 3.919 2.688 3.919 2.682 6.601
Coronel Barros 100,00 972 1.469 972 1.469 2.441
Cruz Alta 39,55 61.412 2.038 40.960 806 41.766
Dezesseis de Novembro 74,71 623 2.345 623 1.752 2.375
Entre-Ijuís 82,42 4.582 4.544 4.582 3.745 8.327
Eugênio de Castro 79,27 1.106 1.951 1.106 1.547 2.653
Guarani das Missões 57,67 4.920 3.411 0 1.967 1.967
Ijuí 97,82 69.107 7.632 69.107 7.466 76.573
Jóia 56,47 1.959 6.320 0 3.569 3.569
Mato Queimado 100,00 422 1.443 422 1.443 1.865
Nova Ramada 89,21 601 1.860 601 1.659 2.260
Palmeira das Missões 18,70 28.608 5.238 0 980 980
Panambi 100,00 32.682 3.678 32.682 3.678 36.360
Pejuçara 100,00 2.545 1.355 2.545 1.355 3.900
Pirapó 96,82 725 2.263 725 2.191 2.916
Porto Xavier 14,95 5.396 5.461 0 816 816
Rolador 96,10 303 2.492 303 2.395 2.698
Roque Gonzales 92,37 2.732 4.565 2.732 4.217 6.949

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 204

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
na bacia (%)

Salvador das Missões 38,26 1.017 1.584 0 606 606


Santa Bárbara do Sul 37,40 7.125 1.997 3.737 747 4.484
Santo Ângelo 90,98 62.893 10.907 62.893 9.923 72.816
Santo Augusto 1,16 10.709 2.913 0 34 34
São Luiz Gonzaga 22,27 30.295 4.192 5.794 934 6.727
São Miguel das Missões 11,14 3.537 3.845 0 428 428
São Nicolau 0,07 3.808 2.101 0 2 2
São Paulo das Missões 9,25 2.114 4.576 0 423 423
São Pedro do Butiá 74,33 1.040 1.704 1.040 1.267 2.307
Sete de Setembro 28,24 493 1.638 0 463 463
Tupanciretã 20,12 17.787 4.769 0 960 960
Vitória das Missões 100,00 613 3.039 613 3.039 3.652
Bacia - - - 261.828 79.740 341.569

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 25,59 L/s/Km2 (Tabela 175).

Tabela 175 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

26.42 18.90 12.19 5.48 3.80 2.46

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 176).

Tabela 176 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Basalto/Botucatu 0,32 -
Serra Geral I 94,44 21,3
Serra Geral II 5,24 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 205

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 177) e em percentual (Figura 61).

Tabela 177 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

20.03 4.04 40.43 13.47

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas d as d e m an d as h íd r icas s u p e r fíciais


an u ais , n a Bacia Hid r o g r áfica d o Rio Iju í

D es s edentaç ão
anim al A bas tec im ento
17.27% P úblic o
25.69%

A bas tec im ento


Indus trial
5.18%
Irrigaç ão
51.86%

Figura 59 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 178) e em percentual (Figura 62).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 206

Tabela 178 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

3.38 0.06

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Ijuí

A bas tec im ento


Indus trial
1.83%

A bas tec im ento


P úblic o
98.17%

Figura 60 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Ijuí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 179).

Tabela 179 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Ijuí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,46 0,02 0,10 0,58

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 207

3.3.5 Bacia Hidrográfica do Rio Negro

Rio Negro – Fonte: Prefeitura Municipal de Bagé

I. Dados gerais
1) Localização: sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 31°08’ a 31°50 de latitude Sul e 53°46’ a 54°41’ de
longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Depressão Central e Escudo Sul-


Riograndense.

3) Principais corpos hídricos: Rio Negro e Arroio Piraí (Tabela 180).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 208

Tabela 180 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio Negro

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Negro 360 m Hulha Negra

Arroio Piraí 340 m Bagé

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Negro está ilustrado na Figura 63.

4) Área e população total (Tabela 181):

Tabela 181 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Negro

2 População Urbana População Rural População Total


Área (Km )
(hab) (hab) (hab)

3.021,64 95.386 11.596 106.982

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 209

Figura 61 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Negro

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 210

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 30 membros (Tabela 182). Os representantes do Poder Público
serão membros a serem indicados entre os órgãos públicos atuantes na
região e que estejam relacionados com os recursos hídricos, sendo cinco de
órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal.

Tabela 182 - Composição atual do Comitê do Rio Negro

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 02

Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 03

Produção rural 04

Industrial 03

Total 12

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 03

Associações comunitárias 02

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 04

Organizações ambientais 01

Associações de profissionais 02

Total 12

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 06

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 211

II. Caracterização por município


A bacia abrange total ou parcialmente 4 municípios (Tabela 183).

Tabela 183 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Negro

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Aceguá 44,07 988 3.150 988 1.388 2.376


Bagé 48,66 94.398 18.152 94.398 8.833 103.231
Dom Pedrito 0,31 34.759 3.389 0 11 11
Hulha Negra 40,06 2.625 3.405 0 1.364 1.364
Bacia - - - 95.386 11.596 106.982

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 17,11 L/s/Km2 (Tabela 184)

Tabela 184 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Negro
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

17.12 7.22 3.10 0.97 0.50 0.12

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 185).

Tabela 185 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Negro
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos permeanos 61,85 -
Embasamento Cristalino II 30,95 4,5
Palermo/Rio Bonito 7,20 9,6

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 212

IV. Demandas hídricas

1) Superficial estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 186) e em percentual (Figura 64).

Tabela 186 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Negro

Abastecimento Abastecimento
Irrigação Dessedentação animal
Público Industrial

9.05 - 150.54 4.32

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Ne gr o

D es s edentaç ão A bas tec im ento


anim al P úblic o
2.64% 5.52%

Irrigaç ão
91.84%

Figura 62– Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Negro

2) Subterrânea estimativa das demandas de água subterrânea em


volume/ano (Tabela 187) e em percentual (Figura 65).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 213

Tabela 187 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Negro

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

0.44 0.38

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Ne gro

A bas t ec im ento
Indus trial
46.15%

A bas t ec im ento
P úblic o
53.85%

Figura 63 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Hidrográfica do Rio Negro

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 188).

Tabela 188 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Negro

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,44 0,02 0,00 0,46

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 214

3.3.6 Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Rio Passo Fundo – Fonte: Comitê Passo Fundo

I. Dados gerais
1) Localização: norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas 27°04' a 28°19' de latitude Sul e 52°13' a 52°51' de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Passo Fundo e Erechim (Tabela 189).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 215

Tabela 189 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água principais


– Bacia do Rio Passo Fundo

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Passo Fundo 740 m Passo Fundo

Rio Erechim 720 m Erechim

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo está ilustrado na


Figura 66.

4) Área e população total (Tabela 190):

Tabela 190 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Passo Fundo

2 População Urbana População Rural População Total


Área (Km )
(hab) (hab) (hab)

4.802,87 117.326 42.751 160.077

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 216

Figura 64 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 217

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 191). Os representantes do Poder Público
serão membros a serem indicados entre os órgãos públicos atuantes na
região e que estejam relacionados com os recursos hídricos, sendo sete de
órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal.

Tabela 191 – Composição atual do Comitê Passo Fundo

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 03

Esgotamento sanitário 02

Drenagem 01

Agricultura 02

Industrial 02

Pecuária 02

Silvicultura 01

Lazer e turismo 01

Geração de energia 02

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 02

Associações de moradores e clubes de serviços


03
comunitários

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 03

Organizações ambientais 03

Associações de profissionais 02

Organizações sindicais 03

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 218

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 08

I. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 30 municípios (Tabela 192).

Tabela 192 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Passo Fundo

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Barão de Cotegipe 67,41 3.697 2.822 3.697 1.902 5.599


Barra do Rio Azul 1,66 383 1.645 0 27 27
Benjamin Constant do Sul 100,00 304 1.952 304 1.952 2.256
Campinas do Sul 100,00 4.185 1.403 4.185 1.403 5.588
Coxilha 59,71 1.741 1.175 1.741 702 2.443
Cruzaltense 100,00 367 1.906 367 1.906 2.273
Entre Rios do Sul 100,00 1.953 1.148 1.953 1.148 3.101
Erebango 81,74 1.906 975 1.836 797 2.633
Erechim 15,66 87.562 5.383 0 843 843
Erval Grande 100,00 2.433 2.861 2.433 2.861 5.294
Estação 70,11 5.192 894 0 627 627
Faxinalzinho 100,00 1.173 1.440 1.173 1.440 2.613
Gramado dos Loureiros 25,02 480 1.890 0 473 473
Ipiranga do Sul 100,00 645 1.338 645 1.338 1.983
Itatiba do Sul 84,16 1.633 2.941 0 2.475 2.475
Jacutinga 100,00 2.284 1.283 2.284 1.283 3.567
Nonoai 65,30 9.043 3.284 9.043 2.144 11.187
Passo Fundo 25,37 178.186 5.114 76.839 1.297 78.136
Paulo Bento 100,00 477 1.613 477 1.613 2.090
Pontão 60,57 1.514 2.390 0 1.448 1.448
Ponte Preta 100,00 482 1.358 482 1.358 1.840
Quatro Irmãos 100,00 847 888 847 888 1.735

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 219

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Rio dos Índios 62,24 691 3.511 691 2.185 2.876


Ronda Alta 76,24 5.255 4.399 2.769 3.354 6.123
Rondinha 3,52 2.227 3.447 0 121 121
São Valentim 100,00 1.677 2.242 1.677 2.242 3.919
Sarandi 0,64 16.848 3.567 0 23 23
Sertão 55,45 3.453 3.210 2.008 1.780 3.788
Três Palmeiras 60,96 1.875 2.513 1.875 1.532 3.407
Trindade do Sul 47,68 2.573 3.332 0 1.589 1.589
Bacia - - - 117.326 42.751 160.077

II. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 26,87 L/s/Km2 (Tabela 193).

Tabela 193 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

30.58 19.40 11.94 4.61 2.78 1.31

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 194).

Tabela 194 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 92,09 15
Serra Geral II 7,90 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 220

III. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 195) e em percentual (Figura 67).

Tabela 195 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

10.63 1.32 3.56 8.14

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Pas s o Fundo

D es s edentaç ão
anim al A bas tec im ento
34.41% P úblic o
44.94%

Irrigaç ão A bas tec im ento


15.05% Indus trial
5.60%

Figura 65 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 196) e em percentual (Figura 68).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 221

Tabela 196 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

2.59 0.47

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Pa sso
Fundo

A bas tec im ento


Indus trial
15.46%

A bas tec im ento


P úblic o
84.54%

Figura 66 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 197).

Tabela 197 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Passo Fundo

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,52 0,03 0,19 0,74

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 222

3.3.7 Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Rio Piratinim – Fonte: Comitê Piratinim

I. Dados gerais

1) Localização: noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28°00’ a 29°05 de latitude Sul e 54°05’ a 56°00’ de
longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Piratinim e Inhacapetum (Tabela 198).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 223

Tabela 198 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio Piratinim

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Piratinim 480 m Jóia

Rio Inhacapetum 400 m Tupanciretã, Santiago

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim está ilustrado na Figura


69.

4) Área e população total (Tabela 199):

Tabela 199 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Piratinim

2 População Urbana População Rural População Total


Área (Km )
(hab) (hab) (hab)

7.596,07 46.157 24.481 70.639

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 224

Figura 67 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 225

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 30 membros (Tabela 200). Os representantes do poder público
serão membros a serem indicados entre os órgãos públicos atuantes na
região e que estejam relacionados com os recursos hídricos.

Tabela 200 – Composição atual do Comitê Piratinim

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento público 02

Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 02

Produção rural 02

Industrial 02

Lazer e turismo 02

Gestão urbana e ambiental 02

Total 12

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo Estadual e Municipal 02

Associações de moradores e clubes de serviços comunitários 03

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 03

Organizações ambientais 03

Associações de profissionais 02

Organizações sindicais 03

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 08

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 226

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 16 municípios (Tabela 201).

Tabela 201 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Piratinim

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Bossoroca 57,73 3.937 3.715 3.937 2.145 6.082


Capão do Cipó 69,45 431 2.749 431 1.909 2.340
Dezesseis de Novembro 25,29 623 2.345 0 593 593
Entre-Ijuís 17,58 4.582 4.544 0 799 799
Eugênio de Castro 20,73 1.106 1.951 0 404 404
Garruchos 100,00 1.109 2.348 1.109 2.348 3.457
Jóia 43,26 1.959 6.320 1.959 2.734 4.693
Pirapó 3,08 725 2.263 0 70 70
Rolador 3,90 303 2.492 0 97 97
Santiago 0,52 44.993 4.565 0 24 24
Santo Antônio das Missões 67,52 6.875 4.988 6.875 3.368 10.243
São Borja 15,06 54.738 7.096 0 1.069 1.069
São Luiz Gonzaga 77,73 30.295 4.192 24.501 3.258 27.760
São Miguel das Missões 88,86 3.537 3.845 3.537 3.417 6.954
São Nicolau 99,93 3.808 2.101 3.808 2.099 5.907
Tupanciretã 3,09 17.787 4.769 0 147 147
Bacia - - - 46.157 24.481 70.639

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 23,84 L/s/Km2 (Tabela 202)

Tabela 202 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

21.68 11.63 7.32 3.01 1.93 1.07

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 227

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 203).

Tabela 203 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 73,68 16,3
Serra Geral II 26,32 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 204) e em percentual (Figura 70).

Tabela 204 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

3.56 - 137.80 8.99

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais anuais ,


na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Pir atinim

D es s edentaç ão A bas tec im ento


anim al P úblic o
5.98% 2.37%

Irrigaç ão
91.65%

Figura 68 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 228

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 205) e em percentual (Figura 71).

Tabela 205 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

1.58 0.00

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio P ira tinim Figura
69 –

A bastecimento
Industrial
0.00%

A bastecimento
P úblico
100.00%

Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas, Bacia


Hidrográfica do Rio Piratinim

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 206).

Tabela 206 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Piratinim

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,14 0,01 0,02 0,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 229

3.3.8 Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

Rio Quaraí – Fonte: Luiz Nunes – Prefeitura Municipal de Quaraí

I. Dados gerais
1) Localização: oeste-sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29°40' a 30°30' de latitude Sul e 56°30' a 57°40'
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: Rio Quaraí e Arroio Sarandi (Tabela 207).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 230

Tabela 207 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio Quaraí

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio Quaraí 340 m Santana do Livramento

Arroio Sarandi 200 m Santana do Livramento

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí está ilustrado na Figura 72.

4) Área e população total (Tabela 208):

Tabela 208 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Quaraí

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

6.471,77 23.383 6.502 29.885

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 231

Figura 70 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 232

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 20 membros (Tabela 209). Os representantes do poder público
serão quatro membros a serem indicados entre os órgãos públicos atuantes
na região e que estejam relacionados com os recursos hídricos, sendo três
de órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal.

Tabela 209 – Composição atual do Comitê Quaraí

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 01

Industrial 01

Produção rural 03

Pesca 01

Total 08

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo estadual e municipal 02

Associações comunitárias 01

Associações de profissionais 02

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 02

Organizações ambientalistas 01

Total 08

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 04

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 233

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 4 municípios (Tabela 210).

Tabela 210 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Quaraí

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Barra do Quaraí 43,07 2.725 1.051 2.725 453 3.178


Quaraí 68,35 20.658 1.894 20.658 1.295 21.953
Santana do 31,89 75.338 8.141 0 2.596 2.596
Uruguaiana 28,85 116.261 7.482 0 2.159 2.159
Bacia - - - 23.383 6.502 29.885

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 35,77 L/s/Km2 (Tabela 211).

Tabela 211 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

22.73 13.91 8.43 2.96 1.59 0.49

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea

Tabela 212 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Botucatu/Guará I 4,11 21,2
Serra Geral II 95,89 8,5

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 234

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 213) e em percentual (Figura 73).

Tabela 213 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

1.70 - 736.08 9.93

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Quar aí

A bas tec im ento


D es s edentaç ão
P úblic o
anim al
0.23%
1.33%

Irrigaç ão
98.44%

Figura 71 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 214) e em percentual (Figura 74).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 235

Tabela 214 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

0.34 0.09

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio Qua ra í

A bas t ec im ent o
Indus trial
21.58%

A bas t ec im ent o
P úblic o
78.42%

Figura 72 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 215).

Tabela 215 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Quaraí

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,05 0,00 0,00 0,05

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 236

3.3.9 Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Rio Santa Maria – Fonte: Comitê Santa Maria

I. Dados gerais
1) Localização: sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as
coordenadas geográficas 29°47’ a 31°36’ de latitude Sul e 54°00’ a 55°32’
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional e Depressão


Central.

3) Principais corpos hídricos: rios Santa Maria, Upamaroti e Cacequi (Tabela


216).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 237

Tabela 216 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio Santa Maria

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Santa Maria 380 m Dom Pedrito

Rio Upamaroti 240 m Santana do Livramento

Rio Cacequi 120 m São Gabriel

O mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria está ilustrado na


Figura 75.

4) Área e população total (Tabela 217):

Tabela 217 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio Santa Maria

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

15.609,11 194.464 25.832 220.296

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 238

Figura 73 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 239

5) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 218).

Tabela 218 – Composição atual do Comitê do Rio Santa Maria

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

Esgotos domésticos e drenagem 06

Setor Agrícola 06

Setor industrial 01

Mineração 01

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Câmara de Vereadores 04

Universidades 02

Associações Técnico-Científicas 04

Associações Ambientalistas 03

Associações de Moradores 03

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria das Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 02

Secretaria da Educação 02

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Ministério de Meio Ambiente 01

Total 08

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 240

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 7 municípios (Tabela 219).

Tabela 219 – População urbana e rural por município - Bacia Hidrográfica do


Rio Santa Maria

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Bagé 0,25 94.398 18.152 0 45 45


Cacequi 45,51 11.900 1.729 11.900 787 12.687
Dom Pedrito 94,93 34.759 3.389 34.759 3.217 37.976
Lavras do Sul 49,34 4.738 3.377 0 1.666 1.666
Rosário do Sul 67,77 35.787 4.722 35.787 3.200 38.987
Santana do 42,27 75.338 8.141 75.338 3.441 78.779
São Gabriel 48,00 51.297 6.681 0 3.207 3.207
Bacia - - - 157.784 15.564 173.348

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 20,14 L/s/Km2 (Tabela 220).

Tabela 220 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

21.27 10.55 6.33 2.11 1.06 0.21

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 221).

Tabela 221 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Aquitardos permeanos 26,38 -
Basalto/Botucatu 0,63 -
Botucatu/Guará I 7,77 36
Embasamento Cristalino II 9,12 -
Embasamento Cristalino III 7,29 -

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 241

Palermo/Rio Bonito 8,76 -


Serra Geral II 0,39 13
Sanga do Cabral/Pirambóia 39,64 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 222) e em percentual (Figura 76).

Tabela 222 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

12.55 - 1087.36 24.50

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Rio Santa M ar ia

D es s edentaç ão A bas tec im ento


anim al P úblic o
2.18% 1.12%

Irrigaç ão
96.70%

Figura 74 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 242

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 223) e em percentual (Figura 77).

Tabela 223 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

1.32 0.28

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica do Rio S a nta M a ria

A bas tec im ento


Indus trial
17.65%

A bas t ec im ent o
P úblic o
82.35%

Figura 75 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 224).

Tabela 224 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Santa Maria

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,15 0,01 0,01 0,17

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 243

3.3.10 Bacia Hidrográfica do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Rio Santo Cristo – Fonte: Comitê Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

I. Dados gerais

1) Localização: norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 27°07' a 28°13' de latitude Sul e 53°24' a 55°20'
de longitude Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo (Tabela
225).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 244

Tabela 225 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Principais corpos de água Altitude/nascente principal Localização

Rio Turvo 540 m Palmeira das Missões

Rio Santa Rosa 420 m Catuípe

Rio Santo Cristo 400 m Giruá

O mapa da Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo está ilustrado na


Figura 78.

4) Área e população total (Tabela 226):

Tabela 226 – Dados de área e demografia – Bacia Turvo-Santa Rosa-


Santo Cristo

2 População Urbana
Área (Km ) População Rural (hab) População Total (hab)
(hab)

11.056,23 223.745 147.454 371.199

5) Unidades de Conservação existentes: Uma unidade sob administração


estadual e uma sob administração do município de Chiapetta (Tabela 227).

Tabela 227 – Unidades de conservação na Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo


Cristo

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual do Derrubadas,


Proteção Integral 17.491,40 estadual
Turvo Esperança do Sul
Classificado pelo
Refúgio de Vida
Sistema Estadual de
Silvestre Mato dos Chiapetta 294,38 municipal
Unidades de
Silva
Conservação

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 245

Figura 76 – Mapa da Bacia Hidrográfica Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 246

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros (Tabela 228).

Tabela 228 – Composição atual do Comitê Turvo-Santa Rosa Santo Cristo

Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

Geração de Energia 01

Agricultura 02

Pecuária 02

Piscicultura 01

Esgotamento Sanitário 02

Drenagem Urbana 01

Indústria 02

Lazer e Turismo 01

Total 14

Grupo II – População

Categoria Vagas

Poder Legislativo Municipal 03

Organizações Ambientalistas 02

Organizações Comunitárias e clubes de serviço 02

Instituições de ensino superior e pesquisa 02

Associações técnico- científica 02

Organizações sindicais 03

Total 14

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Secretaria de Obras Públicas e Saneamento 01

Secretaria de Saúde 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 247

Secretaria da Agricultura e Abastecimento 01

Secretaria de Educação 01

Secretaria Estadual do Meio Ambiente 01

Secretaria de Energia, Minas e Comunicação 01

Ministério do Meio Ambiente 01

Total 07

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 57 municípios (Tabela 229).

Tabela 229 – População urbana e rural por município - Bacia Turvo-Santa


Rosa-Santo Cristo

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Ajuricaba 0,84 3.937 3.324 0 28 28


Alecrim 100,00 2.057 5.300 2.057 5.300 7.357
Alegria 100,00 1.644 3.145 1.644 3.145 4.789
Boa Vista do 100,00 4.065 2.403 4.065 2.403 6.468
Bom Progresso 100,00 1.075 1.366 1.075 1.366 2.441
Braga 100,00 2.186 1.640 2.186 1.640 3.826
Campina das 100,00 2.270 4.072 2.270 4.072 6.342
Campo Novo 100,00 4.116 1.465 4.116 1.465 5.581
Cândido Godói 100,00 1.718 4.916 1.718 4.916 6.634
Catuípe 35,94 5.907 3.592 0 1.291 1.291
Cerro Largo 51,00 9.547 2.937 0 1.498 1.498
Chiapetta 100,00 2.366 1.712 2.366 1.712 4.078
Condor 0,21 3.919 2.688 0 6 6
Coronel Bicaco 77,83 5.109 2.764 5.109 2.151 7.260
Crissiumal 100,00 5.977 8.749 5.977 8.749 14.726
Derrubadas 75,40 877 2.501 877 1.886 2.763
Doutor Maurício 100,00 2.571 2.923 2.571 2.923 5.494
Esperança do 100,00 478 2.967 478 2.967 3.445
Giruá 100,00 12.484 4.586 12.484 4.586 17.070
Guarani das 42,33 4.920 3.411 4.920 1.444 6.364
Horizontina 100,00 14.234 4.071 14.234 4.071 18.305
Humaitá 100,00 2.762 2.161 2.762 2.161 4.923

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 248

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Ijuí 2,18 69.107 7.632 0 166 166


Independência 100,00 3.894 2.785 3.894 2.785 6.679
Inhacorá 100,00 1.289 1.001 1.289 1.001 2.290
Miraguaí 99,02 1.803 3.066 1.803 3.036 4.839
Nova Candelária 100,00 440 2.299 440 2.299 2.739
Nova Ramada 10,79 601 1.860 0 201 201
Novo Machado 100,00 1.626 2.620 1.626 2.620 4.246
Palmeira das 15,94 28.608 5.238 0 835 835
Pirapó 0,10 725 2.263 0 2 2
Porto Lucena 100,00 2.256 3.375 2.256 3.375 5.631
Porto Mauá 100,00 911 1.654 911 1.654 2.565
Porto Vera Cruz 100,00 479 1.605 479 1.605 2.084
Porto Xavier 85,05 5.396 5.461 5.396 4.645 10.041
Redentora 26,72 3.011 6.589 2.977 1.761 4.737
Roque Gonzales 7,63 2.732 4.565 0 348 348
Salvador das 61,74 1.017 1.584 1.017 978 1.995
Santa Rosa 100,00 56.156 7.957 56.156 7.957 64.113
Santo Ângelo 9,02 62.893 10.907 0 984 984
Santo Augusto 98,84 10.709 2.913 10.709 2.879 13.588
Santo Cristo 100,00 7.100 7.180 7.100 7.180 14.280
São José do 100,00 705 1.427 705 1.427 2.132
São Martinho 100,00 3.056 2.797 3.056 2.797 5.853
São Paulo das 90,75 2.114 4.576 2.114 4.153 6.267
São Pedro do 25,67 1.040 1.704 0 437 437
São Valério do 100,00 516 2.119 516 2.119 2.635
Sede Nova 100,00 1.469 1.499 1.469 1.499 2.968
Senador Salgado 100,00 801 2.060 801 2.060 2.861
Sete de 71,76 493 1.638 493 1.175 1.668
Tenente Portela 46,00 8.563 5.343 0 2.458 2.458
Tiradentes do 100,00 1.973 4.955 1.973 4.955 6.928
Três de Maio 100,00 18.137 5.196 18.137 5.196 23.333
Três Passos 100,00 18.088 5.379 18.088 5.379 23.467
Tucunduva 100,00 3.818 2.089 3.818 2.089 5.907
Tuparendi 100,00 5.136 3.657 5.136 3.657 8.793
Ubiretama 100,00 477 1.963 477 1.963 2.440
Bacia - - - 223.745 147.454 371.199

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 249

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 26,63 L/s/Km2 (Tabela 230).

Tabela 230 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

27.02 16.02 9.91 4.04 2.58 1.40

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 231).

Tabela 231 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 72,89 19
Serra Geral II 25,75 -
Basalto/Botucatu 1,35 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 232) e em percentual (Figura 79).

Tabela 232 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

16.87 3.56 17.71 30.53

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 250

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica Tur vo-Santa Ros a-Santo
Cr is to

A bas tec im ento


P úblic o
D es s edentaç ão 24.57%
anim al
44.45%

A bas tec im ento


Indus trial
5.19%
Irrigaç ão
25.79%

Figura 77 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

2) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 233) e em percentual (Figura 80).

Tabela 233 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

5.39 0.13

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 251

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a


a nua is, na Ba cia Hidrográ fica Turvo-S a nta Rosa -
S a nto Cristo
A bas tec im ento
Indus trial
2.29%

A bas tec im ento


P úblic o
97.71%

Figura 78 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 234).

Tabela 234 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Turvo-Santa Rosa-Santo
Cristo

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,52 0,03 0,33 0,88

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 252

3.3.11 Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

Rio da Várzea – Fonte: Prefeitura Municipal de Rodeio Bonito

I. Dados gerais
1) Localização: norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas
geográficas 27°00’ a 28°20’ de latitude Sul e 52°30’ a 53°50’ de longitude
Oeste.

2) Províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto Meridional.

3) Principais corpos hídricos: rios da Várzea e Ogaratim (também chamado


Fortaleza), formado pelos arroios Passo Grande e Saltinho (Tabela 235).

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 253

Tabela 235 – Altitude e localização de alguns dos corpos de água


principais – Bacia do Rio da Várzea

Altitude/
Principais corpos de água Localização
nascente principal

Rio da Várzea 640 m Passo Fundo

Arroio Passo Grande 600 m


São Pedro das Missões
Arroio Saltinho 620 m

O mapa da Bacia do Rio da Várzea está ilustrado na Figura 81.

4) Área e população total (Tabela 236):

Tabela 236 – Dados de área e demografia – Bacia do Rio da Várzea

2
Área (Km ) População Urbana (hab) População Rural (hab) População Total (hab)

9.463,46 189.510 134.415 323.924

5) Unidades de Conservação existentes: duas unidades sob administração


estadual e uma sob administração do município de Dois Irmãos das Missões
(Tabela 237).

Tabela 237 – Unidades de conservação na Bacia do Rio da Várzea

Unidade de Classificação no
Localização Área (ha) Administração
Conservação SNUC

Parque Estadual de
Proteção Integral Rondinha, Sarandi 1.000,00 estadual
Rondinha

Parque Estadual do Derrubadas,


Proteção Integral 17.491,40 estadual
Turvo Esperança do Sul

Reserva Biológica Dois Irmãos das


Reserva Biológica 474,80 municipal
Moreno Fortes Missões

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 254

Figura 79 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 255

6) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros (Tabela 238). Os representantes do poder público
serão quatro membros a serem indicados entre os órgãos públicos atuantes
na região e que estejam relacionados com os recursos hídricos, sendo sete
de órgãos públicos estaduais e um membro de órgão público federal.

Tabela 238 – Composição atual do Comitê Várzea


Grupo I – Usuários da Água

Categoria Vagas

Abastecimento Público 02

Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 02

drenagem 02

Produção rural 03

Pesca 01

Geração de energia 01

Industrial 03

Lazer e turismo 01

Mineração 01

Total 16

Grupo II – População

Categoria Vagas

Legislativo estadual e municipal 03

Associações comunitárias 02

Clubes de serviços comunitários 01

Instituições de ensino, pesquisa e extensão 03

Organizações ambientalistas 02

Associações de profissionais 02

Organizações sindicais 02

Comunicação 01

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 256

Total 16

Grupo III – Representantes do Poder Público

Órgão Vagas

Total 08

II. Caracterização por município

A bacia abrange total ou parcialmente 55 municípios (Tabela 239).

Tabela 239 – População urbana e rural por município - Bacia do Rio da


Várzea

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Almirante Tamandaré do 100,00 266 1.892 266 1.892 2.158


Alpestre 100,00 2.097 6.875 2.097 6.875 8.972
Ametista do Sul 100,00 3.715 4.343 3.715 4.343 8.058
Barra do Guarita 100,00 1.201 1.768 1.201 1.768 2.969
Barra Funda 100,00 1.387 951 1.387 951 2.338
Boa Vista das Missões 100,00 688 1.378 688 1.378 2.066
Caiçara 100,00 1.603 3.581 1.603 3.581 5.184
Carazinho 50,98 56.823 1.373 38.801 700 39.501
Cerro Grande 100,00 782 1.795 782 1.795 2.577
Chapada 75,81 5.173 4.267 5.173 3.235 8.408
Constantina 100,00 6.324 3.518 6.324 3.518 9.842
Coqueiros do Sul 100,00 853 2.253 853 2.253 3.106
Coronel Bicaco 22,17 5.109 2.764 0 613 613
Cristal do Sul 100,00 826 2.141 826 2.141 2.967
Derrubadas 24,60 877 2.501 0 615 615
Dois Irmãos das Missões 100,00 1.053 1.309 1.053 1.309 2.362
Engenho Velho 100,00 527 1.057 527 1.057 1.584
Erval Seco 100,00 3.067 5.145 3.067 5.145 8.212
Frederico Westphalen 100,00 21.544 5.764 21.544 5.764 27.308
Gramado dos Loureiros 74,98 480 1.890 480 1.417 1.897
Iraí 100,00 4.460 4.008 4.460 4.008 8.468
Jaboticaba 100,00 1.377 2.796 1.377 2.796 4.173
Lajeado do Bugre 100,00 610 1.926 610 1.926 2.536
Liberato Salzano 100,00 1.345 4.757 1.345 4.757 6.102
Miraguaí 0,98 1.803 3.066 0 30 30

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 257

Área do
Pop Urbana Pop Rural Pop Total
Município município na Pop Urbana Pop Rural
(Bacia) (Bacia) (Bacia)
bacia (%)

Nonoai 34,70 9.043 3.284 0 1.140 1.140


Nova Boa Vista 100,00 504 1.579 504 1.579 2.083
Novo Barreiro 100,00 1.020 2.838 1.020 2.838 3.858
Novo Tiradentes 100,00 629 1.702 629 1.702 2.331
Novo Xingu 100,00 448 1.410 448 1.410 1.858
Palmeira das Missões 65,36 28.608 5.238 28.608 3.424 32.032
Palmitinho 100,00 2.799 4.106 2.799 4.106 6.905
Passo Fundo 26,00 178.186 5.114 0 1.330 1.330
Pinhal 100,00 1.076 1.286 1.076 1.286 2.362
Pinheirinho do Vale 100,00 862 3.549 862 3.549 4.411
Planalto 100,00 5.602 4.987 5.602 4.987 10.589
Pontão 39,43 1.514 2.390 1.514 942 2.456
Redentora 73,28 3.011 6.589 34 4.828 4.863
Rio dos Índios 37,76 691 3.511 0 1.326 1.326
Rodeio Bonito 100,00 2.823 2.875 2.823 2.875 5.698
Ronda Alta 23,76 5.255 4.399 2.486 1.045 3.531
Rondinha 96,48 2.227 3.447 2.227 3.326 5.553
Sagrada Família 100,00 695 1.900 695 1.900 2.595
Santo Antônio do Planalto 6,72 1.155 874 0 59 59
São José das Missões 100,00 801 2.151 801 2.151 2.952
São Pedro das Missões 100,00 426 1.513 426 1.513 1.939
Sarandi 99,36 16.848 3.567 16.848 3.544 20.392
Seberi 100,00 5.657 5.213 5.657 5.213 10.870
Taquaruçu do Sul 100,00 1.025 1.824 1.025 1.824 2.849
Tenente Portela 54,00 8.563 5.343 8.563 2.885 11.448
Três Palmeiras 39,04 1.875 2.513 0 981 981
Trindade do Sul 52,32 2.573 3.332 2.573 1.743 4.316
Vicente Dutra 100,00 2.257 3.312 2.257 3.312 5.569
Vista Alegre 100,00 1.082 1.789 1.082 1.789 2.871
Vista Gaúcha 100,00 772 1.941 772 1.941 2.713
Bacia - - - 189.510 134.415 323.924

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 258

III. Disponibilidade hídrica

1) Superficial: vazão específica de longo período: 29,08 L/s/Km2 (Tabela 240).

Tabela 240 - Disponibilidades hídricas superficiais características da


Bacia do Rio da Várzea
2
Vazão de permanência (L/s/Km )
30% 50% 70% 90% 95% 99%

25.93 18.82 11.72 4.61 2.83 1.41

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

2) Subterrânea: reservas reguladoras (Tabela 241).

Tabela 241 - Estimativa das reservas reguladoras de águas subterrâneas


na Bacia do Rio da Várzea
3
Principais aqüíferos aflorantes % ocorrência na bacia Estimativa de vazão (m /h)
Serra Geral I 87,85 15,8
Serra Geral II 12,15 -

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

IV. Demandas hídricas

1) Superficial: estimativa das demandas de água superficial em volume/ano


(Tabela 242) e em percentual (Figura 82).

Tabela 242 - Demandas hídricas superficiais por setor usuário, em hm3/ano,


na Bacia do Rio da Várzea

Abastecimento
Abastecimento Público Irrigação Dessedentação animal
Industrial

11.07 1.20 4.27 24.63

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 259

Es tim ativas das de m andas hídr icas s upe r fíciais


anuais , na Bacia Hidr ogr áfica do Rio da V ár ze a

A bas tec im ento


D es s edentaç ão P úblic o
anim al 26.89%
59.83%

A bas tec im ento


Indus trial
2.91%
Irrigaç ão
10.37%

Figura 80 - Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas superficiais


anuais, Bacia do Rio da Várzea

1) Subterrânea: estimativa das demandas de água subterrânea em volume/ano


(Tabela 243) e em percentual (Figura 83).

Tabela 243 - Principais demandas hídricas subterrâneas por setor usuário,


em hm3/ano, na Bacia do Rio da Várzea

Abastecimento Público Abastecimento Industrial

6.97 0.03

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 260

Estim a tiva s da s de m a nda s hídrica s subte rrâ ne a s


a nua is, na ba cia Hidrográ fica V á rze a

A bas tec im ento


Indus trial
0.45%

A bas tec im ento


P úblic o
99.55%

Figura 81 – Gráfico do percentual estimado para as demandas hídricas subterrâneas,


Bacia do Rio Várzea

V. Potencial poluidor

Estimativa feita com base nas cargas específicas totais e anuais da


Demanda Bioquímica de Oxigênio de fontes diversas (Tabela 244).

Tabela 244 - Cargas específicas totais de DBO de origem doméstica,


industrial e da suinocultura, em (t/ano/km²), Bacia do Rio Várzea

DBO remanescente
DBO doméstica DBO industrial DBO suinocultura
total

0,49 0,02 0,33 0,84

Fonte dos dados: Ecoplan Engenharia Ltda. (2007)

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 261

3.4 ESPACIALIZAÇÃO CONSUMOS HÍDRICOS E CARGAS DE DBO PARA O ESTADO

Os mapas da distribuição espacial dos consumos foram elaborados a partir


dos dados de Ecoplan Engenharia Ltda. (2007). Os usos considerados foram:
irrigação, abastecimento público e industrial e dessedentação animal.

O mapa da Figura 84 ilustra o percentual consumido pela irrigação em


relação ao total estimado para este uso (hm3/ano), para todo o Estado. A partir
destes dados, pode-se inferir que as bacias localizadas na fronteira oeste, na
porção centro-sul e leste do território rio-grandense concentraram os percentuais
mais elevados, variando entre 7% a 18% do total.

O mapa da Figura 85 representa o percentual do consumo irrigação dentre os


demais usos considerados para cada bacia hidrográfica. Com base nas
informações espacializadas, verifica-se que a irrigação é o uso predominante nas
bacias situadas na fronteira oeste, na porção centro-sul e leste do território gaúcho,
representando mais de 90% dos consumos hídricos destas unidades de gestão.

O percentual consumido pela população, em relação ao total estimado para


este uso (hm3/ano) em todo o Estado, está ilustrado no mapa da Figura 86. As
bacias situadas na Região Hidrográfica do Guaíba concentram os maiores
percentuais, com consumos que variaram entre 10% a 15% do total.

A Figura 87 exibe o percentual do consumo hídrico para a população dentre


os demais usos considerados, por bacia hidrográfica. As informações
espacializadas demonstraram a importância deste uso nas bacias situadas nas
regiões hidrográficas do Guaíba e, notadamente, na do Uruguai, representadas
pelas bacias dos rios Passo Fundo e Apuaê-Inhandava, com percentuais mais
elevados, 38% e 45%, respectivamente.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 262

Figura 82 - Percentual consumido pela irrigação em relação ao total estimado para este uso (hm3/ano), para o RS

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 263

Figura 83 - percentual do consumo de irrigação dentre os demais usos considerados para cada bacia hidrográfica

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 264

Figura 84 - Percentual consumido pela população, em relação ao total estimado para este uso (hm3/ano), para o RS

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 265

Figura 85 - Percentual do consumo hídrico para a população dentre os demais usos considerados, por bacia hidrográfica

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 266

O percentual consumido pela indústria, em relação ao total estimado para


este uso (hm3/ano) em todo o Estado, está representado no mapa da Figura 88. Na
Região Hidrográfica do Guaíba se situam as bacias que concentram os maiores
percentuais, com consumos que oscilaram entre 9% a 30% do total.

O mapa da Figura 89 ilustra o percentual do consumo indústria dentre os


demais usos considerados, por bacia hidrográfica. As bacias dos rios Caí e dos
Sinos, do Lago Guaíba e Taquari-Antas exibem os percentuais mais elevados,
variando de 17% a 37%.

A Figura 90 exibe a representação espacial dos consumos para a


dessedentação animal, em relação ao total estimado para este uso (hm3/ano) em
todo o Estado. Este mapa demonstra que nas três regiões hidrográficas existem
bacias que se destacam das demais: na Região Hidrográfica do Guaíba se salienta
a Bacia do Taquari-Antas; na das Bacias Litorâneas, a Mirim-São Gonçalo; na do
Uruguai, a do Rio Ibicuí.

O mapa da Figura 91 representa o percentual do consumo dessedentação


animal dentre os demais usos considerados para cada bacia hidrográfica. As
informações distribuídas no espaço comprovam a relevância deste uso da água
para as bacias situadas na porção norte do Estado, notadamente nas dos rios
Apuaê-Inhandava e do Rio da Várzea, onde a dessedentação animal representou,
respectivamente, 52% e 60%, dos consumos hídricos.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 267

Figura 86 – Percentual consumido pela indústria, em relação ao total estimado para este uso (hm3/ano), para o RS

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 268

Figura 87 - Percentual do consumo indústria dentre os demais usos considerados, por bacia hidrográfica

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 269

Figura 88 - Percentual dos consumos para a dessedentação animal, em relação ao total estimado para este uso (hm3/ano) – Rio Grande do
Sul

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 270

Figura 89 – Percentual do consumo dessedentação animal dentre os demais usos considerados para cada bacia hidrográfica

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 271

Os mapas da distribuição espacial do potencial poluidor estimado a partir


das cargas remanescentes de DBO (t/ano/Km2) foram elaborados também a partir
dos dados de Ecoplan Engenharia Ltda. (2007). Os valores foram calculados para
a DBO de origem doméstica, industrial e proveniente da suinocultura. Figura 92
ilustra a distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de fonte
doméstica. Pode-se verificar que as bacias mais comprometidas se localizam na
Região Hidrográfica do Guaíba, especialmente na do Rio Gravataí, com a maior
DBO estimada (6,91 t/ano/Km2), na do Lago Guaíba (4,99 t/ano/Km2) e na do Rio
dos Sinos (4,02 t/ano/Km2).

Análogo ao caso anterior, a DBO produzida pela atividade industrial se


concentrou na Região Hidrográfica do Guaíba. As bacias que se destacaram
foram: a dos rios Gravataí e dos Sinos, com DBOs de 0,32 t/ano/Km2 e 0,30
t/ano/Km2, respectivamente (Figura 93).

A DBO originária da suinocultura está representada na Figura 94. As


unidades de gestão que apresentam os valores mais elevados se localizam
principalmente na Região do Uruguai, onde as bacias dos rios da Várzea e Turvo-
Santa Rosa-Santo Cristo se salientam com 0,33 t/ano/Km2. Na Região Hidrográfica
do Guaíba, o destaque é dado pela Bacia Taquari-Antas, para a qual foi estimada,
também, uma DBO de 0,33 t/ano/Km2.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 272

Figura 90 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de fonte doméstica

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 273

Figura 91 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de fonte industrial

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 274

Figura 92 – Distribuição espacial por bacia hidrográfica da DBO derivada de suinocultura

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 275

3.5 O CONTROLE HÍDRICO EM EVENTOS CRÍTICOS

A análise estatística dos dados meteorológicos tem revelado que, na média,


a freqüência dos anos considerados secos no Estado é maior que aqueles
considerados chuvosos (BERLATO, 1992). A vulnerabilidade pluviométrica requer
a adoção de um adequado manejo do solo e da água, bem como a preservação
das condições necessárias à manutenção dos serviços ambientais proporcionados
pelas florestas nativas e banhados, entre outros ecossistemas naturais. Estas
ações devem ser um imperativo em todo o contexto gaúcho.

É importante considerar que o acentuado declínio das chuvas nos meses de


verão (novembro a janeiro) tem seu efeito aumentado pela perda gradativa de
umidade nos solos, prejudicando, em especial, as atividades agrícolas. A seca
hidrológica e pedológica, desta forma, se torna também uma seca ecológica
(RIEHL, 1954 apud NIMMER, 1979). Nas bacias hidrográficas onde a irrigação é
um uso dominante, por exemplo, a retirada de água sem controle passa a ser um
fator real de conflito pelo uso deste bem.

Tendo-se em conta a condição de escassez, a necessidade de


compatibilizar todos os usos da água e principalmente garantir o abastecimento
público, o Conselho de Recursos Hídricos (CRH) tem estabelecido critérios para a
operação de sistemas de bombeamento de água para irrigação de algumas bacias
hidrográficas. Isto tem sido implementado através de resoluções. As bacias dos
rios Gravataí, dos Sinos e Santa Maria foram contempladas com este instrumento,
em virtude da recorrência de eventos críticos relacionados às condições quanti-
qualitativas de seus recursos hídricos.

Para a Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, a Resolução CRH 029/2006, de


19 de outubro de 2006, definiu que o bombeamento continuado, nos termos
estabelecidos nas portarias de Outorga do Direito do Uso da Água, emitidas pelo
DRH, somente seria permitido enquanto o nível do rio principal se mantivesse
acima do “Nível de Alerta” ou “Nível Mínimo Operacional”, definido em 1 m (um

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 276

metro) acima do nível do mar (cota arbitrária), medido na régua instalada na


captação da CORSAN situada no Rio Gravataí, no município de Alvorada. O
georreferenciamento pelo marco de Imbituba/SC corrigiu o nível de alerta, ficando
estabelecido a 4,10 m em relação ao nível do mar, conforme especificado na
Resolução CRH 042/2007, de 07 de dezembro. Esta última resolução também
estabeleceu critérios para o bombeamento intermitente e determinou a imediata
suspensão do bombeamento, quando o nível do rio em foco atingisse 50 cm (cota
arbitrária equivalente a 3,60 m do nível do mar), em Alvorada. A Figura 95 ilustra
os gráficos dos níveis do Rio Gravataí, nos anos de 2005 a 2007, e ao longo do
mês de janeiro para os anos de 2005 a 2008. Da análise dos gráficos é possível
constatar a situação crítica deste rio durante o verão.

Níveis do Rio Gravataí

5.00

4.00

3.00

2.00
Nível (m)

2005
1.00 2006

0.00 2007

-1.00

-2.00

-3.00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Níveis do Rio Gravataí para o mês de Janeiro

2
1,5
1 2005
Nível - m

0,5 2006
0 2007
-0,5 2008
-1
-1,5
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
dias

Figura 93 – Gráficos dos níveis de água do Rio Gravataí

A Resolução CRH 030/2006, de 19 de outubro, definiu as regras para a


operação dos sistemas de irrigação na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Assim,
foi estabelecido que o bombeamento continuado, consoante as portarias de
Outorga do Direito do Uso da Água, emitidas pelo Departamento de Recursos
Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 277

Hídricos, somente seria permitido enquanto o nível do Rio dos Sinos se mantivesse
acima de 0,50 cm (cinqüenta centímetros) medidos a partir do crivo da bomba de
captação do SEMAE, em São Leopoldo, que corresponde à 0,60 cm (sessenta
centímetros) acima do crivo da bomba de captação da COMUSA, em Novo
Hamburgo e 0,70 cm (setenta centímetros) acima do crivo da bomba de captação
da CORSAN, em Campo Bom. No caso de serem atingidos os níveis de alerta,
seria adotado um regime intermitente de operação dos sistemas de captação de
água para irrigação de arroz, com 48 (quarenta e oito) horas de bombeamento e 48
(quarenta e oito) horas de paralisação. Na condição de persistência do decréscimo
dos níveis do rio referido, decorridas 24 (vinte e quatro) horas do início do regime
intermitente, seriam totalmente paralisados os sistemas de bombeamento, até que
ocorresse a recuperação dos níveis do rio dos Sinos nos pontos acima descritos.
É necessário lembrar a crise ambiental verificada neste rio, sobretudo, em outubro
de 2006, quando toneladas de peixes pereceram em face da conjugação de fatores
como diluição de efluentes domésticos e industriais e baixas vazões. Os gráficos
dos níveis das águas do Rio dos Sinos ilustram a condição de criticidade verificada
em outubro de 2006 e em fevereiro de 2008 (Figura 96).

Para a Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria, a Resolução CRH 031/2007,


de 12 de janeiro, determinou critérios para retirada de água destinada à irrigação.
Os condicionantes do bombeamento foram estabelecidos, a partir dos cursos de
água superficiais situados à montante da captação de água para o abastecimento
público da sede municipal de Dom Pedrito. Assim, ficou definido que somente seria
permitido o bombeamento continuado, enquanto o nível do Rio Santa Maria,
medido na captação da CORSAN em Dom Pedrito, se mantivesse acima do “Nível
de Alerta”, que foi firmado em 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros). Esta
resolução também regrou o bombeamento intermitente do referido rio e ainda
estabeleceu a imediata interrupção do bombeamento, se o nível da água do rio
atingisse 2,25 m (dois metros e vinte e cinco centímetros), medido no ponto acima
mencionado. Para o interior da área de remanso, este limite era de 3,20 m.

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 278

Níveis do Rio dos Sinos - Setembro/ Outubro - 2006


5.00
4.50
4.00
3.50
Nível - m

3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1-set 5-set 9-set 13-set 17-set 21-set 25-set 29-set 3-out 7-out 11-out 15-out 19-out 23-out 27-out 31-out

corsan - Campo Bom comusa - Novo Hamburgo semae - São Leopoldo

Níveis do Rio dos Sinos Janeiro e Fevereiro - 2006/2008 - CORSAN, Campo Bom-RS
4.20

3.50

2.80
2006
Nível - m

2.10 2007
2008
1.40

0.70

0.00
1-jan 5-jan 9-jan 13-jan 17-jan 21-jan 25-jan 29-jan 2-fev 6-fev 10-fev 14-fev 18-fev 22-fev 26-fev

Níveis do Rio dos Sinos - Janeiro e Fevereiro - 2006/2008 - COMUSA, Novo Hamburgo-RS

4.20

3.60

3.00
Nível - m

2.40 2006
2007
1.80
2008
1.20

0.60

0.00
1-jan 5-jan 9-jan 13-jan 17-jan 21-jan 25-jan 29-jan 2-fev 6-fev 10-fev 14-fev 18-fev 22-fev 26-fev

Níveis do Rio dos Sinos - Janeiro e Fevereiro - 2006/2008 - SEMAE, São Leopoldo-RS

4.00

3.50

3.00
2006
Nível - m

2.50
2007
2.00
2008
1.50

1.00

0.50

0.00
1-jan 5-jan 9-jan 13-jan 17-jan 21-jan 25-jan 29-jan 2-fev 6-fev 10-fev 14-fev 18-fev 22-fev 26-fev

Figura 94 - Gráficos dos níveis de água do Rio dos Sinos

Capítulo 3 – As Bacias Hidrográficas do Estado


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 279

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de gestão das águas do Rio Grande do Sul tem enfrentado vários
desafios. A degradação ambiental das bacias hidrográficas, resultante da expansão e
intensificação das atividades antrópicas, tem comprometido a disponibilidade hídrica
de rios e lagoas no Estado. Um exemplo disto pode ser conferido nos dados inerentes
à Bacia do Rio Gravataí. Neste rio são recorrentes os baixos níveis de água no verão,
coincidindo com o período de maior consumo para a irrigação. De outra parte,
também é possível inferir, a partir dos dados levantados, que outros usos como o
abastecimento doméstico e o abastecimento industrial, juntamente com o potencial
poluidor das cargas de DBO remanescentes de origem doméstica e industrial tendem
a aumentar os conflitos pelo uso da água nesta bacia. Situação análoga foi
observada na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos.

Para dirimir este problema, o DRH/SEMA tem empreendidos esforços no


sentido de implementar os instrumentos de gestão previstos na Lei 10.350/1994. Para
tanto, vem fomentando a participação da cidadania, mediante a criação de comitês de
bacias e desenvolvendo novas metodologias para viabilizar a gestão de bacias
compartilhadas. Além disto, vem firmando convênios diversos com órgãos de
pesquisa (CTHidro) e de fiscalização (PRÓÁGUA Nacional), com vistas ao
aprimoramento técnico de suas ações e implantação de infra-estruturas hídricas,
como a tão necessária ampliação da rede hidrometeorológica do Estado.

A formulação de um Sistema de Informações sobre os recursos hídricos do


Estado é outra relevante ação que vem sendo ultimada. Este sistema vai facilitar a
publicização das informações para a sociedade em geral e permitir uma maior
agilização na tomada de decisão por parte dos técnicos responsáveis pela outorga e
pelo planejamento.

Capítulo 4 – Considerações finais


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 280

Os desdobramentos do conjunto de ações elencadas neste relatório facilitarão


o desempenho dos diferentes atores sociais, responsáveis pela gestão co-
responsável das águas gaúchas. O Estado, assim, avança na implementação do
modelo sistêmico de gestão de suas águas.

Capítulo 4 – Considerações finais


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 281

REFERÊNCIAS

ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Programa Nacional de Desenvolvimento


dos Recursos Hídricos - PROÁGUA Nacional, 2007.
BERLATO, M. A. As condições de precipitação pluvial no Estado do Rio Grande
do Sul e os impactos das estiagens na produção agrícola. In.: Agrometeorologia
aplicada à irrigação/ coordenador Homero Bergamaschi. Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRGS, 1992.125p.
BIODIVERSIDADERS. Unidades de Conservação do Rio Grande do Sul.
Disponível em: <http://www.biodiversidade.rs.gov.br/portal/index.php>; acessado em
junho de 2008.
DICIONARIO.PRO.BR. Dicionário. Disponível em:
<http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php>; acessado em setembro de 2008.
ECOPLAN ENGENHARIA. Ltda. Plano Estadual de Recursos Hídricos do Rio
Grande do Sul. Relatório Síntese da Fase A – Diagnóstico e Prognóstico Hídrico
das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Junho de 2007,
146p.
LAGOSSAOJOAO. Glossário. Disponível em:
<http://www.lagossaojoao.org.br/glossario.htm>; acessado em setembro de 2008.
NIMER, E. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE,1979, 422p.
SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Recursos Hídricos. Disponível em:
<http://www.sema.rs.gov.br>; acessado em junho de 2008.
SEPLANTEC. Glossário. Disponível em: <http://www.seplantec-srh.se.gov.br>;
acessado em setembro de 2008.
SG-GUARANI. Sistema Aqüífero Guarani. Disponível em: <http://www.sg-
guarani.org/index>; acessado em setembro de 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Vocabulário Básico de
Recursos Naturais e Meio Ambiente. 2° Ed. Rio de Janeiro, 2004.
REDE DAS ÁGUAS. Outorga dos direitos de uso da água. Disponível em:
http://www.rededasaguas.org.br/ferramentas/outorga.htm. Acesso em: agosto de
2008.
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 282

GLOSSÁRIO

Área ou zona de recarga: Local ou área onde a água passa da superfície do terreno
para o interior do solo, indo alcançar a zona saturada. Área onde ocorre infiltração
capaz de alimentar o aqüífero. Em aqüíferos confinados, a zona de recarga é a região
onde este aqüífero aflora à superfície do terreno, desde que este local esteja com um
nível piezométrico mais elevado que a pressão reinante na parte saturada deste do
mesmo. Caso a região de afloramento esteja a uma pressão menor, esta região será
um desaguadouro, isto é, local onde a água sai da formação aqüífera
(DICIONARIO.PRO.BR, 2008).
Aqüífero: Toda formação geológica em que a água pode ser armazenada e que
possua permeabilidade suficiente para permitir que esta se movimente. Vê-se,
portanto, que para ser um aqüífero uma rocha ou sedimento, tem que ter porosidade
suficiente para armazenar água, e que estes poros ou espaços vazios tenham
dimensões suficientes para permitir que a água possa passar de um lugar a outro,
sob a ação de um diferencial de pressão hidrostática (DICIONARIO.PRO.BR, 2008).
Bacia hidrográfica: conjunto de terras drenadas por um corpo de água principal e
seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de
cabeceiras ou nascentes, divisores de água, cursos de água principais, afluentes,
subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma hierarquização
na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais altos para os mais
baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve incluir também noção de dinamismo,
por causa das modificações que ocorrem nas linhas divisórias de água sob o efeito
dos agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia (Modificado de
SEMA, 2008).
Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas: São colegiados instituídos
oficialmente pelo Governo do Estado, formados majoritariamente por representantes
da sociedade e de usuários das águas. Considerados como verdadeiros "parlamentos
das águas", sua função é discutir e deliberar sobre os assuntos de interesse comum
aos diversos usuários da água de uma bacia hidrográfica.
Consumo hídrico: Consumo: é a parcela de demanda que é gasta na atividade
definida, seja por incorporação no processo ou por perdas como evaporação,
infiltração ou degradação da água demandada que impeça sua utilização futura
(LAGOSSAOJOAO, 2008).
Demanda Hídrica: quantidade de água expressa em unidade de volume, que devem
satisfazer aos diversos usos, sejam eles consuntivos ou não. O estudo da demanda
tem como objetivo determinar, na escala anual, as demandas atuais e futuras de
água para os diversos usos (LAGOSSAOJOAO, 2008).
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 283

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): Demanda Bioquímica de Oxigênio. A


DBO de uma amostra de água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a
matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica
estável. A DBO é normalmente considerada como a quantidade de oxigênio
consumido durante um determinado período de tempo, numa temperatura de
incubação específica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de
incubação de 20oC é freqüentemente usado e referido como DBO5 , 20 . É a forma
mais utilizada para se medir a quantidade de matéria orgânica presente num corpo
d'água, ou seja, mede-se a quantidade de oxigênio necessário para estabilizar a
matéria orgânica com a cooperação de bactérias aeróbias. Quanto maior o grau de
poluição orgânica maior será a DBO. A presença de um alto teor de matéria orgânica
pode induzir à completa extinção do oxigênio na água, provocando o
desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática. Um elevado valor da
DBO pode indicar um incremento da micro-flora presente e interferir no equilíbrio da
vida aquática, além de produzir sabores e odores desagradáveis e ainda, pode
obstruir os filtros de areia utilizadas nas estações de tratamento de água
(SEPLANTEC, 2008).
Enquadramento: é um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos que visa ao
estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um
segmento de corpo de água ao longo do tempo; o objetivo é assegurar às águas
qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas e diminuir
os custos de controle da poluição hídrica, através de ações preventivas (Modificado
de SEPLANTEC, 2008).
Nascente: local onde o fluxo de água subterrânea intercepta a superfície do terreno
(DICIONARIO.PRO.BR, 2008); surgência natural de água, em superfície, a partir de
uma camada aqüífera (IBGE, 2004).
Outorga: instrumento através do qual o Poder Público autoriza o usuário a utilizar as
águas de seu domínio, por tempo determinado e com condições preestabelecidas.
(REDE DAS ÁGUAS, 2008).
Reservas reguladoras: Volume de água que se encontra na faixa de flutuação anual
ou sazonal do nível de saturação do horizonte ou zona aqüífera e que corresponde
ao volume de realimentação anual ou estacional. (IBGE, 2008).
Unidade de conservação: Espaço territorial e seus componentes, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo
poder público, com objetivos de preservação e/ou conservação e limites definidos,
sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção. As unidades de conservação podem ser de uso indireto quando não
envolvem consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais, e de uso direto
quando envolvem o uso comercial ou não dos recursos naturais. (IBGE, 2008)
Uso consuntivo: refere-se ao uso que diminui espacial e temporalmente as
disponibilidades quantitativa e/ou qualitativa de um corpo hídrico, ou seja, quando há
perdas entre o que é retirado e o que retorna ao curso natural (SEPLANTEC, 2008).
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2008 284

Uso não consuntivo: refere-se ao uso que não implica redução da disponibilidade
quantitativa e/ou qualitativa de água nos corpos hídricos, ou seja, quando não há
perdas entre o que é retirado e o que retorna ao curso natural, mas podendo haver
modificação no seu padrão espacial e temporal (SEPLANTEC, 2008).
Vazão ou Descarga Específica: é a descarga por unidade de área de drenagem,
sendo expressa geralmente em litros por segundo por quilômetro quadrado (l/s/km²).
Chamando também de deflúvio unitário ou contribuição unitária (LAGOSSAOJOAO,
2008).

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